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....................................................................
CONTABILIDADE GERAL I - www.Jair.fema.com.br 2
A GESTÃO...............................................................................................................................................................3
REGIMES CONTÁBEIS:........................................................................................................................................4
a) O Regime de caixa:...........................................................................................................................................4
.............................................................................................................................................................................4
b) O regime de competência ...............................................................................................................................6
O PLANO DE CONTAS..........................................................................................................................................8
TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE CONTAS. ...................8
1.- ATIVO:....................................................................................................................................................10
2.- PASSIVO:..................................................................................................................................................11
3 - RESULTADO DO PERIODO:..................................................................................................................11
a) OS LIVROS UTILIZADOS NA CONTABILIDADE.......................................................................................19
O DIÁRIO..........................................................................................................................................................19
O LIVRO RAZÃO..............................................................................................................................................20
O LIVRO CAIXA...............................................................................................................................................21
O LIVRO CAIXA E O IMPOSTO DE RENDA............................................................................................21
TRATAMENTO CONTABIL/TRIBUTÁRIO DAS OPERAÇÕES COM MERCADORIAS..............................27
a) CONTABILIZAÇÃO DAS ENTRADAS DE MERCADORIAS.................................................................27
EMPRESAS COMERCIAIS.........................................................................................................................27
EMPRESAS INDUSTRIAIS. ........................................................................................................................28
COMPRA DE BENS ATRAVÉS DE CONSÓRCIOS..................................................................................32
A AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES E O CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS......................................34
O INVENTÁRIO PERMANENTE....................................................................................................................41
A AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES E AS DISPOSIÇÕES DO DECRETO-LEI N. 1.598/77..........................42
O CAPITAL PRÓPRIO OU PATRIMÔNIO LIQUIDO.........................................................................................43
O CAPITAL SOCIAL (OU INDIVIDUAL). .....................................................................................................43
RESERVAS ........................................................................................................................................................44
LUCROS ACUMULADOS................................................................................................................................47
A DEPRECIAÇÃO.................................................................................................................................................48
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO......................................................................................................................50
APRESENTAÇÃO DAS DEPRECIAÇÕES NO BALANÇO PATRIMONIAL...............................................57
BAIXA DE BENS DO ATIVO IMOBILIZADO................................................................................................58
...........................................................................................................................................................................58
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.....................................................................................61
RELATÓRIOS CONTÁBEIS.............................................................................................................................61
O BALANÇO PATRIMONIAL..........................................................................................................................62
- O ATIVO.......................................................................................................................................................64
2 - PASSIVO...................................................................................................................................................72
3 - Patrimônio Líquido ...................................................................................................................................75
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO...............................................................................79
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS.......................................................85
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS.........................................................88
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO..........................................................89
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CAPITULO I
A GESTÃO.
Até este ponto vimos considerando o patrimônio num determinado momento de seu
processo evolutivo. Na verdade, patrimônio estático não existe. Herrmann Junior, já afirmava
que "a situação patrimonial, revelada pelo balanço, no fim de cada exercício, corresponde a um
instantâneo apanhado das operações em marcha."
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É evidente que uma empresa não pode aguardar até o encerramento de suas
atividades para apurar o resultado verificado nas suas transações. Em conseqüência, adotou-se,
por imperiosa necessidade dos proprietários da empresa, que necessitam analisar
periodicamente as atividades de sua gestão, e por imposição legal, para que os agentes do
governo possam apurar o montante dos tributos devidos, a divisão da vida da empresa (gestão)
em unidades de tempo de igual duração chamados de "exercício financeiro"
A unidade de tempo em que se divide a existência - a gestão - das empresas para
apuração parcelada dos resultados denomina-se, pois, "exercício financeiro". A escolha da
unidade de tempo a ser adotada como exercício financeiro deveria decorrer de critério
totalmente convencional e de exclusivo interesse da empresa. Hoje, no Brasil, por imposição
de norma legal, o exercício financeiro coincide com o ano-calendário para as empresas de
pequeno e médio porte; já as empresas de maior porte (as que recolhem o imposto de renda
pelo lucro real), estão obrigadas a encerrar mensalmente seus balanços o que implica em dizer
que o exercício financeiro fiscal para estas empresas equivale a um mês.
A divisão da gestão em exercícios financeiros, para os efeitos de apuração periódica
dos resultados, trouxe, por via de conseqüência, o surgimento de vários problemas que a
contabilidade teve de enfrentar e resolver, especialmente em relação aos fatos ainda em
processo de formação por ocasião do término do exercício financeiro.
Um dos problemas enfrentados consiste em decidir-se se as receitas e as despesas em
formação devem ser imputadas ao exercício em que são formadas ou ao exercício em que
sejam pagas ou recebidas, respectivamente.
REGIMES CONTÁBEIS:
a) O Regime de caixa:
A solução mais simples está consagrada no chamado Regime de caixa. No regime de caixa as
receitas e as despesas são imputadas ao exercício em que os valores tenham sido recebidos ou
pagos, não importa o período a que correspondam.
Exemplo:
A assinatura anual de uma revista técnica, paga em março de 19x1, seria considerada
como despesa ao mês de março. Não importa que seja recebida mensalmente, de março de
19x1 a fevereiro de 19x2.
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Os ordenados relativos ao mês de março de 19x1, são pagos no dia 5 de abril. Pelo
regime de caixa a despesa relativa ao ordenados só será contabilizada no dia 5 de abril.
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ORDENADOS
Folha de pagamento março 19x1 15.000,00
a BANCOS
Cheques nr. 37224 a 37240 15.000,00
b) O regime de competência
Mensalmente, a parcela da despesa que corresponde a cada mês desta assinatura, será
apropriada com o lançamento a seguir:
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No caso dos salários de março e que só virão a ser pagos no dia 5 de abril; o primeiro
lançamento a ser feito corresponde ao registro da despesa com a concomitante formação da
dívida:
ORDENADOS (Despesa)
Folha de pagto relativo à março 30.000,00
a ORDENADOS A PAGAR (Passivo Circ.)
Valor da folha de março 19x1 30.000,00
CAPITULO II.
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O PLANO DE CONTAS.
O Plano de Contas é a estrutura sobre a qual se constrói e elabora a escrituração, com
a finalidade de mantê-la ordenada de forma a obter, de maneira clara e objetiva, os dois
instrumentos informativos mais importantes da contabilidade: O Balanço Patrimonial e a
Demonstração do Resultado do Exercício.
Em outras palavras, o plano de contas deve ser planejado com a mesma estrutura do
Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício.
O Plano de Contas deve ser tão detalhado quanto seja o interesse da empresa em
informações detalhadas; inexistem regras que estabeleçam o número máximo ou o número
mínimo de contas que deve conter um plano de contas. É preciso que se saiba, todavia, que o
plano de contas deve ser suficientemente elástico afim de permitir a inclusão de novas contas,
sempre que elas se fizerem necessárias. Repetimos, o grau de detalhamento do plano de
contas varia segundo o interesse do contador e da empresa levando em consideração, sempre,
a necessidade de registrar todas as ocorrências na vida de uma empresa.
O Plano de contas deve possuir contas em número suficiente para registrar todos os
valores positivos, todos os valores negativos, todos os ingressos e todas as despesas de forma
detalhada a fim de não ocorrerem confusões.
Assim, podemos dizer que o nosso plano de contas pode se dividir em quatro grandes
grupos;
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1. ATIVO;
2. PASSIVO e PATRIMÔNIO LIQUIDO
3. CONTAS DE RESULTADO.
Assim, para buscarmos uma conta representativa de um bem ou direito (uma conta
ativa) procuraremos uma cujo dígito codificador inicial seja "1"; quando quisermos uma conta
representativa de uma obrigação (uma conta passiva) ou uma conta que represente uma parte
do patrimônio líquido procuraremos uma conta cujo dígito inicial seja "2", já as contas de
resultado serão procuradas pelo dígito 3, indicativo do grupo a que pertencem.
