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Qualidade de Transferência de Dados 1

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA
CURSO DE TECNOLOGIA EM PROCESSAMENTO DE DADOS

QUALIDADE DE TRANSFERÊNCIA
DE DADOS

Alisson Fabrinni Nascimento Souza


Aníbal Vieira de Azevedo Júnior
Marcelo Sousa Veloso

Belém – Pa

2001
Qualidade de Transferência de Dados 2

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA
CURSO DE TECNOLOGIA EM PROCESSAMENTO DE DADOS

QUALIDADE DE TRANSFERÊNCIA
DE DADOS

Alisson Fabrinni Nascimento Souza


Aníbal Vieira de Azevedo Júnior
Marcelo Sousa Veloso

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como condição para a obtenção do grau em
Tecnólogo em Processamento de Dados à
Comissão Julgadora da Universidade da
Amazônia, sob a orientação do Prof.
Robhyson Dennys.

_______________________________
_______________________________
_______________________________
Julgado em:
Conceito:_______________

Belém – Pa
2001
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DEDICATÓRIA

Aos nossos pais, pelo amor, confiança e dedicação para que concluíssemos
com êxito esta longa etapa de nossas vidas, e que possamos continuar lutando para
nossa inserção na sociedade e para cumprir e exercer nossas obrigações e direitos
como cidadãos.
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AGRADECIMENTO

A Deus por nos dar saúde para chegarmos com êxito ao final deste trabalho.
Aos nossos familiares pelo apoio e atenção dispensados a nós em todos
estes anos de nossa formação.
A Universidade da Amazônia (UNAMA), através do seu departamento de
informática, pelo ensino ministrado e rara oportunidade de realização desta
pesquisa.
Ao nosso orientador Prof. Robhyson Dennys, pelo seu intenso apoio,
amizade, empenho e dedicação para realização desta obra.
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EPÍGRAFE

“Se para vencer estiver em jogo a sua honestidade, perca, pois você
será sempre um vencedor”
(Autor desconhecido)
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ......................................................................... 1
1. INTRODUÇÃO ......................................................................... 2
2. EMBASAMENTO TEÓRICO .................................................... 3
2.1 ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS .............. 3
2.2 TOPOLOGIAS DE REDES ............................................... 5
2.3 MEIOS DE TRANSMISSÃO ............................................. 8
2.4 PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS .......... 14
2.4.1 Protocolos X.25 ......................................... 15
2.4.2 Protocolos TCP/IP ..................................... 23
2.4.3 Protocolos ATM ......................................... 27
2.5 CABLING – DISTRIBUIÇÃO E BACKBONES CABLING.. 33
2.5.1 Cabling ....................................................... 38
2.5.2 Backbones ................................................. 41
2.6 TECNOLOGIAS E TENDÊNCIAS .................................... 44
2.7 EQUIPAMENTOS DE REDE ............................................ 47
2.7.1 Bridges ...................................................... 47
2.7.2 Switches .................................................... 48
2.7.3 Roteadores ................................................ 49
2.7.4 Gateways ................................................... 52
2.7.5 Hubs .......................................................... 53
2.7.6 Multiplexadores .......................................... 54
2.7.7 Controladoras ............................................ 56
2.8 REDES LOCAIS ............................................................... 59
2.8.1 Conceitos ................................................... 59
2.8.2 Tipos de redes locais e conexões ............. 60
2.8.2.1Ethernet ………………… 60
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2.8.2.2Fast-Ethernet …………... 61
2.8.2.3Token-ring ……………… 61
2.8.2.4FDDI .............................. 62
2.8.3 Arquiteturas de redes locais ...................... 64
2.8.4 Acessos lógicos nos níveis de rede ........... 69
3ESTUDO DE CASO ................................................................. 72
3.1 OBJETIVO ........................................................................ 72
3.2 METODOLOGIA ............................................................... 72
3.3 REDE PROJETADA ......................................................... 72
3.3.1 Tipo de Filosofia de Rede escolhida para o
Projeto .................................................... 72
3.3.2 Topologia escolhida para o Projeto ........... 73
3.3.3 Cabeamento Escolhido .............................. 73
3.3.4 Características dos Cabos/ Conectores
Escolhidos ................................................. 73
3.4 SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS .................................. 74
3.4.1 Custo ......................................................... 74
3.4.2 Performance .............................................. 74
3.4.3 Compatibilidade ......................................... 75
3.5 A REDE DE SERVIÇOS DA ESCOLA A .......................... 75
3.5.1 A Rede Administrativa ............................... 75
3.5.2 A Rede Acadêmica .................................... 76
3.6 DESCRIÇÃO DA REDE FÍSICA ANTIGA ......................... 77
3.7 DESCRIÇÃO DA REDE FÍSICA ATUAL .......................... 78
3.8 PADÕES DE PROTOCOLOS ........................................... 79
3.9 SERVIÇOS DE REDE INSTALADOS ............................... 79
3.9.1 DHCP ......................................................... 79
3.9.2 Proxy .......................................................... 79
3.9.3 SQL ............................................................ 80
3.9.4 DNS ........................................................... 80
3.9.5 File Server ................................................. 80
3.9.6 Print Server ................................................ 80
3.9.7 E-MAIL/ WINS/ WWW ............................... 80
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3.10 CARACTERÍSTICAS T ÉCNICAS DOS SERVIDORES


