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Relações Ecológicas

Podemos classificar as relações entre seres vivos inicialmente em dois grupos: as intra-
específicas, que ocorrem entre seres da mesma espécie, e as interespecíficas, entre seres
de espécies distintas.

É comum diferenciar-se as relações em harmônicas ou positivas e desarmônicas ou


negativas. Nas harmônicas não há prejuízo para nenhuma das partes associadas, e nas
desarmônicas há.

Antes de tratarmos de cada tipo de relação entre os seres vivos, iremos esclarecer o
significado de dois termos: habitat e nicho ecológico.

Noções sobre habitat e nicho ecológico

É clássica a analogia que compara o habitat ao endereço de uma espécie, e o nicho


ecológico à sua profissão. Se você quer encontrar indivíduos de uma certa espécie no
ambiente natural, deve procurá-los em seu habitat. As observações que você fizer sobre
a "maneira como ele vivem", serão indicações do nicho ecológico.

O pescador experiente sabe onde encontrar um certo tipo de peixe, que isca deve usar,
se deve afundá-la mais ou menos, em que época do ano e em qual período do dia ou da
noite ele terá maior chance de sucesso. Ele deve saber muito, portanto, do habitat e
nicho ecológico dos peixes que mais aprecia.

1 - RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS HARMÔNICAS

Relações que ocorrem em indivíduos da mesma espécie, não existindo desvantagem


nem benefício para nenhuma das espécies consideradas. Compreendem as colônias e as
sociedades.

a) Colônias

Agrupamento de indivíduos da mesma espécie que revelam profundo grau de


interdependência e se mostram ligados uns aos outros, sendo-lhes impossível a vida
quando isolados do conjuntos, podendo ou não ocorrer divisão do trabalho.

As cracas, os corais e as esponjas vivem sempre em colônias. Há colônias com divisão


de trabalho. É o que podemos observar com colônias de medusas de cnidários
(caravelas) e com colônias de Volvox globator (protista): há alguns indivíduos
especializados na reprodução e outros no deslocamento da colônia (que é esférica) na
água.

b) Sociedades
As sociedades são agrupamentos de indivíduos da mesma espécie que têm plena
capacidade de vida isolada mas preferem viver na coletividade. Os indivíduos de uma
sociedade têm independência física uns dos outros. Pode ocorre, entretanto, um certo
grau de diferenciação de formas entre eles e de divisão de trabalho, como sucede com as
formigas, as abelhas e os térmitas ou cupins.

Nos diversos insetos sociais a comunicação entre os diferentes indivíduos é feita através
dos ferormônios - substâncias químicas que servem para a comunicação. Os
ferormônios são usados na demarcação de territórios, atração sexual, transmissão de
alarme, localização de alimento e organização social.

2 - COMPETIÇÃO INTRA-ESPECÍFICAS

É a relação intra-específica desarmônica, entre os indivíduos da mesma espécie, quando


concorrem pelos mesmos fatores ambientais, principalmente espaço e alimento. Essa
relação determina a densidade das populações envolvidas.

a) Canibalismo

Canibal é o indivíduo que mata e come outro da mesma espécie. Ocorre com
escorpiões, aranhas, peixes, planárias, roedores, etc. Na espécie humana, quando existe,
recebe o nome de antropofagia (do grego anthropos, homem; phagein, comer).

3 - RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS

Ocorrem entre organismos de espécies diferentes. Compreendem a protocooperação, o


mutualismo, o comensalismo e inquilinismo.

a) Comensalismo

É uma associação em que uma das espécies — a comensal — é beneficiada, sem causar
benefício ou prejuízo ao outro. O termo comensal tem interpretação mais literal:
"comensal é aquele que come à mesa de outro".

A rêmora é um peixe dotado de ventosa com a qual se prende ao ventre dos tubarões.
Juntamente com o peixe-piloto, que nada em cardumes ao redor do tubarão, ela
aproveita os restos alimentares que caem na boca do seu grande "anfitrião".

A Entamoeba coli é um protozoário comensal que vive no intestino humano, onde se


nutre dos restos da digestão.

b) Inquilinismo

É a associação em que apenas uma espécie (inquilino) se beneficia, procurando abrigo


ou suporte no corpo de outra espécie (hospedeiro), sem prejudicá-lo.
Trata-se de uma associação semelhante ao comensalismo, não envolvendo alimento.
Exemplos:

• Peixe-agulha e holotúria

O peixe-agulha apresenta um corpo fino e alongado e se protege contra a ação de


predadores abrigando-se no interior das holotúrias (pepinos-do-mar), sem prejudicá-los.

• Epifitismo

Epífias (epi, em cima) são plantas que crescem sobre os troncos maiores sem parasitá-
las. São epífitas as orquídeas e as bromélias que, vivendo sobre árvores, obtêm maior
suprimento de luz solar.

c) Mutualismo

Associação na qual duas espécies envolvidas são beneficiadas, porém, cada espécie só
consegue viver na presença da outra. Entre exemplos destacaremos.

• Liquens

Os liquens constituem associações entre algas unicelulares e ceros fungos. As algas


sintetizam matéria orgânica e fornecem aos fungos parte do alimento produzido. Esses,
por sua vez, retiram água e sais minerais do substrato, fornecendo-os às algas. Além
disso, os fungos envolvem com suas hifas o grupo de algas, protegendo-as contra
desidratação.

• Cupins e protozoários

Ao comerem madeira, os cupins obtêm grandes quantidades de celulose, mas não


conseguem produzir a celulase, enzima capaz de digerir a celulose. Em seu intestino
existem protozoários flagelados capazes de realizar essa digestão.Assim, os
protozoários se valem em parte do alimento do inseto e este, por sua vez, se beneficia da
ação dos protozoários. Nenhum deles, todavia, poderia viver isoladamente.

• Ruminates e microorganismos

Na pança ou rúmen dos ruminantes também se encontram bactérias que promovem a


digestão da celulose ingerida com a folhagem. É um caso idêntico ao anterior.

• Bactérias e raízes de leguminosas

No ciclo do nitrogênio, bactérias do gênero Rhizobium produzem compostos


nitrogenados que são assimilados pelas leguminosas, por sua vez, fornecem a essas
bactérias a matéria orgânica necessária ao desempenho de suas funções vitais.

• Micorrizas
São associações entre fungos e raízes de certas plantas, como orquídeas, morangueiros,
tomateiros, pinheiros, etc. O fungo, que é um decompositor, fornece ao vegetal
nitrogênio e outros nutrientes minerais; em troca, recebe matéria orgânica
fotossintetizada.

d) Protocooperação

Trata-se de uma associação bilateral, entre espécies diferentes, na qual ambas se


beneficiam; contudo, tal associação não é obrigatória, podendo cada espécie viver
isoladamente.

A atuação dos pássaros que promovem a dispersão das plantas comendo-lhes os frutos e
evacuando as suas sementes em local distante, bem como a ação de insetos que
procuram o néctar das flores e contribuem involuntariamente para a polinização das
plantas são consideradas exemplos de protocooperação. Como exemplos citaremos:

• Caramujo paguro e actínias

També conhecido como bernardo-eremita, trata-se de um crustáceo marinho que


apresenta o abdomên longo e mole, desprotegido de exoesqueleto. A fim de proteger o
abdomên, o bernardo vive no interior de conchas vazias de caramujos. Sobre a concha
aparecem actínias ou anêmonas-do-mar (celenterados), animais portadores de tentáculos
urticantes. Ao paguro, a actínia não causa qualquer dano, pois se beneficia, sendo
levada por ele aos locais onde há alimento. Ele, por sua vez, também se beneficia com a
eficiente "proteção" que ela lhe dá.

• Pássaro-palito e crocodilo

O pássaro-palito penetra na boca dos crocodilos, nas margens do Nilo, alimentando-se


de restos alimentares e de vermes existentes na boca do réptil. A vantagem é mútua,
porque, em troca do alimento, o pássaro livra os crocodilos dos parasitas.

Obs.: A associação ecológica verificada entre o pássaro-palito e o crocodilo africano é


um exemplo de mutualismo, quando se considera que o pássaro retira parasitas da boca
do réptil. Mas pode ser também descrita como exemplo de comensalismo; nesse caso o
pássaro atua reirando apenas restos alimentares que ficam situados entre os dentes do
crocodilo.

• Anu e gado

O anu é uma ave que se alimenta de carrapatos existentes na pele do gado, capturando-
os diretamente. Em troca, o gado livra-se dos indesejáveis parasitas.

e) Esclavaismo ou sinfilia

É uma associação em que uma das espécies se beneficia com as atividades de outra
espécie. Lineu descreveu essa associação com certa graça, afirmando: Aphis
formicarum vacca (o pulgão, do gênero Aphis, é a vaca das formigas).
Por um lado, o esclavagismo tem características de hostilidade, já que os pulgões são
mantidos cativos dentro do formigueiro.Não obstante, pode-se considerar uma relação
harmônica, pois os pulgões também são beneficiados pela facilidade de encontrar
alimentos e até mesmo pelos bons tratos a eles dispensados pelas formigas (transporte,
proteção, etc). Essa associação é considerada harmônica e um caso especial de
protocooperação por muitos autores, pois a união não é obrigatória à sobrevivência.

4 - COMPETIÇÃO INTERESPECÍFICAS

Relações interespecíficas desarmônicas entre espécies diferentes, em uma mesma


comunidade, apresentam nichos ecológicos iguais ou muito semelhantes,
desencadeando um mecanismo de disputa pelo mesmo recurso do meio, quando este
não é suficiente para as duas populações.