1. ATIVO:
Agrupando todas as contas que representam bens ou direitos da empresa;
2. PASSIVO:
Agrupando todas as contas que representam as obrigações da empresa e o
capital próprio (Patrimônio líquido);
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1.- ATIVO:
1.3.01 – INVESTIMENTOS -
Agrupa as contas que representam as aplicações de recursos
financeiros em outras empresas ou em bens que não mantenham
relação com a atividade objeto da empresa;
1.3.03 – DIFERIDO -
Este é o grupo que agrega as contas que representam as despesas que
influenciarão o resultado de vários exercícios futuros, tais como:
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despesas pré-operacionais
benfeitorias em imóveis de terceiros.
2.- PASSIVO:
3 - RESULTADO DO PERIODO:
Este é o grupo que agrega as contas de toda natureza que representem ingressos,
receitas ou lucros de um lado e, de outro, as contas que representam custos, despesas ou
perdas
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Os lançamentos serão sempre feitos nas contas de 5º grau, este registro será
automaticamente transferido para as contas de 4.º daí para as de 3.º grau, destas para as contas
de 2.º grau e destas para as de l.º grau. A representação gráfica abaixo ilustra esta afirmação.
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I GRAU
^ < II GRAU
^ < IV GRAU
^ < V GRAU
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2 647 PASSIVO 1
2.1 655 PASSIVO CIRCULANTE 2
2.1.01 663 EXIGIVEL A CURTO PRAZO 3
2.1.01.001 671 BANCOS C/EMPRÉSTIMOS 4
2.1.01.001.0001 680 B Brasil S/A 5
2.1.01.001.0002 698 Bradesco S/A 5
2.1.01.002 701 FORNECEDORES 4
2.1.01.002.0001 710 A & Souza Ltda 5
2.1.01.002.0002 728 B & Campos Ltda 5
2.1.01.002.0003 736 C & Camargo 5
2.1.01.002.0004 744 D & B Ltda 5
2.1.01.002.0005 752 E. Fortes & Cia. 5
2.1.01.002.0006 760 F & Cunha Ltda. 5
2.1.01.002.0007 779 G. Gaveta Ltda 5
2.1.01.002.0008 787 H & H Ltda. 5
2.1.01.002.0009 795 Irmo Castro Ltda. 5
2.1.01.002.0010 809 Justo Falido S/A 5
2.1.01.003 817 CONTAS A PAGAR 4
2.1.01.003.0001 825 Ordenados a pagar 5
2.1.01.003.0002 833 Férias a pagar 5
2.1.01.003.0003 841 13º. Salário a pagar 5
2.1.01.003.0004 850 Inss a pagar 5
2.1.01.003.0005 868 Fgts a pagar 5
.1.01.004 876 IMPOSTOS A PAGAR 4
2.1.01.004.0001 884 IRPJ a pagar 5
2.1.01.004.0002 892 Contr. Social a pagar 5
2.1.01.004.0004 906 Icms a recolher 5
2.1.01.004.0005 914 Pis a recolher 5
2.1.01.004.0006 922 Cofins a recolher 5
2.1.01.004.0007 1775 IRRF a recolher 5
2.2 930 PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO 2
2.2.01 949 EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTO 3
2.2.01.001 957 INSTITUIÇOES FINANCEIRAS 4
2.2.01.001.0001 965 B.do Brasil S/A 5
2.2.01.001.0002 973 Bradesco S/A 5
2.3 981 PATRIMONIO LIQUIDO 2
2.3.01 990 CAPITAL PROPRIO 3
2.3.01.001 1007 CAPITAL SOCIAL 4
2.3.01.001.0001 1015 Capital integralizado 5
2.3.01.002 1023 RESERVAS 4
2.3.01.002.0001 1031 Reservas de capital 5
2.3.01.002.0002 1040 Reservas de reavaliação 5
2.3.01.002.0003 1058 Reservas de lucro 5
2.3.01.003 1066 RESULTADOS ACUMULADOS 4
2.3.01.003.0001 1074 Lucros acumulados 5
2.3.01.003.0002 1082 Prejuízos a compensar 5
2.3.01.004 1090
2.3.01.004.0001 1104
2.3.01.004.0002 1112
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3.3 1619
3.3 01 1627
3.3.01.001 1635
3.3.1.1.1 1643
3.3.1.1.2 1651
3.4 1724 PROVISOES P/ TRIBUTOS S/ LUCROS 2
3.4.01 1732 PROVISÕES P/ TRIBUTOS S/ LUCROS 3
3.4.01.001 1740 PROVISOES P/ TRIBUTOS S/ LUCROS 4
3.4.01.001.0001 1759 Provisão para o IRPJ 5
3.4.01/001.0002 1767 Provisão p/ Contrib. Social 5
3.9 1660 APURAÇÃO DO RESULTADO 2
3.9.01 1678 RESULTADO DO PERÍODO 3
3.9.01.001 1686 RESULTADO DO EXERCICIO 1999 4
3.9.01.001.0003 1716 Resultado do Exercício 5
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Além das descrições acima, o plano de contas deve conter um roteiro em que sejam
descritas a função, a posição dentro do elenco patrimonial, seu funcionamento, a natureza e
destinação de seu saldo. Para um melhor entendimento, apresentaremos a ficha de alguma
conta dentre as apresentadas no elenco.
Função: Registra a movimentação financeira da empresa através das entradas e saídas de dinheiro.
Funcionamento:
Debita-se: Para registrar os valores numerários entrados em caixa;
Credita-se: Para registrar as saídas de valores numerários (dinheiro) da caixa
Saldo: Representa a quantia de valores numerários existentes em caixa e será sempre devedor
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Posição: 1 Ativo
1.3 Ativo Permanente
1.3.02 Imobilizações
Função: Registra o valor de aquisição dos imóveis, seus acréscimos em virtude dos registros da Correção
monetária e suas reduções decorrentes de alienação ou baixa por obsolescência..
Funcionamento:
Debita-se: Para registrar o seu valor de aquisição, os acréscimos por novas aquisições;.
Credita-se: Para registrar as reduções quer por baixa ou Venda.
Saldo: Representa o valor atualizado dos móveis e utensílios existentes na data do balanço e será
sempre devedor.
Função: Conta retificadora do ativo. Registra o valor da depreciações acumuladas período a período da conta
móveis e utensílios
Funcionamento:
Debita-se: Para registrar a baixa da depreciação acumulada dos móveis e utensílios baixados;
Credita-se: Para registrar, como contrapartida, o valor dos encargos com depreciação acumulados até
a data do balanço.
Saldo: Representa o valor total dos encargos com depreciação acumulados até a data do balanço. Será
sempre credor e não poderá ser de valor superior ao da conta que está retificando.
Funcionamento:
Debita-se: No final do período para transferir o valor do seu saldo para a conta Resultado do Período.
Credita-se: Para registrar o valor das vendas efetuadas à vista.
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Saldo: Representa o montante das vendas à vista efetuadas. Será sempre credor. Transfere-se ao final
do período para a conta Resultado do período.
Função: Conta de existência efêmera. Tem por finalidade receber em transferência o saldo de todas as
contas de resultado para apurar o resultado do período. Só é movimentada ao final do exercício.
Funcionamento:
Debita-se:
Para receber em transferência o saldo das contas que representam custos e despesas
Para transferir o saldo dos lucros obtidos para formar as provisões correspondentes aos tributos a
recolher em decorrência dos resultados obtidos;
Para transferir o saldo final para a conta Lucros acumulados.
Credita-se:
Para receber, em transferência, o saldo das contas que representam receitas, ingressos.
Para transferir o saldo - quando apresenta prejuízo para a conta Prejuízos a compensar.
Saldo: Esta conta não apresenta saldo, salvo durante a apuração do resultado.
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CAPITULO III
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O DIÁRIO.
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O livro diário. bem como os demais livros de escrituração devem se revestir de certas
formalidades denominadas:
a) Formalidades extrínsecas: os livros devem ser encadernados, ter suas folhas
numeradas, estar autenticados na Junta Comercial, conter os termos de abertura e de
encerramento;
b) Formalidades intrínsecas: Os lançamentos devem ser feitos (à mão, mecânica ou
eletronicamente ) em tinta preta ou azul, sem emendas, rasuras, raspaduras ou borrões,
linhas em branco, em ordem cronológica, mantendo um método de contabilidade
uniforme, em moeda e idioma nacional.
