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Há que se entender que a LER não é uma doença em si, mas uma
denominação hoje superada do conjunto de sindromes chamado Doenças
OsteoMusculares Relacionadas ao Trabalho . Essas manifestações podem
ser de varios tipos - afetação do tunel carpial, descompensação na coluna
cervical, bursites nos ombros e cotovelos, etc. Cada pessoa pode ter
manifestações especificas diferentes devido a fatores pessoais, tal como
compleição fisica, sexo, hábitos pessoais e perfil psicológico e social. O
que existe de comum é o tipo de exigência no trabalho e de dificuldade
em atendê-los. Esse aspecto comum à origem das diferentes
manifestações individuais não pode ser evidenciado num exame clinico ou
complementar, requer também o estudo da situação de trabalho e é ai
que entra a Ergonomia.
A mao que toca um violao, se for preciso faz a guerra, dizia o Marcos
Valle. Equipamentos em si nao resolvem nada fora de uma especificação
de uso e manuseio, que é um dos resultados possiveis da Ação
ergonomica. Dizer que o equipamento X resolve alguma coisa é mais ou
menos a mesma coisa que dizer compre uma AlfaRomeo e acabe com os
problemas de segurança no transito. Claro que este veiculo-icone com
seus ABS, airbags, computadores de bordo e outras milongas mais é
bastante superior ao inseguro Fusca, mas tudo depende muito do
motorista..Agora num carro com a direção defeituosa e sem pastilhas de
ferio, o risco é muito maior. No caso dos equipamentos de cozinha
existem vários utensilios de design muito superior aos convencionais para
tarefas especificas como facas especiais para picotar ervas, fatiadores etc.
Seu efeito como contribuidor 'as boas praticas é real, necessário mesmo,
mas não se pode sustentar que sejam suficientes. Nada substitui uma boa
organização do trabalho e sua ausencia é sentida desde as cozinhas mais
equipadas 'as mais rudimentares.
Problemâo! Não existe altura ideal, o ideal seria ajustar a altura para cada
usuário através de regulagens de alturas. A emnos que em uma cozinha o
executante de uma operação mude a cada minuto, o que não parece
razoável, deve-se pensar em adaptações localizadas. Colocar a bancada
na altura média consegue a façanha de ser desconfortável para toda a
população de trabalhadores. No meu laboratorio os postos individualizados
são inteiramente customizados (adaptado ao ocupante) e nos locais de
uso comum estamos colocando regulagens individualizaveis.
Lá vem voce com suas perguntas para uso genérico... Vamos lá, te
respondo com uma outra forma de abordar o problema. Em primeiro lugar
os indutores de manuseio de cargas. Fogoes e fornos estão na alça de
mira de um ergonomista, pois ou provocam posturas desequilbradérrimas
ou requerem malabarismos para deslocar os quentissimos objetos. So que
o processo eixo de uma cozinha, a meu ver não é nem a cocção, nem a
preparação ou armazenamento, é o processo de higiene e limpeza. Neste
sentido há que desenvolver o que hoje existe muito pouco, que são
equipamentos de agilização desta atividade, ate mesmo instalações
especificas como a cozinha da vovó que possuia um beiral em torno da
pia, já que ela tinha manias de lavar a pia o tempo todo, Acontece que
vovó estava correta, uma pia se la va o tempo todo. So que essa ideia
deve pérmear a cozinha como um todo, e isso desde o projeto da mesma,
na escolha dos equipamentos cujos cantos vivos ou inacessiveis tornam
penosa a tarefa principal que é a higine, assepsia e limpeza do espaço
culinário. Se as boas pratocas se oprientam para higiene e limpeza, o que
autoriza os fabricantes em ignorá-las ?