Esse mecanismo pode determinar conrole da densidade das duas populações que estão
interagindo, extinção de uma delas ou, ainda, especialização do nicho ecológico. Fig. p
9 - meta

a) Amensalismo ou Antibiose

Relação no qual uma espécie bloqueia o crescimento ou a reprodução de outra espécie,


denominada amensal, através da liberação de substâncias tóxicas. Exemplos:

• Os fungos Penicillium notatum eliminam a penicilina, antibiótico que impede


que as bactérias se reproduzam.
• As substâncias secretadas por dinoflagelados Gonyaulax, responsáveis pelo
fenômeno "maré vermelha", podem determinar a morte da fauna marinha.
• A secreção e eliminação de substâncias tóxicas pelas raízes de certas plantas
impede o crescimento de outras espécies no local.

b) Parasitismo

O parasitismo é uma forma de relação desarmônica mais comum do que a antibiose. Ele
caracteriza a espécie que se instala no corpo de outra, dela retirando matéria para a sua
nutrição e causando-lhe, em conseqüência, danos cuja gravidade pode ser muito
variável, desde pequenos distúrbios até a própria morte do indivíduo parasitado. Dá-se o
nome de hospedeiro ao organismo que abriga o parasita. De um modo geral, a morte do
hospedeiro não é conveniente ao parasita. Mas, a despeito disso, muitas vezes ela
ocorre.

c) Predatismo

Predador é o indivíduo que aaca e devora outro, chamado presa, pertencente a espécie
diferente. Os predadores são geralmente maiores e menos numerosos que suas presas,
sendo exemplificadas pelos animais carnívoros.
As duas populações - de predadores e presas - geralmente não se extinguem e nem
entram em superpopulação, permanecendo em equilíbrio no ecossistema. Para a espécie
humana, o predatismo, como fator limiante do crescimento populacional, tem efeito
praticamente nulo.

Formas especiais de adaptações ao Predatismo

• Mimetismo

Mimetismo é uma forma de adaptação revelada por muitas espécies que se assemelham
bastante a outras, disso obtendo algumas vantagens.

A cobra falsa-coral é confundida com a coral-verdadeira, muito temida, e, graças a isso,


não é importunada pela maioria das outras espécies. Há mariposas que se assemelham a
vespas, e mariposas cujo colorido lembra a feição de uma coruja com olhos grandes e
brilhantes.

• Camuflagem

Camuflagem é uma forma de adaptação morfológica pela qual uma espécie procura
confundir suas vítimas ou seus agressores revelando cor(es) e/ou forma(s) semelhante(s)
a coisas do ambiente. O padrão de cor dos gatos silvestres, como o gato maracajá e a
onça, é harmônico com seu ambiente, com manchas camuflando o sombreado do fundo
da floresta. O mesmo se passa com lagartos (por exemplo, camaleão), que varia da cor
verde das folhas à cor marrom do substrato onde ficam. Os animais polares costumam
ser brancos, confundindo-se com o gelo. O louva-a-deus, que é um poderoso predador,
se assemelha a folhas ou galhos.

• Aposematismo

Aposematismo é o mesmo que coloração de advertência. Trata-se de uma forma de


adaptação pela qual uma espécie revela cores vivas e marcantes para advertir seus
possíveis predadores, que já a reconhecem pelo gosto desagradável ou pelos venenos
que possui.

Muitas borboletas exibem os chamados anéis miméticos, com cores de alerta, que
desestimulam o ataque dos predadores.

Uma espécie de coloração de advertência bem conspícua é Dendrobates Ieucomelas, da


Amazônia, um pequeno sapo colorido com listras pretas e amarelas e venenoso.

TABELA DE REPRESENTAÇÃO DAS RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS

Espécies
TIPOS DE Espécies separadas
reunidas
RELAÇÕES
A B A B
Inquilinismo + 0 0 0
Comensalismo + 0 0 0
Mutualismo + + – –
Protocooperação + + 0 0
Amensalismo 0 – 0 0
Predatismo + – – 0
Competição – – 0 0
Parasitismo + – – 0

0: espécies cujo desenvolvimento não é afetado


+: espécie beneficiada cujo desenvolvimento torna-se possível ou é melhorado
–: espécie prejudicada que tem seu desenvolvimento reduzido.

Autoria: Eliseu Zavali dos Santos

RELAÇÕES ECOLÓGICAS

Todos os seres vivos se relacionam com outros, tanto da mesma espécie (relações
intraespecíficas) quanto de espécies distintas (relações interespecíficas). Estas podem
ser harmônicas, quando não há prejuízo para nenhum dos indivíduos envolvidos; ou
desarmônicas, quando pelo menos um se prejudica.

RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS HARMÔNICAS:

Sociedade: indivíduos da mesma espécie, mantendo-se anatomicamente separados, e


que cooperam entre si por meio de divisão de trabalho. Geralmente, a morfologia
corporal está relacionada à atividade que exercem. Ex: abelhas, cupins, formigas, etc.

Colônia: indivíduos associados anatomicamente. Estes podem se apresentar


semelhantes (colônias isomorfas), ou com diferenciação corporal de acordo com a
atividade que desempenham (polimorfas). Ex: determinadas algas (1º exemplo) e
caravela portuguesa (2º exemplo).

RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS DESARMÔNICAS:

Canibalismo: ato no qual um indivíduo se alimenta de outro(s) da mesma espécie.

Competição: disputa por territórios, parceiros sexuais, comida, etc.

RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS:

Mutualismo: indivíduos de espécies diferentes que se encontram intimamente


associados, criando vínculo de dependência. Ambos se beneficiam. Ex: liquens (fungo +
cianobactéria), cupim e protozoário que digere a celulose em seu organismo, micorrizas
(fungos + raízes de plantas), etc.

Protocooperação: indivíduos que cooperam entre si, mas não são dependentes um do
outro para sobreviverem. Ex: peixe-palhaço e anêmona. O primeiro ganha proteção e o
segundo, restos de alimentos destes; pássaros que se alimentam de carrapato bovino,
etc.

Inquilinismo: uma espécie usa a outra como abrigo, sendo que somente ela se
beneficia, mas sem causar prejuízos à outra. Exemplo: orquídeas e bromélias associadas
a árvores de grande porte.

Comensalismo: relação na qual apenas uma espécie se beneficia, mas sem causar
prejuízos à outra. Exemplo: o peixe-piloto se prende ao tubarão, para se alimentar dos
restos de comida deste, e também se locomover com maior agilidade.

RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS:

Amensalismo: uma espécie inibe o desenvolvimento de outra. Ex: liberação de


antibióticos por determinados fungos, causando a morte de certas bactérias.

Predatismo: um indivíduo mata outro para se alimentar. Ex: serpente e rato, pássaro e
semente, etc.

Parasitismo: o parasita retira, do corpo do hospedeiro, nutrientes para garantir a sua


sobrevivência, debilitando-o. Ex: lombriga e ser humano, lagarta e folhagens, carrapato
e cachorro, etc.

Competição: disputa por recursos (território, presas, etc).

Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Relações ecológicas

Em um ecossistema, os seres vivos relacionam-se com o ambiente físico e também entre


si, formando o que chamamos de relações ecológicas.

As relações ecológicas ocorrem dentro da mesma população (isto é, entre indivíduos da


mesma espécie), ou entre populações diferentes (entre indivíduos de espécies diferentes).
Essas relações estabelecem-se na busca por alimento, água, espaço, abrigo, luz ou
parceiros para reprodução.
A seguir veremos alguns exemplos desses tipos de relações.

Relações Harmônicas (relações positivas)

Intra-específica (entre indivíduos da mesma espécie)

Sociedade

União permanente entre indivíduos em que há divisão de trabalho. Ex.: insetos


sociais (abelhas, formigas e cupins)

O que mais chama a atenção em uma colméia é a sua organização. Todo o trabalho é
feito por abelhas que não se reproduzem, as operárias. Elas se encarregam de colher o
néctar das flores, de limpar e defender a colméia e de alimentar as rainhas e as larvas (as
futuras abelhas) com mel, que é produzido a partir do néctar.

A rainha é a única fêmea fértil da colméia coloca os ovos que irão originar outras
operárias e também os zangões (os machos), cuja única função é fecundar a rainha.

Portanto, uma sociedade é composta por um grupo de indivíduos da mesma espécie que
vivem juntos de forma a permanente e cooperando entre si.

Entre os mamíferos também encontramos vários exemplos de sociedades, como os dos


castores, a dos gorilas, a dos babuínos e a da própria espécie humana. A divisão de
trabalho não é tão rigorosa quanto as abelhas, mas também há varias formas de
cooperação. É comum, por exemplo, um animal soltar um grito de alarme quando vê um
predador se aproximar do grupo; ou mesmo um animal dividir alimento com outros.

Colônia
Associação anatômica formando uma unidade estrutural e funcional. Ex.: coral-
cérebro, caravela.

Colônia é um grupo de organismos da mesma espécie que formam uma entidade


diferente dos organismos individuais. Por vezes, alguns destes indivíduos especializam-
se em determinadas funções necessárias à colônia. Um recife de coral, por exemplo, é
construído por milhões de pequenos animais (pólipos) que secretam à sua volta um
esqueleto rígido. A garrafa-azul (Physalia) é formada por centenas de pólipos seguros a
um flutuador, especializados nas diferentes funções, como a alimentação e a defesa;
cada um deles não sobrevive isolado da colônia.

As bactérias e outros organismos unicelulares também se agrupam muitas vezes dentro


de um invólucro mucoso.

As abelhas e formigas, por outro lado, diferenciam-se em rainha, zangão com funções
reprodutivas e as obreiras (ou operárias) com outras funções, mas cada indivíduo pode
sobreviver separadamente. Por isso, estas espécies são chamadas eusociais, ou seja,
formam uma sociedade e não uma colônia.

Interespecífica (entre indivíduos de espécies diferentes)

Mutualismo

Associação obrigatória entre indivíduos, em que ambos se beneficiam. Ex.: líquen,


bois e microorganismos do sistema digestório.
Abelhas, beija-flores e borboletas são alguns animais que se alimentam do néctar das
flores. O néctar é produzido na base das pétalas das flores e é um produto rico em
açucares. Quando abelhas, borboletas e beija-flores colhem o néctar, grãos de pólen se
depositam em seu corpo. O pólen contém células reprodutoras masculinas da planta.
Pousando em outra flor, esses insetos deixam cair o pólen na parte feminina da planta.
As duas células reprodutoras - a masculina e a feminina - irão então se unir e dar origem
ao embrião (contido dentro da semente). Perceba que existe uma relação entre esses
insetos e a planta em que ambos lucram. Esse tipo de relação entre duas espécies
diferentes e que traz benefícios para ambas é chamada mutualismo. Os animais
polinizadores obtêm alimento e a planta se reproduz.