DE REDE .......................................................................... 81
3.11 SEGURANÇA .............. ................................................... 82
3.12 PRINCIPAIS FATORES DE QUALIDADE NA ESCOLA 83
4CONCLUSÃO .......................................................................... 84
5BIBLIOGRAFIA ........................................................................ 85
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APRESENTAÇÃO

Neste trabalho científico será abordado a qualidade de transferência de


dados em uma rede de computadores, mostrando suas vantagens e desvantagens,
objetivando-se chegar a um modelo de qualidade ideal.
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1- INTRODUÇÃO

As redes locais por serem o meio de interconexão de máquinas localizadas


geograficamente próximas, podem ser projetadas com altas taxas de transmissão,
baixo custo e finalidades especificas, tais como transmissão apenas de dados, ou
transmissão de voz, dados e imagens; e isso só é possível com uma conexão
confiável e de alta qualidade entre os nós da rede.
Entretanto, quando se visa uma boa qualidade de transferência de dados,
você seleciona o seu cabeamento de rede ideal, onde o mercado nos proporciona
uma grande variedade de padrões e opções. Entre eles se encontra o Ethernet, um
dos principais padrões de controle de transmissão de sinais, acesso aos cabos e
configurações de cabos de mais ampla aceitação no mercado.
O cabo de rede, ou mídia, como é conhecido na linguagem das redes, é um
fio único de cobre ou vidro que liga todos os nós em uma rede, mas pode apenas
transmitir os sinais de uma placa de rede por vez.
Algumas placas de rede podem ler pulsos de luz de laser, enviados através
de cabos de fibras ópticas, pulsos de luz infravermelha invisível, enviados através do
ar, e sinais em ondas de rádio. As instalações modernas freqüentemente utilizam
cabos de cobre para a maioria das conexões, e intercalam fibras ópticas ou
alternativas sem fio para atingir nós especiais.
Contudo é necessário mostrar as vantagens e desvantagens de como se
obter uma excelente qualidade de transferência de dados que seja satisfatória e
acessível, utilizando-se de equipamentos e recursos modernos observados
experimentalmente para que possamos fazer uma comparação com os demais tipos
de transferência de dados.
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2- EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 – ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS

As comunicações corporativas nas últimas décadas deram um salto


tecnológico e continuam a se desenvolver rapidamente.

Tecnologias e equipamentos são substituídos rapidamente por outros com


maior capacidade de integração e menor custo.

Os equipamentos atuais crescem com maior nível de qualidade e com taxas


de operação sem falhas cada vez maiores (MTBF).

Isto passa a ser uma tranqüilidade para o usuário final, que passa a usufruir
tecnologias complexas, de operação simples e probabilidades remotas de falhas.

Esta apuração técnica e normas internacionais desenvolvidas por


organizações internacionais como o ITU (CCITT) fizeram com que equipamentos de
fabricantes diferentes passassem a operar entre si, permitindo uma crescente
interoperabilidade e portabilidade entre sistemas, dando flexibilidade e preservando
os investimentos dos usuários.

Mas nem sempre foi assim. No início do desenvolvimento tecnológico, os


fabricantes desenvolviam soluções proprietárias (somente equipamentos de uma
mesma linha de produtos se comunicavam entre si) devido a terem características
técnicas diferentes e despadronizadas.

Acompanharemos esta trajetória dando uma visão global das tecnologias


utilizadas nas áreas de redes, telecomunicações, telemática, integração de dados,
voz e imagem digitalizadas e tendências.

A transferência de informação entre um ponto e outro, basicamente, indica


que temos um transmissor e um receptor.
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Neste dois pontos, podemos ter, por exemplo, pessoas ou equipamentos


que se comunicam entre si, utilizando-se de uma mesma linguagem de
comunicação.

Figura 1 – Linguagem de Comunicação


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 2]

No caso de equipamentos, a linguagem de comunicação entre ambos é


chamada de protocolo e é feita através de comandos de programação codificados
em sinais elétricos.

O protocolo de comunicação é um programa de computador que através de


um conjunto de regras pré-programadas permite a transferência de dados entre dois
pontos com controles, checagem de erros, confirmação de recebimento, controle de
fluxo de dados, endereços de envio dos blocos de informação, etc...

Ambos os equipamentos devem possuir o mesmo protocolo, ou seja, falar a


mesma língua, que nada mais é que um programa carregado nos computadores que
se comunicam entre si, que transmite, recebe, checa os dados recebidos e confirma
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a recepção.