O livro Diário pode ser desdobrado em vários livros auxiliares, todos revestidos das
mesmas formalidades, cada um para o registro de fatos de determinada natureza. Assim,
podemos ter o diário auxiliar de clientes, o diário auxiliar de fornecedores e outros. No livro
diário geral far-se-á o registro do resumo dos lançamentos contidos nos livros auxiliares
Os lançamentos no livro Diário devem ser feitos em ordem cronológica; respeitadas
as formalidades intrínsecas. Os erros cometidos na escrituração do livro Diário são corrigidos
através de estornos ou de lançamentos complementares. Não se admite raspar (apagar) um
erro cometido na escrituração do diário. Nem tampouco o uso de verniz corretivo.
O LIVRO RAZÃO.
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O LIVRO CAIXA
O Caixa é o livro onde são registradas todas as operações que envolvam bens
numerários. É portanto um livro de ordem sistemática, muito embora as operações financeiras
venham a ser registradas em ordem cronológica. O livro Caixa é um livro facultativo, apesar da
sua grande utilidade nas empresas, sendo considerado mesmo indispensável nos grandes
empreendimentos.
A escrituração do livro em análise divide-se em duas partes:
a) - uma para o débito - onde são lançadas todas as entradas de dinheiro;
b) - uma para o crédito - onde se registram todas as saídas de bens numerários.
O saldo apresentado pelo livro Caixa deve coincidir com o saldo da conta "Caixa"
apresentado pela contabilidade e com os valores existentes em cofre.
O artigo 18 da Lei n. 8.541/92 determina que as empresas que optem pela tributação
simplificada devem escriturar os recebimentos e os pagamentos de cada mês em um livro Caixa
(exclusão feita às empresa que mantiverem escrituração contábil). Não mantendo os registros
contábeis completos, a escrituração do livro Caixa torna-se obrigatória, mesmo que a empresa
mantenha os outros livros fiscais escriturados regularmente.
Neste livro são registradas todas as operações que envolvam as disponibilidades da
empresa, tanto em Caixa quanto em Bancos; assim, mesmo os rendimentos de aplicações
financeiras; as despesas bancárias normalmente lançadas diretamente na conta bancária do
investidor, ainda que não transitem pelo Caixa, devem ser registradas no mesmo. Também os
valores creditados diretamente em conta bancária correspondentes a qualquer importância
recebida, bem como os pagamentos efetuados mediante cheque bancário, precisam ser
registrados neste livro "Caixa".
O saldo deste livro representa o montante dos valores disponíveis em Caixa mais o
saldo das contas representativas das disponibilidades existentes em depósitos bancários.
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1.- A empresa entrega, para desconto, no Banco do Brasil S/A, as duplicatas n. 116 e 117,
emitidas contra L. Bandeira e C. de Castro, no valor de $ 26.000,oo e 32.000,oo,
respectivamente. O Banco descontou as despesas no valor de $ 7.300,oo e depositou o
restante na conta movimento da empresa:
2.- Chegado o vencimento, o B do Brasil avisa que L. Bandeira liquidou sua conta:
TITULOS DESCONTADOS
L. Bandeira. 26.000,00
a CLIENTES
L Bandeira 26.000,00
3. Avisa também que C. Castro não efetuou o pagamento no vencimento, devendo o título ser
reembolsado:
TITULOS DESCONTADOS.
C. Castro.. 32.000,00
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a B DO BRASIL C/ MOVIMENT.
Valor reembolsado. 32.000,00
TITULOS INCOBRAVEIS
Perda com clientes. 1.500,00
a CLIENTE.
Tulio Ventosa, n/ dupl. 116.. 1.500,00
5.- Pagamento de despesas (seguros) que serão apropriadas na medida que o encargo se
consubstancie como tal.
6.- Apropriação da despesa com seguro relativa ao mês em curso. A despesa paga corresponde
a um ano, logo: 4.800,00 / 12 = 400,00
7.- O Aluguel relativo ao mês de março de 19x1 só será pago no dia 10 de abril. Adotado o
regime de competência precisamos fazer o registro da despesa correspondente e o
provisionamento para liquidação da divida na data do vencimento.
ALUGUEIS PASSIVOS.
Valor correspondente a março. 5.000,00
a ALUGUEIS A PAGAR.
Luiz E. Krause. 5.000,00
8.- Os ordenados também são provisionados ao final do mês de março para serem pagos no
inicio de abril. Ao ser provisionado o valor do ordenado a pagar também será registrada a
divida da empresa pelo valor da contribuição ao INSS descontada do empregado.
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ORDENADOS.
Valor da folha de pagamento março 19x1 10.000,00
a ORDENADOS A PAGAR.
Líquido a pagar – março 19x1 9.100,00
a INSS A RECOLHER.
Valor retido 900,00
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIARIAS.
Encargos da empresa – folha de março. 2.800,00
a INSS A RECOLHER.
Relativo a folha de março 19x1 2.000,00
a FGTS A RECOLHER.
Relativo a folha de março 19x1. 800,00
10.- A duplicata nr. 7.452, emitida por Leoncio Gauderio, no valor de $ 15.000,oo foi paga
antecipadamente, com desconto de $ 1.500,00.
FORNECEDORES..
LEONCIO GAUDERIO –
S/ Duplicata 7452 15.000,00
a CAIXA ou BANCOS
Duplicata 7452 – Leoncio Gauderio 13.500,00
a DESCONTOS OBTIDOS.
Duplicata 7452 – Leoncio Gauderio 1.500,00
11.- Por sua vez, a duplicata 2.457, no valor de $ 63.000,00, emitida por Omega, foi paga
depois de vencida, com juros de Cr$ 2.000,oo
FORNECEDORES.
OMEGA
. Duplicata 2.457. 63.000,00
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JUROS PASSIVOS.
Omega – Sua duplicata 2.457 2.000,00
a CAIXA ou BANCOS.
Omega – Sua duplicata 2.457. 65.000,00
DEVOLUÇÃO DE COMPRAS
Valor transferido para C M V 3.000,00
a CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
Valor transferido de Devolução de compras 3.000.00
MERCADORIAS – Estoque
Valor do estoque existente em 31.12... 35.000,00
a CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
Valor do estoque existente em 31.12....s 35.000.00
13- Compras a prazo de mercadorias para revenda no valor de $ 100.000,00, ICMS embutido
no preço (12%) = 12.000,oo
COMPRAS.
J. Tavares – s/ Nota Fiscal 312 88.000,00
ICMS A RECUPERAR..
N.Fiscal 312 de J. Tavares. 12.000,00
a FORNECEDORES.
J TAVARES
S/ Nota Fiscal 312. 100.000,00
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14- Venda à vista de mercadoria adquirida para revenda, no valor de $ 100.000,oo. O ICMS
incidente sobre esta venda é de 17%, ou seja $ 17.000,00.
CAIXA
Vendas à Vista cfe Notas Fiscais 01 a 16. 100.000,00
a VENDAS À VISTA
Notas Fiscais 1 a 16. 100.000,00
ICMS S/VENDAS (Abatim.Rec.Bruta)
Imposto contido nas vendas.. 17.000,00
a ICMS A RECOLHER (passivo circ.)
Valor e recolher 17.000,00
===============================================================
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CAPITULO IV
Inicialmente, convém analisar o que devemos entender por mercadoria. Para evitar
distorções no entendimento, passaremos a considerar como mercadoria qualquer bem móvel,
novo ou usado, que tenha sido adquirido com a finalidade de revendê-lo ou alugar o seu uso,
no mesmo estado em que foi adquirido ou submetido a qualquer processo de industrialização.
É irrelevante a distinção entre mercadoria (bens adquiridos para serem revendidos no
mesmo estado) e produtos (bens adquiridos para serem revendidos depois de submetidos a
algum processo de industrialização).
Por força de disposição contida na legislação do Imposto de Renda (IN SRF 51/78)
as empresas devem, nas entradas de mercadorias destinadas a revenda, assim como nas
entradas de matérias-primas a serem empregadas na industrialização de produtos a serem
revendidos , excluir o montante dos impostos recuperáveis acrescidos ao preço da mercadoria
ou produto e destacados na nota fiscal. Isto significa que o ICMS que vem destacado na Nota
Fiscal deve ser contabilizado em separado do valor da mercadoria adquirida através do referido
documento; significa, também que o valor do IPI, acrescido ao preço da mercadoria e lançado
na mesma Nota Fiscal deve ser contabilizada separadamente do valor da mercadoria adquirida.
