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John Herbert Dillinger (22 de junho de 1903 - 22 de julho de 1934) foi um ladrão de
bancos estadunidense, considerado por alguns como um criminoso perigoso, e por outros
idolatrado como um Robin Hood do século XX. Isto porque muitos estadunidenses culpavam
os bancos pela depressão dos anos 30 e Dillinger só roubava bancos.
Dillinger ganhou o apelido de "Jackrabbit" por suas fugas da polícia e rapidez dos assaltos.
Além disso era uma figura atlética, tendo sido considerado um bom jogador de beisebol
quando estivera na prisão. Suas ações, assim como outros criminosos dos anos 30, como
Bonnie e Clyde e Ma Barker, dominaram a atenção da imprensa, que começou a chamá-los
de "inimigos públicos" (public enemy), entre 1931 e 1935, época em que o FBI se
desenvolveria e tornar-se-ia mais sofisticado.
[editar] Biografia
Dillinger nasceu em Indianápolis, Indiana, filho de John Wilson Dillinger (1864-1943) com a
primeira esposa Mary Ellen "Mollie" Lancaster (1860-1907). Ele se alistou na Marinha, mas
desertou poucos meses depois. Depois que saiu da Marinha, Dillinger voltou para Indiana e
se casou em 12 de abril de 1924 com Beryl Ethel Hovious. Mas tinha dificuldades em
arrumar emprego fixo e manter seu casamento.
Poucos meses depois da saída da Cadeia de Indiana, ele voltou à prisão, em Lima (Ohio),
mas sua gangue o libertou, assassinando o xerife Jessie Sarber. A maior parte da quadrilha
foi capturada no fim do ano em Tucson, Arizona durante um incêndio no Historic Hotel
Congress. Dillinger foi preso e enviado para a cadeia de Crown Point, Indiana. Ele foi a
julgamento por suspeita do homicídio do guarda William O'Malley durante um tiroteio em
um banco em East Chicago, Indiana.
Durante o julgamento, foi tirada uma famosa fotografia de Dillinger apontando a arma no
promotor Robert Estill.
Em 3 de março de 1934, Dillinger fugiria de Crown Point. Dillinger aparentemente usou uma
arma moldada atráves de uma barra de sabão, um fato explorado no folclore sobre
gângsters. Essa fuga trouxe constrangimentos ao xerife Lillian Holley, que ameaçou Dillinger
de morte.
No verão de 1934, Dillinger sumiu de circulação. Ele foi para Chicago e usou o nome de
Jimmy Lawrence. Ele arranjou a namorada Polly Hamilton, que não sabia da sua identidade.
Mas o FBI encontrou seu carro, logo deduzindo que ele estava na cidade.
[editar] Morte
Dillinger havia ido ao cinema assistir o filme de gângsters Manhattan Melodrama no
Biograph Theater em Lincoln Park, Chicago. Dillinger estava com sua namorada Polly e com
Ana Cumpanas (conhecida por Anna Sage). Sage estava com problemas de imigração e fez
um acordo com Purvis e o FBI para emboscar Dillinger. Ela não disse ao certo o cinema que
iriam, então a equipe de agentes se dividiu em dois locais. Na saída do cinema escolhido, os
agentes atiraram em Dillinger, matando-o. Dillinger foi baleado três vezes, sendo atingido
no coração. Sage usou um vestido laranja, para que os agentes a identificassem. A luz
artificial distorceu a cor, fazendo com que surgisse o mito da "dama de vermelho", um
personagem traiçoeiro. Mesmo tendo colaborado com o FBI, Sage foi deportada para
Romênia em 1936, onde morreria onze anos depois.
Aproximadamente
O exame de todas as manifestações da 68% das vitimas de
conduta delinqüencial deve ser investigado estupro conheciam
em função da personalidade total do seu agressor.
(Violence against
criminoso e de seu inseparável contexto Women. Bureau of
social. Além disso o perito médico deve Justice Statistics, U.S.
descobrir o valor e a significação que a Dept. of Justice, 1994)
veja mais
realidade tem para o criminoso, seu juízo
crítico, capacidade de auto-determinar-se,
etc.
Quando há incontestável dificuldade do
criminoso para aceitar a lei, pode significar
uma anomalia adaptativa no
desenvolvimento de sua personalidade.
Porém, não obstante, o exame psiquiátrico
geral dos criminosos sexuais seriais tem
mostrado que a expressiva maioria deles
(80 a 90%) não apresenta sinais de
alienação mental franca.
Estado civil
Numero de agressões
Roupa
O Criminoso Sexual Serial agride sexualmente, sem
necessariamente matar. Trata-se da grande maioria dos
estupradores e violentadores sexuais. Caso ocorra a morte ou
mutilação da vítima será um Assassino Sexual Serial, tipo
"serial killer", matando várias vítimas em algum período de
tempo com propósito de gratificar-se sexualmente.
Aspecto psicofísico
Ocupação
Antecedentes penais
É raro que essas pessoas apresentem antecedentes
delinqüenciais detectados, públicos ou conhecidos da polícia.
Os criminosos seriais que possuem antecedentes criminais
podem ser por fatos muitíssimo similares mas em outras
regiões do país.
Personalidade social
Estado mental
Sociogênese
Criminogênese
A criminogênese, ou a explicação das causas que teve o
criminoso sexual serial para delinqüir, é fruto do estudo de sua
historia biológica, ou seja, do perfil constitucional de sua
personalidade básica, mais as influências ambientais que sobre
essa personalidade atuaram resultando na situação atual.
O ato criminoso
a) personalidade do criminoso
b) dinâmica do crime
c) reação do meio ambiente
a) Violação Sexual
É quando alguém é forçado a manter relações sexuais com uso
de violência, ameaça grave, criação de estado de inconsciência
ou de impossibilidade de reação. Portanto, Violação Sexual ou
Estupro é a mesma coisa, ou seja, o ato físico de atacar outra
pessoa e forçá-la a praticar sexo sem seu consentimento.
b) Coação Sexual
Consiste em constranger outra pessoa por meio de violência,
ameaça grave para esse fim, ou tornar a vítima inconsciente
ou posto na impossibilidade de resistir a sofrer ou a praticar,
consigo ou com outrem, ato sexual de relevo.
c) Assédio Sexual
O Assédio Sexual inclui uma aproximação sexual não-
benvinda, uma solicitação de favores sexuais ou qualquer
conduta física ou verbal de natureza sexual indesejável. Isso é
quase igual à Coação Sexual, com a diferença que na coação
há presença obrigatória de ameaça grave.
d) Abuso Sexual
É a prática de ato sexual com pessoa inconsciente ou incapaz
de opor resistência, aproveitando-se do seu estado de
incapacidade, mas não tendo contribuído para a criação desse
estado, quando então seria coação e abuso sexual. As maiores
vítimas são crianças e adolescentes, normalmente incapazes
de opor resistência.
e) Exploração Sexual
A Exploração Sexual ocorre quando há algum tipo de
envolvimento sexual (ou intimidade) entre uma pessoa que está
prestando algum serviço (de confiança e com algum poder
delegado) e um indivíduo que procurou a sua ajuda
profissional. Por exemplo; a mulher abusada por um médico,
dentista, policial, padre, etc.
Isso acontece porque muitos desses delitos são cometidos não diretamente pela
perturbação sexual do agressor mas, freqüentemente, por situações que
favorecem o delito, como por exemplo, a intoxicação alcoólica ou por drogas.
Não obstante, e é obvio, tais delitos sexuais também podem ser cometidos por
pessoas portadoras de transtornos da sexualidade, como por exemplo as
parafilias. Só enaltecemos as tais circunstâncias ambientais favorecedoras do
delito, para que não se tenha a idéia errada de que a existe sempre um transtorno
mental para que a pessoa se transforme num criminoso sexual.
Foi realizado em estudo retrospectivo, de 1993 a 1999, sobre crimes sexuais (698
casos), na região de Bragança Paulista – SP. Nesse período, o crime sexual mais
freqüente foram as tentativas e casos comprovados de estupro (457 casos ou
65,47%) sendo (189, 41,35%) com conjunção carnal positiva.
Mudou-se para diversas partes do país depois que começou a matar grande
número de vítimas, em 1994. Passou um tempo no Equador, mas não se sabe
quantas vítimas fez ali. A maioria dos assassinatos ocorreu no estado de Risaralda
e sua capital, Pereira. Quarenta e um corpos foram encontrados ali e 27 na cidade
vizinha de Valle de Cauca. Em maio de 2000, na cidade de Bogotá, foi condenado
a 1.853 anos de prisão
Crimes Satânicos
Um assassino em série (as vezes conhecido pelo nome em inglês serial killer) é um tipo
de criminoso de perfil psicopatológico que comete crimes com uma certa freqüência,
geralmente seguindo um modus operandi e às vezes deixando sua "assinatura", como por
exemplo coleta da pele das vítimas - no caso de Ed Gein.
Curiosamente, nos Estados Unidos, com menos de 5% da população mundial, produziu 84%
de todos os casos conhecidos de serial killers desde 1980. Muitos dos que foram capturados
pareciam cidadãos respeitados - atraentes, bem sucedidos, membros ativos da comunidade
- até que seus crimes foram descobertos. Geralmente os serial killers demonstram três
comportamentos durante a infância, conhecidos como a tríade MacDonald: fazem xixi na
cama, causam incêndios, e são cruéis com animais. Os serial killers, diferentemente de
outros assassinos, preferem matar com as mãos ou através de outros métodos que não as
armas de fogo.
A melhor definição de assassinato serial foi publicada pelo Instituto Nacional de Justiça em
1988: “Uma série de dois ou mais assassinatos cometidos como eventos separados,
normalmente, mas nem sempre, por um infrator atuando isolado. Os crimes podem ocorrer
durante um período de tempo que varia desde horas até anos. Quase sempre o motivo é
psicológico, e o comportamento, e o comportamento do infrator e a evidência física
observada nas cenas dos crimes refletiram nuanças sádicas e sexuais”
Existem basicamente dois tipos de serial killers: os do tipo organizado, sujeitos que
normalmente exibem inteligência normal e conseguem se inserir bem à sociedade, são
muito mais difíceis de serem pegos, visto que planejam seus crimes, não costumam deixar
provas e podem ter uma vida aparentemente normal com esposa, filhos e emprego, muitas
vezes de alto nível, podem chegar mesmo a concluir nível superior. Já os tipo
desorganizados, são impulsivos, não planejam seus atos, costumam usar objetos que
encontram no local do crime e muitas vezes os deixam para trás deixando muitas provas.
Não há como listar a incontável lista de serial killers, entre os casos casos mais conhecidos,
cruéis e bizarros estão:
Xô Satanás
Os Cultos da Aflição
Cristina Pozzi Redko é uma antropóloga que publicou
interessante trabalho sobre Cultos de Aflição, entendendo-se
esse tipo de culto como aquele para o qual se dirigem
pessoas aflitas e em busca da resolução de problemas
concretos do cotidiano. Com esse enfoque, a religiosidade é
usada para resolver problemas que dizem respeito a
doenças, dificuldades amorosas e financeiras e problemas
familiares (Alguns Idiomas Religiosos de Aflição no Brasil
- Cristina Pozzi Redko).
Supondo verdadeiro o fato das pessoas procurarem apoio
religioso proporcionalmente à angústia que as aflige, também
será lícito o ditado segundo o qual quem está bem consigo
mesmo não incomoda os demais (nem as entidades).
Portanto, com clientela garantida pelas mazelas do cotidiano,
os sofrimentos emocionais ou angústia existencial são os
alvos perseguidos por muitas religiões, tentando tornar a vida
mais compreensível, suportável e auxiliando as pessoas a se
orientarem dentro de seus contextos problemáticos.
De fato, os problemas de saúde em primeiro lugar, seguido
por problemas econômicos e sentimentais, constituem a parte
mais expressiva da aflição que leva as pessoas a procurarem
uma ajuda religiosa. E essa procura será tão maior quanto
mais incômodos forem os problemas e quanto mais escassas
forem as condições tradicionais para resolvê-los.
Normalmente a religião mobiliza pessoas a procurar ajuda
por causa de suas representações mágicas. Há ainda um
elemento facilitador que é concepção cultural da existência de
dois tipos de doenças; as do corpo e, desafiando qualquer
avanço científico, aquelas do espírito. A igreja, de modo geral,
pode se ocupar de ambas, com evidente predileção pelo
segundo tipo.
A doença espiritual é mais conhecida em nosso meio como
"encosto" (causado por um espírito naturalmente mau) ou
"uma obsessão" (causada por um espírito obsessor, entenda-
se como quiser). Entretanto esta distinção é muito sutil, na
medida em que as doenças materiais de difícil solução
médica podem passar, repentinamente, a ser consideradas
como agravadas por elementos espirituais.
Ora, para essa população que sente as agruras da vida
através da magia de seus corpos, não basta a medicina. Há
que se recorrer ao arsenal igualmente espiritualizado. Os
sofredores constituem-se num Culto dos Aflitos, procurando
seitas e igrejas que mais prontamente atendem seus
reclamos. O exótico e exuberante culto pentecostal atende a
todos.
Durante os Cultos de Aflição essas igrejas despedem
grandes esforços para retirar encostos, desfazer a inveja e o
olho-grande, libertar pessoas da feitiçaria, dos despachos de
macumba, das possessões por orixás, guias e espíritos.
Alguns folhetos chegam ao ponto de trazerem uma lista de
indicações ao alcance dos trabalhos dos cultos, tais como
problemas de "desemprego, sentimental, financeiro, vícios,
enfermidades, nervosismo, depressão, ouvir vozes, ver
vultos, familiar", divulga as especialidades terapêuticas da
igreja conforme o dia da semana (Neopentecostais;
Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil - Ricardo
Mariano, Editora Loyola).
Um dos perigos mais contundentes desses Cultos de
Aflição é tentar alterar o significado de alguma doença para
aquele que a está sofrendo. Mas os rituais não implicam,
obrigatoriamente, na remoção definitiva dos sintomas, mas na
mudança dos significados que a pessoa atribui a esses
sintomas ou ainda a uma alteração em seu estilo de vida,
protelando perigosamente um tratamento médico adequado.
Fenômenos como o encosto, a possessão pelo demônio
ou por um espírito, muitas vezes são sintomas de transtornos
emocionais mas, infelizmente, no contexto religioso do Brasil
a possessão e o transe são comportamentos culturalmente
aceitos e raramente são vistos como sintomas de distúrbio
mental.
Muitas das doenças curadas nesses Cultos de Aflição são
causados, segundo seus embasamentos teológicos, pelo
mal-olhado, feitiço, coisa-feita, bruxaria, macumba ou coisa
que o valha. O próprio catolicismo popular é muito flexível,
tolerante e receptivo a essas idéias, pois, compartilha a
crença nos espíritos, na eterna luta entre Deus e o diabo e na
possibilidade ser possuído por ele.
Os Transes e Possessões
O falar línguas estranhas, a chamada glossolalia,
constituiu um elemento marcante da doutrina pentecostal.
Trata-se de uma forte evidência do batismo no Espírito Santo.
Alguns antropólogos e psicopatologistas classificam tal
experiência extática (posto em êxtase, absorto, enlevado)
como sendo um transe de inspiração.
Distinguem esse tipo de transe dos fenômenos extáticos
religiosos da umbanda e do candomblé, os quais classificam
como transes de possessão. Não vemos como atribuir
alguma importância a essa distinção, enfim... De qualquer
forma, em matéria de manifestação extática, são tratados
juntos e com a mesma terapêutica a glossolalia e o transe de
possessão.
A CID.10 (Classificação Internacional das Doenças) rotula
em F44.3 o chamado Estado de Transe e de Possessão.
Trata-se de um transtorno caracterizado por uma perda
transitória da consciência de sua própria identidade,
associada a uma conservação perfeita da consciência do
meio ambiente. Devem ser incluídos nesse diagnóstico
somente os estados de transe involuntários e não desejados,
excluídos aqueles de situações admitidas no contexto cultural
ou religioso do sujeito.
Isso significa que, durante um culto religioso entrando uma
pessoa em transe, voluntariamente, pois ocorre no momento
em que isso lhe é adequado, não se pode atribuir esse
diagnóstico. Para que o quadro seja reconhecido como
Estado de Transe e de Possessão não deve ser voluntário.
O DSM.IV (Classificação de Doenças Mentais da
Associação Norte-americana de Psiquiatria), por sua vez,
classifica o mesmo quadro como 300.15, Transtorno
Dissociativo Sem Outra Especificação. Esta categoria se
destina a transtornos nos quais a característica predominante
é um sintoma dissociativo (isto é, uma perturbação nas
funções habitualmente integradas da consciência, memória,
identidade ou percepção do ambiente, enfim histérico) que
não satisfaz os critérios para outro Transtorno Dissociativo
específico.
Como exemplos o DSM.IV cita, entre outros casos,
estados dissociativos ocorridos em indivíduos que foram
submetidos a períodos de persuasão coercitiva prolongada e
intensa, como por exemplo, lavagem cerebral, reforma de
pensamentos ou doutrinação em cativeiro. Em seguida fala
também do Transtorno de Transe Dissociativo, referindo
como perturbações isoladas ou episódicas do estado de
consciência, identidade ou memória, inerentes a
determinados locais e culturas, subdividindo esse transtorno
em dois tipos; Transe Dissociativo e Transe de Possessão.
O Transe Dissociativo envolve o estreitamento da
consciência quanto ao ambiente imediato, comportamentos
ou movimentos estereotipados vivenciados como estando
além do controle do indivíduo. O Transe de Possessão
envolve a substituição do sentimento costumeiro de
identidade pessoal por uma nova identidade, atribuída à
influência de um espírito, poder, divindade ou outra pessoa, e
associada com movimentos estereotipados "involuntários" ou
amnésia.
O Transe de Possessão adquire colorido regional e cultural
nas várias partes do mundo; amok (Indonésia), bebainan
(Indonésia), latah (Malásia), pibloktoq (Ártico), ataque de
nervios (América Latina) e possessão (Índia).
João Acácio Pereira da Costa, mais conhecido como O Bandido da Luz Vermelha (24
de junho de 1942 - 5 de janeiro de 1998), foi um notório criminoso brasileiro.
