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Anatomia

Comp: 6 a 10cm
Tênias,
convergem
Válvula Ileo-
cecal: 2,5 cm
Posição :
qualquer uma
no sentido
horário
Histologia

10 aos 20 anos:
200 folículos linfóides
Após os 30 anos:
Poucos

Epitélio: cólon
Epidemiologia

 7% dos indivíduos nos paises ocidentais


 EUA: 200.000 /ano
 África e Ásia: menor, resíduos alimentares
 incidência entre sexos: similar
 Pico: segunda década
 Causa mais comum abdome agudo na criança,
adolescente e adulto jovem
Incidência

 Relação com o número de folículos linfóides


 Redução incidência nas últimas 4 a 5 décadas
 Razões do declínio da incidência: mudanças nos
hábitos alimentares, vitaminas e antibióticos
 Redução de apendicectomia por erro de diagnóstico:
40-50% na década de 40 para 10-15%
Etiologia

Obstrução do lúmen
Causas da obstrução:
-hiperplasia linfóide: mais comum em
crianças- 60%
-fecalitos: adultos – 35% dos pacientes
-corpos extranhos: sementes, fibras vegetais
-vermes: enterobius, áscaris
-neoplasias: apêndice, ceco, metástases
Fisiopatologia

 Obstrução da luz, produção de muco


 Distensão da luz, obstrução linfática
e venosa
 Edema e proliferação bacteriana
 Mais distensão da luz
 Ulcerações da mucosa
 infecção (supuração), gangrena e perfuração
Fisiopatologia

 Perfuração e extravasamento de pus pode levar:


1. Bloqueio com formação de plastrão: 95% das vezes
2. Peritoneo livre, peritonite: 5%
em menor de 2 anos e maior de 65 anos

Perfuração:
ocorre na borda antimesentérica do apêndice
Fisiopatologia

Fases:
 Catarral: intraluminal, mucosa
 Supurativa: extensão até a serosa
 Gangrenosa: trombose venosa,
isquemia da borda antimesentérica
 Perfurativa: 90% por fecalito
Fisiopatologia

 Regressão espontânea da crise:

Ocorre quando da desobstrução espontânea do


lúmen pela eliminação do fecalito ou
regressão da hiperplasia linfóide
Quadro Clínico

 Dor abdominal, moderada, contínua: 2/3 pacientes

2
McBurney
1 a 12 hs .3
Quadro Clínico

 Dor abdominal,
moderada, contínua:
2/3 pacientes
1

2
McBurney
1 a 12 hs .3
Quadro Clínico

 Localização da dor:

referida: estimulação das terminações nervosas


aferentes do intestino delgado que possuem
a mesma origem
localizada: contato do apêndice com o peritoneo
parietal – terminações somáticas
Quadro Clínico X Localização do
apêndice

 Retrocecal intraperitoneal: 2/3 das pessoas


 Borda da pelvis: ¼ das pessoas, disuria e dor supra
púbica
 Retroperitoneal: atrás do ceco e colon ascendente, 5%:
dor lombar ou flanco e alterações urinária
dor testicular: irritação da artéria espermática
e do ureter
Localização do apêndice

 Outras:

ponta longa: no quadrante inferior E


situs inversus
má rotação: da região infra esplênica e FID
Quadro Clínico

“ Metade a ¼ não apresentam quadro típico”


“ Nenhum dado é infalível para confirmar ou excluir”

 Anorexia: quase sempre, questionar se não presente


 Náuseas: 90%
 Vômito após a dor : 50%, uma ou duas vezes :
se vier antes, questionar
 Hábito intestinal: geralmente normal, diarréia ou cons-
tipação
Exame físico

 temperatura: raramente acima de


38 º C
 pulso e respiração: se alteram
pouco

 dor abdominal à palpação: o mais freqüente


-ponto de McBurney, na maioria das vezes
- sinal de Blumberg: irritação peritoneal
Exame físico

Dor a percussão ou tosse


 Defesa voluntária ou rigidez involuntária:
na expiração, há relaxamento da parede – voluntária
 Sinal de Rovsing: dor no QID com palpação do QIE
 Hiperestesia cutânea
 Plastrão
Exame físico

Sinais tardios

 Sinal do Obturador: apêndice em localização pélvica


rotação interna passiva da coxa flexionada
 Sinal do Psoas: extensão passiva da coxa ou flexão
ativa contra resistência
Exame físico

 Toque retal e exame ginecológico:

importante para o DD com doenças pélvicas


pesquisar sensibilidade
sinais de aumento da temperatura
massas pélvicas
secreção vaginal
Exame físico

 Complicações:

Plastrão: omento e alças intestinais


Perfuração em peritoneo livre: íleo, distensão, dor
em todo abdômen
Pileflebite e abcesso hepático: febre alta, calafrios,
dor no QSD e icterícia
Abcessos intracavitário ou – rim ou bolsa escrotal
Diagnóstico

É um dos mais difíceis de ser estabelecido


 História e exame físico
 ¼ a ½ sem quadro típico
 Ausculta: redução dos ruidos abdominais
Diagnóstico

 Exames de laboratório:

“não são fundamentais, mas auxiliam no suporte


secundário e, para afastar outras doenças”

Leucócitose moderada: 10.000 a 20.000 / mm3


com neutrofilia e desvio a esquerda
Leucograma normal em até 1/3 casos
Diagnóstico