Uma Nota Fiscal no valor de R$ 100,00 está representando uma compra de
mercadorias no valor de R$ 83,00 e um crédito de ICMS de R$ 17,00.
Quando as mercadorias forem destinadas ao consumo ou uso próprio do adquirente,
não se destinando a revenda nem a industrialização para posterior revenda, os impostos
indiretos não são recuperáveis e, por isso, integram o seu custo de aquisição.
========================================================================
EMPRESAS COMERCIAIS.
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Contabilização:
a) Compras em que não houve incidência do IPI:
Exemplo:
Valor das mercadorias constante na N.Fiscal.................... 100.000,00
Valor do ICMS embutido................................................: 17.000,00
= Valor liquido das mercadorias......................................: 83.000,00
COMPRAS
Trevisan & Cia. – Nota Fiscal 234. 83.000,00
ICMS A RECUPERAR
Nota Fiscal 234 – Trevisan & Cia 17.000,00
a CAIXA.
Trevisan & Cia. Ltda - Nota fiscal 234 100.000,00
Exemplo:
Valor das mercadorias constantes na Nota Fiscal......... ... 100.000,00
+ Valor do IPI cobrado................................................... 8.000,00
= Total da compra........................................................... 108.000,00
ICMS destacado na Nota Fiscal...................................... 12.000,00
COMPRAS
Dias & Dias Ltda – Nota Fiscal 444 96.000,00
ICMS A RECUPERAR.
Nota Fiscal 444 de Dias & Dias Ltda.. 12.000,00
a CAIXA
Dias & Dias Ltda. – Nota Fiscal 444 108.000,00
========================================================================
EMPRESAS INDUSTRIAIS.
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Quando, na operação, não houver incidência do IPI, o lançamento deve ser feito da
mesma forma que se faz no comercio.
Exemplo:
Valor da Nota Fiscal............................................... 100.000,00
ICMS destacado na Nota Fiscal............................ 12.000,00
Valor líquido das mercadorias.............................. 88.000,00
COMPRAS
Marcondes Viana, s/ Nota Fiscal 16 88.000,00
ICMS A RECUPERAR
Nota Fiscal n. 16 – M. Viana. 12.000,00
a CAIXA
Marcondes Viana, Nota Fiscal n. 16 100.000,00
Exemplo:
Valor da fatura..................................... 100.000,00
+ mais IPI............................................. 8.000,00 108.000,00
ICMS destacado............................ 12.000,00
COMPRAS
C. Polidoro, s/ Nota Fiscal 416 88.000,00
ICMS A RECUPERAR
Nota Fiscal 416 – C. Polidoro. 12.000,00
IPI A RECUPERAR
Nota Fiscal 416 – C. Polidoro 8.000,00
a CAIXA.
Pago Nota Fiscal 416 de C. Polidoro 108.000,00
========================================================================
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CAIXA.
Vendas à Vista cfe. Notas Fiscais 17 a 35. 108.000,00
a VENDAS A VISTA
Notas Fiscais 17 a 35 100.000,00
a IPI A RECOLHER
Valor retido – Notas Fiscais 17 a 35 8.000,00
b) O ICMS.
Como se sabe, o ICMS integra a sua base de cálculo, isto é, ele está incluído no preço
de venda da mercadoria ou produto.
Assim, se o ICMS integra a receita bruta, dela precisa ser excluído (abatido) afim de
se obter o valor da receita líquida.
ICMS S/VENDAS
Valor do ICMS embutido nas vendas. 17.000,00
a ICMS A RECOLHER.
Valor a recolher 17.000,00
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O encerramento do período.
ICMS A RECOLHER.
Valor que se transfere de ICMS a recuperar. 17.000,00
a ICMS A RECUPERAR
Valor que se transfere para ICMS a recolher 17.000,00
Com este lançamento, as duas contas passam a apresentar saldo "zero", significando
que a empresa não deve nada em relação ao ICMS, mas também não detêm saldo favorável.
Vejamos agora o lançamento de apuração do IPI:
IPI A RECOLHER
Valor que se transfere de IPI a recuperar 8.000,00
a IPI A RECUPERAR
Valor que se transfere para IPI a recolher. 8.000,00
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Feito este lançamento, a conta IPI A RECOLHER apresenta saldo "zero" e a conta
IPI A RECUPERAR fica com um saldo de $ 4.000,00o, significando que a empresa nada deve
em relação ao IPI e inicia o período seguinte com um saldo favorável de $ 4.000,00.
Como regra geral, podemos afirmar que, na elaboração do conta corrente fiscal
transfere-se o valor da conta que apresenta menor saldo para a conta cujo saldo é maior. Este
lançamento encerra uma das duas contas, permanecendo aberta apenas uma delas, que indica o
valor do imposto favorável ao contribuinte aproveitável nos meses subsequentes, ou, em caso
contrário o valor do imposto devido.
A empresa que adquirir bens através de consórcio poderá se defrontar com duas fases
distintas, que refletem, necessariamente, procedimentos diversos:
ADIANTAMENTO A FORNECEDORES
Pago quota n. 1. 692.00
a CAIXA
Consórcio Krause – Quota n. 1 692.00
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VEICULOS
Recebido cfe. NF n. 16 de Consórcio Krause 34.600,00
a ADIANT.A FORNECEDORES
Valor transferido em virtude recbto do bem. 15.900,00
a FORNECEDORES
Débito correspondente a 20 quotas pendentes 13.840,00
a VARIAÇÕES MONETÁRIAS ATIVAS
Diferença apurada no recebimento do bem 4.860,00
FONECEDORES
CONSÓRCIO KRAUSE
– Quota 21. 692,00
a CAIXA
Consórcio Krause – Quota 21 650,00
a VARIAÇÕES MONETÁRIAS ATIVAS
Diferença apurada na liquidação quota 21. 42,00
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FORNECEDORES
CONSÓRCIO KRAUSE
Quota 21 692,00
VARIAÇÕES MONETÁRIAS PASSIVAS
Dif. Apurada quota 21 – Cons. Krause 58,00
a CAIXA
Quota 21 – Consórcio Krause 750,00
CAPITULO V
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Por ocasião do levantamento inventarial cada artigo está marcado com seu custo de
aquisição através de uma etiqueta ou de qualquer outra simbologia convencionada.
Exemplo:
Consideremos as seguintes transações;
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Folha do razão:
MERCADORIAS
Compras: Vendas
1000 unidades a 55,00 55.000,00 1250 unidades. a 64,00 80.000,00
600 unidades a 60,00 36.000,00 Estoque final (750 Unidades) 46.450,00
400 unidades a 65,00 26.000,00
Lucro bruto 9.450,00
Soma 126.450,00 Soma 126.450,00
Os bens são avaliados pelo preço da última aquisição. Não importa que esta tenha
sido de apenas l ou 2 unidades e existam, digamos, 60, 80 ou 100 unidades do mesmo bem ou
mercadoria.
Em nosso exemplo, a última aquisição foi feita ao preço de $ 65,00 cada unidade,
assim, o nosso estoque, avaliado por este sistema, valerá (750 x 65,oo) = $ 48.750,00
MERCADORIAS
Compras Vendas:
1.000 unidades a $ 55,00 55.000,00 1250 unidades a $ 64,00 80.000,00
600 unidades a $ 60,00 36.000,00 Estoque Final (750 unidades) 48.750,00
400 unidades a $ 65,00 26.000,00
Lucro bruto 11.750,00
Soma Soma 128.750,00
128.750,00
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Este método é aceito normalmente pela legislação brasileira para as empresas que não
possuem controle de estoque permanente.