Outro exemplo, é os liquens, associação mutualística entre algas e fungos. Os fungos


protegem as algas e fornecem-lhes água, sais minerais e gás carbônico, que retiram do
ambiente. As algas, por sua vez, fazem a fotossíntese e, assim, produzem parte do
alimento consumido pelos fungos.

Liquens e polinizadores

Interespecífica (entre indivíduos de espécies diferentes)

Comensalismo

Associação em que um indivíduo aproveita restos de alimentares do outro, sem


prejudicá-lo. Ex.: Tubarão e Rêmoras, Leão e a Hiena, Urubu e o Homem.

Tubarão e Peixe Rêmora – O tubarão é reconhecidamente o


maior predador dos mares, ou seja, o indivíduo que normalmente
ocupa o ápice da cadeia alimentar no talassociclo. Já o peixe-
rêmora é pequeno e incapaz de realizar a façanha do predatismo.
O peixe-rêmora vive então associado ao grande tubarão, preso em
seu ventre através de uma ventosa (semelhante a um disco
adesivo). Enquanto o tubarão encontra uma presa, estraçalhando-a
e devorando-a, a rêmora aguarda pacientemente, limitando-se a
comer apenas o que o grande tubarão não quis. Após a refeição, o
peixe-rêmora busca associar-se novamente a outro tubarão
faminto.Para a rêmora a relação é benéfica, já para o tubarão é
totalmente neutra.

Leão e a Hiena – os leões são grandes felinos e ferozes caçadores típicos das savanas
africanas. Eles vivem em bandos e passam a maior parte do dia dormindo (cerca de 20
horas, segundo alguns etologistas). Entretanto são caçadores situando-se, a exemplo
dos tubarões, no ápice da cadeia alimentar. As hienas são pequenas canídeas que
também se agrupam em bandos, mas que vivem a espreita dos clãs dos leões. Quando
os leões estão caçando, as hienas escondem-se esperando que todo o grupo de felinos se
alimente. As hienas aguardam apenas o momento em que os leões abandonam as
carcaças das presas para só assim se alimentarem.

Urubu e o Homem - O urubu ou abutre (nomes vulgares que variam de acordo com a
localização, mas que na verdade representam aves com o mesmo estilo de vida) é um
comensal do homem. O homem é o ser da natureza que mais desperdiça alimentos.
Grande parte dos resíduos sólidos das grandes cidades é formado por materiais
orgânicos que com um tratamento a baixos custos retornariam à natureza de forma mais
racional. O urubu é uma grande ave que se vale exatamente deste desperdício do
homem em relação aos restos de alimentos.

Protocooperação

Associação facultativa entre indivíduos, em que ambos se beneficiam. Ex.:


Anêmona do Mar e paguro, gado e anum (limpeza dos carrapatos), crocodilo
africano e ave palito (higiene bucal).

Às margens do rio Nilo, na África, os ecólogos perceberam a existência de um singular


exemplo de protocooperação entre os perigosos crocodilos e o sublime pássaro-palito.
Durante a sesta os gigantescos crocodilos abrem sua boca permitindo que um pequeno
pássaro (o pássaro-palito) fique recolhendo restos alimentares e pequenos vermes dentre
suas poderosas e fortes presas. A relação era tipicamente considerada como um
exemplo de comensalismo, pois para alguns apenas o pássaro se beneficiava.
Entretanto, a retirada de vermes parasitas faz do crocodilo um beneficiado na relação, o
que passa a caracterizar a protocooperação.

Outro exemplo é do boi e do anum. Os bois e vacas são comumente atacados por
parasitas externos (ectoparasitas), pequenos artrópodes conhecidos vulgarmente por
carrapatos. E o anum preto (Crotophaga ani) tem como refeição predileta estes
pequenos parasitas. A relação é benéfica para ambos (o boi se livra do parasita e o
anum se alimenta).

Bernardo-eremita e Anemôna-do-mar - O bernardo-eremita é um crustáceo do


gênero Pagurus cuja principal característica é a de possuir a região abdominal frágil, em
razão do exoesqueleto não possuir a mesma resistência do cefalotórax. Este crustáceo
ao atingir a fase adulta (ainda em processo de crescimento, portanto realizando as
mudas) procura uma concha de molusco gastrópode (caramujo) abandonada, e instala-se
dentro desta. De certa forma o crustáceo permanece protegido. Entretanto, alguns
predadores, ainda assim conseguem retirar o Pagurus de dentro da concha. É aí que
entra a anêmona-do-mar, um cnidário. Como todos os cnidários (ou celenterados), a
anêmona-do-mar é dotada de estruturas que liberam substâncias urticantes com a
finalidade de defender-se. A associação beneficia tanto a anêmona quanto o Bernardo:
o Bernardo consegue proteção quando uma anêmona se instala sobre sua concha
(emprestada), pois nenhum predador chega perto. Já a anêmona beneficia-se porque seu
“cardápio” alimentar melhora bastante quando de “carona” na concha do Bernardo. A
anêmona normalmente faz a captação de seus alimentos (partículas) através de seus
inúmeros tentáculos, esperando que estes passem por perto. Na carona do Bernardo há
um significativo aumento no campo de alimentação para a anêmona.
Eremita com anêmona grudada em sua concha.

Canibalismo

Relação desarmônica em que um indivíduo mata outro da mesma espécie para se


alimentar. Ex.: louva-a-Deus, aracnídeos, filhotes de tubarão no ventre materno.

Louva-a-deus – o louva-a-deus é um artrópode da classe dos insetos (família


Mantoideae). Este inseto é verde e recebe este nome por causa da posição de suas patas
anteriores, juntas com tarsos dobrados, como se estivesse rezando. Neste grupo de
insetos o canibalismo é muito comum, principalmente no que tange o processo
reprodutivo. É hábito comum as fêmeas devorarem os machos numa luta que antecede
a cópula.

Galináceos jovens – os jovens pintinhos com dias de nascidos, quando agrupados em


galpões não suficientemente grandes para abrigá-los podem, ocasionalmente apresentar
canibalismo, como uma forma de controlar o tamanho da população.

Amensalismo
Relação em que indivíduos de uma espécie produzem toxinas que inibem ou
impedem o desenvolvimento de outras. Ex.: Maré vermelha, cobra (veneno) e
homem, fungo penicillium (penicilina) e bactérias.

A Penicilina foi descoberta em 1928 quando Alexander Fleming, no seu laboratório no


Hospital St Mary em Londres, reparou que uma das suas culturas de Staphylococcus
tinha sido contaminada por um bolor Penicillium, e que em redor das colônias do fungo
não havia bactérias. Ele demonstrou que o fungo produzia uma substância responsável
pelo efeito bactericida, a penicilina.

A Maré vermelha é a proliferação de algumas espécies de algas tóxicas. Muitas delas


de cor avermelhada, e que geralmente ocorre ocasionalmente nos mares de todo o
planeta. Encontramos essas plantas apenas no fundo do mar. Em situações como
mudanças de temperatura, alteração na salinidade e despejo de esgoto nas águas do mar,
elas se multiplicam e sobem à superfície, onde liberam toxinas que matam um grande
número de peixes, mariscos e outros seres da fauna marinha.

Quando isso acontece, grandes manchas vermelhas são vistas na superfície da água. Os
seres contaminados por essas toxinas tornam-se impróprios para o consumo humano.

Maré vermelha

Sinfilia

Indivíduos mantém em cativeiro indivíduos de outra espécie, para obter vantagens.


Ex.: formigas e pulgões.
Os pulgões são parasitas de certos vegetais, e se alimentam
da seiva elaborada que retiram dos vasos liberinos das
plantas. A seiva elaborada é rica em açúcares e pobre em
aminoácidos. Por absorverem muito açúcar, os pulgões
eliminam o seu excesso pelo ânus. Esse açúcar eliminado é
aproveitado pelas formigas, que chegam a acariciar com
suas antenas o abdômen dos pulgões, fazendo-os eliminar
mais açúcar. As formigas transportam os pulgões para os
seus formigueiros e os colocam sobre raízes delicadas, para
que delas retirem a seiva elaborada. Muitas vezes as
formigas cuidam da prole dos pulgões para que no futuro,
escravizando-os, obtenham açúcar. Quando se leva em
consideração o fato das formigas protegerem os pulgões
das joaninhas, a interação é harmônica, sendo um tipo de
protocooperação.

Predatismo

Relação em que um animal captura e mata indivíduos de outra espécie para se


alimentar. Ex.: cobra e rato, homem e gado.

Todos os carnívoros são animais predadores. É o que acontece com o leão, o lobo, o
tigre, a onça, que caçam veados, zebras e tantos outros animais.

O predador pode atacar e devorar também plantas, como acontece com o gafanhoto,
que, em bandos, devoram rapidamente toda uma plantação. Nos casos em que a espécie
predada é vegetal, costuma-se dar ao predatismo o nome de herbivorismo.

Raros são os casos em que o predador é uma planta. As plantas carnívoras, no entanto,
são excelentes exemplos, pois aprisionam e digerem principalmente insetos.

O predatismo é uma forma de controle biológico natural sobre a população da espécie


da presa. Embora o predatismo seja desfavorável à presa como indivíduo, pode
favorecer a sua população, evitando que ocorra aumento exagerado do número de
indivíduos, o que acabaria provocando competição devido à falta de espaço, parceiro
reprodutivo e alimento. No entanto ao diminuir a população de presas é possível que
ocorra a diminuição dos predadores por falta de comida. Em conseqüência, a falta de
predadores pode provocar um aumento da população de presas. Essa regulação do
controle populacional colabora para a manutenção do equilíbrio ecológico.

Parasitismo: Indivíduos de uma espécie vivem no corpo de outro, do qual retiram


alimento. Ex.: Gado e carrapato, lombrigas e vermes parasitas do ser humano.

A lombriga é um exemplo de parasita. É um organismo que se instala no corpo de outro


(o hospedeiro) para extrair alimento, provocando-lhes doenças. Os vermes parasitas
fazem a pessoa ficar mal nutrida e perder peso. Em crianças, podem prejudicar até o
crescimento.
As adaptações ao parasitismo são assombrosas - desde a transformação das probóscides
dos mosquitos num aparelho de sucção, até à redução ou mesmo desaparecimento de
praticamente todos os órgãos, com exceção dos órgãos da alimentação e os
reprodutores, como acontece com as tênias e lombrigas.

