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A queda, ou talvez não, de Kadafi.

Havia credibilidade neste regime? Agora já não sobra nenhuma. E quem mais perde
credibilidade com este arranque de 2011?

Torna-se difícil não usar a força para retirar kadafi do poder.

O erro de kadafi foi exactamente esse, o de responder com força ao que ele deveria ter
gerido com diálogo.

Ingerência humanitária. É este o fantasma das organizações internacionais em África


(da pós-colonial à pós-moderna).Não devemos perder de vista o materialismo (sim
materialismo), o cálculo economicista em redor deste senhor que é um líder em
investimentos nas maiores empresas europeias e de outras partes do globo.

Quando Kadafi caír muita coisa vai cair, daí o atraso da UE em responder. Mas procura-
se fazer algo de diferente? Continuo a acreditar que muito "soft power" poderá estar a
ser jogado no Magrebe. Embora não tenha funcionado com Kadafi.Porque será?

Porque motivo empanca aqui? Quem deve o quê a kadafi. A destituirem-se todos os
governantes europeus ligados a este senhor o que sobra? Resta-nos o triste espectáculo
da guerra aérea ao Estilo Reagan Vs Kadafi, que se não me engano foi R. a perder.

Esta será sempre a solução menos trabalhosa, e mais dolorosa. Em RI quando se segue a
cartilha à risca (quase sempre) não se sai desta falta de criatividade geral que resulta
sempre na mesma coisa : Guerra. Sim, inocentes vão morrer por fogo dos dois lados. É
o que o fogo faz.Queima!

O que se lança como desafio aos cidadãos globais, é que tomem as rédeas dos
organismos internacionais; estas coisas tão distantes e afastadas do nosso quintal, mas
que decidem em tudo sobre o que vamos colocar na horta. Do petróleo às poupanças
reforma que investem em fábricas de armamento. As armas são instrumentos, apontam
apenas para quem estiver na mira. Não são nossas amigas, não são amestradas.Viram-se
contra a mão que as alimenta com muita facilidade.

E da União Africana, à União Europeia, à União Americana às Nações Unidas? Vamos


começar sempre por falar do impossível ( ou do incómodo) é necessário haver
organizações internacionais, nas quais os cidadãos tenham voz activa tal como têm nos
seus países. A introdução de mecanismos de participação global e cidadã, é o que falta.
É esse o desafio de todos os que desejam partir da cidadania global enquanto conceito
para a cidadania global enquanto realidade.

Está tudo disponível, as redes, a tecnologia a vontade. O que falta?

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