MERCADORIAS
Compras Vendas
1000 unidades a 55,00 55.000,00 1.250 unidades a $ 64,00 80.000,00
600 unidades a 60,00 36.000,00 Estoque final (750 unidades) 47.000,00
400 unidades a 65,00 26.000,00
Lucro Bruto 10.000,00
Soma 127.000,00 Soma 127.000,00
Para a apuração dos estoques por este método recomendamos a utilização das fichas
de estoque; uma vez que nem sempre será a mercadoria adquirida a mais tempo a que restará
por ocasião do inventário.
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MERCADORIAS
Compras Vendas
1.000 un. a 55,00 55.000,00 1250 unid. a 64,00 80.000,00
600 unid. a 60,00 36.000,00 Est. Final (750) 45.250,00
400 unid. a 65,00 26.000,00
Lucro bruto 8.250,00
Soma 125.250,00 Soma 125.250,00
O número de unidades existente, multiplicado pelo preço médio unitário das compras
resultará no valor do estoque existente na data do inventário.
(750 x 60,00) = 45.000,00
MERCADORIAS
Compras: Vendas:
1.000 un. a 55,00 55.000,00 1250 un. a 64,00 80.000,00
600 un. a 60,00 36.000,00 Estoque final (750 un.) 45.000.00
400 un. a 65,00 26.000,00
Lucro Bruto 8.000,00
Soma 125.000,00 Soma 125.000,00
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Este método aproxima o preço médio ao custo das mercadorias em estoque, quando
não for possível obter o custo específico de cada artigo.
MERCADORIAS
Compras: Vendas:
1000 unidades a 55,00 55.000,00 1250 unidades a 64,00 80.000,00
600 unidades a 60,00 36.000,00 Estoque Final (750 unidades) 43.875,00
400 unidades a 65,00 26.000,00
Lucro Bruto 6.875,00
Soma 123.875,00 Soma 123.875,00
Várias são as formas de avaliação dos estoques pelo preço médio ponderado. Este
método pode ser usado, fazendo as avaliações, por períodos de tempo determinado, como
uma semana, um dia, como pode também, ser usado em cada operação.
MERCADORIAS
Compras Vendas
1.000 unidades a 55,00 55.000,00 1.250 unidades a 64,00 80.000,00
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Conclusão.
Observando a tabela acima podemos, com toda a facilidade, concluir que o lucro
bruto varia aritmeticamente na mesma proporção que varia o valor do estoque, donde
podemos afirmar que um estoque superavaliado aumenta os lucros e um estoque subavaliado
reduz os lucros da empresa pelo mesmo valor, ou seja:
Quando se avalia o estoque para mais, o lucro bruto aumenta da mesma
importância com que se aumentou o valor dos estoques;
Quando se avalia o estoque para menos, o lucro bruto diminui da mesma
importância com que se diminuiu o valor dos estoques.
Outros critérios.
Avaliação dos estoques pelo custo de reposição - Para conseguir maior eficácia na
administração das vendas, as empresas costumam adotar o critério de avaliação pelo
custo de reposição com a finalidade de obter um lucro real. Sabendo-se o custo de
reposição, aplica-se sobre ele um percentual de lucro para se saber o preço de venda da
mercadoria.
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aplicar um percentual de lucro bruto sobre o custo desta mercadoria para ofertá-la à
venda, ou seria conveniente verificar seu custo de reposição, que na data da venda
estaria por volta de $ 50,oo e sobre este custo aplicar a margem de lucro ? Para quem
pretende continuar a negociar é de extrema importância analisar a possibilidade de repor
o estoque vendido, para tanto a mercadoria deve, sempre, ser vendida por um preço
superior ao seu preço de reposição.
Avaliação pelo custo histórico ou preço de mercado, o que for mais baixo - Este
critério é considerado como raciocínio conservador ou de prudência, este critério não se
presta para avaliações em países com altos índices inflacionários.
O INVENTÁRIO PERMANENTE.
Fica evidente, após os estudos efetuados que hoje em dia não é mais possível deixar
um intervalo de tempo muito grande para efetuar o controle das existências de mercadorias. A
própria legislação, obriga a se efetuar um levantamento mensal dos estoques existentes e como
o levantamento físico dos estoques todos os meses é, em muitos casos, impraticável, torna-se
necessária a existência de um sistema que permita o controle permanente das mercadorias e
produtos existentes em estoque, um inventário permanente.
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1.598/77.
O preço médio de trata o referido Decreto-lei nada mais é do que o Preço Médio
Ponderado Variável (assunto tratado ponto 1.7, deste capítulo), enquanto o critério de
avaliação pelo preço de aquisição mais recente, é' especificamente, o método de avaliação pelo
sistema FIFO (First in, first out. ) ou PEPS (Primeiro a entrar, primeiro a sair).
Em conclusão, a empresa que não possuir um sistema de controle permanente dos
estoques deverá definir o valor de suas existências, ao final de cada período, por contagem
física ao preço praticado nas compras mais recentes.
Mantendo um sistema de contabilidade de custos integrado e coordenado com o
restante da escrituração, a empresa poderá utilizar este custo para avaliar os estoques dos
produtos em fabricação e dos acabados.
Resumindo: Os estoques podem ser avaliados:
a) - Mercadorias e matérias-primas:
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CONTABILIDADE GERAL I - www.Jair.fema.com.br 43
CAPITULO VI.
O Capital próprio de uma empresa é o excedente do total dos valores ativos sobre o
total dos valores passivos. O capital próprio é a parcela do patrimônio de uma entidade que
restaria após a realização de todos os valores ativos e a liquidação total dos valores passivos.
O Capital próprio, ou Patrimônio Líquido, é a parcela dos valores que restam do ativo de uma
empresa, depois de dar cobertura à todas suas dívidas.
Já vimos, no estudo da contabilidade introdutória que os valores do ativo não surgem
por si só; eles tem sua origem nos capitais - nos capitais de terceiros (por compra de
mercadorias a prazo e por empréstimos recebidos) e nos capitais próprios da empresa.
Justifica-se, assim, a denominação de SITUAÇÃO LIQUIDA ATIVA, dada ao patrimônio
liquido.
Costuma-se dividir o capital próprio em vários grupos, de acordo com a natureza
jurídica e financeira dos valores que o compõem.
O Capital próprio (patrimônio líquido) se divide em:
Capital social ou individual;
Reservas;
Lucros acumulados
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RESERVAS
a–
Reservas de lucro;
Reservas de capital;
a) - As reservas de lucro - As reservas de lucro são formadas pela retenção de parte dos
lucros líquidos alcançados no exercício. Significa que os lucros que poderiam vir a ser
distribuídos entre os sócios da empresa ficam retidos na entidade como se tivessem sido
retirados e depois entregues novamente, como se estivessem integralizando novas quotas de
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capital. A formação das reservas não altera o capital social registrado; elas figuram como uma
espécie de prolongamento (reforço) do capital social.
Reservar, no verdadeiro sentido da palavra representa um gesto de previdência que
consiste em reter parte dos lucros líquidos, não os distribuindo com a finalidade de reforçar o
patrimônio líquido da entidade, fortalecendo a empresa.
.
b) - As Reservas de capital - As reservas de capital são constituídas pelo valor
correspondente à correção monetária da conta "Capital" que é calculada por ocasião de cada
balanço e da própria conta "Reservas de Capital".. Como o valor da conta "Capital" só pode
ser alterado mediante alteração do contrato/estatuto social, o valor da correção monetária não
pode ser lançado diretamente na conta mencionada. O registro desta correção monetária é
feito em conta aberta especialmente para este fim: Reserva de Capital.
Outra forma de constituição da reserva de capital decorre do ágio cobrado no ato do
lançamento de novas ações de empresas em funcionamento. A cobrança deste ágio se justifica
pelo seguinte: Um sociedade anônima, emitiu, na época de sua instalação 1.000 ações, no valor
nominal de $ 5,00, cada uma; assim, seu capital social era de (1.000 x $ 5,00) = $ 5.000,00.