Figura 2 – Meio de Transmissão


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 3]

Numa transferência de arquivos, o programa de comunicação (que tem o


protocolo embutido nele) vai lendo os dados em pedaços (blocos) e transmitido para
a outra ponta.

O programa de comunicação do receptor recebe o bloco de dados,


armazena o mesmo na memória e faz uma checagem da integridade dos dados e do
endereço de destino. Estando os dados corretos, eles são acatados e gravados no
arquivo em disco e confirmado ao receptor que os dados foram recebidos
corretamente, indicando ao transmissor que ele pode transmitir mais dados.

Os protocolos de comunicação dão, portanto, uma maior segurança na


transmissão dos dados, fazendo com que os dados transmitidos sejam aceitos
somente se estiverem corretos, sem erros. Caso ocorram erros na transmissão, por
interferências e problemas do meio, o dado é retransmitido.

O tipo de informação transmitida pode ser arquivos de dados, mensagens e


até voz e imagens digitalizadas que são transmitidas como os dados, utilizando-se
de novas tecnologias que permitem esta integração e que estudaremos à frente.

Formas de Transmissão de Dados:

A forma mais comum e conhecida de transmissão de uma mensagem é


através do som, o qual é irradiado através do ar.

O ar é então o meio de transmissão e o som a vibração ou o sinal irradiado.


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No caso de transmissão elétrica de sinais com fios de cobre, o meio é o fio


ou cabo pelo qual o sinal elétrico é transmitido.

Além de transmissão por fios e cabos, que são meios sólidos, podemos ter
aquela feita por ondas eletromagnéticas que é a transmissão por rádio, microondas,
satélite, que estudaremos posteriormente.

Os equipamentos mais utilizados para a transmissão de dados são os


modens que colocam os dados a serem transmitidos numa onda elétrica que é
irradiada através do meio, num processo chamado de modulação.

2.2- TOPOLOGIAS DE REDES

Uma rede é formada por diversos componentes como: roteadores,


mainframes, servidores, nós de rede, centrais telefônicas, switches, etc...

A forma de distribuição e conexão dos diversos equipamentos e


componentes de uma rede chamamos de topologia da rede.

Existem diversas formas de conexões ou arquiteturas de uma rede:

Ponto a Ponto

É a forma mais comum de conexão, onde temos 2 pontos (receptor e


transmissor) ligados entre si e trocando informações.

Neste tipo de ligação, não temos o compartilhamento do meio com vários


usuários ou nós de redes, como no caso da ligação por barramento em redes locais
(Ethernet), mas somente dois pontos falando entre si.

Figura 3 – Topologia Ponto-a-Ponto


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 5]
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Multiponto

Nesta arquitetura, um ponto central pode estar enviando informações para


vários pontos, utilizando um mesmo meio.

O direcionamento as controladoras remotas e terminais são feitos por


endereços secundários.

Este tipo de ligação pode existir numa arquitetura de rede ampla (WAN –
Wide Área Network) onde a informação parte de um mainframe, por um único meio
de transmissão e é distribuída para as controladoras remotas.

Figura 4 – Topologia Multiponto


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 6]

Estrela

A topologia em estrela é basicamente aquela em que todos os pontos os


pontos e equipamentos da rede convergem para um ponto central.

Neste caso, todos os meios de comunicação convergem para o núcleo


central. No caso de uma rede corporativa, o centro pode ser mainframe (computador
de grande porte).

Um backbone (via central de conexão) colapsado (centralizado) de redes


locais, onde várias redes são interligadas entre si através de um ponto central, com
roteadores, switches, servidores centralizados e hubs, também pode ser
considerado uma arquitetura em estrela. Neste exemplo, todas as redes convergem,
através de cabos de fibras ópticas, até um switch central através do qual se
comunicam entre si.

Na arquitetura em estrela, tudo converge para um nó central. Caso haja


falha neste ponto central da rede, toda a rede pára. Neste tipo de topologia, é mais
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fácil de se detectar falhas pois o ambiente é localizado.

A estrutura em estrela era a utilizada nas primeiras redes de mainframe,


onde o mesmo era o centro da rede. Hoje, essa topologia volta a ser utilizada em
redes locais com a implementação dos hubs, principalmente visando facilitar a
correção
de falhas.

Figura 5 – Topologia Estrela


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 7]

Anel

Nesta arquitetura, os dados circulam num barramento através dos nós da


rede, até encontrar o nó o endereço destino dos dados.

O meio pode ser um anel, realmente, ou o anel pode estar embutido num
hub da rede (token-ring, por exemplo).

Os dados, para alcançarem o seu destino, devem obrigatoriamente passar


pelos nós intermediários, os quais lêem o endereço. Caso o endereço não seja do
nó, ele repassa para o próximo nó.

Caso um nó da rede pare, a transmissão dos dados pára, interrompendo o


funcionamento da rede.