João Acácio foi rejeitado pela família ainda criança, dali por diante, sua vida no crime se
iniciou. Chegou em São Paulo ainda na adolescência, fugindo dos furtos que praticara em
Santa Catarina. Foi morar em Santos, onde se dizia filho de fazendeiros e bom moço. Na
verdade, levava uma vida pacata no lugar que escolheu pra morar, praticando seus crimes
em São Paulo e voltando incólume para Santos. Seu estilo próprio de cometer os crimes
(sempre nas últimas horas da madrugada, usando um lenço para cobrir o rosto e
carregando uma lanterna com bocal vermelho) chamou a atenção da imprensa, que o
apelidou de "Bandido da Luz Vermelha", em referência ao notório criminoso estadunidense
Caryl Chessman, que tinha o mesmo apelido.
A polícia levou seis anos para identificá-lo. Preso em 8 de agosto de 1967, é acusado por
quatro assassinatos, sete tentativas de homicídio e 77 assaltos, sendo condenado a 351
anos, 9 meses e três dias de prisão, dizem que cometeu estupro ou que teve relações
sexuais com as vítimas de seus crimes, porém não foi acusado deste crime (o comentário
era que recebia muitas visitas de mulheres desconhecidas que choravam sua ausencia).
Após cumprir os 30 anos previstos em lei, é libertado em 26 de agosto de 1997. Após
libertado ganha fama na cidade onde passa a morar, Joinville/SC tinha obsessão em vestir
roupas vermelhas e quando alguém lhe pedia um autógrafo ele simplesmente escrevia a
palavra "Autógrafo". Passa apenas quatro meses e vinte dias em liberdade; em 5 de janeiro
de 1998, é assassinado pelo pescador Nelson Pinzegher em legítima defesa, pois ameaçara
matar o irmão do mesmo e tentara abusar sexualmente a mãe desses pescadores, senhora
idosa que era uma das poucas pessoas que por solidariedade o alimentava.
Sua vida de crimes inspirou o filme O bandido da luz vermelha, do cineasta Rogério
Sganzerla.
...
TRANSE E POSSESSÃO Fernando Portela
Câmara, psiquiatra
Criminologia O QUE É O
clínico, professor da
Crime Sexual PENTECOSTALISMO? UFRJA, tem um
Serial magnífico artigo
Delinqüência O Pentecostalismo é um movimento sobre TRANSE E
Infantil religioso que tem a convicção de que os POSSESSÃO: AS
Delito Sexual dons milagrosos ou os sinais que Deus BASES DA
(Parafilias) deu aos apóstolos e às igrejas primitivas PSIQUIATRIA
Epilepsia e a Lei ainda estão disponíveis, podendo ser TRANSCULTURAL
exercitados pelos cristãos hoje, BRASILEIRA. Veja
um trechinho:
Imputabilidade portanto, o Pentecostalismo reivindica
Personal. que Deus dá dons milagrosos para as
"... Essas
Borderline pessoas.
“entidades” são
Personal. A idéia se baseia no Evangelho de São estereótipos de
Criminosa? Marcos (16:17-18 e I Corintos 12:8-11): personalidades que
Personal. representam
“E estes sinais seguirão aos que crerem: complexos
Psicopática
Em meu nome expulsarão os demônios; inconscientes que
Psiquiatria e
falarão novas línguas; pegarão nas às vezes critica e
Violência
serpentes; e, se beberem alguma coisa fala da
Transt.
mortífera, não lhes fará dano algum; e personalidade
Sociopáticos
porão as mãos sobre os enfermos, e os ordinária. São
Violenta formas alternativas
curarão.”
Emoção de existência, um
Biologia da ....... personagem que
Violência “Porque a um pelo Espírito é dada a
dramatiza um
Cérebro e desejo de ser numa
palavra da sabedoria; e a outro, pelo
Violência personalidade que
mesmo Espírito, a palavra da ciência; e geralmente leva
Crimes
a outro, pelo mesmo Espírito, a fé, e a uma vida monótona,
Satânicos
outro, pelo mesmo Espírito, os dons de desinteressante e
Transes e
curar; e a outro a operação de demasiadamente
Possessões censurada ou
maravilhas; e a outro a profecia; e a
Perícia reprimida, seja pelo
outro o dom de discernir os espíritos; e
Psiquiátrica família ou grupo,
a outro a variedade de línguas; e a
Dano Psíquico seja pela situação
outro a interpretação das línguas. Mas
econômica ou
um só é o mesmo Espírito que opera
pessoal. É isto que
Índice todas estas coisas, repartindo freqüentemente
- Xô Satanás
particularmente a cada um como quer.” vemos nestes
- Os Cultos da Aflição
Na igreja católica o Pentecostalismo às casos, e que já
- Deus, Diabo, Cultura
havia sido notado
e Religião vezes é chamado de movimento
por Eugene Azam
- Os Transes e carismático, devido ao fato de dar
(1887) estudando a
Possessões ênfase à suposta continuação do célebre Félida,
- O que é
charismata milagroso ou dons. Flournoy (1900) e
Pentecostalismo
- Conversão Haveria dois tipos de dons, mencionados outros, e confirmado
muitas vezes. Não
- Falar Línguas no Novo Testamento: há os dons
existe nenhum
- Patologia do chamados ordinários e os dons
evidência de abuso
Pensamento Mágico extraordinários. sexual na infância
- Pensamento Mágico
Os dons chamados ordinários levam
- Idéias Deliróides por parte destes
esse nome porque Deus,
- Sugestão, Auto- pacientes, nada é
Sugestão e Crença ordinariamente, os dá às pessoas em conclusivo nem
Exagerada todos os tempos, tais como a fé, a existem indícios
esperança e a caridade. Os dons seguros nestas
extraordinários são assim chamados pesquisas".
porque não são dados ordinariamente.
Estes dons extraordinários são Transes com ou
sobrenaturais e permitem às pessoas sem possessão
ocorrendo como
que os possuem executar ações
distúrbio dissociativo
sobrenaturais.
não são tão
Normalmente, quando os Pentecostais incomuns quanto
falam de dons ou charismata, eles se normalmente se
referem aos dons extraordinários da pensa. Encontramos
cura, dos milagres, de falar línguas mais amiúde nas
camadas sociais
estranhas, revelações diretas de Deus,
mais “populares” e
expulsão de demônios e até mesmo
nos cultos de seita
pegar em serpentes e beber veneno e animistas, sejam
outras peripécias.Para os Pentecostais, a espiritistas e cultos
expressão Batismo com o Espírito Santo afro-brasileiros, seja
é um evento diferente do batismo da em cultos
igreja, o qual objetiva a graça da revivalistas ou
salvação e perdão do pecado original. pentecostalistas
cristãos. Entretanto,
Para eles, o Batismo com Espírito Santo
se o médico que
seria o exercício de um ou mais dons
trata da alma
extraordinários, falar em línguas aprendeu a
estranhas, etc. O nome Pentecostal reconhecer os sinais
deriva, justamente, da crença de que e os sintomas do
podem ser repetidos os milagres do transe, e como ele
Pentecostes, especialmente, o de falar pode se ocultar sob
em línguas estranhas. a forma de sintomas
Fonte: Estudos Bíblicos de Autores psiquiátricos e
psicossomáticos, e
Batistas
se o médico
CONVERSÃO estabelece em seu
ambiente
Enquanto na terminologia psiquiátrica terapêutico uma
conversão significa a passagem ou o atmosfera de
liberdade e
salto de um conteúdo psíquico para o
confiança, ele
orgânico, um quadro que faz parte do
poderá descobrir o
espectro histérico ou histriônico, em transe como
religião conversão significa uma grande fundamento e
mudança na atitude cognitiva da pessoa. princípio de muitos
distúrbios. Veja o
Após a conversão as pessoas percebem- artigo todo
se a si mesmas como mudadas em pelo
menos dois diferentes aspectos: em
seus traços de personalidade
(temperamento por exemplo), e na
própria identidade social (incluindo
vínculos comunitários, sentimentos de
pertinência, papéis desempenhados,
percepções do mundo, etc). Veja Hulda
Stadtler
Feiticeiro seria aquele que realiza feitiços, seja ele bruxo ou não, e feitiço, o gênero de
magia cujo objetivo é interferir no estado mental, astral, físico e/ou na percepção que outra
pessoa tem da realidade. A magia, por sua vez, é o uso de forças, entidades e/ou
"energias" não pertencentes ao plano físico para nele interferir.
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• 6 Ligações externas
A Bruxaria Moderna, por outro lado, embora se relacione firmemente com a Bruxaria
Tradicional, surge historicamente com Gerald Gardner, com a criação da Wicca no ano 1950
da Era Comum. Apesar de a Bruxaria Tradicional, ao longo de seus estimados mais de
20.000 anos de existência, ter vindo absorvendo elementos estranhos a suas raízes
ancestrais, sendo uma religião viva e que evolui continuamente, seu eixo fundamental é
bastante distinto do da Bruxaria Moderna, pois Gardner não apenas adotou novos
elementos, mas tornou alguns destes em bases fundamentais da Wicca, amalgamando de
forma indissolúvel o que teria aprendido como iniciado na Bruxaria Tradicional com
conhecimentos adquiridos junto ao druidismo e conceitos de origem claramente oriental.
Agrava-se a confusão entre bruxaria moderna e bruxaria tradicional ao ter se tornado
recorrente o uso da expressão "wicca tradicional" para designar aqueles cuja linhagem
iniciática remonta a Gerald Gardner.
O Respeito ao Livre-Arbítrio - Nenhum verdadeiro bruxo buscará doutrinar aqueles que têm
outro credo. Para os bruxos, a fé só é verdadeira se resulta de escolha individual e
espontânea. Nenhum verdadeiro bruxo realizará qualquer tipo de magia no intuito de se
beneficiar de algo que prejudicará outra pessoa. Para os bruxos, cada um tem seu próprio
desafio a enfrentar. Usar de qualquer subterfúgio para escapar dos desafios que se
apresentam é apenas adiar uma luta que terá de ter lugar nesta ou em outras vidas. Adiar
problemas é o mesmo que acumulá-los para as próximas encarnações.
A Comunhão com a Natureza - O verdadeiro bruxo respeita a natureza, e por natureza ele
entende absolutamente tudo o que não é feito pelo homem, inclusive os minerais. Quando
preserva a natureza, suas preocupações não são a viabilidade da manutenção da vida
humana na Terra, o verdadeiro bruxo respeita a natureza simplesmente porque se sente
parte dela, porque a ama. Os bruxos não acham que a natureza está à sua disposição. Os
homens, os minerais, os vegetais e toda a espécie de animal são apenas colegas de
caminhada, nenhum mais ou menos importante que o outro. Ainda assim, matam insetos
que lhes incomodam e arrancam mato que cresce nos canteiros de flores sem dramas de
consciência. Não são falsos em suas crenças nem românticos idealistas. Acreditam que
conflitos fazem parte da natureza.
Ulricus Molitoris
As posturas tradicionais começaram a mudar perto do fim da Idade Média. Pouco depois de
1300, na Europa Central, começaram a surgir rumores e pânico acerca de conspirações
malígnas que estariam tentando destruir os reinos cristãos através de magia e
envenenamento. Falava-se de conspirações por parte dos muçulmanos e de associações
entre judeus e leprosos ou judeus e bruxas. Depois da enorme devastação decorrente da
peste negra (que vitimou 1/3 da população européia entre 1347 e 1350) esses rumores
aumentaram e passaram a focar mais em supostas bruxas e "propagadores de praga".
Casos de processo por bruxaria foram aumentando lentamente, mas de forma constante,
até que os primeiros julgamentos em massa apareceram no Século XV.
O número total de vítimas ficou provavelmente por volta dos 50 mil, e destes, cerca de 25%
foram homens. Mulheres estiveram mais presentes que os homens, e também enquanto
denunciantes, e não apenas como vítimas. A maioria das vítimas eram parteiras ou
curandeiros; mas a maioria não era bruxa. A grande maioria das vítimas eram da religião
cristã, até porque a população pagã na Europa na época da Caça às Bruxas, era muito
reduzida.
Estudos recentes vêm apontar que muitas das vítimas da "Caça as Bruxas", bem como de
muitos "casos de endemoniados", teriam sido vítimas de uma intoxicação. O agente
causador era um fungo denominado Claviceps purpurea, um contaminante comum do
centeio e outros cereais. Este fungo biossintetiza uma classe de metabólitos secundários
conhecidos como alcalóides do Ergot e, dependendo de suas estruturas químicas, afectavam
profundamente o sistema nervoso central. Os camponeses que comeram pão de centeio (o
pão das classes mais pobres) contaminado com o fungo, eram envenenados e
desenvolveram a doença, actualmente denominada de ergotismo.
...
TRANSE E POSSESSÃO Wellington
Patologia do Pensamento Zangari é diretor
Criminologia
de Inter Psi, Grupo
Crime Sexual Mágico de Semiótica,
Serial Interconectividade
Delinqüência Havendo saúde mental, os estímulos e Consciência,
Infantil para que o raciocínio se desenvolva Centro de Estudos
Delito Sexual devem provir de fontes externas e Peirceanos,
internas. Mas o pensamento não é Programa de
(Parafilias)
Estudos Pós-
Epilepsia e a Lei guiado apenas por considerações
Graduados em
estritamente atreladas à realidade, ele
Comunicação e
Imputabilidade também flui motivado por estímulos Semiótica, PUC-SP.
Personal. interiores, abstratos e afetivos ou até Veja um trecho de
Borderline instintivos. A criação humana, por seu artigo Estudos
Personal. exemplo, ultrapassa muitas vezes a psicológicos da
realidade dos fatos, refletindo estados mediunidade: uma
Criminosa?
breve revisão:
Personal. interiores variados e de enorme valor
Psicopática para a construção de nosso patrimônio
"... Assim, apesar
Psiquiatria e cultural. da mediunidade
Violência Voltar-se para o mundo interno significa "fazer uso" de
Transt. capacidades
que o pensamento se manifesta sob a
Sociopáticos dissociativas
forma de DEVANEIOS - uma espécie de
individuais do
Violenta servidão das idéias às nossas médium, a
Emoção necessidades mais íntimas, aos nossos dissociação parece
Biologia da afetos e paixões. Enquanto há saúde disciplinada pelo
Violência mental, entretanto, nossos devaneios grupo social de que
Cérebro e o médium participa.
são sempre voluntários e reversíveis;
Violência Os elementos
eles devem ser nossos servos e não
Crimes sócio-culturais que
nossos senhores. darão o contorno
Satânicos
Em estados mais doentios, esses das personalidades
Transes e
"intrusas" estão
Possessões devaneios ou fugas da realidade são
presentes no grupo
Perícia emancipados da vontade, são impostas
social do médium
Psiquiátrica ao indivíduo de forma absoluta e e, portanto, na
Dano Psíquico tirânica. Parece tratar-se de um mente do médium.
indivíduo que despreza a realidade e A análise de
vive uma realidade nova que lhe foi Burguignon oferece
Índice
imposta involuntariamente, da qual não a possibilidade de
- Xô Satanás
compreender que a
- Os Cultos da consegue libertar-se.
diferença entre a
Aflição
A própria concepção da realidade pode dissociação
- Deus, Diabo,
sofrer alterações nos transtornos patológica e a
Cultura e Religião
psíquicos. Em determinados estados dissociação não-
- Os Transes e
patológica reside
Possessões neuropsicológicos a realidade pode
na cultura.
- O que é sofrer alterações de natureza
Pentecostalismo bioquímica, funcional ou anatômica. Em Hughes (1992),
- Conversão
outros estados, agora de natureza após entrevistar e
- Falar Línguas
- Patologia do psicopatológica, os elementos da administrar escalas
realidade também podem ser de dissociação a
Pensamento Mágico
sujeitos
deturpados por fatores afetivos,
- Pensamento diagnosticados
emocionais ou psíquicos, de forma a
Mágico como portadores
- Idéias Deliróides prevalecer uma concepção do mundo de desordem de
- Sugestão, Auto- determinada exclusivamente pelo personalidade
Sugestão e Crença interior de ser e não mais pela lógica múltipla e de
Exagerada comum a todos nós. médiuns, concluiu
que "os médiuns
Ao pensamento que se afasta da não exibem alto
realidade morbidamente, ou seja, grau de
doentiamente, damos o nome de psicopatologia,
Pensamento Derreísta em oposição ao nem apresentam
experiências
Pensamento Realista, atrelado à
dissociativas em
realidade. Falamos “se afasta
grau mais elevado
morbidamente da realidade” porque em freqüência,
esse tipo de pensamento não mais apesar de suas
depende do arbítrio que todos temos em experiências de
fantasiar e voltar à realidade transe.
voluntariamente. Ele devaneia
obrigatoriamente, sendo negado ao Apesar de tanto os
médiuns quanto os
paciente a faculdade de entendimento
portadores de
dos limites de nossas fantasias, quando desordens de
nos imaginamos ganhadores da loteria múltipla
ou coisas assim, e da realidade, com a personalidade
consciência plena de nossa situação. estarem
condicionados à
Para aqueles que acreditam ser normal e dissociação ao
até desejável que a pessoa tenha seus nível dos processos
pensamentos exclusivamente atrelados mentais, eles
ao concreto e ao real, lembramos que diferem em relação
essa limitação imposta ao pensamento, à etiologia, função,
controle e
fazendo-o incapaz de afastar-se do
patologia. (...)
absolutamente concreto, leva o nome de Enquanto que para
Concretismo, que também é uma os portadores de
alteração da forma do pensamento. desordens de
personalidade
O Pensamento Derreísta é aquele que se
múltipla a
desvia da razão, faltando-lhe tenacidade dissociação com
para se atrelar à realidade. Sua co-consciência é
característica principal e criar, a partir de idiossincrática e
antigas cognições e novas compulsiva, para
representações, um mundo novo e de os médiuns de
transe a
acordo com os desejos, anseios e
experiência
angústias.
dissociativa
Pensamento Mágico acompanhada de
co-consciência é
De forma mais prática e didática, contextualizada
podemos considerar o pensamento culturalmente e
derreísta como sendo uma espécie de está sob o controle
Pensamento Mágico, e o pensamento da consciência do
praticante". veja
realista como sendo o Pensamento
tudo
Lógico. Portanto, é normal que a pessoa
contenha ambos tipos de pensamento
em seu psiquismo, valendo-se deles de
acordo com as necessidades
adaptativas.