Durante certo período de sua existência conseguiu acumular reservas de lucro no montante de
$ 2.000,00; desta forma, seu capital próprio se apresentava da seguinte forma:
1.- Capital social - 1.000 ações no valor de $ 5,00 cada. 5.000,00
2.- Reservas de lucro.......................................................... 2.000,00
Patrimônio líquido........................................................ 7.000,00
Isto significa que cada ação tem um valor nominal de $ 5,00 e um valor real de $ 7,00
(7.000,00 / 1.000). Admitindo novos sócios, é evidente que eles deverão pagar, no mínimo,
$ 7,00 por cada ação: $ 5,00 pelo valor nominal e $ 2,00 de ágio. Este ágio formará a
"Reserva de capital".
a) - Reservas legais;
b) - Reservas estatutárias ou contratuais; e
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a) - Reservas legais As reservas legais são constituídas por força de lei e referem-se às
sociedades anônimas para fortalecer seu patrimônio liquido, dar maior segurança aos credores
e aos próprios acionistas da empresa.
A constituição da reserva legal, prevista na Lei das Sociedades Anônimas (Lei n.o
6.404/76) será formada pela dedução de 5% (cinco por cento) do lucro líquido e deixará de ser
obrigatória quando atingir a 20% do capital social.
a) - Reservas expressas Reservas expressas são aquelas que aparecem clara e expressamente
no Balanço Patrimonial das empresas. Elas aparecem de forma visível no grupo de contas do
Patrimônio Líquido e participam de forma expressa no capital próprio da empresa.
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c) - Reservas ocultas Uma subavaliação intencional dos valores ativos gera uma reserva
oculta. Também originam reserva ocultas a falta de reavaliaçào dos bens do imobilizado,
quando comprovada sua necessidade.
d) - Reservas fictícias
Necessitando criar uma demonstração contábil que favoreça a opinião de terceiros,
interessados na empresa, em gestões pouco escrupulosas usa-se o artifício de superavaliar os
bens do ativo.
Superavaliando os bens do ativo, cria-se um patrimônio líquido maior do que a
realidade; como o capital social só varia mediante alteração do contrato social, surge uma
reserva fictícia.
b) - Reservas cobertas - Ao contrário das reservas não cobertas, as reservas cobertas são
aquelas que tem no ativo sua correspondente aplicação, mesmo que seja impossível destacar
precisamente o valor da aplicação a que corresponda esta reserva, é uma reserva coberta..
LUCROS ACUMULADOS.
Ocorre freqüentemente que parte do lucro líquido fica retido até que seja decidida sua
destinação. Mais cedo ou mais tarde este lucro acumulado receberá sua destinação específica,
podendo ser distribuído entre os sócios, transformado em reservas ou utilizado no aumento do
capital social. Por falta de desatinação específica, este lucro retido faz parte do patrimônio
líquido da empresa.
Varias são as causas da existência dos lucros acumulados nas demonstrações
contábeis. Entre elas citamos:
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CAPITULO VII
A DEPRECIAÇÃO.
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bem como as benfeitorias edificadas em imóveis de terceiros), entre outros, são "amortizáveis",
amortizam-se.
Os recursos naturais, tais como as florestas, as minas e outros, são exauridos, sofrem
de "exaustão". Apesar de tratar de fenômenos diferentes, com nomes diferentes, os cálculos e
os procedimentos contábeis no tratamento das depreciações, amortizações, e exaustões são os
mesmos.
Contabilmente depreciam-se os bens físicos pertencentes ao ATIVO PERMANETE -
no grupo das IMOBILIZAÇÕES
A perda do valor útil de um bem não pode ser contabilizada, pois sabemos que os atos
e fatos administrativos, para serem contabilizados, precisam ter seu valor expresso em uma
unidade de medida comum; assim, a perda da vida útil de um bem para poder ser registrada na
contabilidade deve, em função do princípio da HOMOGENEIDADE, ser convertida à unidade
de medida usual da contabilidade: a MOEDA.
Causas da depreciação.
Bases da depreciação.
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Exemplo: Veículo adquirido em 07.01.97 foi depreciado â taxa anual de 20% em 1997, 1998 e
1999, não foi depreciado em 2000; em 2001 não poderá ser utilizada taxa superior aos 20%
anuais, isso, todavia, não impede a apropriação de 100% dos encargos, mesmo que isso
implica na dilatação do prazo de vida útil do bem.
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO
Alguns autores preferem denominar este método como "método linear", isto é,' o
método em que as depreciações seguem uma linha, de valor uniforme.
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Exemplo:
Consideremos um veículo cujo valor de aquisição tenha sido de $ 200.000,00 e que
tenha uma vida útil estimada em 5 anos.
Este método tem como fundamento de que mesmo fora de atividade (depois de
esgotada sua vida útil) o bem manterá um valor, por menor que seja: o valor residual.
Assim, temos:
Quota de depreciação = (Valor de Aquisição – Valor Residual) X Taxa de
Depreciação
Ou
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Exemplo:
O veículo do exemplo anterior deve ser depreciado, permanecendo um valor residual
da ordem de $ 2.000,00.
Valor do bem.............................. ..20.000,00
Valor residual............................... . 2.000,00
Valor p/cálculo da depreciação.... ..18.000,00
Cálculo do valor a ser depreciado: (20.000,00 - 2.000,00) = 18.000,00
donde: Cota anual de depreciação: 18.000,00 x 20% = 3.600,00
Outro exemplo – Um veículo adquirido depois de um ano de uso (vida útil de 5 anos):
Vida útil estimada: 5 anos = .......................................60 meses
Vida útil decorridas: 1 ano = ......................................12 meses
Vida útil restante: 4 anos.=.........................................48 meses
Metade da vida útil estimada (2,5 anos)......................30 meses
Vida útil considerada para efeito de cálculo da depreciação (o maior entre 48 e 30
meses) = 48 meses, ou seja 25% ao ano ou 2,0833% ao mês.
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Exemplo:
1. Valor do bem, registrado no ativo imobilizado na data dos reparos.... 10.000,00
2. Depreciação acumulada até a mesma data (45%).......................... .... 4.500,00
3. Parte não depreciado do bem (55%)............................................ .. 5.500,00
4. Custo dos reparos efetuados......................................................... 5.000,00
5. Percentual da parte não depreciado do bem (55%) – Despesa........... . 2.750,00
6. Diferença – a ser lançada no ativo imobilizado................................ 2.250,00
O percentual total a ser depreciado (100%) deve ser dividido pelo número de anos de
vida útil do bem; o resultado indicará a percentagem média de depreciação. Esta percentagem
média consistirá na depreciação do ano central do período a ser depreciado (Período a ser
depreciado: 5 anos - ano central = 3).
Exemplo: um bem com uma vida útil estimada em 5 anos terá sua depreciação total
(100%) dividida por 5 = 20%. Vinte por cento será a depreciação do ano central (3.o ano). A
razão da progressão poderá ser arbitrada.
Digamos que pretendemos depreciar um veículo cujo valor de aquisição tenha sido $
20.000,oo e cuja vida útil tenha sido estimada em cinco (5) anos, adotando-se a progressão
aritmética crescente com a razão de 3%.
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O valor do bem a ser depreciado será dividido pela soma do número de anos de vida
útil do bem. O resultado obtido, denominado "coeficiente de proporcionalidade" será
multiplicado pelo dígito correspondente ao ano que se quer depreciar.
Ou, simplesmente:
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a) - Método direto de registro das depreciações - Pelo método direto de registro das
depreciações, o valor do encargo é subtraído diretamente do valor da máquina ao mesmo
tempo que o encargo é considerado como uma despesa, uma perda.
DEPRECIAÇÕES
Encargos do período 3.600,00
a MÁQUINAS
Registro da depreciação 3.600, 00
MAQUINAS
Data Histórico Movi mento Sal dos
Débito Crédito Devedor Credor
01.01.01 Aquisição veículo 20.000,00 20.000,00
31.12.01 Quota anual deprec. 3.600,00 16.400,00
21.12.02 Quota anual deprec. 3.600,00 12.800,00
31.12.03 Quota anual deprec. 3.600,00 9.200,00
31.12.04 Quota anual deprec. 3.600,00 5.600,00
31.12.05 Quota anual deprec. 3.600,00 2.000,00
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DEPRECIAÇOES
Encargos do período 3.600,00
a DEPREC. ACUMULADAS DE MÁQUINAS
Depreciação do período 3.600,00
A conta "Depreciações" é uma conta de resultado , seu saldo é, periodicamente encerrado com
a sua transferência para "Resultado do Exercício”. A conta "Depreciações acumuladas de
máquinas" é uma conta patrimonial funcionando como conta retificadora do ativo, isto é,
apesar de apresentar saldo credor ela aparece no ativo como conta redutora da conta
"Máquinas".