Na arquitetura em rede, todos os nós está conectados entre si, não existindo
um nó central. O funcionamento global depende de cada nó e para se acrescentar
um novo nó (ponto ou computador) na rede, todo o seu funcionamento se altera a
nível de endereçamentos.
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Barramento

Esta topologia é a arquitetura comum das redes Ethernet e Cheapernet,


onde as estações (nós de rede) estão ligadas por cabos coaxiais.

Temos um cabo coaxial onde ao longo do mesmo os nós da rede são


conectados, utilizando-se de conectores tipo BNC. Os dados são difundidos no
barramento, para todos, e somente um nó pode transmitir por vez.

Uma das vantagens desta forma de conexão é o seu baixo custo e rapidez
com que se consegue ligar novos nós ao barramento.

A desvantagem é que se o cabo partir em algum ponto, toda a rede pára de


funcionar.

Figura 6 – Topologia Barramento


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 8]

2.3- MEIOS DE TRANSMISSÃO

Os dados e informações podem ser transmitidos por diversos meios. Abaixo,


citamos os mais comuns, utilizados em redes de dados.

Pares Trançados

São os fios de cobre comuns, utilizados basicamente na rede telefônica. Os


fios são trançados para que funcionem como um indutor elétrico, dando a
impedância elétrica desejada.

Praticamente toda a rede telefônica é feita com pares trançados de cobre.

Inicialmente só utilizados para transmissões de voz, os pares trançados


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passaram a substituir os cabos coaxiais utilizados nas ligações de terminais de


computador. Os fios telefônicos ligados a casadores de impedância que transformam
a impedância de 93 Ohms do terminal para 600 Ohms da rede telefônica, passaram
a ser utilizados para conexões de terminais.

Os pares trançados possuem limitações de velocidades em relação ao cabo


coaxial, porém podem suportar velocidades de 10 Mpbs, ou até mais com baixo
custo. São também mais sujeitos indução magnética que os cabos coaxiais, sendo
importante o uso de blindagem para evitar interferências.

O par trançado usado em redes locais é chamado de cabo TP, ou Twisted


Pair (par trançado).

Cabos Coaxiais

No cabo coaxial, um dos condutores é a malha externa que serve para


proteger de induções magnéticas externas.

O cabo coaxial tem um custo maior que o par trançado devido a sua forma
de construção, que permite transmissão a velocidades de dezenas de Megabits/seg,
além de ter um alcance maior que o par trançado.

Figura 7 – Cabo Coaxial


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 10]

Fibras Ópticas

O uso de fibras ópticas para transmissão de dados em redes tem crescido


muito, devido queda de preço da fibra e também devido ao maior custo x benefício
fornecido pela mesma.
Qualidade de Transferência de Dados 19

Uma das vantagens da fibra é a sua capacidade de permitir altas taxas de


transmissão de dados que podem se situar na faixa de Gbps (gigabits por segundo).

As fibras ópticas são feitas normalmente de vidro, mas existem também as


feitas de plástico que possuem um custo menor mas têm mais perdas na
transmissão.

Apesar do custo mais elevado em relação aos fios de cobre e de necessitar


de equipamentos e mão-de-obra especializada para o seu manuseio, o benefício da
fibra é crescente devido grande quantidade de canais por fibra que a mesma
disponibiliza.

Devemos lembrar que a fibra óptica só transmite em um sentido num


determinado instante.

Figura 8 – Cabo de Fibra Óptica


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 11]

Transmissão por Irradiação de Ondas

Na transmissão por irradiação eletromagnética, podemos citar o rádio,


microondas e satélite.

Rádio

A transmissão de dados pode ser feita por modens-rádio.

Existe também a transmissão de dados unidirecional, utilizando uma sub-


portadora de rádio FM. Neste exemplo, uma faixa da freqüência de um rádio é
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utilizada para transmitir os dados que são captados por receptores com modens, que
transferem para os micros. Este sistema é utilizado em difusão de cotações do
mercado financeiro também conhecido como broadcasting.

Microondas

São sinais transmitidos através de uma onda portadora com freqüência na


faixa de 18 GHz.

Os dados podem atingir velocidades de 2Mbps, 10Mbps ou mais,


dependendo da distância entre os pontos.

Possuem limitação de distância, necessitando de repetidores para distâncias


maiores que 20Km.

Um link (ligação) de microondas necessita de visada direta entre os dois


pontos que estão se comunicando. Pode trafegar voz, dados e imagens sujeitos a
interferências do meio.

Satélite

A transmissão via satélite é normalmente utilizada para atingir pontos onde a


rede terrestre não chega ou tem dificuldade de chegar.

A onda portadora que carreia o sinal dos dados situa-se na faixa de 5GHz a
16 GHz, dependendo do equipamento.

A transmissão via satélite pode ser unidirecional (só transmite) como no


caso de transmissões de TV, ou bidirecional onde existe transmissão e recepção de
volta, cada uma delas operando numa freqüência diferente.