 Desvio a esquerda: mesmo sem leucocitose


 Somente 4% apresentam leucograma normal

 Urianálise:
albuminúria discreta, leucócitos, hemáceas e
bactérias:
apêndice próximo do ureter
alterações acentuadas: a favor de anormalidades do
trato urinário
Raio X

 Raio X simples do abdomen:

- fecalito, observado raramente


- gás na luz do apêndice
- massa comprimindo o ceco
- distensão de alças delgadas no QID, escoliose
- desaparecimento da sombra do psoas e da gordura
pré- peritoneal e edema da parede
Raio X

 Enema opaco:

- útil nos casos atípicos com elevado risco cirúrgico


- negativo: apêndice visibilizado com mucosa normal
- falso negativo: 10%
- positivo: ausência de enchimento, efeito de massa nos
bordos do ceco e extravasamento do contraste
Laparoscopia

 Meio de diagnóstico e tratamento


 Útil em mulheres jovens com dor na FID:
- a visualização, confirma a doença
- ausência de alterações, exclui apendicite
Ultra-som e TC

 Ultra-som:
transdutor TV: positividade de até 85%
vantagem: diagnóstico diferencial com doenças TGU

TC:
nos processos perfurativos
abcessos periapendiculares
Diagnóstico diferencial

Qualquer quadro de abdomen agudo

 Processos pélvicos ginecológicos:


abcesso tubovariano, cisto ovário torcido, gravidez
ectópica, cisto ovário roto
 Gastroenterite, cólica renal, pielonefrite aguda
 Doença de Crohn, divertículo de Meckel
 Linfadenite mesentérica
Tratamento

Cirurgia aberta ou laparoscópica

 Resultados e morbidade, iguais


 Laparoscópica:
- Desvantagem: maior tempo cirúrgico, maior custo,
falta de domínio da técnica,
- Vantagem: elucidação no DD
Tratamento

Antibióticos

 Cefoxitina
 Cefotetan, dose única
 Clindamicina e aminoglicosídeo, Bacteroides
 Metronidazol e aminoglicosídeo
 Ceftriaxona
Ato operatório

 Incisão de MacBurney – oblíqua na FID


 Rockey – Davis – incisão transversa
 Indicações: certeza do diagnóstico
 Duvida do diagnóstico: incisão mediana
 Abcesso periapendicular: contra-indica a incisão mediana
 Penrose: se houver coleção localizada
Complicações

 Mortalidade:
0,1%, nas não complicadas,
0,5% nas gangrenosas
3 a 5% nas perfuradas
mortalidade maior: idosos e crianças
Maior causa de óbito: septicemia
Complicações

Morbidade: incidência geral: 10%


 Gangrena e perfuração: aumenta em 5 e 10 vezes as
chances de complicações
 Infecção de parede: mais freqüente
 Abcesso abdominal: 2o.lugar, até 20% em perfuração
 Abcesso hepático e pileflebite: raras
Complicações

 Fístulas:
Necrose e perfuração da parede do ceco,
Soltamento de fio sutura, neoplasia,
Necrose por abcesso
A maioria fecham espontaneamente, quando bem
drenadas. Ausência de fechamento: pensar em
neoplasia, doença de Crohn, obstrução distal
Apendicite crônica

 Dor abdominal crônica no QID


 Intervalos de meses ou anos
 Relacionado a desobstrução da luz apêndice
 DD bastante difícil e de exclusão
 Laparoscopia pode auxiliar no DD da dor
 Confirmação é anatomopatológica: fibrose parede, obs-
trução da luz, ulceração mucosa e infiltrado inflamatório
Apendicite na criança

 Rara antes de 2 anos: formato do apêndice


 Vômito, irritabilidade, febre, flexão da coxa D e diarréia
 Toda criança com diarréia após dor abdominal
 Febre: mais elevada e o vômito mais intenso
 Achado abdominal: distensão
 Gravidade: falta de diagnóstico precoce
Apendicite na criança

 Perfuração: 100% abaixo de 1 ano e 50% até 5 anos


 Peritonite: elevada devido a falta de desenvolvimento
do omento e retardo diagnóstico
 Morbidade e mortalidade: altas
Apendicite na gravidez

 1 em 2.000
 É a indicação mais comum de laparotomia na gravidez
 localização variável com o volume uterino
 vômitos, dor abdominal, leucocitose,são freqüentes
 laparoscopia e ultra-sonografia, bastante úteis
 Complicações maternas e fetais, elevadas após
perfuração
Apendicite no idoso

 Incidência aumentando devido a maior longevidade


 50-90% dos casos têm perfuração
 Mortalidade elevada:
retardo no diagnóstico, insuficiência vascular,
doenças concomitantes, infecção grave
 Sintomas típicos :
são menos pronunciados, febre e leucocitose: ausentes
 Dor: discreta e difusa no QID
 Distensão abdominal : freqüente
Mucocele

 Muco anormal na luz


 Mulheres 4:1
 Formas:
 Cística, cistoadenoma: cura com apendicectomia
 Cistoadenocarcinoma: pode levar a rotura
psudomixoma peritoneal e ascite mucinosa
 Prognóstico: ruim
Tumores do apêndice

 Benignos: 4% dos anatomopato-


lógicos de peças cirúrgicas
 Malígnos: em 1% dos casos
 Carcinóides: menor de 2 cm ou invasãodo meso:
apendicectomia. Maior de 2 cm: colectomia D
 Adenocarcinoma: infiltração gânglios, colectomia direita

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