Lombriga (Ascaris lumbricoides) e mosquito

Competição Interespecífica: Disputa por recursos escassos no ambiente entre


indivíduos de espécies diferentes. Ex.: Peixe Piloto e Rêmora (por restos deixados pelo
tubarão)

Tanto o Peixe Piloto quanto a Rêmora comem os restos deixados pelos tubarões por
tanto possuem o mesmo nicho ecológico e acabam disputando por espaço nele.

Peixe piloto e rêmora em volta do tubarão

Relações ecológicas
Colméia: relação ecológica intraespecífica harmônica.

Seres vivos de uma mesma comunidade relacionam entre si e com o meio. Tal interação
ocorre não só entre indivíduos da mesma espécie (relações intraespecíficas), mas
também de outras populações (relações interespecíficas); podendo consistir em laços
benéficos, ou não.

Relações ecológicas podem ser harmônicas ou desarmônicas. O primeiro caso ocorre


quando ambos os indivíduos são beneficiados; ou apenas um, mas sem causar dano ao
outro. Já o segundo, quando isto não ocorre.

Como relações intraespecíficas harmônicas, temos:

- Sociedade: Representantes da mesma espécie cooperam entre si, por meio da divisão
de trabalho. Ex: abelhas e cupins.

- Colônia: Associação anatomicamente entre indivíduos, unidos entre si, e que podem
desempenhar funções específicas. Ex: corais.

E as desarmônicas:

- Canibalismo: Um indivíduo se alimenta de outro de sua espécie sendo este,


geralmente, menos capaz.

- Competição intraespecífica: Competição por território, parceiros reprodutivos,


alimentos, dentre outros.

Como relações interespecíficas harmônicas, temos:

- Mutualismo: Ambas as espécies, associadas entre si, se beneficiam, sendo tal relação
imprescindível à sobrevivência destas. Ex: liquens (fungos + algas).

- Protocooperação: Ambas as espécies se beneficiam, mas sem estar dependentemente,


e tampouco obrigatoriamente, unidas. Ex: Caranguejo-eremita e anêmonas-do-mar.

- Inquilinismo: Uma espécie fornece proteção ou moradia à outra, sem se prejudicar.


Ex: orquídeas epífitas.

- Comensalismo: Um organismo se alimenta de restos da alimentação de outro. É uma


relação que fornece benefícios apenas a uma espécie, enquanto a outra permanece
indiferente.

E as desarmônicas:

- Amensalismo: O desenvolvimento ou próprio nascimento de indivíduos de uma


espécie sendo prejudicado graças à secreção de substâncias tóxicas, produzidas por
outra. Ex: secreção antibiótica dos Penicillium.

- Herbivoria: Herbívoros se alimentam de partes ou mesmo de plantas inteiras. Ex: boi -


capim.

- Predatismo: Consiste na captura, morte e alimentação de suas presas. Ex: plantas


carnívoras, aranhas e leões.

- Parasitismo: Um parasita se alimenta de seu hospedeiro sem, necessariamente, levá-lo


a óbito. Ex: carrapato (ectoparasita) e lombrigas (endoparasita).

- Competição interespecífica: Disputa por recursos, entre espécies diferentes,


geralmente de nichos ecológicos semelhantes.

Por Mariana Araguaia


Graduada em Biologia

Relação ecológica
Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema encontram-se várias formas de
interações entre os seres vivos que as formam, denominadas relações ecológicas ou
interações biológicas. Essas relações se diferenciam pelos tipos de dependência que os
organismos mantêm entre si. Algumas dessas interações se caracterizam pelo benefício
mútuo de ambos os seres vivos, ou de apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas
relações são denominadas harmônicas ou positivas.

Outras formas de interações são caracterizadas pelo prejuízo de um de seus participantes


em benefício do outro. Esses tipos de relações recebem o nome de desarmônicas ou
negativas.

Tanto as relações harmônicas como as desarmônicas podem ocorrer entre indivíduos da


mesma espécie e indivíduos de espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre
organismos da mesma espécie, são denominadas relações intraespecíficas ou
homotípicas. Quando as relações acontecem entre organismos de espécies diferentes,
recebem o nome de interespecíficas ou heterotípicas.
Índice
[esconder]

• 1 Relações intraespecíficas harmônicas


o 1.1 Sociedades
o 1.2 Colônias
• 2 Relações interespecíficas harmónicas
o 2.1 Simbiose ou mutualismo
o 2.2 Protocooperação
o 2.3 Inquilinismo ou epibiose
o 2.4 Comensalismo
• 3 Relações interespecíficas
desarmônicas
o 3.1 Amensalismo ou antibiose
o 3.2 Predatismo
o 3.3 Herbivorismo
o 3.4 Parasitismo
o 3.5 Sinfilia ou esclavagismo
• 4 Relações intraespecíficas
desarmônicas
o 4.1 Competição

o 4.2 Canibalismo

[editar] Relações intraespecíficas harmônicas


[editar] Sociedades

As sociedades são associações entre indivíduos da mesma espécie, organizados de um


modo cooperativo e não ligados anatomicamente. Os indivíduos componentes
denominados sociais, colaboram com a sociedade em que estão integrados graças aos
estímulos recíprocos. Sempre observamos a existência de hierarquia, uma divisão de
funções para cada membro participante, o que gera indivíduos especialistas em
determinadas funções aumentando a eficiência do conjunto e sobrevivência da espécie,
a ponto de ocorrerem seleções na escolha da função de acordo com a estrutura do corpo
de cada animal. Por exemplo, formigas-soldados são maiores e possuem mais veneno
(mais ácido fórmico) que as formigas-operárias; a abelha-rainha é grande e põe ovos,
enquanto que as abelhas operárias são menores e não põem ovos.

[editar] Colônias

Uma colônia é o agrupamento de vários indivíduos da mesma espécie que apresentam


um elevado grau de dependência entre si.Podendo ou não ocorrer divisão do trabalho.

Quando constituídas por organismos que apresentam a mesma forma, não ocorre
divisão de trabalho, todos os indivíduos são iguais e executam as mesmas funções
vitais, nesses casos são denominadas colônias isomorfas.Por exemplo as colônias de
corais. Quando constituídas por indivíduos com formas e funções distintas ocorre a
divisão de trabalhos, (são denominadas colônias heteromorfas). Um exemplo é o
celenterado da espécie Physalia physalis, popularmente conhecida por “caravela”, que
formam colônias com indivíduos especializados na proteção e defesa, os chamados
dactilozóides, especializados na reprodução os chamados gonozóides, especializados em
natação os chamados nectozóides, especializados na flutuação os chamados
pneumozóides, e os especializados em digestão os chamados gastrozóides, cada qual
desempenhando funções diferentes no conjunto.

[editar] Relações interespecíficas harmónicas


[editar] Simbiose ou mutualismo

A simbiose ou mutualismo é uma relação entre indivíduos de espécies diferentes, onde


ambos são beneficiados e a associação é obrigatória para a sobrevivência. Um bom
exemplo desta relação costumava ser a associação de algas e fungos formando os
líquenes, porem estudos recentes classificam esse tipo de relação como um parasitismo
controlado, uma vez que foi evidenciada uma estrutura do fungo chamada apreensório,
que possui a função de agarrar a alga (estrutura é comum em parasitas).

Outro exemplo é a relação entre os cupins e a triconinfa. Os cupins, ao comerem a


madeira, não conseguem digerir a celulose, mas em seu intestino vivem os protozoários,
capazes de digeri-la. Os protozoários, ao digerirem a celulose, permitem que os cupins
aproveitem essa substância como alimento. Dessa forma, os cupins atuam como fonte
indireta de alimentos e como “residência” para os protozoários.

[editar] Protocooperação

Na protocooperação, embora as duas espécies envolvidas sejam beneficiadas, elas


podem viver de modo independente, sem que isso as prejudique.

Um dos mais conhecidos exemplos de protocooperação é a associação entre a anêmona-


do-mar e o paguro, um crustáceo semelhante ao caranguejo, também conhecido como
bernardo-eremita ou ermitão. O paguro tem o corpo mole e costuma ocupar o interior de
conchas abandonadas de gastrópodes. Sobre a concha, costumam instalar-se uma ou
mais anêmonas-do-mar (actínias). Dessa união, surge o benefício mútuo: a anêmona
possui células urticantes, que afugentam os predadores do paguro, e este, ao se deslocar,
possibilita à anêmona uma melhor exploração do espaço, em busca de alimento.

Outro exemplo é o de alguns animais que promovem a dispersão de sementes de


plantas, comendo seus frutos e evacuando suas sementes em local distante, e a ação de
insetos que procuram o néctar das flores e contribuem involuntariamente para a
polinização das plantas.

Há também a relação entre o anu e os bovinos, onde o anu, uma ave, se alimenta de
carrapatos existentes na pele dos bovinos, livrando-os de indesejáveis parasitas.

Um outro exemplo também é o pássaro-palito e o jacaré: o jacaré abre a sua boca e o


pássaro-palito entra nela, mas não é devorado porque se ele for devorado o jacaré ficará
com os dentes podres e não poderá mais comer. Ao mesmo tempo que o pássaro-palito
ajuda o jacaré limpando os seus dentes, ele se alimenta com o resto da comida que há
dentro da boca e dos dentes do jacaré, assim os dois se beneficiam de algum modo.
[editar] Inquilinismo ou epibiose

O inquilinismo é um tipo de associação em que apenas um dos participantes se


beneficia, sem causar qualquer prejuízo ao outro. Nesse caso, a espécie beneficiada
obtém abrigo ou, ainda, suporte no corpo da espécie hospedeira, e é chamada de
inquilino. Um exemplo típico é a associação entre orquídeas e árvores. Vivendo no alto
das árvores, que lhe servem de suporte, as orquídeas encontram condições ideais de
luminosidade para o seu desenvolvimento, e a árvore não é prejudicada (ver Epifitia).