Modens

Para transmitir dados digitais, saídos de um computador, para longas


distâncias, devemos ter equipamentos que pegam esses dados (representados em
sinais elétricos digitais) e os transformam em sinais analógicos modulados que serão
transmitidos pela linha telefônica (linha discada) ou linha dedicada (LP).
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À colocação de um sinal que representa dados, em uma onda portadora


com uma determinada freqüência de transmissão, dá-se o nome de MODULAÇÃO.
A operação inversa, na outra extremidade, é chamada de DEMODULAÇÃO,
conforme já estudamos, Isto é feito pelo equipamento denominado de MODEM.

Os modens podem operar em diversas velocidades. Os primeiros modens


operavam na faixa de velocidade de 300 bps a 1200 bps. Posteriormente, a
velocidade atingida via linha discada ou dedicada foi subindo e chegando a 2400,
4800, 14.400 e 19.200 bps, com as novas técnicas de modulação e compressão de
dados, atingindo a 28.800 bps, 56.000 bps, 115.000 bps ou mais.

A modulação do sinal a ser transmitido pode ser feita de diversas formas:

- Modulação em freqüência (FSK)

- Modulação em fase (PSK e DPSK)

- Modulação em amplitude (AM)

Características dos Modens:

Os modens podem transmitir dados nas formas:

Síncrona ou Assíncrona

Duplex ou Full-duplex

Através de linhas dedicadas ou discadas, efetuando a discagem do número


desejado através de comandos emitidos a partir do computador.

Modem interno: é a forma de placa, colocado internamente ao micro.

Modem externo: na forma de caixa, colocado sobre a mesa.

Modens chamados “inteligentes” são os que podem ser controlados através


de comandos emitidos pelo computador e que também possuem alguns recursos
como tratamento de erros, atendimento automático, redução automática de
velocidade quando a linha está ruim e outras facilidades.

A conexão a microcomputadores é normalmente feita através da interface


Qualidade de Transferência de Dados 22

serial, ligada através de cabo tipo RS-232. A interface serial transmite os dados ao
modem bit por bit, serialmente, ou seja, em fila, assincronamente.

Tipos de Transmissão e Troca de Dados

A transmissão dos dados pode ser feita ao longo do meio de transmissão,


de diversas formas:

Por Circuito

Neste caso, uma linha física é colocada entre os pontos (linha privada direta
ou linha discada). Os dados percorrem sempre o mesmo caminho, o qual é físico
fixo ou criado temporariamente (ligação telefônica usada para transmitir dados, por
exemplo).

Observamos que o custo de conexões discadas para transmissão de dados,


se usadas por períodos diários superiores a 4 horas (“breakpoint” estimado) pode
ser mais elevado que a contratação de LPs ou canais de dados dedicados
fornecidos pelas concessionárias com custos fixos mensais.

Por Mensagem

Neste caso, não é alocado um circuito dedicado. Os dados são enviados


pelos nós da Rede, através dos caminhos disponíveis no momento da transmissão.

O sistema não garante a ordem de entrega das mensagens (este controle


deve ser feito pelo aplicativo do usuário). Se dentro de um determinado período não
for recebida a confirmação de recepção, a mensagem é retransmitida.

Por Pacote

É a forma mais usada para transmissão de Redes Wan (Wide Área


Networks) compartilhadas.

As mensagens são divididas em pacotes menores (pacotes de 128 bytes,


por exemplo), de tamanho fixo.

Há o gerenciamento do fluxo de pacotes, ou seja, o controle da seqüência


dos pacotes dentro da rede.
Qualidade de Transferência de Dados 23

A comutação pode ser realizada por CIRCUITO VIRTUAL, onde a rede


disponibiliza um caminho fixo até o término da conexão, garantindo a entrega dos
pacotes em ordem, simulando uma ligação dedicada.

Por Células

Análogo aos pacotes porém com menor “overhead” de protocolo, permitindo


maior velocidade de transmissão, roteamento e processamento dos dados
transmitidos.

Isto é possível com o uso de novas tecnologias como a ATM que opera com
células (pequenos pacotes) de 53 bytes. Esta forma de transmissão possui menores
controles de fluxo, considerando que o meio de transmissão tem uma capacidade
superior.

2.4- PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS

Os protocolos de comunicação de dados são fundamentais e


imprescindíveis para que ocorra uma transferência de dados com segurança. Sem o
uso dos mesmos perderemos a integridade dos dados ao longo da transmissão,
inviabilizando a comunicação entre os programas, computadores, equipamentos,
etc.

O protocolo é um programa carregado no computador e agregado as


interfaces de comunicação do mesmo, com o objetivo básico de garantir que um
dado qualquer chegue a outro ponto da mesma forma que foi transmitido. A
integridade dos dados é mantida, independente do meio utilizado na transmissão
(linha discada/telefônica, canais de dados, canais de voz, satélite, ou qualquer outro
meio de transmissão) já que o controle é feito nas pontas.