O Monstro
O Sangue da vítima
A Maldição
Anarquia
O movimento prega a destruição de toda e qualquer organização que não queira se integrar ao
novo sistema. Declara a anarquia do inferno a essas organizações que resistem à adesão
universal.
Antigo símbolo egípcio que representa a vida, o conhecimento cósmico e o intercurso sexual.
Também é conhecido por bruxos como a "Cruz Ansata", utilizado em rituais de encantamento,
fertilidade e divinação.
Todo faraó ao morrer levava a cruz junto às narinas para adquirir imortalidade.
Ele era encontrado sempre nos hieróglifos, sendo segurado pelas divindades egípcias como se
fosse uma chave, o que nos remete ao seu significado como "a chave dos portões que
separam a vida e a morte", já que estes desenhos eram muito comuns em pirâmides
mortuárias dos faraós. O Ankh simboliza a vida, o conhecimento cósmico, o intercurso sexual e
o renascimento.
Arco-íris
É o símbolo principal da Nova Era, mas apresentado só a metade! Ele representa a ponte entre
a alma humana individual e a "Grande Mente Universal" ou "Alma Universal", que é Lúcifer.
Também é considerado como "Ponte Mental" entre o homem e as energias cósmicas e a
cidade de Shambala, governada por Lúcifer. Na Bíblia, o arco-íris é o símbolo da Aliança entre
Deus e o Seu povo.
Besouro
Símbolo que mostra que a pessoa que usa tem poder dentro do satanismo.
Borboleta
A borboleta é o símbolo próprio dos adeptos da nova era ou dos "aquarianos". Como a lagarta
entra no casulo, transforma-se e sai em forma de borboleta, assim a humanidade passa de
uma era antiga, transforma-se em todos os sentidos e entra na nova era.
Cabeça de bode
Casal Transpessoal
Símbolo do fim do casamento representado pela letra Omega, última letra do alfabeto grego.
Os adeptos da Nova Era dizem que o ser humano não deve pertencer a nenhuma família
possessiva, mas deve ficar sempre livre para buscar outros parceiros.
Associado aos poderes mágicos, o chalice well representa o poço do Glastonbury, no fundo do
qual estaria escondido o Santo Graal - o cálice usado por Cristo na última ceia. É um objeto da
tradição celta mais recente, pois remonta o início da Era Cristã e ao período medieval. Usado
como talismã, atrai proteção e facilita a comunicação com os seres elementais - fadas,
gnomos, ondinas, silfos, salamandras e duendes. Não há uma divindade associada a esse
talismã, porque ele se identifica com o cristianismo (incorporado pelos celtas), não tendo,
portanto, uma ligação direta com o druidismo nem com a mitologia celta primitiva.
Chifre
Usado em colares, pulseiras, brincos, etc. Simboliza o afastamento de fluídos negativos (mal
olhado, olho gordo...).
Circulo
O movimento cíclico do Universo e das energias. Representa toda forma de força cíclica, seja
corpórea ou universal ininterrupta.
Cruz Celta
O nome por si já diz o que significa, qual o seu uso, e o objetivo do porque usa.
Cruz suástica
Para o Movimento Nova Era simboliza o movimento cósmico. É bem conhecida sua conotação
com a pessoa de Adolf Hitler e seu movimento nazista que dizimou milhões de seres humanos
na Segunda guerra mundial. É conhecido, também no Brasil e em outras partes do mundo, o
renascimento deste movimento nazista. A cruz suástica é inspiração de chamberlain, um
vidente satânico e conselheiro de Hitler. Foi ele que inspirou a Hitler as idéias de um reino de
terror e poder.
Usado por grupos de Rock e adeptos da Nova Era. Simboliza zombaria da cruz de Jesus.
Usado também em rituais satânicos.
Estrela de cinco pontas
As duas pontas para cima, significam Lúcifer e seu reino; duas pontas para baixo, significa o
homem como deus, no lugar de Deus. É símbolo da adoração a Satanás já estabelecida em
várias partes do mundo. Alguns conjuntos musicais de "Rock" adoram este símbolo para
garantir sucesso.
É usada pelo movimento Nova Era como símbolo da unificação da humanidade com as forças
cósmicas.
Lua-estrela
Usados em roupas, adereços, artes e também em centros espíritas. Simboliza poder para
transportar através do cosmos.
Mancha
Mão chifrada
Usado por artistas ligados à música (principalmente Rock) e seus fãs. Simboliza invocação ao
diabo e louvor em rituais satânicos.
Netuno
Simboliza a transformação das crenças. A cruz para baixo significa que todas as crenças serão
destruídas para que o planeta Terra seja governado por Maitreya o "Novo Messias".
Número da besta
Este número tem qualidades sagradas e por isso, deveria ser usado com maior freqüência
possível para representar a Nova era, segundo os ensinamentos da Alice Bailey, suma-
sacerdotisa da Sociedade Teosófica.
Olho de Lúcifer
Usado em roupas e outros meios. Simboliza o olho de satanás vendo tudo e chorando por
aqueles que estão fora do seu alcance (judeus e cristãos principalmente).
Olho de Hórus
É um outro antigo símbolo egípcio. Representa o olho divino do deus Hórus, as energias solar
e lunar, e freqüentemente é usado para simbolizar a proteção espiritual e também o poder
clarividente do Terceiro Olho.
Pentagrama
É um dos símbolos pagãos mais poderosos e mais populares entre os Bruxos e Magos
Cerimoniais. O pentagrama (uma estrela de cinco pontas circunscrita num círculo) representa
os quatro antigos e místicos elementos: fogo, água, ar e terra, superados pelo espírito.
Na Wicca o símbolo do pentagrama é geralmente desenhado com a ponta para cima a fim de
simbolizar as aspirações espirituais humanas. Um pentagrama voltado com duas pontas para
cima é um símbolo do Deus Cornífero.
Pirâmide
É tida como elemento que capta a energia cósmica e beneficia as pessoas dando sorte nos
negócios.
Plutão
Raio
Signo de Lúcifer
Este sinal é o símbolo da bandeira de Lúcifer. O círculo representa o planeta Terra como reino
de satanás. O ponto são os homens, instrumentos a serviço deste reino.
SS
Usado por grupos nazistas e grupos de Rock também em roupas, broches, tatuagens, etc.
Simboliza o louvor e invocação de satanás.
Triângulo
Símbolo com várias interpretações, aliás conciliáveis: luz, trevas e tempo; passado, presente e
futuro; sabedoria, força e beleza; nascimento, vida e morte; liberdade, igualdade e fraternidade.
É um símbolo de manifestação finita na magia ocidental, sendo usado em rituais para invocar
os espíritos quando o selo ou sinal da entidade a ser invocada está no centro do triângulo. O
triângulo é equivalente ao número três - número mágico poderoso - e é um símbolo sagrado da
Deusa Tripa: Virgem, Mãe e Anciã. Invertido simboliza o princípio masculino.
Tem cabalisticamente duas formas de interpretação, define o temário, numero três: causa, ação
e reação. É também a força do etéreo quando o vértice está para cima.
Associado aos quatro elementos básicos da natureza - a terra, o fogo, o ar e a água - , o triskle
celta é o símbolo que sintetiza toda a sabedoria desse povo. Ele representa as três faces da
mulher, considerada a expressão máxima da natureza: a anciã, a mãe e a virgem. Usado como
talismã, esse objeto atrai as três principais qualidades femininas - ou seja, a intuição, a ternura
e a beleza - e ajuda a obter proteção contra todos os males. A divindade relacionada a esse
talismã é a própria natureza, cultuada pelos celtas.
Unicórnio
É o símbolo da liberdade e promiscuidade sexual: homossexualismo, lesbianismo,
heterossexualismo, fornicacionismo, sexo grupal, etc.
Urano
Amor à natureza que se expressa através dos movimentos ecológicos. Urano simboliza a
harmonia com o cosmo, adoração à deusa Gaia, o que eles chamam de "Lado feminino de
Deus".
A representatividade chinesa do macro e microcosmos e das duas energias que regem das
duas energias que regem o mundo, yin e yang; o feminino e o masculino; o bem e o mal; a
ordem e o caos; - energias opostas que se complementam. A força intrínseca do Universo
convertendo-se ora em uma, ora em outra.
Este artigo abordará o tema Belzebu. Aproveite também para conhecer nossa loja com
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Referências:
Trata-se aqui de uma inteligência inumana em perpétua revolta contra qualquer forma de
harmonia, o que significa que para o nosso ponto de vista é mais hostil do que um
psicopata assassino e canibal. Sob qualquer aspecto, um dedicado delinqüente que não tem
a menor noção de nada além de matar a todos, de preferência já. Sob sua direção estão os
demônios subalternos da poluição moderna, em suas muitas formas, assim como de todas
as pestes e novas doenças como a Aids, o Ebola e todas as espécies de infecções e
contágios, inclusive espirituais, como obsessões. Sob sua direção estão os espíritos imundos
que responderam a Jesus que seu nome era Legião, pois eram muitos, e que causam as
possessões mais selvagens e constantes, já que são entidades muito baixas e primitivas,
assim como ele. O fato de que não seja tão cerebral e inteligente quanto os outros em nada
diminui o seu poder, pelo contrário, especializa-o na direção inversa, onde descobre a
perfeição da estupidez e da ignorância, criando um universo mental no qual tudo se reduz a
lixo e a excrementos. Seu alcance mental é o de um verme num cadáver, reduzido a corroer
num rumor incansável a espuma infeliz de seu ódio à Criação. Por isso mesmo, o que mais
aprecia é corromper a Inocência sempre que possível, semeando o Desespero e o Niilismo
mais cegos, numa resistência feroz a qualquer manifestação dos Poderes da Luz. Inspira os
atos de destruição mais covardes, como o Terrorismo e a crueldade contra crianças, tendo
inspirado Herodes pessoalmente na Matança dos Inocentes, do que, aliás, se orgulha muito
e ri até hoje. Alguns dos seus protegidos são, por exemplo, o célebre terrorista Abu Nidal,
que se intitula “o espírito mau que vaga à noite provocando pesadelos” o ex-presidente
americano Ronald Reagan, a quem em 1966 deu a idéia de envenenar secretamente as
plantações de maconha da Califórnia e a quem protegeu de um atentado, bem como a
Margareth Thatcher, outra favorita sua. Também podemos citar o milionário John Paul Getty,
que recusou pagar o resgate de seu neto mesmo recebendo a orelha dele pelo Correio e o
Imperador Nero com o seu Incêndio de Roma e a perseguição aos Cristãos. Talvez não seja
demais acrescentar o desequilibrado e obscuro Eróstrato, que incendiou o Templo de Diana
em Éfeso, uma das Sete Maravilhas da Antigüidade, apenas para que seu nome perdurasse
na História, infelizmente até hoje. Na verdade, se não fosse pelo incessante Poder dos
Anjos, principalmente do Arcanjo Michael, Belzebu certamente consumiria todo o Universo
com sua fúria, sendo talvez isso o que tentou expressar quando falou através de Calígula a
famosa frase:
Talvez por isso alguns teóricos o considerem erroneamente como o Regente Supremo do
Inferno, já que teria dado um “Golpe de estado” em Satan, de quem, na verdade, é aliado.
Assim como Satan é o Mestre de todos os VAMPIROS, Belzebu é o patrono e o líder da
legião dos ZUMBIS, que, ao contrário do que se costuma crer, não são apenas entidades
legendárias e muito menos estão restritos ao Haiti e à América Central.
Este artigo abordará o tema Pazuzu. Aproveite também para conhecer nossa loja com
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"Pazuzu, Senhor das Febres e Pragas, Anjo Negro dos Quatro Ventos com genitais
apodrecendo dos quais uivam dos dentes afiados sobre as cidades atacadas..." - William
S. Burroughs, Cities of the Red Night (Cidades da Noite Vermelha)
O mais poderoso demônio do vento das cidades perdidas da Assíria e Babilônia pode ser
considerado como a mais malevolente força elemental no mundo da mitologia. Como
Pazuzu, esse demônio do Oriente Médio alcançou atenção popular na sensacional novela de
William Peter Blatty, The Exorcist (O Exorcista). O filme inspirado nesta novela trouxe o
assunto de possessão demoníaca para um contexto popular, mas isso foi deixado mal
entendido, para [uma] seqüela atmosférica, The Exorcist II: The Heretic (O Exorcista II: O
Herético), dirigido por John Boorman, para representar as forças maléficas de Pazuzu num
autentico, contexto mitológico como um varredor do deserto, causador da desolação e
praga. Isso foi imaginado efetivamente no filme como um enxame de lacustas, noticiando
um apocalipse de fome.
Nesse livro erudito, The Domain of Devils (O Domínio dos Diabos), Eric Marple descreve o
demônio do vento como a mais terrível de todas entidades demoníacas, tendo poder para
espalhar doenças repugnantes com sua ígnea e seca respiração. O demônio tem "para uma
cabeça muitos crânios descarnados de cão".¹ Representando morte, doença, e como sem
carne, morte cerebral, o varredor do deserto, fome. Significativamente, Willian Woods
explica na sua "História do Diabo":... Na Mesopotamêa o demônio chifrudo, Pazuzu, montou
no vento e espalhando malária..."² deste modo acentuando [o poder] destrutivo do
demônio montado como "senhor de todas as febres e pragas." Quiçá referindo-se a Pazuzu
como o dragão devorador, Typhon, "anjo dos ventos fatais", equiparado com a doença
Typhoide.
Outra representação do demônio do vento pode ser traçada no velho testamento, onde o
diabo é descrito como um criatura negra hirsuta, um invasor do deserto das terras perdidas.
³
No relato dessas concepções para o antigo demônio do vento sudeste do Oriente Médio, nós
podemos entender porque esse símbolo foi considerado com tal temor e terror. Como o
mais cruelmente destrutivo demônio do panteão das criaturas nefastas, o demônio do vento
representa a destruição da vida humana.
Este artigo abordará o tema Lúcifer, o Portador da Luz. Aproveite também para conhecer
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Lúcifer é uma palavra latina que significa "portador da luz" (Vem do latim, lux, lucis =
luz; ferre = carregar) cuja correspondente em grego é "phosphoros", significa "o portador
do archote" ou "o portador da luz", sendo ele mesmo, como indica o seu nome, aquele que
traz a luz onde ela se faz necessária.
Além disso, Lúcifer foi um nome dado pelos latinos ao planeta Vênus. (Nesta acepção leva
inicial maiúscula.) Todos sabem que Vênus, por sua proximidade ao sol, "aparece" quando
este se encontra ao horizonte, durante os crepúsculos, seja esse matutino ou vespertino.
Dai ele ser conhecido como a estrela da manhã, e também a estrela vespertina. Durante o
amanhecer, a "estrela" Vênus aparece ao horizonte antes do "nascimento" do sol. Na
observação dos antigos, é como se fizesse o papel de arauto do sol, puxando o astro rei de
seu sono nas regiões abissais. Ele, nas manhãs, anunciava a chegada do sol, como se o
carregasse. No entardecer, Vênus "empurrava" o Sol de volta para as regiões obscuras. Dai
se dizer que Vênus ou Lúcifer, estrela da manhã "porta" o archote, ou, o sol... Esta é a
razão pela qual um dos primeiros papas foi chamado de Lúcifer, como provam Yonge e
registros eclesiásticos. (O termo "Lúcifer" não aparece no Novo Testamento como nome de
demônio).
Em Apocalipse 22:16 está escrito: "Eu, Jesus, ... Eu sou a raiz e o descendente de Davi, sou
a estrela radiosa da manha." — Isso abre uma discussão interessante pois se o próprio
Jesus se auto denominou a estrela radiosa da manhã, que também é Lúcifer, este nome não
deveria ter sido associado ao mal de forma alguma! — Houve também um Bispo chamado
Lúcifer, de Cagliari, na Sicília, de 370 a 371, que montou uma doutrina contrária a todo e
qualquer contato com os idólatras.
Posteriormente, para combater e substituir a versão aceita corrente dos Livros de Enoch
para a "quedados anjos", Tomás de Aquino entre outros, criaram uma segunda versão,
tomando a decisão infeliz de transformar a palavra num epíteto do demônio. Helena
Blavatsk, escreveu uma crítica na introdução da revista "Lúcifer" [Vol. I, No 1, Setembro,
1887] informando que "foi Gregório Magno quem aplicou pela primeira vez a seguinte
passagem de Isaías, 'Como caíste do céu, ó Lúcifer, filho da manhã', etc. à Satã e, desde
então, a ousada metáfora do profeta, que se referia, afinal, a um rei assírio inimigo dos
israelitas, tem sido aplicada ao Diabo". Já outros atribuem essa tradição como tendo se
originado com uma interpretação — bastante forçosa — de Orígenes de algumas passagens
Bíblicas.
Falando a respeito do poder dado aos discípulos, para lutarem contra o poder do Inimigo,
Cristo disse: "Eu vi Satanás cair do céu como um relâmpago!" (Lucas 10, 18). No
Apocalipse 9, uma estrela cai do céu sobre a Terra e se transforma em Apollyon, o anjo do
poço do abismo. Obviamente, ambos se referiam metaforicamente a humanos usando uma
analogia de passagens da condenação dos anjos, liderados por Semjazah, em Enoch.
Entretanto, estas palavras foram interpretadas por Orígenes, e depois pelos Padres da
Igreja, como referências a um capítulo do Livro de Isaías no qual Yaveh protege seu povo
destruindo o orgulho de seu inimigo. (O nome de "Estrela d'alva", ou Lúcifer, foi
interpretado por Orígines como sendo o nome de Satanás antes de sua queda do Paraíso.
Segundo ele, Lúcifer e seus anjos caíram por sua própria escolha. Seu motivo teria sido o
orgulho, representado pela tentativa de se equipararem a Deus. Desejavam colocar sua
própria vontade no lugar da vontade de Deus. E isto era considerado como a base do
pecado em todos os níveis. Aos poucos, estas idéias começaram a se transformar na base
dos ensinamentos tradicionais sobre o Diabo). Trata-se de uma interpretação errônea do
seguinte trecho de Isaías que fala da "morte do rei da Babilônia" Nabucodonosor
(Nebukadneççar em hebraico), que recebeu a maldição suprema da privação da sepultura:
Segundo estudiosos da Bíblia, a expressão usada no texto "ó estrela d'alva, filho da aurora!"
parece inspirar-se num modelo fenício. Em todo caso, eles apresentaram vários pontos de
contato com os poemas de Râs-Shamra: a estrela d'alva e a aurora são duas figuras
divinas; a montanha da assembléia é aquela em que os deuses se reuniam, como no
Olimpo dos gregos. Posteriormente, os padres interpretaram a queda da estrela d'alva
(Vulg., "Lúcifer") como a do príncipe dos demônios.