Outro exemplo é o do Fierasfer, um pequeno peixe que vive dentro do corpo do pepino-
do-mar (Holoturia). Para alimentar-se, o Fierasfer sai do pepino-do-mar e depois volta.
Assim, o peixe encontra proteção no corpo do pepino-do-mar, que não recebe benefício
nem sofre desvantagem.

[editar] Comensalismo

O comensalismo é um tipo de associação entre indivíduos onde um deles se aproveita


dos restos alimentares do outro sem prejudicá-lo. O ser vivo que se aproveita dos restos
alimentares é denominado comensal, enquanto que o ser vivo que lhe proporciona esse
alimento fácil é denominado anfitrião. Alguns exemplos de comensalismo: A rêmora e
o tubarão. A rêmora ou peixe-piloto é um peixe ósseo que apresenta a nadadeira dorsal
transformada em ventosa, com a qual se fixa no ventre, próximo à boca do tubarão e é
levada com ele. Quando o tubarão estraçalha a carne de suas presas, muitos pedacinhos
de carne se espalham pela água e a rêmora se alimenta desses restos alimentares
produzidos pelas atividades do tubarão.

O exemplo didático mais antigo e mais clássico de comensalismo é o caso das hienas
que se aproveitam dos restos das carcaças deixadas pelos leões mas, diante das
observações realizadas nessa relação entre leões e hienas, ficou evidente que as hienas
esperam que o leão faça o trabalho de abater a presa, em seguida o bando de hienas
ataca o leão de forma a afugentá-lo e assim conseguem se apoderar de sua caça,
inclusive impedindo que ele se alimente da caça que ele mesmo abateu, caracterizando
assim uma relação de esclavagismo interespecífico e não propriamente de
comensalismo. Vez por outra as hienas abatem leões e os devoram numa relação clara
de predatismo. O comensalismo entre hienas e leões só acontece quando o leão já está
fartamente alimentado e já tendo saciado a sua fome, abandona os restos da carcaça para
as hienas e abutres.

[editar] Relações interespecíficas desarmônicas

São relações entre espécies diferentes, na qual há um prejuízo para pelo menos um dos
lados.

[editar] Amensalismo ou antibiose

O amensalismo ou antibiose consiste numa relação desarmônica em que indivíduos de


uma população secretam ou expelem substâncias que inibem ou impedem o
desenvolvimento de indivíduos de populações de outras espécies. O exemplo mais
clássico de amensalismo são os antibióticos produzidos por fungos que impedem a
proliferação das bactérias. Esses antibióticos são largamente utilizados pela medicina,
no combate às infecções bacterianas. O mais antigo antibiótico que se conhece é a
penicilina, substância produzida pelo fungo Penicillium notatum, que foi descoberta
pelo cientista Alexander Fleming em 1928. Fleming realizava pesquisas com bactérias
que eram cultivadas sobre gelatina em placas de Petri, nessa gelatina, acidentalmente
caíram esporos desse bolor chamado Penicillium que rapidamente germinaram e esses
fungos, cultivados junto com as bactérias impediam o desenvolvimento das bactérias e
assim Fleming descobriu o primeiro antibiótico que em seguida foi denominado
penicilina.

Algumas plantas produzem substâncias inibidoras que são exaladas ao seu redor com a
finalidade de inibir a germinação de outras plantas evitando assim que surjam plantas
competidoras nas proximidades da planta inibidora, plantas que poderiam competir por
espaço, luz e água mas que nem chegam a germinar porque foram inibidas, deixando
assim a área livre para a inibidora se desenvolver sozinha. O maior exemplo deste caso
é o eucalipto.

[editar] Predatismo

Predatismo ou predação é uma relação desarmônica em que um ser vivo, o predador


captura e mata um outro ser vivo, a presa, com o fim de se alimentar com a carne dele.
Geralmente é uma relação interespecífica ou seja uma relação que ocorre entre espécies
diferentes.

Os carnívoros são exemplos de animais predadores, o leão, o lobo, o tigre e a onça são
predadores que caçam, matam e comem zebras, coelhos, alces, capivaras e outros
animais. Nas águas são comuns os peixes predadores que vivem caçando e matando
outros peixes a fim de se alimentarem; aves predadoras, que matam e comem outros
animais, como as corujas, águias e gaviões que atacam aves menores, ou seus ovos, ou
outros animais mais pequenos, como ratos e lagartos; répteis predadores como
crocodilos, jacarés e as lagartixas domésticas, que devoram diversos tipos de presas; a
maioria dos aracnídeos são predadores, como as aranhas, lacraias, escorpiões em geral
atacam e devoram moscas, baratas e insetos em geral, ou até pequenas aves e
mamíferos. Até mesmo no mundo dos micróbios o predatismo é evidente, existindo
muitos protozoários maiores que são predadores de protozoários menores.

Raros são os casos em que o predador é uma planta. As plantas carnívoras, no entanto,
são excelentes exemplos, pois aprisionam, matam e digerem principalmente insetos
afins de absorver os minerais contidos na carne deles.

Algumas espécies desenvolveram adaptações para se defenderem dos predadores:

• Mimetismo;
• Camuflagem;
• Aposematismo;

[editar] Herbivorismo

Herbivorismo é uma relação desarmônica entre um consumidor primário e um produtor.


Ocorre quando esse consumidor primário, herbívoro, alimenta-se do produtor Planta.
Pode-se dar como exemplo qualquer consumidor primário que come a planta.
[editar] Parasitismo

Parasitismo é uma relação desarmônica entre seres de espécies diferentes, em que um


deles é o parasita que vive dentro ou sobre o corpo do outro que é designado
hospedeiro, do qual retira alimentos.

Os parasitas geralmente não têm intenções de causar a morte dos hospedeiros, no


entanto por vezes a população do parasita cresce exageradamente em determinados
hospedeiros de forma que a superpopulação desses parasitas acaba causando a morte
desses hospedeiros devido ao excesso de prejuízos causados pela quantidade anormal de
parasitas parasitando um só organismo hospedeiro, designada hiperinfestação de
parasitas.

• Quanto à localização no corpo do hospedeiro, os parasitas podem ser


classificados em:
o Ectoparasitas "ecto" significa à superfície
o Endoparasitas "endo" significa internos
o Parasitas intracelulares "intra" significa dentro das células.

Ectoparasitas são parasitas que vivem no exterior do corpo dos hospedeiros como os
carrapatos, piolhos, pulgas, mosquitos e outros.

Endoparasitas são parasitas que vivem no interior dos hospedeiros como a maioria das
bactérias patogênicas, protozoários, o bicho-geográfico da dermatite linear sepiginosa,
bicho-de-pé da tungíase, vermes intestinais e outros.

Parasitas intracelulares são parasitas microscópicos que vivem e se reproduzem no


interior das células dos hospedeiros, como os vírus e alguns protozoários, como o
Plasmodium#Plasmodium vivax causador da malária.

[editar] Sinfilia ou esclavagismo

Esclavagismo é um tipo de relação ecológica entre seres vivos onde um ser vivo se
aproveita das atividades, do trabalho ou de produtos produzidos por outros seres vivos.

• Existem duas modalidades de esclavagismo:


o Esclavagismo interespecífico
o Esclavagismo intraespecífico

Esclavagismo interespecífico: quando esse tipo de relação ocorre entre indivíduos de


diferentes espécies de seres vivos.

Exemplo: As formigas cuidam e protegem os pulgões para obter o açúcar deles.

Os pulgões são pequenos insetos parasitas de plantas que passam a maior parte do
tempo parados, sugando a seiva açucarada que circula pelos vasos liberianos das
plantas. A seiva elaborada pelas plantas possui uma pequena quantidade de aminoácidos
mas uma grande quantidade do açúcar glicose, assim para obter a quantidade de
aminoácidos que necessitam para formar as suas próprias proteínas, os pulgões
precisam sugar uma quantidade exagerada de seiva açucarada de forma que esse
excesso de açúcar ingerido precisa ser excretado. As formigas lambem todo esse açúcar
que fica saindo constantemente do abdome dos pulgões e assim os mantendo sempre
limpos e protegidos. As formigas protegem os pulgões de eventuais predadores como
por exemplo as joaninhas que são predadores que gostam de caçar e comer os pulgões.
Por outro lado o açúcar é um importante alimento para as formigas então elas se
associam a esses pulgões produtores de açúcar escravizando-os. As formigas inclusive
tratam e protegem os filhotes dos pulgões, cuidam deles, levam eles de um lado para
outro para protegê-los em locais mais seguros nos caules das plantas levando-os
inclusive para dentro do próprio formigueiro delas onde os instalam junto a raízes de
plantas vivas e esses pulgões passam a sugar essas raízes fornecendo açúcar para as
formigas até mesmo debaixo da terra, dentro dos formigueiros delas. O esclavagismo
consiste numa relação onde o esclavagista sempre cuida e protege os seres que foram
por ele escravizados e nesse exemplo embora exista protocooperação a relação é
considerada desarmônica devido a dependência que os pulgões passaram a ter das
formigas. Na protocooperação um sócio não depende do outro para sobreviver mas,
nesse caso se as formigas abandonassem os pulgões eles não conseguiriam se defender
das joaninhas, seriam todos eles devorados e a espécie deles seria extinta.

Os seres humanos praticam o esclavagismo interespecífico em praticamente todas as


atividades agropecuárias e em todas as áreas da zootecnia porque protegemos e
cuidamos de todos os seres vivos a nós associados. Todas as atividades de domesticação
feita pelos humanos são relações de esclavagismo interespecífico, exemplos: apicultura,
aquicultura, avicultura, bovinocultura, caprinocultura, cunicultura, equinocultura,
ovinocultura, sericicultura, suinocultura.

Esclavagismo intraespecífico: quando esse tipo de relação se desenvolve entre


indivíduos da mesma espécie, exemplos:

O leão "macho alfa" do bando é um esclavagista porque se aproveita do trabalho das


leoas.

A hiena "matriarca" do bando é uma esclavagista porque se aproveita do trabalho do


bando.

[editar] Relações intraespecíficas desarmônicas

São relações entre espécies iguais, na qual há um prejuízo para pelo menos um dos
lados.