O protocolo coloca caracteres de controle no início e no final do conjunto de


dados transmitidos. Estes controles são conferidos ao chegarem na outra ponta,
pelo outro programa/protocolo idêntico ao anterior. Se ao longo da transmissão
ocorreu algum erro, o protocolo deve tentar enviar novamente os mesmos, até que
cheguem corretamente.
Qualidade de Transferência de Dados 24

O protocolo, portanto:

• sincroniza a “conversa” entre duas pontas, e estabelece a conexão.

• detecta erros ocorridos no meio de transmissão e retransmite.

• recupera erros, faz endereçamento, retransmissões.

• controla o fluxo de informação entre duas pontas, superando problemas do


meio físico de transmissão ou caminho percorrido pela informação como
interferências por:

ƒ Mau contato em fios.

ƒ Chuvas, trovões, relâmpagos.

ƒ Tempestades magnéticas.

ƒ Indução magnética.

ƒ Rompimento de cabos.

ƒ Picos e falta de energia em redes públicas.

ƒ Falhas em centrais telefônicas.

ƒ Diversas outras causas

Tipos Básicos de Protocolos

Os tipos básicos de protocolos são Assíncronos e Síncronos

ASSÍNCRONO: (Start/Stop)

Nesta forma de transmissão, o sincronismo do sinal dos caracteres ocorre


somente no início da transmissão de cada caractere.

A unidade básica de informação é um caractere.

Este tipo de transmissão é o mais comum em microcomputadores, pois


utiliza a saída serial do mesmo ligada diretamente ao modem.
Qualidade de Transferência de Dados 25

SÍNCRONO:

Nesta forma de transmissão, o sincronismo do sinal dos caracteres


transmitidos é mantido durante todo o tempo.

Os protocolos síncronos podem ser orientados a bit ou a caractere.

Exemplo: Protocolo BSC, SLDC, HDLC, X25

2.4.1- Protocolo X.25

Descrição do X.25

Desde os anos 70, a transmissão via protocolo X.25 em redes tem sido
utilizada, de maneira crescente e em especial em redes geograficamente dispersas
(WAN - Wide Area Networks).

O X.25 sempre se mostrou interessante do ponto de vista econômico, nos


casos de transmissões de baixa quantidade de dados, onde não se justifica a
contratação de um canal dedicado e disponível durante todo o tempo.

O protocolo X.25 no caso da rede Renpac - Rede Nacional de Pacotes da


Embratel - provê uma transmissão livre de erros devido a sua técnica de correção de
erros ponto por ponto ao longo da Rede. Este protocolo tem sido usado no mundo
inteiro, nas mais diversas aplicações como: Correio Eletrônico (Email), Workstations
ligadas a Mainframes remotamente, conexão de LANs a Hosts, acessos remotos,
coleta de pedidos, automação de força de vendas, etc...

Histórico

O protocolo X.25 e redes públicas de pacotes:

As redes, no passado, eram exclusivamente redes dedicadas e privadas.

Tínhamos empresas com redes privadas, ligadas em estrela, conectando


pontos remotos a um CPD central através de canais dedicados, tipo Transdata, por
Qualidade de Transferência de Dados 26

exemplo.

Neste tipo de conexão, através de canal dedicado é pago um aluguel


mensal, utilizando-se ou não. Ou seja, em períodos que se tem um tráfego elevado
ou baixo, paga-se o mesmo valor. Devemos considerar também o fato de que o
custo dos canais dedicados no Brasil é elevado em relação ao preço das tarifas no
exterior.

Nesta situação, as pequenas e médias empresas que desejassem ter


conexões remotas de dados, para baixos volumes de transmissão, poderiam ter os
seus projetos invibializados pelo elevado custo dos canais dedicados.

Visando amenizar este problema, foi criada a Rede Pública de Comutação


de Pacotes, com o objetivo de permitir a transmissão de dados, onde a tarifa
cobrada fosse apenas sobre o volume de dados trafegado, possibilitando o acesso
de qualquer ponto a qualquer lugar do país, ligando os mais diversos tipos de
equipamentos.

No Brasil, a rede pública de comutação de pacotes fornecida pela Embratel


recebeu o nome de Renpac.

Alguns objetivos básicos de uma Rede Pública por Comutação de Pacotes:

• Ter padronização de acessos, visando permitir que qualquer tipo de


equipamento, através de interfaces específicas, consiga acessar a Rede e
conseqüentemente qualquer outro equipamento ligado mesma.

• Estas interfaces de acesso são basicamente compostas de Hardwares e


Softwares que fazem a conversão dos protocolos utilizados pelos equipamentos
externos rede, para o protocolo interno rede (no caso o X.25).

• Ter normas de acesso padronizadas. No caso da Rede de Comutação por


pacotes, são as normas do CCITT, as quais receberam a denominação de normas
X.25.

• Permitir o compartilhamento dos meios de transmissão, consentindo que


um canal da rede seja compartilhado para o tráfego de dados de diversos usuários,
Qualidade de Transferência de Dados 27

diferentemente das redes ponto a ponto.