Daí em diante a história se arrastou acumulando erro após erro. Como já era de se esperar,
não seria tão simples sepultar Enoch. Muitos aceitaram a nova versão da "queda dos anjos"
mas não esqueceram a antiga e, logo, as interações culturais cuidaram de unir ambas.
Relações sexuais de anjos com humanos saíram de um passado longínquo de Enoch e
passaram para o "tempo presente". Falava-se de Íncubos e Succubos; Então, como o novo
objetivo do lado negro seria tomar o trono de Deus, nada mais prático do que criar um novo
messias. Assim, já nos primeiros tempos da cristandade, a profetiza Sibila Tiburtina, previa
a chegada do Anticristo — que seria de origem judia. Entretanto, Santa Hildegarda foi a
primeira a dizer que ele seria filho de "um demônio disfarçado de anjo de luz". Diz ela:
"O filho de perdição que reinará pouco tempo, virá ao anoitecer da duração do mundo, no
tempo correspondente a esse momento em que o sol desapareceu já no horizonte, isto é,
que virá nos últimos dias. Armai-vos com tempo, e preparai-vos para o mais terrível de
todos os combates. Após haver passado uma juventude libertina no meio de homens muito
perversos e num deserto onde haverá sido conduzido por um demônio disfarçado de anjo
de luz, a mãe do filho de perdição o conceberá e o alumiará sem conhecer seu pai. O filho
de perdição é essa besta muito malvada', que fará morrer os que recusam crer nele...
Quando o filho de perdição tiver levado a cabo todos os seus propósitos, reunirá todos os
crentes e lhes dirá que quer subir ao céu. No momento dessa ascensão, um raio lhe ferirá,
matando-o. Por outro lado, a montanha na qual se terá estabelecido para proceder à sua
ascensão, será coberta no mesmo instante por uma nuvem que propagará um cheiro de
podre horrível e infernal."
Ainda no século V, Dante Alighieri apresentava o quadro mais falso, famoso e hediondo que
o mundo já conheceu:
"O imperador do reino doloroso erguia o peito para fora da geleira. Eu, com minha estatura,
mais próximo estou de um gigante do que um gigante comparado com o braço, apenas, de
Lúcifer. Imagina pois, leitor, quão grande será Lúcifer, se calculado pelo tamanho de seus
braços. Se um dia foi belo, quanto é hoje horrendo; se contra seu Criador alçou a fronte,
bem entendo seja ele a fonte única do mal que o mundo inteiro chora.
Nem sei como diga a estupefação que em mim causou o haver-me aparecido de três faces
era sua cabeça. Era vermelha (a indicar o ódio que o move) a face que eu via de frente; as
outras duas repousam, cada uma, sobre largo ombro, mas lá em cima, no alto crânio,
formavam três um só conjunto. A face da direita estava entre o branco e o amarelo; a da
esquerda lembrava a cor que amorena a gente nascida e afeita à terra onde o Nilo tem seu
curso. Sob cada face, duas asas vastas quando convém a um ser de modo volátil e mau.
Velas tão grandes não vi jamais em nau de alto mar. Não tinham penas, e mais lembravam
aquelas asas próprias dos morcegos. Continuamente agitadas, produziam os três ventos
gélidos / que mantém o Cócito enregelado. Pelos seis olhos, chorava; por três peitos
escorriam suas lágrimas, pranto feito de sangue e espuma. Em cada boca triturava um
pecador, qual moinho a esmagar o grão. Ao condenado que na boca fronteira a mim
atormentava, acrescentava-se um outro sofrimento, pois com as garras, em fúria
constante, Lúcifer por inteiro lhe arrancava a pele."
(ALIGHIERI, Dante. A divina comédia. S. Paulo: Cultrix, 1965, p. 121, vv. 28-60)
Inúmeros inquisidores, artistas, etc. propagaram pelos séculos esta desmerecida "má
fama", juntando horrores após horrores num "efeito bola de neve", que aglomerava e
crescia com todo tipo de disparates, frutos do medo dos condenados e da demência
humana. Provavelmente, dos autores mais recentes, o que mais influenciou a imaginação
humana foi Milton, com sua cultuada obra "O Paraíso Perdido":
(MILTON, John. O paraíso perdido. Trad. de Antônio José de Lima Leitão. S. Paulo: Logos, p.
261-2)
O mal esta feito, o erro divulgado. "É o falso Lúcifer da legenda heterodoxa; é este anjo
altivo para julgar-se Deus, bastante corajoso para comprar a independência a custo de uma
eternidade de suplícios, bastante belo para ter podido adornar-se em plena luz divina;
bastante forte para reinar ainda nas trevas e na dor e para construir um trono com sua
inextinguível fogueira."
....Alucinação é a percepção real de um objeto que não existe, ou seja, são percepções sem
um estímulo externo. Dizemos que a percepção é real, tendo em vista a convicção inabalável da pessoa
que alucina em relação ao objeto alucinado.
Sendo a percepção da alucinação de origem interna, emancipada de todas as variáveis que podem
acompanhar os estímulos ambientais (iluminação, acuidade sensorial, etc.), um objeto alucinado
muitas vezes é percebido mais nitidamente que os objetos reais de fato.
Delírio é uma convicção errônea nãocorrigível. Mas, seria preciso lembrar que nem toda
convicção errônea nãocorrigível é um delírio. Se essa convicção se relacionar com falta de cultura ou
erudição, com a falta de conhecimentos ou de inteligência, então não será um delírio, seria mais uma
ignorância. Tampouco será delírio aquelas representações errôneas que se originam de sentimentos
compreensíveis. Se o amante, por exemplo, está convicto da perfeição da amada imperfeita não se
trata de idéias delirantes. As convicções filosóficas ou religiosas também não são delírios, mesmo que
muitas pessoas as considerem errôneas, elas devem ser classificadas como idéias supervalorizadas.
Este artigo abordará o tema Satã, o Príncipe do Mal. Aproveite também para conhecer
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O mal é reconhecido por todos nós como aquilo que prejudica, aquilo que fere; o que se
opõe ao bem, à virtude, à probidade e que nos afasta de Deus; aquilo que, concebido como
externo a nós e fora de nosso controle, nos leva ao medo irracional e a superstições
perigosas que, na maioria das vezes, põem em risco não só a nossa sanidade mental como
a integridade física daqueles que nos cercam. Prova maior dos malefícios gerados pela
insânia da superstição é a vergonhosa caça às bruxas efetuada na idade média e que levou
à fogueira milhares de inocentes que morreram para aliviar o pânico de uma população
acuada pela criminosa individualização externa de um dos aspectos mais profundos da alma
humana: O Diabo.
Satã, o grande Príncipe das Trevas, aquele "através do qual o mal se faz presente no
mundo" é, nos nossos tempos, a grande justificativa, projetada no meio, que alivia toda a
culpa de um processo interno não condizente com os ditames da moral vigente.
Pensamentos de avareza, desejos de vingança, lascívia e uma série de outros ditos
"malefícios"são rejeitados pela nossa autocrítica e mecanicamente atribuídos a um ser
externo que introduz estes aspectos na nossa alma "pura e santa", aliviando a pressão
gerada pelo atrito entre a imagem que criamos de nós mesmos e aquilo que realmente
somos.
Todo este atrito surge do pensamento dualista que gerencia as nossas vidas desde há
séculos. Dividimos o mundo, simplisticamente, entre as forças do mal e as forças do bem,
adotamos uma auto-imagem de "bonzinhos" como nosso ideal e, rejeitando nossa
contraparte, aquela obscura e incompreensível, fingimos que ela não existia. Produzimos a
desarmonia e acreditamos, ingenuamente, que não sofreríamos as conseqüências deste ato
ilícito.
Hoje somos os filhos do caos, confusos e perplexos diante de nosso próprio Eu dividido e
dilacerado pelo nosso consciente racional, mas ainda assim inalcançável à nossa mente
linear e mecanicista, tentando justificar nossos atos "maus" através de uma figura lendária
cuja única "culpa" é ser portador de cornos, ter seu corpo coberto por pêlos e ter cascos em
vez de pés. Esta imagem o afasta daquilo que concebemos como harmônico e belo,
tornando-o portanto a figura ideal para a projeção de toda a nossa desordem interior.
O significado de Satã tem, no entanto, uma abrangência quiçá equivalente aquela contida
entre o céu e a terra, ou seja, muito maior do que "possa supor a nossa vã filosofia" e é na
tentativa de resgatar este significado que este artigo inicia agora uma viagem através do
túnel do tempo, buscando junto aos antigos a verdadeira imagem deste ser lendário, misto
de terror e fascínio que povoa os recônditos mais obscuros de nossa própria alma.
Não seria demais aqui fazer um alerta em favor da suscetibilidade humana que ainda
persiste no vulgo: ainda hoje há aqueles que podem vir a enxergar as palavras que seguem
como arautas de uma heresia qualquer. Já aprendemos a não tentar convencer o vulgo.
Porém convenhamos, diante de tantos absurdos e não sendo eu intelectualmente deficiente,
apenas um caminho me resta, o do herege esclarecido.
A Origem de Satã
Na antiga Grécia o rei dos deuses era Zeus Pater, o Júpiter de Roma. Como "pai celeste",
Zeus podia tanto provocar as tempestades destruidoras quanto as chuvas fertilizadoras. A
esposa deste deus, Hera, rainha dos deuses, possuía também esta mesma dualidade. Deusa
ctônica, era identificada com a divindade Gaia, deusa da fertilidade e da natalidade. Somada
à ambivalência ética este casal divino possuía também a ambivalência sexual, sendo Hera
considerada o lado feminino de Zeus e vice-versa. Os filhos deste casal divino possuíam
esta mesma dualidade ética e sexual, exemplos claros deste fato são Atena, Poseidon,
Hermes e seu filho Pã que nos forneceu os dados arquitetônicos para a construção da
imagem de Satã, alimentada pelo mundo católico cristão.
No mundo antigo a abrangência ética dos deuses não trazia a necessidade da personificação
do mal, no entanto, com o "progresso"do pensamento religioso e a chegada do cristianismo
esta necessidade tornou-se um mal necessário para a sobrevivência das novas religiões.
O pensamento cristão trouxe o conceito do Deus infinitamente bondoso que estava apartado
de todo o mal, sendo assim, o único meio para justificar a existência do maléfico, entre os
seus devotos, era através da criação de um outro ser que, tendo sido criado por este Deus
único, usou mal o seu livre arbítrio, afastando-se dos desígnios divinos. Surge a explicação
mitológica cristã mais conhecida de como o princípio do mal teria entrado em nosso mundo.
O livro de Enoch é um texto apócrifo escrito por volta do ano 200 a.C. que relata a história
da queda dos anjos, narrando a entrada do Príncipe das Trevas no mundo dos homens. A
história da queda dos anjos não fez parte do cânon cristão, no entanto, tornou-se a pedra
fundamental de onde surgiram os ensinamentos posteriores sobre Satã.
Enoch relata que através de uma visão foi-lhe mostrado como um grupo de anjos,
encorajados por seu líder Satanael, teria descido das regiões celestiais para a Terra. Em
nosso mundo, eles teriam se apaixonado e copulado com as filhas dos homens, bem como,
ensinado muitas artes e ciências, trazendo também o vício. Seus descendentes, frutos de
seus interlúdios amorosos, ensinaram a iniqüidade sobre a Terra até o dia em que Deus
decidiu provocar o dilúvio para punir os pecadores, condenando os anjos a viver nas
sombras até o dia do Juízo Final. Aos poucos, os nomes da legião de anjos rebeldes foram
sendo combinados para representar um único ser espiritual maligno, essência de todo o
mal, Satã, cujo significado em hebraico é o adversário.
Aos poucos, o mito de Satã ganha expressão na imaginação do povo e por volta do século
IX o diabo ocupa posição central na crença dos cristãos ocidentais. Os cristãos orientais
davam pouco valor ao maligno, mantendo a fé de que todas as coisas, independente de
parecerem boas ou más, vinham das mãos de Deus. Esta postura de fé acabou por custar-
lhes a vida.
Na Europa medieval o poder de Satã era considerado imenso. Ele era Lúcifer, o grande anjo
caído que ainda pretendia derrotar os planos de Deus e que sobre a terra produzia atos de
maldade contra a humanidade. Aquilo que outrora havia sido apenas uma lenda agora toma
ares de realidade aos olhos da população que se acreditava totalmente à mercê das forças
do mal.
Alguns padres da Igreja consideravam o povo cristão como um exército de luz em eterno
combate com o exército das trevas, pertencendo a este último todos aqueles que não
professavam a fé cristã. Esta idéia foi a mola propulsora que provocou e justificou a
violência contra os hereges, fossem eles judeus ou pessoas acusadas de bruxaria. O mundo
passou a ser um campo de batalha entre Deus e Satã, antagonismos míticos que
enlouqueciam a mente dos fiéis.
Na França esta onda de loucura teve como objeto de feroz perseguição os cátaros, povo
considerado herege por acreditar em dois poderes eternos o Deus da bondade e o Criador
do mal, criador do mundo material. Os cátaros acreditavam que o resultado da guerra no
paraíso havia sido o aprisionamento dos espíritos celestiais em corpos terrenos, para serem
transformados em seres humanos. O único objetivo do ser humano seria, portanto, o
retorno ao lar celestial. Infelizmente, pagaram caro pela sua "heresia" e foram
exterminados pelo "exército do Senhor". Tudo em nome de Deus!
A Face de Satã
Os textos do Velho e do Novo Testamento nunca deram a Satã uma forma física. A idéia
geral era a de que o diabo podia assumir a forma que desejasse, desde um lindo anjo,
passando por uma mulher voluptuosa e uma serpente tentadora ou até mesmo um dragão
horrendo das profundezas. No entanto, nenhuma iconografia ou retrato do Diabo, seja em
pintura ou gravura, foi encontrada com data anterior ao século VI, e não se descobriu muita
coisa a respeito antes do século IX, quando as representações dele crescem rapidamente.
Um ponto focal do mal era bem melhor compreendido se ele fosse personificado. Para que
esta personificação fosse possível era necessário trazer o mito à realidade, dar-lhe forma,
uma aparência através da qual pudesse ser identificado. Nada mais conveniente a uma
religião nova do que utilizar as formas de divindades religiosas antigas, a fim de representar
o mal e apagar a influência destas mesmas divindades no meio social humano.
Na mitologia grega, Pã, o filho de Hermes, tinha nascido com o corpo coberto de pêlos e
possuía chifres, rabo e cascos de bode, além de uma pequena barbicha. Esta figura de Pã é
exatamente o que até hoje se imagina como Satã, o Príncipe das Trevas. Este ser era um
deus rústico que habitava os bosques e os campos sagrados, tendo como companhia
pequenos diabinhos, seus filhos e filhas que pregavam peças nos seres humanos. Como um
deus da natureza, era dotado de poderes de inspiração e profecia. Representava o desejo
sexual com todo a sua força criadora e destrutiva, sendo vinculado, pelos olhos cristãos,
com tudo o que havia de mau. Para piorar a sua situação na religião emergente, era
considerado um dos companheiros de Dionísio, deus da fertilidade representado pela vinha,
personificação do ciclo natural de morte e vida renovada, mortificação e êxtase. O bode
também era sagrado nos ritos de Dionísio, sendo seus chifres sinal de fertilidade e poder. O
formato de bode dado à figura de Pã era, portanto, duplamente diabólico.
Para o mundo cristão o deus rústico representava os excessos e a depravação, os vícios do
mundo material, constituindo a imagem completa do paganismo, a figura ideal para ser
associada ao mal. O paganismo, religião do demônio, tinha que ser destruída pelo exército
de seguidores de Jesus. No momento da crucificação do Cristo, o deus Pã foi considerado
como morto, embora o Diabo ainda se disfarçasse em sua figura e tivesse que ser
erradicado da face da Terra.
Era sabido que Satã havia sido um anjo e como tal era portador de asas, mas estas haviam
perdido as características de beleza e agora eram negras e desprovidas de plumagem,
assemelhando-se às asas negras do morcego, criatura noctívaga e sinistra que povoava os
pesadelos dos fiéis.
A delineação cristã tradicional apresenta o Diabo alternando nas cores vermelho ou preto. A
cor vermelha caracterizava os adeptos de Seth, porém não seria errado supor que a cor
vermelha fosse oriunda do fogo destruidor dos mundos infernais. A cor preta também
representava Seth na forma de um suíno negro, assim como Dionísio era também,
ocasionalmente negro, mas o preto de Satã pode vir da sua associação com as trevas, que
simbolizam a morte e os terrores da noite.
O mundo subterrâneo associado a Satã representava nos povos antigos tanto a morte,
quanto a fertilidade, tal qual a semente parece morrer ao ser tragada pela terra para, no
tempo certo, renascer em forma de folhas e frutos.
O fogo do inferno é a representação clara do desejo sexual que potencializa a alma muito
além das perspectivas impostas pela vã racionalidade humana. No entanto, como esta
hipótese era entendida pelo cristão como uma submissão da alma aos instintos animais, ou
ainda uma suposta depreciação dos anseios espirituais perante aqueles materiais, a
possibilidade da alma transcender os limites da razão através do desejo sexual era vista
como sendo um irretorquível sinal da perdição da própria alma, ou o inequívoco sintoma da
danação derradeira do espírito.
Essa inversão de valores foi bem típica de todo o processo de catequese do ocidente, onde o
sagrado tomou ares de sacrílego, quando os processos naturais da criação e da
emancipação humana foram confundidos com a própria silhueta do "mal". Para ilustrar a
forma com que os agentes desta, esta sim, perversão atuavam basta nos referirmos ao
símbolo da virgem sexualmente imaculada que, numa absurda e singular forma de
partenogênese humana, pariu uma criança redentora.
