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Técnicas de Acção Educativa 06 – Sertã EFA NS

Durante grande parte da sua vida, as crianças e jovens são acolhidos pela
escola, e é neste espaço de tempo em que se desenvolvem física e
cognitivamente e que desenvolvem também competências indispensáveis para a

formação da personalidade, a escola irá, portanto, continuar, integrar e


ampliar a obra educativa dos pais. Depois da família, é a escola que exerce a
influência máxima.

Ana Santos nº3 Assinato Valdez nº 4


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As crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso


às escolas regulares, que a elas se devem adaptar, através de uma pedagogia
centrada na criança, capaz de ir ao encontro das suas necessidades. As escolas
regulares, ao seguirem esta orientação inclusiva, estabelecem os meios mais
capazes para combater as atitudes discriminatórias criando comunidades
abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a
educação para todos. Mas é necessário que a escola tenha condições de
resposta às necessidades e características dessa criança para que ela possa
realmente ser integrada. A integração pressupõe que a criança deve ser
educada no meio o menos restritivo possível e que este meio possa responder
satisfatoriamente às suas necessidades educativas, fornecendo-lhe o apoio
educativo que ela necessita para superar o seu problema, mas não obriga a que
a criança com NEE permaneça sempre na classe regular.

A escola deve ser acolhedora, actualmente a escola já deixou de ser


caracterizada pelo professor rígido, exigente, que nunca sorria, aliás já está
cada vez mais consciente do seu papel social. A escola já não se dedica
exclusivamente ao ensino e reúne uma série de actividades escolares capazes
de atrair a criança nos seus interesses pessoais mas também de interesse
social. A criança sabe que na escola pode brincar com os colegas, participa em
festas e outras actividades de carácter mais lúdico. O mesmo acontece com as
crianças com NEE, não esquecendo que a inclusão destas crianças implica um
esforço dobrado, uma vez que estas necessitam de mais apoio em relação às
crianças ditas normais.

A cada dia tem aumentado o número de pessoas com necessidades especiais


presentes em Instituições de Ensino, graças a leis que vieram a tentar acabar
com o preconceito e a falta de informação e ajudar na inclusão de deficientes.
A utilização de softwares e ferramentas adaptados para as necessidades de
determinados grupos de pessoas é algo de grande importância, para isso,

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temos que tentar criar meios adequados, seja através de adaptações físicas ou
virtuais, como a criação de programas adequados a cada tipo de deficiência.

Deste modo, existem diversas técnicas práticas que se podem adoptar,


o trabalho das auxiliares deve ser feito em articulação com as educadoras,
numa perspectiva de colaboração e complementaridade. A auxiliar de acção
educativa deve sentir-se envolvida e comprometida em todo o trabalho que se
desenvolve com os alunos, tendo uma especial atenção para com os que
possuem NEE, para que deste modo eles se sintam apoiados e se relacionem
com os restantes colegas, promovendo assim a socialização.

A auxiliar de acção educativa deve ter uma postura serena,  atenta,  sabendo


ouvir e dando espaço para que o outro fale,  firme e segura para que seja feito
o encaminhamento correcto das diferentes situações e sejam evitados ou
resolvidos potenciais conflitos.

Em relação às estratégias a adoptar, foi-nos pedido que evidenciássemos uma


deficiência, nós optamos por realçar o Autismo.

Uma pessoa com Autismo tem, na maior parte das vezes, uma aparência física
normal, no entanto apresenta dificuldades muito específicas em três áreas do
seu desenvolvimento: dificuldade em socializar-se, em comunicar-se verbal ou
não verbalmente, padrões repetitivos e estereotipados de comportamento, e
revelam muitas vezes respostas de hipo ou hipersensibilidade a estímulos e ou
outros problemas associados.

De uma forma generalizada a incapacidade nestas áreas traduz-se, na prática,


em dificuldades significativas para aprender da forma convencional e pode
manifestar-se, entre outras, por algumas características como falta de
motivação, dificuldade na compreensão de sequências e de consequências,
défice cognitivo, dificuldades de concentração e de atenção, alterações na

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descriminação/processamento auditivo e na compreensão de instruções


fornecidas oralmente, falta de persistência nas tarefas, dificuldades em
aceitar mudanças e em compreender as regras instintivas da interacção social,
alterações de sensibilidade à dor, a sons, a luzes ou ao tacto, grande redução
da capacidade imaginativa e de fantasiar, interesses restritos, alterações de
sono vigília, ou particularidades do padrão alimentar.

Através da criação de situações de ensino estruturado com apoio de


estruturas visuais, de material próprio e de actividades adequadas às suas
necessidades (plásticas, gráficas, lúdicas, didácticas, pedagógicas, …) procura-
se potenciar a motivação destas crianças para explorar e aprender com o
objectivo de aumentar os tempos de atenção partilhada, de interacção social,
de contacto do olhar e de comunicação através do olhar, desenvolver os
tempos de atenção, de concentração e de interesse pelas actividades
propostas e materiais. Manter e aumentar a capacidade de agarrar objectos,
actividades motoras e verbais, aumentar a consistência da resposta em
contextos variados, desenvolver a capacidade de cumprir ordens em diversos
contextos e a competência para iniciar, realizar e terminar tarefas de forma
autónoma.

Aqui também se trabalha a linguagem, a comunicação e a interacção de forma


estruturada, assim sempre que é necessário ou possível usa-se um programa de
linguagem do vocabulário (MAKATON3). Este utiliza gestos e símbolos em
simultâneo com a fala e permite desenvolver a comunicação funcional, a
estrutura da linguagem oral e da literacia facilitando o acesso aos significados
do e no mundo com os outros o que proporciona maior disponibilidade para a
relação.

Num ambiente no qual a firmeza e o afecto são uma constante essencial


fomenta-se a sua permanência e o convívio com as outras crianças,
desenvolvendo um trabalho sistematicamente articulado, com os docentes,

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auxiliares e com os colegas da escola e ainda de extrema importância com as


famílias, procurando-se agir em vez de reagir, no sentido de se alcançar uma
integração escolar bem planificada com programas e serviços adequados que
permita oferecer um conjunto de vantagens a todos os implicados.

Quem lida com crianças com Autismo experimenta sucessivas e constantes


adaptações, por isso, a colaboração entre todos os envolvidos (adultos e ou
crianças) é de extrema importância, pois permite a redução de ansiedades e a
manutenção de um ambiente calmo entre todos os parceiros e ainda
potencializa os desempenhos de cada interveniente proporcionando o
desenvolvimento de novas competências e promovendo mudanças. É nesta fase
que a intervenção das Técnicas de Acção Educativa é essencial pois deve estar
sempre atenta e agir rápida e eficazmente.

Ana Santos nº3 Assinato Valdez nº 4

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