• Permitir a transmissão de dados de diversos usuários, compartilhando um


mesmo meio e, exigindo um protocolo de transmissão que consiga endereçar e
encaminhar os pedaços de informação de cada usuário, sem misturá-los. O
protocolo X.25 faz isto.

• Em uma rede de abrangência nacional, permitir o roteamento dos dados


por caminhos mais curtos, tendo a opção de utilizar rotas alternativas em caso de
problemas em algumas das rotas.

Os nós da rede fazem o roteamento dos pacotes

Os canais são compartilhados para vários dados diferentes (canais virtuais).

O que é o X.25

O X.25 é um conjunto de regras definidas pelo CCITT, a qual é uma


organização internacional que faz parte da ONU, visando a padronização das
estruturas de transmissão de dados entre dois pontos.

As recomendações ou normas X.25 são publicadas de 4 em 4 anos, com as


atualizações desenvolvidas no período. As definições utilizadas atualmente vêm das
normas editadas em 1984, 1988 e 1992.

A razão da popularidade do X.25 é devido a características como:

A - garantia de integridade dos dados na transmissão (livre de erros).

B - provê um meio compartilhado de transmissão, com múltiplos usuários.

C - provê acessos discados/chaveados para qualquer localidade.

D - possui acessos padronizados, o que facilita a integração.

A - Garantia de Transmissão Livre de Erros

Historicamente, a rede pública de telefonia utilizada para voz sempre


apresentou problemas de “ruídos” e falta de segurança na transmissão de dados.
Qualidade de Transferência de Dados 28

O X.25 foi desenvolvido para operar com estas limitações, através de


mecanismos que pudessem garantir a transmissão livre de erros.

Sempre que ocorre um erro ao longo da transmissão, o mesmo é detectado


pelo protocolo, o qual provê a retransmissão do pacote (bloco de dados
transmitidos).

Cada pacote transmitido do X.25 a partir de uma origem, tem uma


numeração de seqüência, visando controlar o fluxo dos pacotes.

Se um pacote é perdido na transmissão (por erro do meio, por exemplo), o


protocolo no ponto de destino detecta a falta do pacote e solicita uma re-transmissão
a partir do último pacote recebido corretamente.

Desta forma, somente uma seqüência correta de pacotes é recebida pelo


destino, garantindo a integridade dos dados.

B - Compartilhamento do Meio de Transmissão

O protocolo X.25 foi desenhado para permitir múltiplos usuários ou sessões


compartilhando um mesmo meio de acesso.

Diferentemente de outras técnicas, não existe uma rota ou banda dedicada


(canal dedicado) para os usuários ou sessões. O caminho por onde os dados
escoam de um ponto para o outro é alocado dinamicamente de acordo com a
disponibilidade e roteamento da rede.

No X.25, os dados são enviados para uma fila comum, onde são
armazenados e encaminhados ao seu destino quando o link (rota) fica disponível.

Desta forma o meio é compartilhado. Mesmo assim é possível termos


aplicações On-line, já que o encaminhamento é rápido.

Existe um “delay” (retardo) devido ao fato acima descrito. O retardo é


produzido pelo processamento da fila e pela espera da disponibilidade da linha/
caminho de transmissão.
Qualidade de Transferência de Dados 29

Devido a isto o X.25 é melhor adaptado para aplicações em que este


pequeno retardo não traz implicações transmissão como em: transferência de
arquivos, acessos a correios eletrônicos, pontos de venda, consultas a hosts, e
outras.

C - Conexões Comutadas para qualquer Destino

O X.25 é uma tecnologia de transmissão por comutação de pacotes, o que


permite que a banda ou velocidade de transmissão no meio seja alocada
dinamicamente de acordo com a demanda.

Figura 9 – Comutação de Pacotes


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 76]

Ou seja, a rede de comutação de pacotes permite um aproveitamento


melhor do meio, alocando, por exemplo, velocidades maiores quando houver a
necessidade de transmissão de um volume maior de dados (throughput maior).

Forma de conexão

Para estabelecer uma conexão o usuário seleciona um endereço de destino


(no caso do Brasil, o número destino da rede Renpac) com o qual deseja se
comunicar, através de um pacote chamado de “call request”.

Toda conexão rede possui um endereço único, semelhante aos números de


acesso da rede telefônica.

Numa única linha X.25, podemos ter múltiplas sessões, ou seja, podemos ter
várias linhas lógicas utilizando uma única linha física.
Qualidade de Transferência de Dados 30

Figura 10 – Forma de Conexão


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 77]

D - Definições de Acessos Padronizados

Este é um ponto forte da Rede X.25. A sua padronização permite a


interoperabilidade de múltiplas plataformas com múltiplos protocolos.

O acesso a partir de diferentes tipos de equipamentos e protocolos é feito


através de conversores de protocolos, interfaces e controladoras de comunicação as
quais transformam a linguagem proprietária dos equipamentos no protocolo X.25
para acessar a rede.