[editar] Competição

• Existem duas modalidades de competição:


o Competição interespecífica
o Competição intraespecífica

A competição interespecífica é uma relação de competição entre indivíduos de espécies


diferentes, que concorrem pelos mesmos fatores do ambiente, fatores existentes em
quantidades limitadas.

• Alguns exemplos:
o Corujas, cobras e gaviões são predadores que competem entre
si pelas mesmas espécies de presas, principalmente por
pequenos roedores (ratos, preás, coelhos etc...) que são as
presas prediletas destes diferentes predadores, portanto é uma
competição por alimento.
o Árvores de diferentes espécies crescendo umas muito
próximas das outras competem entre sí pelo espaço para as
copas das árvores se desenvolverem e assim obterem mais luz
solar para realizarem a fotossíntese, portanto é uma
competição por luz solar.
o Durante os períodos de estiagem ou seca prolongada fica sem
chover durante meses fazendo com que a oferta de água
potável se reduza drásticamente no ambiente e fazendo com
que animais de diversas espécies diferentes sejam obrigados a
competir pela água que ainda resta em pequenas poças d
´água que ainda existem num lugar ou noutro mas que não são
suficientes para matar a sede de todos eles, portanto uma
competição por água potável.
o Existem muitos outros fatores que levam seres vivos de
diferentes espécies a competirem uns com os outros.

A competição intraespecífica é uma relação de competição entre indivíduos da mesma


espécie, que concorrem pelos mesmos fatores do ambiente, que existem em quantidade
limitada.

Machos de uma mesma espécie precisam competir entre si pelas fêmeas dessa mesma
espécie, fenômeno esse chamado "seleção sexual". Na verdade existe muito
exibicionismo evidente nos comportamentos relacionados à competição que ocorre
durante a seleção sexual nas populações das espécies em geral.

O leão por exemplo tem que competir com os outros leões do bando porque os leões
praticam a poligamia patriarcal e é necessário competir, lutar para ganhar ou perder, a
chance de se acasalar com todas aquelas fêmeas do bando. Para ser o "macho alfa" do
bando o leão terá que ser o mais corajoso dentre todos os leões daquele território porque
terá que enfrentar todos os outros machos que também pretendem essas mesmas leoas e
apenas um leão é eleito pelas fêmeas o "macho alfa" que terá o direito de cobrir todas as
leoas do bando enquanto que os perdedores não se reproduzem. Além de ter que ganhar
a luta com todos os outros leões do bando, o "macho alfa" campeão nessas lutas tem
também que exibir seu urro forte para impressionar as leoas, exibir sua juba linda, suas
garras afiadas, exibir vigor físico e autoridade superior, tudo isso para poder ser eleito e
aceito pelas leoas que também têm lá seus critérios de avaliação pois são elas que
elegem quem será o novo "macho alfa" que terá o direito de se acasalar com todas elas.
Nessas competições os leões derrotados podem inclusive se vingar do "macho alfa" e
matar todos os filhotes dele, para com isso tirá-lo do poder e estimular novamente o cio
das fêmeas para que outro "macho alfa" seja eleito e tenha a chance de acasalar e obter a
sua própria descendência. A competição entre os leões é contínua.

Outros exemplos semelhantes são os galos que competem entre si usando suas esporas
uns contra os outros, carneiros competem lutando com cabeçadas, aranhas lutam com
venenos, o pavão exibe a sua cauda esplêndida para competir com as caudas dos outros
pavões, sapos competem entre si usando o coaxar e algumas exibindo o peito colorido e
inflado, pássaros canoros competem entre si exibindo o canto afinado e as cores da
plumagem, vagalumes competem exibindo as suas luzes no escuro, os grilos competem
exibindo seus sons à noite.

A competição intraespecífica na espécie humana:

Para selecionar quem será a mãe de seus filhos o homem elege alguns fatores como
atributos indispensáveis para considerar uma mulher como sua esposa e a esposa
também tem suas preferências. A aparência, a altura, o peso, a cor dos olhos, o tipo de
corpo se é atraente, sensual, se a pessoa é bonita, se seu cheiro é bom ou não, o bom
hálito, os belos dentes, se a pessoa é agradável, se é simpática, se é bem humorada, se
seu corpo é rígido ou flácido, se é jovem ou não, se é sadio ou não, enfim a beleza
humana de uma forma ampla é um fator muito importante na competição humana que é
muito complexa porque além da beleza física a situação de cada um dentro da sociedade
humana também são fatores preponderantes nesse tipo de competição humana, a classe
social a que pertence, quanto ganha, quantos títulos têm, qual o cargo, qual a empresa,
que tipo de autoridade têm, quantos imóveis tem, que marca de carro usa, que perfumes
usa, que jóias usa, de quais clubes é sócio, que produtos consome, antecedentes
criminais, antecedentes civis, que cursos se formou, qual sua situação econômica atual,
que esportes pratica, de qual etnia é descendente, às vezes até qual religião a pessoa tem
pesa nessa competição também. Enfim tudo isso e muito mais, são ícones atrativos
sexuais importantes na disputa entre machos com machos e fêmeas com fêmeas de
nossa espécie, para decidir quem fica com quem, quais os casamentos serão realizados
para constituir as famílias humanas. Além disso nas atividades humanas existem muitas
outras formas de competições voltadas a outras finalidades além do sexo: Competição
por empregos, por cargos na hierarquia dentro de uma empresa ou instituição,
competição comercial entre uma empresa e outra, competição por terras e territórios,
competição ideológica, religiosa, filosófica, competições esportivas dentre outras
formas de competição.

A competição e a seleção natural:

A competição em ambas modalidades, interespecífica ou intraespecífica constitui-se no


principal instrumento da seleção natural onde vencem as formas de vida mais bem
adaptadas ao meio ambiente, os mais hábeis, os mais fortes, os mais bonitos, os mais
saudáveis, os mais poderosos etc... Dessa forma os mais fracos e menos adaptados ao
meio ambiente não se reproduzem, não mandam seus genes para as gerações futuras e
além disso esses derrotados frequentemente morrem por diversos motivos, morrem de
fome, morrem de sede, morrem de infecções devido aos ferimentos ocorridos nessas
lutas e assim, a competição é um fator seletivo, seleciona os melhores organismos da
população contribuindo assim para o melhoramento genético da espécie e sendo
também um fator regulador da densidade populacional, evitando que a população da
espécie cresça exageradamente se transformando numa superpopulação o que poderia
levar a espécie a se tornar uma praga biológica causando desorganização na teia
alimentar do ecossistema e até em outros níveis mais elevados do espectro biológico.

[editar] Canibalismo

Canibalismo é uma relação de predatismo intraespecífico em que seres de uma mesma


espécie comem outros seres da sua própria espécie.
Muitas espécies de peixes devoram os alevinos de sua própria espécie, jacarés e
crocodilos também devoram filhotes das suas espécies; a aranha viúva-negra e os
insetos louva-a-deus, logo após acasalamento, a fêmea devora o macho para obter as
proteínas de seu organismo, necessárias para desenvolver os ovos no seu organismo.

Relações Ecológicas - Simulado


Assunto: Relações Ecológicas

01. Uma população de parasitas e seus hospedeiros estão em interação.


Eliminando-se os parasitas, espera-se que a população de hospedeiros:
a) cresça continuamente.
b) entre em declínio e depois permaneça em equilíbrio.
c) cresça até certo limite e depois permaneça em equilíbrio.
d) entre em equilíbrio imediatamente.
e) entre em declínio imediatamente.

02. Duas espécies A e B de protozoários ciliados foram colocadas em um


único recipiente. Nesse recipiente, colocou-se, a cada dia, uma quantidade
constante de nutrientes adequados.
As contagens diárias do número de indivíduos estão expressas no gráfico
adiante:

a) O que ocorreu com cada espécie?


b) Interprete esses resultados a partir do conceito de 'nicho ecológico'.

03. O gráfico a seguir apresenta a curva de crescimento de uma população:

Na fase III a população:


a) dobrou o número de indivíduos existentes no início.
b) diminuiu a taxa de mortalidade em relação à fase II.
c) migrou para outro ambiente mais favorável.
d) atingiu a capacidade limite do ambiente.
e) continua crescendo na mesma proporção da fase II.

04. Assinale a alternativa que relaciona um caso de amensalismo:


a) cupins x protozoários flagelados.
b) bactérias x bois.
c) algas Pirrofíceas x peixes.
d) corujas x ratos.
e) orquídeas x árvores.

05. Considere o seguinte gráfico obtido a partir de experimento com duas


espécies (X e Y) de angiospermas flutuantes que habitam lagos e lagoas.

Pela análise do gráfico é possível constatar que entre as espécies X e Y


existem uma relação de:
a) simbiose.
b) mutualismo.
c) parasitismo.
d) competição.
e) antibiose.

06. O gráfico 1 a seguir mostra o tamanho de duas populações de diferentes


espécies, vivendo em um mesmo ambiente antes da introdução de uma
nova espécie. O gráfico 2 mostra o tamanho dessas duas populações,
vivendo nesse mesmo ambiente depois da introdução da nova espécie.
Analisando essas situações, um estudante aventou as seguintes hipóteses:

I A espécie A é predadora da espécie B;


II A espécie B é presa da nova espécie;
III A nova espécie é presa da espécie A.

Pode-se considerar:

a) apenas a hipótese I viável.


b) apenas a hipótese II viável.
c) apenas a hipótese III viável.
d) apenas as hipóteses II e III viáveis.

07. O gráfico a seguir representa a situação de uma determinada doença


em uma população humana e a relação predador/presa (rato) na mesma
localidade habitada por essa população.
Analise o gráfico e verifique o que está acontecendo nos segmentos A1, e
B1, A2 e B2.

08. Na opinião de alguns ecologistas, os animais herbívoros que comem


sementes devem ser considerados predadores e os que comem folhas
devem ser considerados parasitas. Justifique essa classificação.

09. Em determinada região, o pardal foi introduzido para controlar o


aumento populacional de um tipo de lagarta. Ele efetuou tal controle com
eficiência, mas, com o tempo, o próprio pardal tornou-se uma praga.
a) Que nome se dá à técnica empregada no exemplo anterior?
b) Por que o pardal tornou-se praga?