B ALAN Ç O PAT R I M O N I A L
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ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
Disponibilidades Fornecedores
Direitos curto prazo Financiadores
Estoques Contas a pagar
Despesas antecipadas
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGIVEL A LONGO PRAZO
Direitos longo prazo Contas a pagar
PERMANENTE Financiadores
INVESTIMENTOS
Participações em outras empresas PATRIMÔNIO LÍQUIDO
IMOBILIZADO Capital social
Veículos 20.000,00 Reservas
Deprec acumulada veículos (18.000,00) Lucros acumulados
DIFERIDO
Despesas pré operacionais 6.000,00
Amortização Acumulada (3.200,00)
Total do Ativo Total do Passivo
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31.03 CAIXA
Valor recebido de Nelson de Camargo, p/ venda do
Veículo placas AS 1456, conforme n/ Nota Fiscal 616 14.000,00
RECEITA NÃO OPERACIONAL
RECEITA DA VENDA DE IMOBILIZADO
Valor recebido de Nelson de Camargo, p/ venda do
Veículo placas<AS 1456, conforme n/ Nota Fiscal 616 14.0000,00
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CAPITULO VIII
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RELATÓRIOS CONTÁBEIS
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i – balanço patrimonial;
ii – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
iii - demonstração do resultado do exercício;
iv – demonstração das origens a aplicações de recursos.
Parágrafo 1º - As demonstrações de cada exercício serão
publicadas com a indicação dos valores correspondentes das
demonstrações do exercício anterior.
Parágrafo 2º - Nas demonstrações, as contas semelhantes
poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser
agregados, desde que indicada sua natureza e não ultrapassem
0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é
vedada a utilização de designações genéricas, como “Diversas
contas” ou “Contas correntes”.
Parágrafo 3º - As demonstrações financeiras registrarão a
destinação dos lucros segundo a propostas dos órgãos da
administração, no pressuposto de sua aprovaçao pela
assembléia geral.
Parágrafo 4º- As demonstrações serão complementadas por
notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações
contábeis necessários para esclarecimento da situação
patrimonial e dos resultados do exercício. (...)” (Lei n.º
6.404/76)
O BALANÇO PATRIMONIAL
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a)
passivo circulante;
b)
passivo exigível a longo prazo;
c)
resultado de exercícios futuros;
d)
patrimônio líquido dividido em capital social,
reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas
de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.
Parágrafo 3º - Os saldos devedores e credores que a companhia
não tiver direito de compensar, serão classificados
separadamente.” (Lei n.º 6.404/76.)
O Balanço Patrimonial é um relatório contábil apresentado de forma gráfica, onde
(ativo = passivo + patrimônio Líquido).
É o relatório através do qual o gestor apresenta o resultado da aplicação dos recursos
a ele confiados.
O Balanço Patrimonial é uma representação gráfica dos elementos que constituem o
patrimônio de uma entidade em um determinado momento, normalmente no fim do ano ou
de um período prefixado.
IMOBILIZADO
Bens móveis, imóv., veíc. PATR LÍQUIDO
(-)Deprec acumuladas Capital integralizado
Total Total
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- O ATIVO
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A Lei das sociedades por ações recomenda que os bens e direitos sejam classificados
na ordem do grau de liquidez decrescente; isto faz com que as contas do ativo circulante
estejam posicionadas após as disponibilidades de acordo com a rapidez com que se
converterão em dinheiro.
Na literatura contábil o Ativo Circulante é tratado pelos seguintes sinônimos:
• Capital de Trabalho – É com o ativo circulante que o administrador trabalha
para produzir riquezas atendendo o objeto social da empresa;
• Capital em giro – É o ativo circulante que o administrador movimenta,
procurando girar mais rapidamente possível, visando melhorar a rentabilidade
empresarial;
• Ativo corrente – É o ativo circulante que corre, gira e trabalha no sentido de
trazer benefícios à empresa;
• Capital circulante –É o ativo circulante que assume dentro de um ciclo diversas
formas, iniciando-se com dinheiro, transformando-se em mercadorias,
posteriormente em duplicatas e, novamente, em dinheiro.
a) Disponível -
As disponibilidades representam numerário em caixa, saldos em bancos e direitos de liquidez
imediata que não estão sujeitos a restrições de qualquer natureza para sua utilização. São
recursos da empresa utilizados para fazer frente a seus compromissos imediatos ou para
qualquer outra aplicação relativa à sua atividade.
Caixa - Representa o dinheiro à disposição da empresa. Pode incluir cheques (à vista)
recebidos ainda não depositados. Cheques a receber (prédatados), vales concedidos a
título de adiantamento salarial devem ser registrados em contas especiais (Cheques a
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receber, Adiantamentos etc.)e não figurar no caixa. Seu saldo representa o montante
de dinheiro existente no Caixa.
Bancos c/ movimento (Depósitos bancários à vista)- Representa os depósitos
efetuados em conta bancária que a empresa pode movimentar livremente mediante a
emissão de cheques. Seu saldo representa o montante de dinheiro existente em
depósito naquela data.
Aplicações financeiras de liquidez imediata - São aplicações de liquidez imediata,
ou seja, aplicações que podem ser resgatadas (transformadas em dinheiro) a qualquer
momento, sem qualquer tipo de restrição. Seu saldo representa o montante das
aplicações existentes.
c) (Duplicatas descontadas) -
A duplicata é cedida ao banco pela empresa por meio de endosso. O Banco antecipa à empresa
o valor registrado na duplicata, descontando o juro correspondente ao período entre a entrega
da duplicata e a data do seu vencimento. O impagamento da duplicata ao Banco que efetuou a
operação, na data do seu vencimento, implica no reembolso, pela empresa emitente, do valor
da duplicata. O saldo desta conta representa o valor da soma das duplicatas entregues para
desconto que ainda não foram pagas ou reembolsada. Como forma de se evidenciar o risco por
tal responsabilidade os valores descontados são apresentados como conta retificadora da conta
Clientes.
d) Estoques -
Os estoques são ativo tangíveis (ou aplicações de recursos visando a sua obtenção) destinados
à venda, à distribuição, à transformação ou ao uso próprio no curso normal das atividades.
Estão representados basicamente por: Mercadorias para revenda; produtos acabados; Produtos
em elaboração, Matérias-primas, Almoxarifado e Importações em andamento.
Os estoques cuja realização esteja prevista para ocorrer no exercício social (ou ciclo
operacional) seguinte ao da data do balanço devem ser classificados no ativo circulante; os
demais no ativo realizável a longo prazo.
O estoque assume grande importância no contexto do Balanço Patrimonial e seus
reflexos são imediatamente sentidos no Patrimônio Líquido.
Incluem-se como custo de aquisição: o preço da matéria-prima ou mercadoria,
inclusive os impostos não recuperáveis, o valor da comissão, da embalagem, do frete e do
seguro, quando forem de responsabilidade do adquirente (os impostos recuperáveis não
integram o custo de aquisição das mercadorias e matérias-primas). No caso de importação
incluem-se ainda o imposto de importação, as despesas aduaneiras, de despachante etc., que se
fizerem necessárias até a saída da mercadoria da área do porto de desembarque.
A legislação do IPI e do ICMS contém as regras para o registro e controle dos
estoques através do Livro Registro de Estoques (modelo 3), enquanto a legislação do imposto
de renda cuida dos critérios de controle e, especialmente, dos critérios de avaliação. O valor do
IPI não integra o valor dos estoques na indústria, ele é recuperável; pela mesma razão o valor
do ICMS é excluído do valor dos estoques tanto na indústria como no comércio.
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a) Investimentos
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b.- Imobilizado
“Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I – (...)
II – (...)
III – (...)
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto
bens destinados à manutenção das atividades da companhia e
da empresa, ou exercidos como essa finalidade, inclusive os de
propriedade industrial ou comercial.” (Lei n.º 6.404/76).