Não foi, portanto, meramente obra do acaso que a imagem de Maria Imaculada tornou-se o
principal baluarte contra toda e qualquer tentação infernal relacionada à sexualidade
humana, trazida à tona por Satã.
Nas diversas culturas que povoam o nosso planeta encontramos formulações a respeito do
"Príncipe das Trevas." Esta sincronicidade mitológica entre culturas que jamais vieram a ter
contato entre si talvez se deva, como gostaria de afirmar Jung, ao inconsciente coletivo;
mas, por outro lado, talvez tenha como causa algum tipo de difusão cultural que ainda não
se apresente ao nosso conhecimento.
O fato é que todas as culturas primevas que aceitaram o princípio divino reconheceram
também a sua ambivalência, considerando o bem e o mal como fazendo parte de sua
constituição. Esta ambivalência talvez tenha surgido, a princípio, da observação da própria
natureza que tanto favorecia o homem, permitindo-lhe a sua subsistência, quanto o
prejudicava, trazendo-lhe a destruição e a morte através das catástrofes naturais para ser,
mais tarde, acrescida à necessidade de se explicar o advento do mal num mundo criado por
um ser onipotente: Deus; talvez tenha ainda surgido da observação da própria alma do
homem que parece sempre imersa no eterno dilema entre os opostos. As hipóteses
aventadas como causa do surgimento da ambivalência divina são várias, mas o ponto
básico para os antigos é único: Deus possui duas faces.
Deus, no mundo antigo, era a intercessão dos opostos; um ser tão poderoso que, contendo
em si as forças antagônicas do universo, ainda assim era símbolo de beleza e harmonia
superiores. Deus era aquele que continha em si tanto o princípio da criação, quanto o da
destruição, sendo portanto imortal e dono de poder infinito.
No monoteísmo o Ser Supremo era visto como a reunião de duas tendências opostas em
um só. No politeísmo estas mesmas tendências eram expressas em termo de muitos deuses
que, sendo muitos, representavam apenas um grande deus: a mãe natureza.
O postulado expresso pela divindade ambígua é o de que todas as coisas, boas ou más,
vêm de Deus. Na medida em que as pessoas passam a necessitar de um Deus bom e
protetor passam a não atribuir-lhe o mal e criam a oposição de forças dentro da própria
divindade, separando-a em dois eternos inimigos. Perde-se a unidade e esta perda é
expressa nos eternos contos mitológicos da guerra no céu.
Com freqüência, um grupo de deuses, depostos por uma nova geração de divindades, é
considerada como detentora do mal. No início da evolução religiosa indo-iraniana haviam
dois grupos de deuses, os asuras (Índia) ou ahuras (Irã) e os devas. No Irã, os ahuras
derrotaram os devas, tornando-se, o seu chefe, o Deus Superior. Na Índia, os devas
derrotaram os asuras. Embora o resultado tenha sido diferente em ambos os povos, num
sentido mais profundo o processo foi o mesmo. Um grupo de divindades foi vencido pelo
outro e relegado à condição de espíritos maus.
Na tradição judaica, o livro de Enoch, onde se relata a queda dos anjos que rejeitam o
paraíso e as ordens de Deus, é também o relato de uma guerra no céu. A rebelião é levada
a cabo por vários líderes, dentre eles o príncipe Satanael que acaba por se transformar na
personificação da essência de todo o mal.
A palavra Diabo vem de diabolos, termo grego que significa o acusador ou agressor e que
traduzida para o vocábulo hebraico nos revela Satã, que significa: o adversário.
Assim como todos os demônios, Satã, nas diversas culturas sobre a face da Terra, era
reconhecido como deus. Os primeiros egípcios chamavam Satã de "A Grande Serpente
Satã", Filho da Terra, considerado imortal porque era regenerado todos os dias no útero da
Deusa. Satã parece ter sido um aspecto oculto do sol, Horus-Ra, correspondendo à serpente
Phyton, o aspecto oculto de Apolo. Ele foi o consorte fálico da deusa Sati, ou Setet, que
corresponde ao aspecto virginal de Kali, e que dominou o Alto Egito que era conhecido como
a Terra de Sati. O deus era também conhecido como Seth, o adversário de Osíris e que mais
tarde é vencido por Horus. A serpente era também conhecida como a fonte da vida e vivia
em uma yoni no templo de Isis, podendo ter uma função oracular, do mesmo modo que
Python.
Satã era considerado freqüentemente como o alter-ego do deus Sol, o Sol Negro, espírito da
noite e da morte. Ele era o deus que reinava sobre a noite. O molde é o mesmo em Osiris-
Set, Apollo-Python, Anu-Aciel, Baal-Yamm, etc. O deus da noite era o adversário do deus do
dia não porque ele fosse mau, mas sim porque ele era a fase adormecida deste mesmo
deus.
Satã reaparece no folclore russo como a grande serpente do submundo Koshchei, a imortal.
Ela era aquela a quem o Sol tinha que matar, do mesmo modo que o homem deseja matar
o fantasma da morte com o qual empreende luta eterna.
Para os Hebreus Satã era um adversário no senso estrito da palavra, aquele que testava a
fé dos homens. Originalmente Satã era um dos bene ha-elohim , filhos de Deus, mas
posteriormente os tradutores bíblicos singularizaram o plural para ocultar o fato de que os
primeiros Judeus adoravam múltiplos deuses.
Este filho de Deus foi identificado com Lúcifer pelas palavras de Jesus que afirma ter visto
Satã descer à terra como um relâmpago.
Esta mesma associação é vivida pelos Persas no seu mito sobre Ahriman, a serpente-
relâmpago que é expulsa dos céus pelo deus da luz. Os Persas acreditavam que esta
serpente era o irmão gêmeo de Deus e esta idéia invadiu a tradição gnóstica e os livros de
magia medieval que consideravam a palavra Satã como sendo um dos nomes místicos de
Deus, assim como Messias, Adonai, Emmanuel, etc.
Os islâmicos chamam a Satã de Shaytan, aquele que governa a raça de djinn, os "gênios",
que eram espíritos muito mais antigos do que o próprio Allah. Shaytan se rebelou contra
Deus, segundo a lenda islâmica, quando Deus criou o homem e exigiu de seus anjos que
estes adorassem ao homem, sendo expulso de seu reino.
Poderia aqui continuar minha narrativa enumerando, quase que interminavelmente, várias
outras culturas que tiveram Satã como uma das suas mais importantes divindades, mas
julgo que isto seria por demais cansativo para o leitor, embora fosse fonte de grandes
descobertas a respeito deste ser que povoa nossas noites de sono. Importante, no entanto,
é ressaltar que Satã, longe da imagem infantil que dele possuímos, tem uma grandiosidade
peculiar que fez com que ele, ao contrário de outras divindades, sobrevive-se a todos estes
séculos culturais, sendo reconhecido, venerado ou odiado, até mesmo em nosso século XX,
a Era da Tecnologia e da Informação.
O cristianismo é uma religião voltada para o além túmulo, seus dogmas falam a respeito de
condutas morais que devem ser seguidas para se alcançar o reino de Deus, cujo filho,
Jesus, já afirmava que seus domínios não eram deste mundo.
Nos primeiros anos do surgimento da doutrina cristã acreditava-se que Deus havia criado
dois reinos distintos, um pertencente ao Cristo e outro ao Diabo. O mundo material, tal qual
o conhecemos, pertencia a Satã. Santo Inácio chamava o Diabo de "soberano deste mundo"
e qualquer apego à matéria era considerado pecaminoso, um verdadeiro empecilho para a
salvação eterna. O domínio de Satã não abrangia apenas os bens terrenos , mas se
estendia principalmente aos seres humanos, cujas almas habitavam os corpos feitos do
barro, substância da natureza do mal que expunha os devotos à tentação do material.
A crença literal nos dois reinos distintos criados por Deus levou à convicção de que haviam
dois povos antagonistas em eterna luta no universo, os escravos do Demônio e os
guerreiros da luz. Estes dois povos coexistiam no contingente terrestre, sendo impossível
distinguir a qual povo pertencia cada pessoa, pois o mal podia se apresentar sob o disfarce
do bem. Este dom diabólico que o adversário de Deus tinha para se mascarar era,
exaustivamente, exemplificado através da lenda de Adão e Eva.
Neste relato mitológico a serpente prega o logro à mulher fazendo-a pensar que a mente
daquele que fôra criado podia alcançar toda a onisciência do Criador.
Santo Agostinho foi um dos maiores apologistas desta hipótese dualista. Em a Cidade de
Deus descreve o Cosmos dividido em duas cidades, a terreal e a divina. Na primeira
habitavam os demônios e os seres humanos seduzidos por seus vícios; enquanto que na
segunda moram os anjos bons e os ímpios. Relata ainda que o mundo em que vivemos é
como que uma intercessão entre essas duas cidades, não sendo da ordem do humano
distinguir quem pertence a cada uma delas. Afirma que não podemos sequer ter certeza
sobre nós mesmos, visto que, estamos sujeitos a constantes mudanças.
O cristianismo era uma religião de ação, ou seja, uma religião de ditames comportamentais
em que se dizia claramente o que se devia fazer ou não. Para garantir a obediência do
rebanho era necessário criar algo ameaçador que aterrorizasse as ovelhas do Senhor em
caso de não cumprimento da Lei.
Este algo ameaçador era Satã, a grande arma adotada pela Igreja para manter o rebanho
na direção "correta" ou, pelo menos, naquilo que se considerava ser correto. A
impossibilidade, exposta aos fiéis através de ensinamentos como os de Santo Agostinho, de
obter a consciência sobre a sua própria natureza, levava o ser humano à constante dúvida
sobre sua própria essência, mantendo-o sob o constante terror de poder sucumbir
repentinamente aos ditames de Satanás. Sucumbir a Satã equivalia a ser condenado, por
toda a eternidade, a viver as torturas do fogo do inferno, tão bem exemplificadas nas
pinturas medievais. Nunca, em toda a história da humanidade, tão poucos escravizaram
tantos!
Satã, foi o grande "estímulo" fornecido à humanidade pelos líderes cristãos em defesa da
moral e dos bons costumes. E, infelizmente, até mesmo hoje, um símbolo nascido do anseio
humano pela liberdade, continua sendo usado como elemento repressor da nossa natureza
divina, presente de Deus.
Os escravos servirão!
Nas escrituras não se encontra definido se o Diabo deveria ser encarado como um espírito
independente de Deus ou se como uma expressão simbólica dos baixos instintos que levam
o pecado. No entanto, a interpretação realizada pelos padres da Igreja, no decorrer do
desenvolvimento dogmático cristão, levou à concretização definitiva de Satã como um ser
ontológico.
A Igreja desenvolveu uma doutrina sobre Satanás e os demônios que findou sendo
ampliada pelo povo e endossada pela teologia, sendo propagada pela pregação e catequese.
Segundo este conjunto de princípios, Satã e seus súditos foram criados por Deus como
espíritos livres, dotados de inteligência, pois eram desprovidos de corpo material. Os anjos
caídos, assim como os homens, foram colocados diante da "opção" de se aceitarem como
criaturas de Deus, tendo como bem supremo de sua existência a devoção do amor a Ele ou,
recusarem-se a essa condição, negando o amor divino.
Alguns anjos disseram não à primeira hipótese e como castigo foram banidos para o inferno
e apartados definitivamente de Deus. Esta é uma amostragem clara de que a palavra opção
no cristianismo tem significado limitado, sendo induzida por ameaças sutis a respeito de
torturas infernais. O inferno, neste tempo de início doutrinário, não era um lugar
propriamente dito, e sim, uma condição de tormento do espírito que experienciaria para
toda a eternidade o ódio e o desespero.
Satã e seus aliados, habitantes das profundezas infernais, eram acusados de tentarem a
torto e a direito o indefeso ser humano, o qual, quando embebido em natureza maligna,
acabava por se envolver nas malhas do Demônio, afastando-se de Deus. Eram também
acusados de serem detentores do conhecimento oculto, podendo praticar atos ditos
milagrosos que iludiam o pobre vulgo. As curas milagrosas eram consideradas conseqüência
direta do exorcismo da alma adoentada, que fazia com que o demônio abandonasse aquele
corpo. Na casa do Senhor não existe Satanás...
Desde o Vaticano II não existe mais um consenso comum na doutrina que trata de Satã e
seus comparsas. Alguns teólogos insistem em adotar a interpretação medieval, outros
recusam-se a acreditar na figura satânica, enquanto outros procuram dar-lhe uma "nova"
interpretação, acentuando o seu aspecto interno.
Estes seres, adoecidos pelo medo, advertem que num mundo em que não se acredita mais
de forma convicta na figura ontológica daquele ser demoníaco é necessário ressaltar ainda
mais a sua existência, com o objetivo de proteger o reino de Deus dos assaltos imprevistos
de Satanás.
Guiados por esta mentalidade insana, milhares de pessoas hostilizam hoje a qualquer
indivíduo que seja adepto das ciências sagradas, considerando-os como pertencentes à
tropa de elite do Anjo Trevoso.
O preconceito não é prática de eras remotas, suas chamas ardem intensamente sob o
manto da hipocrisia humana e, tal qual a fogueira das antigas inquisições, está presente na
língua ferina do "povo de Deus" reunido nos movimentos cristãos e neo-cristãos. Estes
movimentos, dentre eles as diversas seitas evangélicas e o movimento carismático católico,
são como o revival de terrores passados. Estimulam o fanatismo e, ensandecidamente,
resgatam a individualização exterior de uma característica obscura de nossa própria alma,
Satã. Estaríamos nós diante de uma volta ao passado?
As Amantes de Satã
"No princípio era a Mãe, o Verbo veio depois" (Beyond Power - Marilyn French).
O culto à Grande Mãe exerceu grande fascínio através dos tempos e até mesmo na nossa
era ele se mostra objeto de desejo. Este grande fascínio se deve ao fato de que a Deusa
mãe é altamente permissiva, amorosa e não coercitiva. O homem, vivendo de caça e
coletas, se mantinha em harmonia com a natureza, assimilando todos os prazeres de um
Jardim das Delícias.
O deus único e onipotente controla a vida dos seres humanos, cria o mundo em sete dias e,
ao final, cria o homem. Só depois cria a mulher, a partir de uma costela torta de Adão.
Ambos são colocados no paraíso e a queda deste mundo de paz e harmonia se dá pela
sedução da mulher, que astutamente convence Adão a se render à tentação da serpente,
Satã. A relação homem-mulher-natureza abandona o sentido de integração e adota o de
dominação.
A partir deste contexto a mulher é vista em constante conluio com o demônio, tentando o
homem e prejudicando a sua transcendência. Ela é ligada à natureza, à carne, seu corpo
insinua o prazer sexual, o grande pecado. Como castigo, passa a parir com dor, sendo
considerado este ato, outrora sagrado, como uma grande maldição, conseqüência da sua
fornicação.
Maria, a mãe de Deus, é a grande arma da Igreja contra o feminino pecaminoso. Ela é um
modelo criado para exemplificar a mulher perfeita. Esta mulher assexuada objetiva a
concretização de duas ambições episcopais, abocanhar, através do arquétipo da Grande
Mãe, aquelas ovelhas que ainda se mantinham fiéis a antiga religião, e anular o poder da
sexualidade feminina, considerado ameaçador à estrutura eunuca e machista do
catolicismo. Em Maria inviolada a sexualidade está abolida e, devido a isto, ela alcançou a
graça de poder trazer à vida uma criança sem passar pelo transe de dor.
Além dos já expostos motivos religiosos, existia ainda um outro motivo para se anular a
mulher, o domínio político.
Desde a mais remota antigüidade a mulher detinha o poder da cura, seu conhecimento a
respeito de ervas medicinais lhe dava posição de destaque num mundo infestado por
doenças e com pouco conhecimento médico, tal qual o conhecemos hoje em dia. As
curadoras eram as cultivadoras ancestrais das ervas que devolviam a saúde a população e
eram também as melhores anatomistas de seu tempo.
Na Idade Média passaram a constituir uma ameaça ao poder médico masculino que vinha
tomando forma, através das universidades, no sistema feudal. Para complicar mais a sua
situação este saber medicinal era transmitido oralmente através de confrarias femininas,
onde se ensinava não só os segredos da cura do corpo, mas também da alma. Estas
confrarias foram também fomentadoras de revoltas camponesas contra o feudos em
formação, sistema político incentivado pela Igreja católica e protestante. Para alcançar este
poder centralizador era necessário inibir a influência sexual e política feminina. Ressaltar a
associação do feminino com o mal era não só uma necessidade religiosa, mas também
política. O reinado cristão se sente ameaçado, surge a Inquisição.
Era essencial ao sistema capitalista um rigoroso controle do corpo e dos excessos sexuais
que tornavam o trabalhador indócil ao comando de seu senhor. Anula-se com isso a vontade
do servidor, tornando-o facilmente manipulável. Mas para que o puritanismo fosse instalado
foi necessária muita violência.
Até meados da Idade Média as regras morais cristãs ainda eram frouxamente seguidas pela
população, havendo ainda muitos núcleos do paganismo. Segundo muitos estudiosos da
época a "caça às bruxas" não constituiu uma histeria coletiva, como é propagado, mas sim,
uma manobra política muito bem planejada pela classe dominante, a fim de se sedimentar
no poder.
1) O Demônio, com a permissão de Deus, procura fazer o máximo de mal aos homens a fim
de apropriar-se do maior número possível de almas.
2) E este mal é feito prioritariamente através do corpo, único "lugar"onde o Demônio pode
entrar, pois "o espírito [do homem]" é governado por Deus, a vontade por uma anjo e o
corpo pelas estrelas. E porque as estrelas são inferiores ao espírito e o Demônio é um
espírito superior, só lhe resta o corpo para dominar.
3) E este domínio lhe vem através do controle e da manipulação dos atos sexuais. Pela
sexualidade o Demônio pode apropriar-se do corpo e da alma dos homens. Foi pela
sexualidade que o primeiro homem pecou e, portanto, a sexualidade é o ponto mais
vulnerável de todos os homens.
6) Uma vez obtida a intimidade com o Demônio, as feiticeiras são capazes de desencadear
todos os males, especialmente a impotência masculina, a impossibilidade de livrar-se de
paixões desordenadas, abortos, oferenda de crianças a Satanás, estrago das colheitas,
doenças nos animais, etc.