10. Num recipiente, com meio de cultura próprio para paramécios,


introduziram-se duas populações diferentes: 'Paramaecium caudatum' e
'Paramaecium aurelia' com números aproximadamente iguais de indivíduos
das duas espécies. As populações foram contadas, diariamente, durante
alguns dias.
A análise do gráfico a seguir permite concluir-se que a(s):
a) capacidade de reprodução de 'P. caudatum' é muito pequena.
b) população de 'P. aurelia' é mais forte que a 'P. caudatum'.
c) população de 'P. aurelia' é predadora da população de 'P. caudatum'.
d) duas espécies ocupam o mesmo nicho ecológico.
e) duas espécies são comensais.

11. Analise os gráficos a seguir:

Neles temos registradas as relações ecológicas entre as espécies I e II que


ocupam o mesmo nicho. A relação existente entre I e II é do tipo:
a) comensalismo interespecífico e desarmônico.
b) predatismo para equilíbrio ecológico.
c) parasitismo para equilíbrio ecológico.
d) competição interespecífica e desarmônica.
e) competição intra-específica e harmônica.

12. "O fenômeno da maré vermelha ocorre em determinadas condições


ambientais. Certas algas marinhas microscópicas de cor avermelhada
produzem substâncias altamente tóxicas e, como proliferam intensamente,
formam enormes manchas vermelhas no mar. A grande concentração de
toxinas produzidas por essas algas provoca grande mortalidade de animais
marinhos".

O fenômeno acima descrito constitui uma relação ecológica do tipo


a) mutualismo.
b) competição.
c) predatismo.
d) parasitismo.
e) amensalismo.

13. Considere os seguintes eventos ecológicos:

I. Competição de espécies introduzidas com os consumidores primários


nativos.
II. Competição de espécies introduzidas com os consumidores secundários
nativos.
III. Extinção de consumidores primários nativos.
IV. Extinção de consumidores secundários nativos.

Qual das alternativas indica os eventos que poderão ocorrer, na seqüência


correta, se uma criação de ovelhas for introduzida num campo nativo?
a) I ? II ? III
b) I ? II ? IV
c) I ? III ? IV
d) II ? III ? IV

14. Muitas plantas que possuem nectários florais são bravamente


defendidas por formigas que vivem nos seus galhos, alimentando-se do
néctar. Essas formigas impedem, por exemplo, que cupins subam nas
árvores e se alimentem das folhas.
As relações ecológicas estabelecidas por árvore-formigas e formigas-cupins
podem ser denominadas, respectivamente,
a) comensalismo e mutualismo.
b) competição e inquilinismo.
c) inquilinismo e comensalismo.
d) parasitismo e predatismo.
e) protocooperação e competição.

15. Observe o gráfico.

Com relação às curvas de crescimento observadas, pode-se afirmar que:


a) a curva 3 indica que o crescimento da espécie II duplica nas quatro
primeiras horas.
b) a espécie I lança no meio uma substância tóxica que limita o crescimento
da espécie II.
c) a espécie I pode servir de alimento para a espécie II.
d) a porcentagem de sobrevivência está representada na ordenada.
e) as curvas 1 e 2 são iguais quanto à velocidade de crescimento.

16. Uma das alternativas para substituir o uso de inseticidas na agricultura


é o controle biológico. Essa técnica consiste em
a) utilizar uma determinada espécie para combater uma praga.
b) utilizar fungos para produzir antibióticos, e estes serem usados como
medicamento.
c) preparar o solo com técnicas agrícolas que envolvem o adubo verde.
d) contaminar o solo com uma substância industrializada para combater
especificamente as pragas.
e) evitar o crescimento de pragas pelo uso de repelentes industrializados,
que não as matam mas fazem-nas abandonar a área agrícola.

17. Os predadores são eficientes na captura de presas em virtude da


presença de adaptações morfofuncionais, tais como:
a) ventosas nas tênias.
b) mau cheiro no gambá.
c) coloração na esperança.
d) cores berrantes nas borboletas.
e) língua comprida no tamanduá.

18. Observe os gráficos a seguir, que representam o tamanho de diferentes


populações de um mesmo ecossistema, antes e depois da introdução de
uma nova espécie:
A análise desses gráficos permite afirmar que esta nova espécie:
a) manteve comensalismo com a espécie 1.
b) realizou predatismo na espécie 2.
c) serviu de alimento para a espécie 3.
d) ocupou o mesmo nicho da espécie 4.
e) entrou em mutualismo com a espécie 5.

19. Considere as relações ecológicas e os pares de organismos enumerados


a seguir:

I. parasitismo
II. mutualismo
III. comensalismo
IV. predatismo

a) tubarão x peixe-piloto
b) cupim x protozoário
c) árvore x pulgão
d) cobra x sapo

A associação correta é
a) Ia, lIb, IIIc, IVd
b) Ib, IIc, IIId, IVa
c) Ic, IIb, IIIa, IVd
d) Ic, IId, IIIa, IVb

20. Em uma comunidade ocorrem vários tipos de interações entre


populações microbianas, plantas e animais. Algumas interações são neutras
ou indiferentes; outras são benéficas ou positivas, outras, ainda são
prejudiciais. Essas interações positivas e negativas atuam sobre o balanço
ecológico dentro da comunidade.
Assinale as afirmações corretas:

I - A relação de mutualismo entre duas espécies indica que ambas se


beneficiam pela associação.
II - No predatismo, ocorre prejuízo para a presa, no entanto é importante
para o processo de seleção natural.
III - No comensalismo, uma população é beneficiada e a outra não aufere
benefícios, nem sofre desvantagens.
IV - No relacionamento de parasitismo, a população parasitária se beneficia
e a população hospedeira nunca é prejudicada.

A alternativa que contém as afirmações corretas é:


a) I e IV.
b) I, II, III.
c) II e IV.
d) IV e III.
e) IV.

21. O meio ambiente incapaz de fornecer condições exigidas para a vida


(nutrição reprodução e proteção) torna-se impróprio à sobrevivência dos
seres vivos, acarretando o desequilíbrio. Um agricultor com problemas de
excesso de besouros no seu canavial resolveu introduzir na sua fazenda o
sapo-boi, que se alimenta de besouros prejudiciais ao cultivo da cana de
açúcar, considerando não existirem na região espécies de animas aptos a
devorá-lo. O sapo-boi também se alimenta de insetos destruidores de
moscas transmissoras de doenças, prolifera com muita facilidade e vive
aproximadamente 40 anos, pondo, em média, 40 mil ovos por ano.
Na sua opinião, o uso do sapo-boi no exemplo acima citado seria:
a) perigoso, pois na região não existem espécies que possam devorá-lo.
b) Inconveniente, pois causaria a eliminação de insetos favoráveis a cultura
de cana de açúcar.
c) conveniente, pois causaria a eliminação dos insetos destruidores de
moscas transmissoras de doenças.
d) conveniente, uma vez que causaria a eliminação de vespas que se
alimentam também de besouros.
e) conveniente, pois na região não existem outras espécies que possam
devorá-lo.

22. Um dos maiores problemas encontrados pelos agricultores é a


existência de insetos que chegam a destruir lavouras inteiras. Contudo, nem
todos os insetos, denominados pragas, são daninhos durante todas as fases
do ciclo de vida.
a) COMENTE o papel desempenhado pelas borboletas durante sua fase
larval e adulta, em relação ao exposto anteriormente.
b) CITE um inseto que se apresenta como praga desde a fase jovem até a
fase adulta do seu ciclo de vida.

23. O que são relações ecológicas desarmônicas.


Cite dois tipos, exemplificando cada caso.

24. São exemplos de relações ecológicas desarmônicas: canibalismo,


amensalismo, predatismo e parasitismo. Explique duas dessas relações
citadas, exemplificando cada caso.

25. O homem é o único animal que destrói a natureza. O homem é um


terrível destruidor.
O que o homem tem feito para se tornar esse "terrível destruidor" ?

26. A relação entre o homem e lombrigas é equivalente à relação observada


entre:
a) pássaros anú e bois.
b) orquídeas e árvores.
c) cipó-chumbo e árvores.
d) cupins e flagelados.
e) pássaro-palito e crocodilo.

27. A relação entre o leão e as zebras é equivalente à relação observada


entre:
a) pássaros anú e bois.
b) orquídeas e árvores.
c) pássaros e janinhas.
d) cupins e flagelados.
e) pássaro-palito e crocodilo.

28. A atividade de determinados fungos capazes de produzir substâncias


antibióticas que inibem o crescimento de populações de bactérias é
denominada
a) predatismo.
b) parasitismo.
c) canibalismo.
d) competição.
e) amensalismo.

29. Define-se parasitas como seres que


a) se alimentam dos restos alimentares de outras espécies.
b) matam e comem seres de outras espécies.
c) inibem o crescimento de outras populações produzindo substâncias
antibióticas.
d) se nutrem e crescem às custas de seres de outras espécie, sem matá-los
a curto prazo.
e) vivem apoiados ou abrigados em seres de outra espécie sem causar
grandes prejuízos.

30. Define-se predadores como seres que


a) se alimentam dos restos alimentares de outras espécies.
b) matam e comem seres de outras espécies.
c) inibem o crescimento de outras populações produzindo substâncias
antibióticas.
d) se nutrem e crescem às custas de seres de outras espécie, sem matá-los
a curto prazo.
e) vivem apoiados ou abrigados em seres de outra espécie sem causar
grandes prejuízos.

31. Se duas espécies diferentes ocuparem num mesmo ecossistema o


mesmo nicho ecológico, é provável que:
a) se estabeleça entre elas uma relação harmônica.
b) se estabeleça uma competição interespecífica.
c) se estabeleça uma competição intra-específica.
d) uma das espécies seja produtora e a outra, consumidora.
e) uma das espécies ocupe um nível trófico elevado.
32. O tipo de relação existente entre a pulga e o homem é a de:
a) predação
b) competição
c) parasitismo
d) mutualismo
e) comensalismo

33. A planta 'Cuscuta' sp. (cipó-chumbo) é considerada parasita de certos


tipos de vegetais (Ex.: 'Hibiscus' sp.), dos quais ela extrai, com suas raízes
especiais, a seiva elaborada. Essas raízes são chamadas __________ e
alcançam o __________ situado mais __________ ao __________ .