Ativo de natureza relativamente permanente, utilizado na atividade operacional da
empresa que não se destina à venda. A circunstância que determina a razão de um bem
adquirido com a intenção de não revende-lo ser lançado no imobilizado ao invés de ser lançado
no investimento é o fato de ser ou não utilizado na consecução dos objetivos da empresa.
A receita Federal (Legislação do Imposto de Renda) não admite que os bens
classificados no Ativo Permanente sejam transferidos para o Ativo Circulante ou no Realizável
a Longo Prazo a pretexto de que serão brevemente vendidos, devendo permanecer no Ativo
Permanente até sua baixa efetiva.
Os bens que compõem o ativo imobilizado podem ser classificados em duas espécies:
• Bens tangíveis – bens corpóreos, que tem uma substância física, concreta,
podem ser tocados: Edifícios, equipamentos, terrenos, obras de arte,
reservas minerais, florestas etc.
• Bens intangíveis (incorpóreos) – ativos que não têm substância física, que
sem serem abstratos não podem ser tocados: Fundo de comércio (goodwill),
direitos autorais, patentes relativas à invenções, marca de indústria ou
comércio (capital humano).
Uma das características dos bens que compõem o ativo imobilizado é sua vida
relativamente longa. Pode-se entender por longa uma vida superior a um ano.
Os gastos com aquisição de bens devem ser lançados no imobilizado, salvo se o bem
adquirido tiver valor unitário inferior a R$ 326,61 (ano de 1999), não pertença a um conjunto
maior (cadeiras de teatro, cinema, bar etc.) ou tenha uma vida útil inferior a um ano. Exemplo:
um grampeador que custa menos de R$ 326,61, deve ser registrado como despesa (material de
consumo).
O valor dos gastos com manutenção ou reparo de bens do ativo imobilizado, desde
que aumente a sua vida útil, deve ser contabilizado como acréscimo ao valor do bem. Não
aumentando a vida útil do bem, o valor gasto com manutenção ou reparos deve ser registrado
como despesa.
A legislação do imposto de renda também admite que se contabilize como despesa ou
custo operacional, os gastos incorridos com conservação e reparos de bens, desde que não
resultem em aumento de sua vida útil.
A maior parte dos bens do ativo imobilizado (exceção feita a terrenos e obras de arte)
tem uma vida útil limitada, quer dizer, serão úteis à empresa por um conjunto de períodos
finitos de tempo. A medida que esses períodos forem decorrendo os bens vão perdendo sua
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O cálculo da depreciação pode ser feito de várias maneiras, entre elas citam-se:
• Método linear (quotas constantes);
• Método da progressão aritmética crescente e decrescente; (utilização não prevista
na legislação tributária (IR)
• Método de Cole; (idem, idem.)
• Método das horas trabalhadas;
• Método das unidades produzidas;
• Todas com e sem valor residual.
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c.- Diferido
A Lei das S/A, no inciso V do art. 179 define o diferido como “as aplicações de
recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício
social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder
o início das operações sociais.”
O ativo diferido agrega as contas que se referem à:
• Gastos de implantação e pré-operacionais;
• Pesquisas e desenvolvimento de produtos;
• Gastos de implantação de sistemas e métodos;
• Gastos de reorganização;
• Benfeitorias em imóveis de terceiros.
Amortização é a operação que consiste em transportar uma parcela periódica do ativo
diferido para custo ou despesa. A amortização das despesas ativadas no Diferido deve ser feita
no prazo mínimo de 5 anos e no máximo de 10, a partir do momento em que o resultado desta
despesa ativada entre em funcionamento.
A amortização acumulada é uma conta retificadora do ativo diferido.
2 - PASSIVO
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• Patrimônio Líquido.
Regra estabelecida pela Lei das S/A estabelece que as obrigações da companhia
quando vencerem no exercício seguinte sejam classificadas no passivo circulante. Também
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3 - Patrimônio Líquido
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O valor do capital social da empresa consta de seu contrato social e deve ser
registrado junto aos órgãos competentes. Qualquer alteração no capital social implica na
alteração desse instrumento e no cumprimento de uma série de formalidades legais, o que
contribui para lhe dar o sentido de invariabilidade. Enquanto o capital próprio é
essencialmente variável o capital social permanece, em geral, sem alterações.
3.1 - Reservas
São parcelas que se retiram dos lucros com a finalidade de reforçar o Patrimônio
Líquido utilizadas, geralmente, para aumentar o capital social.
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As ações da companhia que forem adquiridas pela própria sociedade são denominadas
Ações em Tesouraria. As ações, enquanto mantidas em tesouraria não terão direitos
patrimoniais ou políticos.
O preço de aquisição das ações não poderá ser superior:
a) ao valor de mercado,
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Principais conceitos
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Conceituação da legislação
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por não corresponderem à uma anulação dos valores registrados como receita
bruta, devem ser registradas como Despesas de Venda)
b) Descontos e abatimentos incondicionais – são parcelas redutoras do preço de
venda, constantes na nota fiscal ou fatura de serviços. – Não se enquadram como
descontos e abatimentos incondicionais, aqueles de ordem financeira, como os
concedidos por antecipação de pagamento.
c) Impostos incidentes sobre vendas ou serviços – aqueles que guardam
proporcionalidade com o preço de venda ou serviço, mesmo quando o respectivo
montante integre esses preços:
1) ICMS – Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicações;
2) PIS – Programa de integração social
3) COFINS – Contribuição para o financiamento da Seguridade Social;
4) ISSQN – Imposto sobre serviços de qualquer natureza;
5) IE – Imposto sobre exportação.
(Nota: Em uma empresa comercial o IPI pago sobre as mercadorias adquiridas para revenda,
integra o custo destas. Em estabelecimento industrial, o IPI não constitui despesa nem receita;
o seu controle é feito através de contas patrimoniais: Ipi a recuperar e Ipi a recolher)
3 - Receita líquida -
O Custo das Mercadorias (Produtos) Vendidas será apurado com base no Registro
Permanente de Estoques ou nos estoques existentes no final do período de apuração. O valor
das mercadorias ou matérias-primas existentes no encerramento do exercício poderá ser o
custo médio ou o custo das mercadorias e matérias-primas adquiridas mais recentemente
(PEPS). O contribuinte que mantiver sistema de contabilidade de custo integrado e
coordenado com o restante da escrituração poderá utilizar os custos apurados pelo sistema
para avaliação dos estoques de produtos em fabricação e acabados.
Na apuração do Custo das Mercadorias Vendidas é que se faz importante o
conhecimento dos critérios de avaliação de estoques.
Essa conta recebe as contrapartidas das baixas de estoques das mercadorias ou
matérias-primas que, durante o exercício foram destinadas à revenda, além do custo dos
serviços prestados com a mesma finalidade.
Na forma da contabilização do Custo das vendas no Brasil os juros decorrentes pela
defasagem no pagamento das compras a prazo, vem sendo lançados e pacificamente aceitos
como aumento do custo das mercadorias vendidas, quando se trata, na realidade, de despesa
financeira.
Os encargos com exaustão e os encargos com amortização e depreciação de bens
destinados à produção são considerados como custo de produção, enquanto a amortização e a
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A Contribuição social sobre o lucro incide sobre o lucro do período base ajustado por
adições e exclusões prescritas ou autorizadas pela legislação tributária mediante a aplicação da
alíquota de 9% (nove por cento).
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Forma de apresentação:
a) Demonstração da posição financeira:
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Forma de apresentação
31.12.A 31.12.B
SALDO NO INÍCIO DO EXERCÍCIO
Ajustes de períodos anteriores
SALDO INICIAL AJUSTADO
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Apresentação
AJUSTES DE EXERCÍCIOS
ANTERIORES:
Efeitos de mudança de critérios
contábeis
Retificação de erros de exercícios
anteriores
AUMENTOS DE CAPITAL:
REVERSÕES DE RESERVAS
De Contingências
LUCRO LIQUIDO DO
EXERCÍCIO
PROPOSTA DE DESTINAÇÃO
DO LUCRO:
Transferência para Reservas:
- Reserva p/ contingências
- Reserva Estatutária
- Reserva de lucro
- Reserva Legal
Dividendos a distribuir
SALDO EM 31.12.B
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