7) E esses pecados eram mais hediondos do que os próprios pecados de Lúcifer quando da
rebelião dos anjos e dos primeiros pais por ocasião da queda, porque agora as bruxas
pecam contra Deus e o Redentor (Cristo), e portanto este crime é imperdoável e por isso só
pode ser resgatado com a tortura e a morte.
Qualquer indício de que o Diabo estava por perto, como o aborto de alguma mulher, leite
coalhado, morte do gado, estrago da colheita, eram motivos para se acusar de bruxaria a
alguma pobre vítima, de preferência aquelas que ainda se mostravam um pouco afoitas na
cama e mantinham uma certa liberdade do pensar. Não bastasse a morte cruel a que eram
submetidas, sendo queimadas vivas na fogueira, eram levadas a torturas atrozes
preliminares com o objetivo de que confessassem fornicações com o demônio.
Eram despidas de suas roupas e seu corpo nú raspado, sendo submetidas a procedimentos
tarados e sexualmente perversos, gerados na repressão sexual da Igreja de Deus. Suas
partes íntimas que, segundo o Malleus, não devem ser mencionadas, eram violadas com a
desculpa de se procurar objetos enfeitiçados escondidos.
Após a confissão, arrancada sob tortura, a fogueira chegava a ser uma benção para estas
mulheres, cujo único contato com o Demônio havia acontecido a algumas horas antes da
sua morte, na pessoa dos seus inquisidores, "o exército santo do Senhor".
A mulher, após todo este período de repressão, passou a se tornar dócil e submissa,
negando a si mesma o prazer da liberdade, não só sexual como social. Passa a transmitir a
toda a sua prole as regras de sobrevivência, aprendidas a duras penas, obediência
incondicional a Deus e submissão à Igreja. O poder eclesiástico atinge seu ponto máximo de
domínio político e social.
Muito tempo foi necessário para que a humanidade retomasse o seu direito à liberdade e
começasse a vivenciar o prazer sem culpa. E talvez seja apenas coincidência que,
justamente em nossa época, quando a relação homem-mulher busca uma reintegração do
poder sexual, surjam seitas cristãs enfatizando os perigos do sexo, bem como a existência
real de Satã, o senhor dos prazeres corporais...
Conclusão
A idéia de um mal que espreita a vida humana, e que incita a deslizes esteve desde o
princípio dos tempos ligada ao pensamento humano.
O abandono do papel de agente para assumir o papel do objeto sobre o qual se age, afastou
de nós a responsabilidade pelos fatos do porvir. Assim, se algo bom acontece, é Deus que
traz, se algo de mal ocorre, é o Diabo que o provoca. Esta inércia embota nossa mente e,
qual cães bem alimentados, rejeitamos nosso livre arbítrio, desejando apenas obedecer. E
obedecemos.
Obedecemos tanto que com o tempo esquecemos de nossa natureza, ou mesmo, daquilo
que um dia ela fôra. Esquecemos que somos filhos de Deus e, como tal, uma raça de real
nobreza, criados com o livre pensar para estarmos aptos ao livre agir, a fim de lutar pelas
nossas raízes. Um homem sem raízes é um homem sem alma.
E foi isto que nos tornamos, autômatos, desprovidos de vontade, totalmente submetidos
aos ditames de uma moral vigente e embotados por uma natureza animal poderosa,
instigada pela repressão dos instintos promovida pelos diversos sistemas religiosos através
dos séculos.
Hoje somos caóticos, abandonados à inércia de nossas vidas, bailando ao sabor das ondas e
lutando desordenadamente pela sobrevivência.
Satã é aquele que recusa o aconchego paterno e desafia a ordem estabelecida, afirmando
intrepidamente poder superá-la em beleza e perfeição. É aquele que recusa o amor e
enfrenta os tormentos da solidão, afirmando a sua própria vontade. É o dedo em riste que
aponta para as nossas chagas, suscitando nosso orgulho. É o grito de rebeldia que se
recusa a morrer e que, por vezes, surge na alma subjugada. Satã é aquele que se diz o
agente ativo de um processo, recusando entregar-se mansamente à passividade. Satã ou
Lúcifer, se assim o preferirem, é o portador da luz, aquele que oferece a sabedoria à
entidade humana.
Sabedoria implica em busca que implica em esforço. Esforço representa luta e a luta, em
seus meandros, traz a angústia. A angústia surgida da inconformidade pela nossa condição
atual que se encontra muito aquém de nossas possibilidades. Esta inconformidade é o
tormento real de nossa existência, o mal que tememos e que nos submete a uma condição
inferior.
O Príncipe das Trevas, como o próprio nome já nos revela, habita a escuridão. Aquele lado
obscuro de nossa alma, simbolizado pela noite, e relegado por nós aos infernos abissais de
nosso próprio ente. Resgatar este lado obscuro da constituição pessoal e trazê-lo de volta à
luz é iniciar o processo de volta à reintegração do ser. Representa o abandono das
dicotomias e o retorno à unidade, integração perfeita entre o homem e sua própria
natureza, encetando a busca da harmonia estereotipada em Deus.
Este artigo abordará o tema Lilith. Aproveite também para conhecer nossa loja com alguns
produtos relacionados ao caminho da mão esquerda.
De acordo com J. Gordon Melton, "Lilith, uma das mais famosas figuras do folclore
hebreu, originou-se de um espírito maligno tempestuoso e mais tarde se tornou identificada
com a noite. Fazia parte de um grupo de espíritos malignos demoníacos dos americanos que
incluíam Lillu, Ardat Lili e Irdu Lili."
Segundo ele, Lilith apareceu também no Gilgamesh Epic babilônico (aproximadamente 2000
a. C.) como uma prostituta vampira que era incapaz de procriar e cujos seios estavam
secos. Foi retratada como uma linda jovem com pés de coruja (indicativos de vida
noctívaga) que fugiu de casa perto do Rio Eufrates e se estabelece no deserto.
Considerando-se que Adão vivia no Jardim do Éden no pleno equilíbrio de sua sagrada
androginia (pois fora criado a imagem e semelhança do criador), compreende-se como o
surgimento da primeira mulher fez nascer um distanciamento entre Deus e Homem.
Num outro texto, um comentário bíblico do Beresit-Rabba (rabi Oshajjah) a primeira mulher
é descrita cheia de saliva e sangue, o que teria desagradado a Adão, de modo que Jeová-
Deus "tornou a cria-la uma segunda vez".
Lilith, então, veio ao mundo com os répteis e demônios feitos ao cair da noite do sexto dia
da criação, uma sexta feira (segundo o Bereshit Rabba). Por isso, ela já fora criada como
um demônio. (Lilith é representada como, rainha da Noite, mãe dos súcubos).
Consumida a união carnal com Lilith, Adão teria mergulhado na angústia da paixão, vendo o
seu distanciamento da divindade como um preço pelo êxtase orgástico que nunca sentira.
Lilith foi citada pela edição hebraica e inglesa de "The Babylonian Talmud", organizada pelo
rabi Epstein e publicado pela Socino Press, de Londres, em 1978. Aqui, Lilith aparece um
demônio noturno de longos cabelos, que perturba os homens. Segundo a tradição
talmúdica, Lilith é a "Rainha do Mal", a Mãe dos Demônios e a Lua Negra.
No Talmude, ela é descrita como a primeira mulher de Adão. Ela brigou com Adão,
reivindicando igualdade em relação a seu marido, deixando-o "fervendo de cólera". Lilith
queria liberdade de agir, de escolher e decidir, queria os mesmos direitos do homem mas
quando constatou que não poderia obter status igual, se rebelou e, decidida a não
submeter-se a Adão e, a odia-lo como igual, resolveu abandoná-lo.
Segundo as versões aramaica e hebraica do Alfabeto de Ben Sirá (século 6 ou 7). Todas as
vezes em que eles faziam sexo, Lilith mostrava-se inconformada em ter de ficar por baixo
de Adão, suportando o peso de seu corpo. E indagava: "Por que devo deitar-me embaixo de
ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também
fui feita de pó e por isso sou tua igual." Mas Adão se recusava a inverter as posições,
consciente de que existia uma "ordem" que não podia ser transgredida. Lilith deve
submeter-se a ele pois esta é a condição do equilíbrio preestabelecido.
Vendo que o companheiro não atendia seus apelos, que não lhe daria a condição de
igualdade, Lilith se revoltou, pronuncia nervosamente o nome de Deus, faz acusações a
Adão e vai embora.
É o momento em que o Sol se despede e a noite começa a descer o seu manto de escuridão
soturna, tal como na ocasião em que Jeová-Deus fez vir ao mundo os demônios.
Adão sente a dor do abandono; entorpecido por um sono profundo, amedrontado pelas
trevas da noite, ele sente o fim de todas as coisas boas. Desperto, Adão procura por Lilith e
não a encontra: Procurei-a em meu leito, à noite, aquele que é o amor de minha alma;
procurei e não a encontrei" (Cântico dos Cânticos III, 1).
Lilith partiu rumo ao Mar Vermelho (Diz-se que quando Adão insistiu em ficar por cima
durante as relações, Lilith usou seus conhecimentos mágicos para voar até o Mar
Vermelho). Lá onde habitam os demônios e espíritos malignos, segundo a tradição hebraica.
É um lugar maldito, o que prova que Lilith se afirmou como um demônio, e é o seu caráter
demoníaco que leva a mulher a contrariar o homem e o questionar em seu poder.
Desde então, Lilith tornou-se a noiva de Samael, o senhor das forças do mal do SITRA
ACHRA (aramaico, significa "outro lado"). Como conseqüência, deu à luz toda uma
descendência demoníaca, conhecida como "Liliotes ou Linilins", na prodigiosa proporção de
cem por dia.
[Alguns escritos contam que Adão queixou-se a Deus sobre a fuga de Lilith e, para
compensar a tristeza de Adão, Deus resolveu criar Eva, moldada exatamente como as
exigências da sociedade patriarcal. A mulher feita a partir de um fragmento de Adão. É o
modelo feminino permitido ao ser humano pelo padrão ético judaico-cristão. A mulher
submissa e voltada ao lar. Assim, enquanto Lilith é força destrutiva (o Talmude diz que ela
foi criada com "imundície" e lodo), Eva é construtiva e Mãe de toda Humanidade (ela foi
criada da carne e do sangue de Adão).]
Jehová-Deus tenta salvar a situação, primeiro ordenando-lhe que retorne e, depois, enviou
ao seu encalço uma guarnição de três anjos, Sanvi, Sansavi e Samangelaf, para tentar
convencê-la; porém, uma vez mais e com grande fúria, ela se recusou a voltar. Lilith está
irredutível e transformada. Ela desafiou o homem, profanou o nome do Pai e foi ter com as
criaturas das trevas. Como poderia voltar ao seu esposo?
Os anjos ainda ameaçaram: "Se desobedeces e não voltas, será a morte para ti." Lilith ,
entretanto, em sua sapiência demoníaca, sabe que seu destino foi estabelecido pelo próprio
Jeová-Deus. Ela está identificada com o lado demoníaco e não é mais a mulher de Adão.
(Uma outra versão conta que esses mesmos anjos, a teriam condenado a vagar pela terra
para sempre).
Acasalando-se com os diabos, Lilith traz ao mundo cem demônios por dia, os Lilim, que são
citados inclusive na versão sacerdotal da Bíblia. Jeová-Deus, por seu lado, inicia uma
incontrolável matança dessas criaturas, que, por vingança, são enfurecidas pela sua
genitora. Está declara a guerra ao Pai. Os homens, as crianças, os inválidos e os recém
casados, são as principais vítimas da vingança de Lilith. Ela cumpre a sua maligna sorte e
não descansará assim tão cedo.
Uma outra versão diz que foram os anjos mataram os filhos que tivera com Adão. Tão rude
golpe transformou-a, e ela tentou matar os filhos de Adão com sua segunda esposa, Eva.
Lilith Alegou ter poderes vampíricos sobre bebês, mas como os anjos a queriam impedir,
fizeram-na prometer que, onde quer que visse seus nomes, ela não faria nenhum mal aos
humanos. Então, como não podia vencê-los, ela fez um trato com eles: concordou em ficar
afastada de quaisquer bebês protegidos por um amuleto que tivesse o nome dos três anjos.
Não obstante, esse ódio contra Adão e contra sua nova (e segunda) mulher, Eva, resultou,
para Lilith, no desabafo da sua fúria sobre os filhos deles e de todas as gerações
subseqüentes.
A partir daí, Lilith assume plenamente sua natureza de demônio feminino, voltando-se
contra todos os homens, de acordo com o folclore assírio babilônico e hebraico. E são
inúmeras as descrições que falam do pavor de suas investidas. Conta-se, por exemplo, que
Lilith surpreendia os homens durante o sono e os envolvia com toda sua fúria sexual,
aprisionando-os em sua lasciva demoníaca, causando-lhes orgasmos demolidores. Ela
montava-lhes sobre o peito e, sufocando-os (pois se vingava por ter sido obrigada a ficar
"por baixo" na relação com Adão, conduzia a penetração abrasante. Aqueles que resistiam e
não morriam ficavam exangues e acabavam adoecendo. Por isso Lilith também está
identificada com o tradicional vampiro. Seu destino era seduzir os homens, estrangular
crianças e espalhar a morte.
Lilith permaneceu como um item de tradição popular embora pouco tivesse sido escrito
sobre ela quando da compilação do Talmude (século 6 a.C.) até o século 10. Sua biografia
se expandiu em detalhes elaborados e muitas vezes contraditórios nos escritos dos antigos
países hassídicos.
Durante os primeiros séculos da era cristã, o mito de Lilith ficou bem estabelecido na
comunidade judaica.
Lilith aparece no Zohar, o livro do Esplendor, uma obra cabalística do século 13 que constitui
o mais influente texto hassídico e no Talmud, o livro dos hebreus. No Zohar, Lilith era
descrita como succubus, com emissões noturnas citadas como um sinal visível de sua
presença. Os espíritos malignos que empesteavam a humanidade eram, acreditava-se, o
produto de tais uniões.
No Zohar Hadasch (seção Utro, pag. 20), está escrito que Samael - o tentador - junto com
sua mulher Lilith, tramou a sedução do primeiro casal humano. Não foi grande o trabalho
que Lilith teve para corromper a virtude de Adão, por ela maculada com seu beijo; o belo
arcanjo Samael fez o mesmo para desonrar Eva: E essa foi a causa da mortalidade humana.
O Talmude menciona que "Quando a serpente envolveu-se com Eva, atirou-lhe a mácula
cuja infecção foi transmitida a todos os seus descendentes... (Shabbath, fol. 146, recto)".
Em outras partes, o demônio masculino leva o nome de Leviatã, e o feminino chama-se
Heva. Essa Heva, ou Eva, teria representado o papel da esposa de Adão no éden durante
muito tempo, antes que o Senhor retirasse do flanco de Adão a verdadeira Eva
(primitivamente chamada de Aixha, depois de Hecah ou Chavah). Das relações entre Adão e
a Heva-serpente, teriam nascido legiões de larvas, de súcubos e de espíritos
semiconscientes (elementares).
Os rabinos fazem de Leviatã uma espécie de ser andrógino infernal, cuja a encarnação
macho (Samael) é a "serpente insinuante" e a incarnação fêmea (Lilith), é a "cobra
tortuosa" (ver o Sepher Annudé-Schib-a, fol. 51 col. 3 e 4). Segundo o Sepher Emmeck-
Ameleh, esses dois seres serão aniquilados no fim dos tempos: "Nos tempos que virão o
Altíssimo (bendito seja!) decapitará o ímpio Samael, pois está escrito (Is. XVII, 1): 'Nesse
tempo Jeová com sua espada terrível visitará Leviatã, a serpente insinuante que é Samael e
Leviatã, a cobra tortuosa que é Lilith' (fol. 130, col. 1, cap.XI)".
Também segundo os rabinos, Lilith não é a única esposa de Samael; dão o nome de três
outras: Aggarath, Nahemah e Mochlath. Mas das quatro demônias só Lilith dividirá com o
esposo a terrível punição, por tê-lo ajudado a seduzir Adão e Eva.
Aggarath e Mochlath tem apenas um papel apagado, ao contrário do que acontece com as
outras duas irmãs, Nahemah e Lilith.
No livro História da Magia, Eliphas Levi transcreve: "Há no inferno - dizem os cabalistas -
duas rainhas dos vampiros, uma é Lilith, mãe dos abortos, a outra Nahema, a beleza fatal e
assassina. Quando um homem é infiel à esposa que lhe foi destinada pelo céu, quando se
entrega aos descaminhos de uma paixão estéril, Deus retoma a esposa legítima e santa e
entrega-o aos beijos de Nehema. Essa rainha dos vampiros sabe aparecer com todos os
encantos da virgindade e do amor; afasta o coração dos pais, leva-os a abandonar os
deveres e os filhos; traz a viuvez aos homens casados, força os homens devotados a Deus
ao casamento sacrílego. Quando usurpa o título de esposa, é fácil reconhece-la: no dia do
casamento está calva, porque os cabelos das mulheres são o véu do pudor e está proibido
para ela neste dia; depois do casamento finge desespero e desgosto pela existência, prega
o suicídio e afinal abandona violentamente aquele que resistir, deixando-o marcado com
uma estrela infernal entre os olhos. Nahema pode ser mãe, mas não cria os filhos; entrega-
os a Lilith, sua funesta irmã, para que os devore." (Sobre isso pode-se ver também o
Dicionário Cabalístico de Rosenhoth e o tratado De Revolutionibus Animorum, 1.° e 3.°
tomos da Kabala Denudata, 1684, 3 col. in-4.)
Diz a lenda que depois que Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden, Lilith e suas
asseclas, todas na forma de incubus/succubus, os atacaram, fazendo assim com que Adão
procriasse muitos espíritos impuros e Eva mais ainda. Segundo a tradição judaica, Lilith faz
os homens terem poluções noturnas para gerar filhos demônios . Há um costume, ainda
praticado em Jerusalém, de espantar esses filhos do corpo morto de seu pai, andando em
círculo com o cadáver antes do sepultamento e atirando moedas em diferentes direções
para distrair os filhos demônios.
Durante a idade média, as histórias sobre Lilith se multiplicaram. Já foi, por exemplo,
identificada como uma das duas mulheres que foram ao Rei Salomão para que ele decidisse
qual das duas era a mãe de uma criança que ambas reivindicavam.