Os espaços devem ser preenchidos correta e respectivamente por:


a) hidatódios, xilema, internamente e floema.
b) hidatódios, floema, externamente e xilema.
c) haustórios, xilema, internamente e floema.
d) haustórios, floema, internamente e xilema.
e) haustórios, floema, externamente e xilema.

34. Os organismos ORQUÍDEAS, BROMÉLIAS, CIPÓ-CHUMBO e LEGUMINOSAS


são encontrados, geralmente, envolvidos nas relações ecológicas a seguir,
respectivamente:
a) parasitismo, parasitismo, parasitismo, mutualismo.
b) epifitismo, parasitismo, parasitismo, mutualismo.
c) parasitismo, epifitismo, parasitismo, mutualismo.
d) epifitismo, epifitismo, parasitismo, mutualismo.
e) epifitismo, parasitismo, mutualismo, parasitismo.

35. Muitas pessoas confundem plantas epífitas com plantas parasitas. São
consideradas como verdadeiras parasitas:
a) orquídeas e erva-de-passarinho.
b) cipó-chumbo e bromélias.
c) orquídeas e bromélias.
d) cipó-chumbo e erva-de-passarinho.
e) cipó-chumbo, erva-de-passsarinho e bromélias.

36. Uma situação que comumente se verifica nas pastagens brasileiras é a


de pássaros pousando sobre bois e vacas para se alimentar de seus
carrapatos. As relações entre os três animais envolvidos são:
a) parasitismo e predatismo, apenas.
b) parasitismo e protocooperação, apenas.
c) predatismo e protocooperação, apenas.
d) parasitismo, predatismo e competição.
e) parasitismo, predatismo e protocooperação.

37. Entre as abelhas melíferas que não possuem ferrão, existe uma espécie
que invade a colméia da outra, a fim de roubar o mel elaborado por elas. O
tipo de relação ecológica descrito é:
a) Parasitismo.
b) Predatismo.
c) Amensalismo.
d) Esclavagismo.
e) Mutualismo.

38. Um grupo de estudantes, em visita à zona rural, observou bois e


gafanhotos alimentando-se de capim; orquídeas, líquens e erva-de-
passarinho em troncos de árvores; lagartos caçando insetos e, no pasto, ao
lado de vários cupinzeiros, anus retirando carrapatos do dorso dois bois.
a) Identifique, entre as diferentes relações descritas no texto, dois exemplos
de parasitismo.
b) Entre as relações observadas pelos estudantes, cite uma relação
interespecífica de benefício mútuo e uma estrutura que indique uma relação
intra-específica.

39. Um vegetal conhecido como "cipó-chumbo" tem aspecto filamentoso e


produz flores e frutos. Suas raízes são do tipo haustório e penetram até o
floema da planta sobre a qual vive.

O "cipó-chumbo" é uma
a) angiosperma epífita, cujas raízes lhe dão suporte, não causando nenhum
prejuízo à outra planta.
b) angiosperma hemiparasita, pois retira a seiva bruta da planta sobre a
qual vive.
c) gimnosperma parasita, que retira a seiva elaborada da outra planta.
d) gimnosperma hemiparasita, que retira a seiva bruta da planta
hospedeira.
e) angiosperma parasita, que retira a seiva elaborada da outra planta.

40. A seguir são citados exemplos de interações ecológicas que ocorrem na


natureza.

Exemplo 1: os gafanhotos e o gado alimentam-se do capim de um mesmo


pasto.

Exemplo 2: o eucalipto libera, de suas raízes, substâncias que impedem a


germinação de sementes de outras espécies ao seu redor.

Exemplo 3: as anêmonas-do-mar são beneficiadas por sua associação com o


caranguejo PAGURUS que, ao se deslocar, possibilita à anêmona uma
melhor exploração do espaço, em busca do alimento; esta última possui
células urticantes que afugentam os predadores beneficiando o PAGURUS.

41. Observa-se que as bananeiras inibem o crescimento de outras espécies


de vegetais plantadas próximo a elas.
Para verificar se essa inibição é provocada por uma substância produzida
pelas bananeiras, o melhor procedimento será
a) comparar o crescimento das outras espécies cultivadas com extrato de
bananeiras, em ambiente com a mesma intensidade luminosa.
b) comparar o crescimento das outras espécies em cultivos com e sem
aplicação de extrato de bananeiras.
c) comparar o crescimento das outras espécies cultivadas com extratos de
bananeiras, em diferentes temperaturas.
d) analisar quimicamente extratos das bananeiras e de outras espécies.

42. Numa determinada região, onde a malária ocorre em níveis crescentes,


certos peixes comem larvas de mosquitos anofelíneos, que sugam o sangue
humano, onde se reproduz o plasmódio, causador da malária.
a) Quais são as relações ecológicas entre os peixes e as larvas de
anofelíneos e entre o plasmódio e o homem?
b) Se nos rios desta região, onde proliferam larvas do mosquito, também
houvesse sapos e as cobras fossem exterminadas, o que deveria ocorrer
com o índice de casos de malária nesta região? Justifique.

43. Leia as afirmativas a seguir, que contêm exemplos de interações entre


os seres vivos.

I - Os pardais são abundantes em Porto Alegre, porque encontram alimento


e abrigo no ambiente construído pelo homem.
II - Várias espécies de baleias foram caçadas pelo homem nas décadas
passadas.
III - Na água, a chamada "maré vermelha" pode causar a morte de milhares
de peixes, como resultado da liberação de substâncias tóxicas pela
proliferação excessiva de certas algas.

Podemos associá-las, respectivamente, aos tipos de interação denominados


a) mutualismo, amensalismo e parasitismo.
b) comensalismo, predação e amensalismo.
c) amensalismo, predação e comensalismo.
d) competição, parasitismo e predação.
e) cooperação, comensalismo e parasitismo.

44. No início deste século, com a finalidade de possibilitar o crescimento da


população de veados no planalto de Kaibab, no Arizona (EUA), moveu-se
uma caçada impiedosa aos seus predadores - pumas, coiotes e lobos. No
gráfico a seguir, a linha cheia indica o crescimento real da população de
veados, no período de 1905 a 1940; a linha pontilhada indica a expectativa
quanto ao crescimento da população de veados, nesse mesmo período,
caso o homem não tivesse interferido em Kaibab.

Para explicar o fenômeno que ocorreu com a população de veados após a


interferência do homem, um estudante elaborou as seguintes hipóteses
e/ou conclusões:

I. lobos, pumas e coiotes não eram, certamente, os únicos e mais vorazes


predadores dos veados; quando estes predadores, até então despercebidos,
foram favorecidos pela eliminação de seus competidores, aumentaram
numericamente e quase dizimaram a população de veados.

II. a falta de alimentos representou para os veados um mal menor que a


predação.

III. ainda que a atuação dos predadores pudesse representar a morte para
muitos veados, a predação demonstrou-se um fator positivo para o
equilíbrio dinâmico e sobrevivência da população como um todo.

IV. a morte dos predadores acabou por permitir um crescimento exagerado


da população de veados, isto levou à degradação excessiva das pastagens,
tanto pelo consumo excessivo como pelo seu pisoteamento.

O estudante, acertou se indicou as alternativas:


a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.

Gabarito:

01. C
02.
a) A população A aumenta e estabiliza enquanto a espécie B aumenta e
depois declina, desaparecendo.
b) Ocorreu competição interespecífica entre as duas populações que
exploram o mesmo nicho ecológico.
03. D
04. C
05. D
06. D
07.
A1 indica que a relação predador/presa mantém-se elevada e a doença (B1)
permanece estável e baixa.
A2 mostra uma queda na relação predador/presa. A quantidade de ratos
deve ter aumentado e o segmento B2 mostra um aumento na freqüência da
doença. Deve ocorrer um vínculo direto entre o número de ratos e a
incidência da etiologia na região.
08.
Herbívoros que comem sementes estão destruindo o embrião do vegetal
contido nesta estrutura. Os que comem folhas causam prejuízo às plantas
de que se alimentam, sem matá-las, necessariamente.
09.
a) Controle biológico.

b) Pardais são aves onívoras, ou seja, apresentam alimentação diversificada


sendo consumidores de primeira e de segunda ordem. Comem as lagartas e
outros insetos úteis (polinizadores) e também a própria vegetação.

10. D
11. D
12. E
13. C
14. E
15. C
16. A
17. E
18. D
19. C
20. B
21. A
22.
a) Larvas de borboletas se alimentam de folhas, enquanto o adulto ingere
néctar, contribuindo para a polinização de diversas espécies de vegetais
com flores.
b) Pulgão.
23.
São interações entre dois organismos, da mesma espécie ou não, onde pelo
menos um é prejudicado.

Exemplos:
Predatismo: gavião e cobra
Parasitismo: lombriga e homem
24.
Canibalismo - relação desarmônica intraespecífica onde um dos organismos
envolvidos utiliza o outro como alimento. Ex: aranhas

Amensalismo - relação interespecífica onde uma espécie chamada amensal


é inibida por outra que é totalmente indiferente à relação. Ex: maré
vermelha

Predatismo - relação interespecífica onde uma espécie chamada predadora


caça e mata outra chamada presa. Ex: leão e zebra

Parasitismo - relação interespecífica onde uma espécie chamada hospedeira


serve de abrigo e fonte de alimento para outra chamada parasita. Ex:
pulgas e ratos
25.
Mata animais e destrói a vegetação sem necessidade.
26. C
27. C
28. E
29. D
30. B
31. B
32. C
33. E
34. D
35. D
36. E
37. D
38.
a) Podemos identificar relações de parasitismo entre:
carrapato x gado bovino
erva-de-passarinho x árvore hospedeira

b) Relações interespecíficas de benefício mútuo:


liquens (algas + fungos) - mutualismo
anu x boi - cooperação
Relação intraespecífica: cupinzeiro - sociedade
39. E
40. A
41. B
42.
a) Peixes x Larvas - predatismo
Plasmódio x Homem - parasitismo

b) A incidência de malária na região deverá diminuir já que a diminuição das


cobras, predadoras de sapos, causaria o aumento destes anfíbios que se
alimentam dos mosquitos transmissores da malária.
43. B
44. E

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