Em outros escritos, foi identificada como a rainha de Sabá. Segundo uma antiga tradição
judaica, Lilith apareceu a Salomão disfarçada na rainha de Sabá, uma visitante real da
Etiópia ou da Arábia à corte do rei Salomão (I Reis 10). Sabá era um país pacífico, cheio de
ouro e prata, cujas plantas eram irrigadas pelos rios do Paraíso. Por ter ouvido falar relatos
sobre o seu maravilhoso país, o Reino de Sabá, e sua rainha de uma ave, cuja linguagem
compreendia, Salomão desejava muito conhecer a rainha e ela desejava conhecê-lo devido
à sua reputação de sábio, e queria fazer-lhe perguntas sobre magia e feitiçaria. Mas ele
suspeitou que algo estava errado e conseguiu ludibria-la: Quando chegou, encontrou-o
sentado em uma casa de vidro, e pensando que fosse água, levantou a saia, revelando
pernas bem cobertas de pêlos, o que indicava que ela uma feiticeira. Não obstante,
Salomão desposou-a e preparou uma poção para eliminar o pêlo de suas pernas.
Conta-se, que a casa real da Etiópia alegava ser descendente da união de Salomão com a
Rainha de Sabá, e os judeus negros da Etiópia, os falashes, localizam suas origens nos
israelitas que o rei Salomão enviou com a rainha para a Etiópia. Outro descendente dessa
união foi Nabucodonosor, que se tornou rei da Babilônia. Uma tradição totalmente diferente
nega que tenha sido uma rainha quem veio visitar Salomão, afirmando que foi o rei de
Sabá.
Proteção conta Lilith: Lilith foi descrita como uma figura sedutora com longos cabelos, que
voa como uma coruja noturna para atacar aqueles que dormem sozinhos, para roubar
crianças e fazer mal a bebês recém-nascidos. Foi encontrada entre os elementos mais
conservadores da comunidade judaica do século 19, uma forte crença na presença de Lilith,
sendo que alguns deles podem ser visto ainda hoje. Lilith foi descrita como uma assassina
de crianças para roubar suas almas. Ela atacava os bebês humanos, especialmente os
nascidos de relações sexuais inadequadas. Se não consegue consumir crianças humanas ela
come até mesmo sua própria prole demoníaca.
Também é de opinião geral que foi Lilith quem provocou o ódio de Caim contra Abel, seu
irmão, e levou-o a revoltar-se contra ele e matá-lo.
Os homens eram alertados para não dormirem numa casa sozinhos para que Lilith não os
surpreendesse. Em "O Livro das Bruxas", Shahrukh Husain relembrou um antigo conto
judeu "Lilith e a Folha de Capin", de Jewish Folktales, que dizia que certa vez um judeu que
foi seduzido por Lilith e ficou enfeitiçado por seus encantos. Mas ele estava muito
perturbado com isso, e então foi ao Rabino Mordecai de Neschiz para pedir ajuda.
Mas o rabino sabia por clarividência que o homem estava vindo, e avisou a todos os judeus
da cidade para não deixa-lo entrar em suas casas ou dar-lhe lugar para dormir. Assim,
quando o homem chegou não encontrou nenhum lugar para passar a noite e deitou-se num
monte de feno num quintal. À meia-noite, Lilith apareceu e sussurrou-lhe: "Meu amor, saia
desse feno e venha até aqui". Curioso, o homem perguntou: "Por que eu deveria ir até
você? Você sempre vem a mim." Ela explicou-se dizendo: "Meu amor, nesse monte de feno
há uma folha de capim que me causa alergia".
O homem perguntou: "Então por que você não me mostra? Eu a jogo fora e você pode vir."
Assim que Lilith a mostrou, o homem pegou a folha de capim e enrolou em seu pescoço,
livrando-se para sempre do domínio dela.
Lilith foi marcada como sendo especialmente odiosa para o acasalamento sexual normal dos
indivíduos que ela atacava como succubi e incubi. Descarregava sua ira nas crianças
humanas resultantes de tais acasalamentos ao sugar-lhes o sangue e estrangulando-as.
Acrescentava, também, quaisquer complicações possíveis às mulheres que tentassem ter
crianças - esterilidade, abortos etc. Por isso, Lilith passou a assemelhar-se a uma gama de
seres vampíricos que se tornavam particularmente visíveis na hora do parto e cuja presença
era usada para explicar problemas ou mortes inesperadas.
Para combatê-los, os que acreditavam em Lilith desenvolveram rituais elaborados para bani-
la de suas casas. O exorcismo de Lilith e de quaisquer espíritos que a acompanhavam
muitas vezes tomava a forma de um mandado de divórcio, expulsando-os nus noite
adentro.
Usam-se amuletos (em hebraico "kemea") como proteção contra demônios, mau olhado,
doença, combater hemorragia nasal ou para fazer uma mulher estéril conceber, tornar fácil
o parto, garantir a felicidade de um recém nascido, obter sabedoria e outros fins.
Em muitas partes do mundo atual há pessoas que ainda usam amuletos representando os
três Anjos que foram enviados em busca de Lilith (ou Lilah, como também é chamada, o
que talvez nos tenha dado Da-Lila, também uma sedutora e tentadora.) Esses talismãs são
usados porque, embora Lilith se recusasse a voltar, prometeu a esses três Anjos que, se
visse os seus nomes inscritos junto de um recém-nascido, ela deteria sua mão e o pouparia
- o que vem a ser o propósito do ritual. Um talismã típico é um círculo mágico no qual as
palavra "Eva e Adão" barram a entrada de Lilith, habitualmente escritas com carvão na
parede do aposento onde a criança está e em cuja porta estão escritos os nomes dos três
anjos. A alternativa: "Não deixem Lilith entrar aqui" costuma ser escrita na cabeceira da
cama da mulher que espera um filho, usando-se tinta vermelha (cor da planta de Marte).
Como proteção contra ela costumava-se pendurar amuletos e talismãs na parede e sobre a
cama para mantê-la afastada ou pregar amuletos com as palavras "Adão e Eva excluindo
Lilith" nas paredes da casa em que uma mulher se preparava para o nascimento do filho.
Na Idade Média era considerado perigoso beber água nos solstícios e equinócios, porque
nessa época o sangue menstrual de Lilith pingava, poluindo líquidos expostos.
Parece que Lilith é mais bondosa com as meninas porque estas só podem correr o risco da
hostilidade a partir dos vinte anos, enquanto os meninos estão sob a mira das suas
perversidade e malevolências até o seu oitavo aniversário.
Num livro sobre "Magia das velas", encontramos uma versão moderna de um Talismã de
Proteção Contra Lilith: "Se você quiser fazer um talismã de altar que o proteja de Lilith, e
ele não precisa ficar restrito a esse uso, pode fazê-lo da seguinte maneira: pegue uma folha
de papel forte, branco (o tamanho dependerá do espaço disponível). Desenhe nela um
grande círculo preto, e dentro desse círculo desenhe outro menor. Divida esse círculo
interior em três partes iguais de 120° e faça pequenas marcas nessas pontas. Una essas
marcas para fazer um triângulo no centro do talismã. Nos três pontos em que o triângulo
toca o círculo interior, entre o círculo interior e o exterior, escreva os três nomes angélicos -
Sanvi, Sansavi e Semengalef - no sentido horário, um em cada ponta do triângulo. No meio
do trecho, entre esses nomes, desenhe uma cruz. Coloque a vela para Lilith no centro do
triângulo (Lilith é representada por uma vela branca que se tornou negativa com cera preta
ou por uma vela preta), com uma vela para cada um dos três anjos do lado de fora do
círculo exterior, , em oposição aos seus nomes (pode marcar as velas, se desejar) na ponta
do triângulo. Só que não se deve deixar de observar infalivelmente neste ou em qualquer
outro talismã, o seguinte: a linha que desenha o círculo exterior deve ser inteira, sem
falhas, sem interrupções. Se necessário, desenhe-o de forma extraforte, para obter isso. Se
o que está tentando é conter algo, não deve haver interrupções através das quais esse algo
possa escapar ou engana-lo."
No mapa astral, Lilith ou Lua Negra indica sedução e ânsia de liberdade. Influências que
atingem nossas personalidades. A Lua exerce uma influência no inconsciente, nos sonhos,
no sono, na memória, nas emoções e nas reações espontâneas.
Segundo o astrólogo e tarórologo Hermínio Amorim, foi a partir de 1914, quando Lilith
apareceu sob a influência de Plutão, que fez uma órbita longa até 1938, que as mulheres
começaram os movimentos de libertação. Antes, Lilith aparecia sob influência do signo de
câncer. Atualmente as mulheres vivem melhor sua sensualidade, sem culpa, sem medo de
serem acusadas de bruxas, como antigamente.
Os conteúdos psíquicos simbolizados pela Lilith são muitas vezes interpretados como raiz da
libido. É claro que também são percebidos como geradores de poderes paranormais,
inclinação para bruxaria, mediunidade, etc. De qualquer maneira, é uma potencialidade
simbólica e inconsciente. Uma feminilidade que dura muito tempo foi oprimida e omitida (A
Lua Negra. Na Idade Média foi personificada pela bruxa, contra a qual o homem, e
principalmente a Igreja Católica, moveu uma das mais sangrentas perseguições de toda a
sua história).
De acordo com Hermínio, "Lilith foi feita por Deus, de barro, à noite, criada tão bonita e
interessante que logo arranjou problemas com Adão". Esse ponto teria sido retirado da
Bíblia pela Inquisição. O astrólogo assinala que ali começou a eterna divergência entre o
masculino e o feminino, pois Lilith não se conformou com a submissão ao homem.
Leviatã
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O Dicionário Judaico de Lendas e Tradições de Alan Uterman afirma que os olhos do Leviatã
iluminam o mar a noite e podem ser vistos a milhas de distância. A água ao seu redor ferve
com o hálito quente de sua boca, o que o faz ser sempre acompanhado de cortinas de vapor
escaldante. O odor fétido do Leviatã pode superar até a fragrância do jardim do Éden, e
caso seu fedor lá penetrasse, ninguém poderia sobreviver. De acordo com a tradição
cabalística o Leviatã simboliza Samael, o príncipe do mal, que será destruído nos tempos
futuros.
Durante as grandes navegações do século XIV e XV, Leviatã personificou o medo do Mar e
do desconhecido. Nesta época não foram poucos os relatos de que tripulações inteiras
dragadas por este ser, que era tido como a besta marinha por excelência que se escondia
nas tempestades, destruia portos inteiros e afundava as embarcações.
Sua antiguidade remete aos mitos da cosmovisão judaica onde Leviatã é considerado por
alguns estudiosos como uma das criaturas primevas, ou seja, um dos seres antiquíssimos
que existiam no início de tudo e que tiveram de ser derrotados por Jeová antes que se
tivesse início a criação dos céus e da Terra. Segundo esta lenda Jeová matou a fêmea
Leviatã para impedir que o casal procriasse e destruísse o mundo que tinha em mente. Com
sua pele, delimitou as fronteiras do espaço profundo e fez roupas para Adão e Eva.
Ainda segundo a escatologia judaica, no final dos tempos, com a chegada do Messias,
Gabriel entrará em uma briga de proporções cósmicas para matar o macho Leviatã, ou,
segundo outra versão, fará com que o gigantesto Beemot, outra criatura primeva trave uma
batalha com o Leviatã até que ambos se matem mutuamente. No grande banquete
messiânico para os justos, a pele do Leviatã servirá então como um toldo gigantesco e sua
carne será servida a todos.
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Chegaram então ao outro lado do mar, à terra dos gerasenos. E, logo que Jesus saíra do
barco, lhe veio ao encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, o qual tinha a
sua morada nos sepulcros; e nem ainda com cadeias podia alguém prendê-lo; porque,
tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em
pedaços, e os grilhões em migalhas; e ninguém o podia domar; e sempre, de dia e de noite,
andava pelos sepulcros e pelos montes, gritando, e ferindo-se com pedras,
Vendo, pois, de longe a Jesus, correu e adorou-o; e, clamando com grande voz, disse:
- Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me
atormentes.
- Sai desse homem, espírito imundo. E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu-lhe
ele:
E rogava-lhe muito que não os enviasse para fora da região. Ora, andava ali pastando no
monte uma grande manada de porcos. Rogaram-lhe, pois, os demônios, dizendo: Manda-
nos para aqueles porcos, para que entremos neles. E ele lho permitiu. Saindo, então, os
espíritos imundos, entraram nos porcos; e precipitou-se a manada, que era de uns dois mil,
pelo despenhadeiro no mar, onde todos se afogaram.
- Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes.
Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem. Pois já havia muito tempo
que se apoderara dele; e guardavam-no preso com grilhões e cadeias; mas ele, quebrando
as prisões, era impelido pelo demônio para os desertos.
Este artigo abordará o tema Lady Cocaine. Aproveite também para conhecer nossa loja com
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Sendo a demonologia uma ciência esquecida é natural que os espíritos mais atuantes dos
dias de hoje, sejam simplesmente ignorados pelos estudiosos. Estudam a atuação do rei das
pragas que acabam com a colheita, mas esquecem de se perguntar sobre a taxa crescente
de abortos e os acidentes aéreos. Lady Cocaine é um caso típico, e a descrição a seguir de
Antonio Augusto Fagundes Filho não nos deixa mais ignorá-la.
Talvez por ser uma das mais novas criaturas do Inferno, desde que irrompeu no Mundo, ao
tornar-se moda nos Anos 20, vem expandindo seu poder de uma maneira nunca vista. Não
imaginada, aliás, nem pelos próprios demônios, que a elevaram a um grau de verdadeira
“superstar” do Mundo Subterrâneo. Embora outras drogas como o álcool, o ópio, a morfina
ou os barbitúricos também sejam demônios perfeitamente análogos a ela, a Rainha Branca
do Mal reina soberana sobre todos os vícios. Basta lembrar que o simples uso das folhas de
coca já foi condenado pelo Segundo Concílio de Lima, em 1567.
Assim como o uso do ópio expressava a indolência onírica típica do século passado, a
Cocaína condensa em si a vibração mental e a proposta característica de toda a nossa
época: a Competição do Individualismo mais exarcebado. Por entorpecer a sensibilidade,
distorcer o juízo crítico e acirrar o plano mental em detrimento da emoção, é a droga que
perfeitamente retrata a face oculta da modernidade. Em função disso provoca súbitas
explosões emocionais, tormentosas e sinceras, em geral apenas para logo recair em uma
paranóia ainda mais feroz.
Suas vítimas todas conhecem os labirintos da Culpa e os porões do Remorso, assim como
os Mistérios implacáveis do Tempo e da Solidão Fundamental da Condição Humana. Só a
podem conhecer verdadeiramente aqueles que perderam em suas garras alguém muito
importante, como um amor ou ente querido, ou os que sentiram que estavam morrendo e
clamaram a Deus por mais um dia. Para ela, cada “overdose” é um triunfo e cada tragédia
um orgasmo. Por isso mesmo, trata-se do maior apetite de destruição de todo o Inferno,
sendo o mais insaciável dos Seres das Trevas. Outra particularidade sua é que jamais
abandona as suas presas, permanecendo sempre à espreita da menor oportunidade para
retomar seu império despótico.
Relato
Surgiu para mim como uma mulher de beleza estranha e sorriso fixo, doentio. Muito magra,
apresentava todos os sinais físicos dos viciados, inclusive às vezes sangrava o seu nariz, o
que a fazia rir como se fosse muito divertido. Seu cabelo era enorme, preto e branco, e
seus olhos saltados, arregalados, sublinhavam cada movimento de seus gestos rápidos,
muito nervosos. Falava sem parar de olhar para todos os lados, em contagiante paranóia,
como a esperar algum desastre. Mudava de humor rápida e inexplicavelmente, passando de
ameaçadora a comovida em questão de segundos, completamente absorvida num frenesi
mental que a fazia imprevisível, irracional, quase demente. Enquanto falava, fazia lânguidos
gestos com as mãos, jorrando dos dedos grossas fileiras de pó cristalino com as quais
brincava, distraidamente, o tempo todo.
Este artigo abordará o tema Kali. Aproveite também para conhecer nossa loja com alguns
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Kali, (do sanscrito Kālī का ली ) é uma das mais importantes divindades da mitologia na
Índia, era conhecida, entre outras características, pela sua sede de sangue.
Esta deusa apareceu pela primeira vez nos escritos indianos por volta do século VI em
invocações pedindo sua ajuda nas guerras. Nesses primeiros textos foi descrita como tendo
presas, usando uma guirlanda de cadáveres e morando no local de cremações.
Kali fez sua aparição mais famosa no Devi-mahatmya, onde se juntou à deusa Durga para
lutar contra o espírito demoníaco Raktabija, que tinha a habilidade de se reproduzir com
cada gota de sangue derramado; assim, ao lutar com ele, Durga se viu sobrepujada pelos
clones de Raktabija. Kali resgatou Durga ao vampirizar Raktabija e ao comer suas
duplicatas. Kali foi vista por alguns como o aspecto irado de Durga.
A Deusa da Morte
Kali tem um relacionamento ambíguo com o mundo. Por um lado destruía os espíritos
malignos e se estabelecia a ordem. Entretanto também servia como representante das
forças que ameaçavam a ordem social e a estabilidade por sua embriaguez de sangue e
subseqüente atividade frenética.
Por seu relacionamento com os aspectos da morte foi rapidamente identíficada como uma
manifestação do diabo pelos primeiros missionários cristãos a chegarem no Vale do Indo e
po muitos orientalistas desinformados até meados do século XIX.
A Deusa do Sexo
Kali também apareceu como uma consorte do deus Shiva. Engajaram-se numa dança feroz.
Pictoricamente, Kali geralmente era vista sobre o corpo inclinado de Shiva numa posição
dominante enquanto se engajavam em relações sexuais.
Assim, Kali se tornou a divindade dominante no hinduísmo tântrico, onde era louvada como
a forma original das coisas e a origem de tudo o que existe. Foi chamada de Criadora,
Protetora e Destruidora. No tantra o caminho da salvação se dava através das delícias
sensuais do mundo – as coisas geralmente proibidas a um indiano devoto – tais como álcool
e sexo. Kali representava as últimas realidades proibidas e dessa forma deveria ser abrigada
no íntimo e sobrepujada no que seria o ritual da salvação. Ensinava que a vida se
alimentava da morte, que a morte era inevitável para todos os seres e que, na aceitação
dessas verdades – confrontando Kali nos campos de cremação, demonstrando dessa forma
coragem igual à sua terrível natureza –, haveria libertação. Kali, como muitas divindades,
simbolizava a desordem que aparecia continuamente entre todas as tentativas de se criar a
ordem. A vida era, em última instância, indomável e imprevisível.
Kali sobreviveu entre os ciganos, que tinham migrado da Índia para a Europa na Idade
Média, como Sara, a Deusa Negra. De acordo com a história as três Marias do novo
testamento viajaram para a França onde deveriam encontrar com Sara, uma cigana que as
ajudou na chegada. Batizaram Sara e pregaram o evangélio ao seu povo. Os ciganos
celebram os dias 24 e 25 de maio todos os anos em Saint-Maries-de-la-Mer, uma pequena
vila francesa onde se acredita que os eventos ocorreram. Uma estátua de Sara foi colocada
na cripta da igreja onde os ciganos mantêm sua vigília anual.
Kaliyuga
De acordo com as escrituras hindus, o universo passa por fases divididas em enormes
períodos de tempo, chamados yuga, coerêntes com o conceito thelemico de aeons.
Atualmente vivemos a Kaliyuga, a era de Kali, ou a Era do Ferro. Um período de conflito,
desastres, desordem, incerteza espiritual e descrenças. É uma era gigantesca de situações
difíceis, períodos de transição abrupta, guerras e catastrófes de todso os tipos. A crise
espiritual e material são a norma.
A Essência de Kali
Este artigo abordará o tema Drusila. Aproveite também para conhecer nossa loja com
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Drusila esteve encarnada na Roma Antiga. Era uma grande iniciada nos Templos dos
Mistérios Sexuais de Roma. Praticava, porém, a Senda da Mão Esquerda. Morreu bem velha,
sempre praticando magia nos templos.
Depois que desencarnou, seu corpo estava eletricamente poderoso, carregado de energia
sexual transmutada. Ela acumulou e absorveu toda esta energia dos inúmeros homens com
quem copulava nos rituais de magia dos templos romanos. Ao desencarnar, seu corpo astral
voltou a ter a aparência de quando ela era jovem.
Devido ao seu enorme poder de natureza astro-elétrica, Drusila tornou-se senhora de seu
destino no plano astral. Nenhum mentor espiritual conseguia capturá-la ou obrigá-la a
reencarnar-se para pagar seu carma na Terra . Ficou à margem da lei divina. Sem dúvida
alguma, tornou-se mais um demônio nas fileiras sombrias desta Terra. Tornou-se uma força
sexual negativa da natureza, uma protetora da prostituição, dos abortos, da pornografia e
dos crimes passionais.
Invocada pelos magos e teurgistas no plano astral, Drusila aparece como uma mulher
belíssima e sedutora. Ela aparece totalmente nua. Tem cabelos negros e olhos azuis. Em
seu braço esquerdo, há um bracelete de ouro com brilhantes. Seu face, porém, é
perenemente tensa e tenebrosa. Sua aura emana uma energia sombria e caótica. É sempre
atraída pela luxúria dos humanos. Os ritos para invocá-la são todos de natureza sexual.
Drusila estimula as fantasias sexuais e seduz os homens nos sonhos. Eles têm sonhos
eróticos; sonham que estão copulando. Em grande parte das vezes, chegam a ter uma
polução noturna, ou seja, derramam fisicamente seu sêmem. Drusila também absorve a
contraparte astral deste sêmem, fortalecendo-se e mantendo-se robusta.
Drusila é um súcubo, um poderoso demônio sexual que atua no plano astral. Ela tem a
posse de uma parte dos domínios terrestres de Satã. Está encarregada de degenerar
sexualmente e prostituir a humanidade. Tem muitos seguidores e seguidoras no plano
astral. É chefe de vários súcubos e íncubos que atacam a humanidade à noite durante o
sono.
Depois da Revolução Sexual que ocorreu a partir da segunda metade do século XX, Drusila
pôde expandir seus domínios e influências sobre a humanidade. A partir da energia negativa
expandida das esferas satânicas da Terra, estimulou-se o sexo livre sem responsabilidade, a
promiscuidade, o mercado do sexo (pornografia, publicidade erótica) e a prática
homossexual masculina. Agora o objetivo das entidades tenebrosas é estimular a prática
homossexual feminina, o que já está ocorrendo com intensidade há algum tempo. Isto trará
como consequência lógica a degradação da humanidade a médio e longo prazo. A
degeneração espiritual e moral da humanidade começa a partir da degeneração sexual.
A grande maioria dos demônios não pode se materializar no plano físico. Sua ação no plano
material é meramente espiritual e mental. Porém, no plano astral, estão livres para atuarem
como quiserem, pois ali existe plena liberdade de ação e movimento.
Belphegor
Este artigo abordará o tema Belphegor. Aproveite também para conhecer nossa loja com
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Os antigos magos diziam que ele costumava surgir sob a forma de um velho sátiro muito
feio e com uma enorme língua obscena para fora de uma boca fétida que nunca se fechava.
No entanto, para mim surgiu completamente transformado, pois veio na forma de um
opressivo conjunto de monitores, teclados e equipamentos de computador. Em outras
palavras, o velho demônio rústico agora evoluiu para além do Homem, mais parecido do
que eu gostaria com “HAL”, o computador assassino de “2001 - Uma Odisséia no Espaço”.
Surpreendente, mas pelo menos é limpo...
O que esse espécime apresenta de mais interessante á a incrível transformação que operou
em si mesmo ao longo dos séculos a partir de uma pequena característica que possuía.
Desde sempre, Belphegor foi considerado um demônio extremamente inventivo, sendo o
criador de todas as idéias de armas e aparelhos de destruição, tortura e controle do
comportamento humano. Assim como a enorme trama de fios dos computadores do
Pentágono gerou o surgimento de uma nova forma de barata, que come plástico e tem as
costas quadriculadas, nossa civilização tecnológica propiciou o surgimento desse moderno
Frankestein que é a Alta Tecnologia erigida em ídolo, verdadeiro rascunho do Anticristo. De
sua mente engenhosa vieram os machados de pedra, o aço de Damasco, a pólvora, a
dinamite e a nitroglicerina, como a gilhotina, o silenciador e a cadeira elétrica, apenas como
exemplo. Hoje em dia é dos demônios mais ativos, ainda mais do que no tempo em que era
o preferido dos alquimistas fracassados. Alguns de seus auxiliares mais próximos
asseguram que “o Professor mudou muito depois DELA...”, sendo que “o Professor” é como
gosta de ser chamado e “ELA” é a Bomba, seu maior orgulho e seu maior problema, pois
precisa ser mantida em uma região à parte do Inferno, pois é quase incontrolável e hostil
até com ele mesmo. Digamos apenas que não me comoveu. Disseram também que depois
de Hiroshima ele começou a adquirir feições de máquina até atingir o aspecto informatizado
de hoje e que, todavia, segue mudando. Segundo eles, desde então seu orgulho cresceu a
tal ponto que evita e é evitado pelos outros demônios, sendo consultado apenas em último
caso e em problemas específicos. Confesso que não lamento a falta de uma entrevista
pessoal com ele, mas já que não fala nem com seus irmãos, fiquei bastante aliviado e repeti
para mim mesmo: “Uns confiam em carros e cavalos, mas eu farei menção do Nome do
Senhor Nosso Deus”.
Este artigo abordará o tema Belial. Aproveite também para conhecer nossa loja com alguns
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Referências:
Do Hebraico (?) - “O Profano, O Desprezível. Por ser dos mais vis, é um espírito que adotou
formas insólitas e grotescas, mas sempre emblemas de voracidade, como uma nuvem de
escorpiões alados, um charco de lama negra ao meu redor ou como o fogo escuro e
fumacento de uma tocha sem luz. Ao que tudo indica, tem grande resistência em assumir a
forma humana, possivelmente por orgulho e repugnância...
Sobre esse demônio tem-se estabelecido muito pouco, apesar de sua grande notoriedade.
Sabe-se que foi um dos primeiros anjos a aderir à Rebelião de Lúcifer e que foi o que mais
arrastou outros consigo, com seu proselitismo. Também está estabelecido que o único local
onde lhe foi prestado culto abertamente foi em Sodoma, o que motivou a destruição da
cidade. Podemos acrescentar o episódio em que o Rei Salomão o prendeu com suas legiões
em uma garrafa que jogou um poço, onde ficou até que os babilônios a abrissem, e teremos
esgotado o material “comprovado” sobre ele. Na verdade isso se deve ao fato de que Belial
é um espírito de rebelião surda, cegamente embrutecido numa torpe obstinação para o Mal,
pelo que sua função maior é a de intensificar os danos de seus cúmplices. No entanto,
empenha-se nisso com terrível furor, o que faz com que não sejam nada desprezíveis os
efeitos de seus ataques. Sob sua inspiração estão os crimes bárbaros e sem razão aparente,
principalmente entre familiares e amigos. Também patrocina os “serial killers” e todos os
tipos de loucura agressiva ou assassina, bem como tudo que for irracional, intenso e
altamente destrutivo. Por ser demônio de nenhuma profundidade filosófica, careca de maior
importância para registro, já que é incapaz de expressar-se por idéias articuladas, ou pelo
menos o foi comigo. Talvez ele tenha pensado a mesma coisa de mim, sob o seu ponto de
vista... Provavelmente por ser tão obtuso e tacanho, ocupa a função de “atender ao distinto
público”, ou “OMBUDSMAN”, o que deve fazer o Inferno parecer ainda pior para os seus
adeptos...
Este artigo abordará o tema Beemot. Aproveite também para conhecer nossa loja com
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Na verdade, esse boi é um hipopótamo e, se come o feno de mil montanhas, não mora nas
montanhas, mas sim sob o lótus e as plantas aquáticas dos rios ou dos pântanos. Simboliza
o animalesco, o irracional, a força bruta. Foi somente numa tradição posterior que ele
passou a simbolizar uma imensa reserva de alimento a ser repartida entre os convivas de
futuros festins solenes ou míticos.
Magia negra
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O indivíduo que inicia as suas práticas neste campo alega fazer pacto com demônios e
espíritos, chegando até a "vender" a sua alma em troca de sucesso, poder e satisfação
pessoal.
A magia negra pode ser vista como uma comunicação com forças sobrenaturais. Tal
comunicação pode ser feita de várias maneiras, inclusive através da transcendência, que
significa a prática de se tentar que o espírito saia do corpo do praticante e fique flutuando
no ar, procurando contato com outros espíritos afins.
Índice
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• 5 Recomendado
Magia Negra é evitada e temida porque fazer Magia Negra é assumir inteira
responsabilidade por suas ações, opções e eficiência.
Uma vez que a Magia lhe habilita a influenciar ou mudar eventos de maneiras não
compreendidas nem antecipadas pela sociedade, você precisa primeiro desenvolver uma
apreciação sadia e sofisticada pelas éticas que governam seus próprios motivos, decisões e
ações antes de pô-la em prática. Usar magia por desejos impulsivos, triviais ou egoístas não
é uma atitude Setiana. Você deve tornar sua segunda natureza a prática de sempre pré-
avaliar cuidadosamente as conseqüências do que você deseja fazer, e então escolher o
caminho da sabedoria, justiça e aperfeiçoamento.
Magia pode tanto ser operativa - para curar a doença de sua mãe, conseguir um emprego
melhor, fortalecer sua memória, etc. - ou ilustrativa/iniciatória. A segunda refere-se a
processos mágicos que visam habilitar e desempenhar o processo vitalício de Iniciação. Eles
são como os "ritos de passagem" de várias culturas primitivas e religiões convencionais,
mas se distinguem desses através de um importante fator: Eles representam uma mudança
individual, em vez de social. Trabalhos Iniciatórios representam dessa forma a realização da
auto-deidificação, enquanto "ritos de passagem" sociais integram um indivíduo à sociedade.
Um "rito de passagem" comunicando passagem ao estado adulto afirma que o indivíduo
envolvido está agora possuído de certa dignidade e responsabilidades. Um trabalho
Iniciatório desperta o indivíduo a certos poderes individuais [e responsabilidades], os quais
podem ou não ser usados em um contexto social.
Ali se ensina que as ações de espíritos voltados para o mal sobre as pessoas podem ser
impedidas, caso a pessoa objeto dessas ações invocar, em sua proteção, a ação de espíritos
voltados para o bem. Ensina, ainda, que para que uma pessoa tenha a ajuda de espíritos
voltados para o bem, ela deverá manter-se em harmonia com eles, envolvendo-se, em
todas as suas atividades e práticas, com pensamentos nobres e sempre procurando auxiliar
aos necessitados.
Este artigo abordará o tema Azazel. Aproveite também para conhecer nossa loja com alguns
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De acordo com o livro de Enoque, é um dos 200 anjos que se rebelaram contra Deus . Nos
escritos apocalípticos é o poder do mal cósmico , identificado pelos impulsos dos homens
maus e da morte . Eles teriam vindo à Terra, para esposar os humanos e criar uma raça de
gigantes . O Livro das Revelações , de Abraão , descreve-o como uma criatura impura e
com asas. É identificado como a serpente que tentou Eva e que poderia ser o pai de Caim .
No século II os búlgaros bogomilianos concordavam que Satanael teria seduzido Eva e que
ele, não Adão, era o pai de Caim . A maioria dos bogomilianos foi queimada viva pelo
imperador bizantino Alexis . Os Atos dos Apóstolos falam, ainda, em outros três demônios a
saber : RIRITH, divindade maléfica do sexo feminino, desencadeadora de tempestades,
espécie de fantasma noctívago, que os babilônios chamavam de Lilitu . Antiga tradição
popular judaica afirma que Lilith teria sido a primeira mulher de Adão , BERGAR , cujo
sentido é o de maligno e comparado, por São Paulo, como anti cristo , e ASMODEU ,
conforme já exclarecido, aparece no livro de Tobias como o assassino dos maridos de Sara .
Azazel é assim o destino do bode expiatório que carregava os pecados de Israel para o
deserto no Iom Kipur (Lev. 16). Dois bodes idênticos eram selecionados para o ritual. Um
era escolhido, por sorteio, como oferenda a Deus, e o outro era enviado para Azazel, no
deserto, para ser lançado de um penhasco. O sumo sacerdote recitava para o povo uma
confissão de pecados sobre a cabeça do bode expiatório, e uma linha escarlate era
enrolada, parte em volta de seus chifres, parte em volta de uma rocha no topo do
penhasco. Quando o bode caía, a linha tornava-se branca, indicando que os pecados do
povo haviam sido perdoados. Embora a palavra Azazel possa se referia a um lugar, ou ao
bode, também foi explicada como sendo o nome de um demônio. Os pecados de Israel
estariam, pois, sendo devolvidos à sua fonte de impureza. Os cabalistas viam no bode um
suborno às forças do mal, para que Satã não acusasse Israel e, ao contrário, falasse em sua
defesa. Azazel é também o nome de um anjo caído.
Este artigo abordará o tema Abadom. Aproveite também para conhecer nossa loja com
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O deus Apollo era o deus solar do céu durante o dia e o Lorde
da Morte no mundo subterrâneo durante a noite. Sua última forma se tornou o judeu
Appolyon, Espírito do Poço (Apocalipse 9:11).
Apollo-Phyton foi a deidade serpente no Poço do Oráculo de Delphi que inspirou os videntes
com vapores místicos de seu mundo inferior. Abaton era a palavra grega para poço, que os
hebreus alteraram para Abaddon, que mais tarde se tornou sinônimo do inferno Cristão e o
nome dado ao anjo do abismo ou da morte ou do inferno, no Apocalipse, por São João,
sendo identificado como o anjo exterminador, no versículo 10-23, capitulo 12 do livro do
Êxodo.
Por ser mencionado também, no primeiro capitulo do livro do Apocalipse de João, fizeram-
se esforços históricos para mostrar que este texto se aplicava profeticamente a pessoas,
tais como o imperador Vespasiano, Maomé e até mesmo Napoleão. Assim o anjo, em geral,
era encarado como “satânico”, mas deve-se notar, porém, que Apocalipse 20,1-3 mostra
que o anjo com “a chave do abismo” é representante de Deus, vindo do céu, e, em vez de
ser “satânico”, ele amarra Satanás e o lança no abismo. Comentando Apocalipse 9,11, The
Interpreter’s Bible (A Bíblia do Intérprete) diz: “Abadon, porém, não é um anjo de Satanás,
mas de Deus, realizando sua obra de destruição às ordens de Deus.”
Mesmo assim Abadon ainda visto como o chefe dos demônios - gafanhotos , o soberano do
Poço Sem Fundo (Judas , 6) e o rei dos demônios no livro do Êxodo, assim esta escrito .
"Porque o senhor passara ferindo os egípcios e quando ele vir este sangue sobre a verga
das vossas portas, e sobre as duas umbreiras , passara a porta da vossa casa e não deixara
entrar nela o anjo exterminador a ferir-vos. "
Abaton, também chamado de mundus ou útero da Terra, era um poço real, geralmente
colocado sob ou dentro de templos pagãos. Aqueles que entravam nele buscavam a
"incubação" ou seja, dormir lá durante a noite em uma imitaçã omágica do sono incubatório
no útero, para serem visitados por um incubus, ou espíritos que traziam sonhos proféticos.
Sacerdotes novatos passavam por pe'riodos de incubação mais longos para imitar a
experiência da morte, enterro e renascimento de dentro da Mãe-Terra. Uma vez iniciados
nesta prática, eles buscavam ganhar a prática da oneiromancia (a forma divinatória que
funciona interpretando sonhos proféticos).
Sacerdotes Assírios adquiriam poderes similares após uma jornada no Poço. Eles então
cobriam o sacerdote com muitas cores, significando a comunhão com a Deusa, sob o nome
Onírico de Nanshe. O ritual de enterro e ressurreição como o acima citado é encontrado de
maneira idêntica também na vida de muitos sábios. Um deles, o filósofo Pitagórico Tales de
Mileto, conhecido como um dos Sete Sábios do mundo antigo, que adquiriu sua sabedoria
através de comunhão com a Deusa da Sabedoria em um abaton.