O meio é único onde se fala o protocolo X.25, porém nas pontas podemos
ter diversos equipamentos e protocolos os quais são convertidos para o formato
X.25.

Como opera o X.25

O X.25 garante uma transmissão livre de erros, efetuando retransmissões


dos blocos com erro.

Cada pacote é numerado em seqüência na sua origem. Quando os nós


intermediários da rede ou o destino detectam uma quebra na numeração da
seqüência, solicitam então uma retransmissão.
Qualidade de Transferência de Dados 31

Figura 11 – Transmissão de Pacote


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 78]

O quarto pacote foi perdido devido a ruído na linha ou congestionamento.

Figura 12 – Transmissão de Pacote


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 78]

O nó intermediário da rede, que faz o roteamento dos pacotes para um dos


caminhos que levam ao destino, observa a seqüência errada e descarta o pacote 5,
solicitando a retransmissão a partir do pacote 4.

Como o X.25 manipula múltiplos usuários

O protocolo X.25 separa cada usuário ou sessão através do campo do


pacote que especifica o canal lógico no canal (logical channel).

Numa linha X.25, podemos ter até 4095 canais ou conexões lógicas,
limitadas pelo switch da rede e pela velocidade da linha.
Qualidade de Transferência de Dados 32

Vemos dois usuários (A e B) enviando dados para outros dois usuários (C e


D), através de um mesmo meio.

Os pacotes são encaminhados ao seu destino pelos switches que fazem o


correto roteamento dos mesmos através dos endereços.

Comparação X.25, Frame-Relay E ATM

Muitas mudanças ocorreram nas redes WAN (Wide Area Networks), desde
que o X.25 foi criado.

As redes e as comunicações atuais exigem que seja contemplada a


integração das redes locais (LANs - Local Area Network) às redes WAN (Wide Area
Networks), ou seja, o tráfego de dados de redes locais através dos canais e
equipamentos de transmissão das redes amplas remotas.

As redes locais demandam facilidades e meios que tenham altas


capacidades de transferência de dados, altos throughputs (volume de dados que
trafegam num intervalo de tempo), baixo tempo de resposta e outras necessidades
como o tráfego de voz e imagem digitalizadas através destes mesmos meios.

Com o advento da fibra óptica no meio de transmissão, links de microondas


e com equipamentos de maiores taxas de transmissão, passou-se a viabilizar
serviços e aplicações que exigem maiores velocidades de tráfego.

O X.25 é um excelente mecanismo que garante uma transmissão sem erros,


porém isto tem um custo que é o grande dispêndio de processamento que ocorre
nos pontos de roteamento (processamento para encaminhamento dos pacotes e
checagem dos erros de transmissão). Isto, além da velocidade de transmissão ser
baixa, gera um retardo na transmissão dos pacotes, não viabilizando o tráfego de
pacotes de voz e dados digitalizados.

A elevada quantidade de controles do protocolo X.25 faz com que haja um


grande overhead de protocolo (muitos campos e dados de controle no pacote a ser
transmitido), em relação às tecnologias de pacotes mais recentes. Estes aspectos
técnicos acima citados diminuem a capacidade de throughput da linha, ou seja, dá
uma velocidade menor de transmissão.
Qualidade de Transferência de Dados 33

Devido a estas limitações, novas técnicas e arquiteturas foram


desenvolvidas, como o Frame-Relay e ATM, que são tecnologias com menor
“overliead” no protocolo e que utilizam canais de maior velocidade para a
transferência dos dados.

Frame-Relay e ATM

Estas novas tecnologias conseguem disponibilizar alto throughput, com alta


velocidade, baixo retardo, preservando a eficiência da banda de transmissão e
possibilitando o tráfego de dados de LAN, voz e imagem digitalizadas pela rede de
pacotes ou células (no ATM o bloco de dados enviado é chamado de célula).

Frame-relay e ATM são duas técnicas que têm sido padronizadas com este
propósito, com taxas de transmissão de:

T1/E1 (2,048Mbit/s) a OC-310C-12 (600Mbits/s).

Isto sem a alta taxa de correção e processamento de erros que o protocolo


X.25 possui.

Os pacotes e células do Frame-relay e ATM praticamente não possuem


correção de erro nos pontos ao longo da rede, ficando esta tarefa a cargo da
aplicação final no usuário. Isto indica que estas tecnologias consideram o meio pelo
qual os dados trafegam como de excelente qualidade e não sujeito a erros.

Isto é possível através do uso de melhores plataformas de hardware e meios


de transmissão, menos sujeitos a erros de comunicação e que por isto permitem um
menor processamento de controles de erros do meio de transmissão, que são
comuns aos outros tipos de protocolos. No caso, o controle de erros é feito somente
nas pontas finais.

Existem, porém, equipamentos que preservam os benefícios do X.25 com a


alta performance de transmissão do Frame Relay e ATM, combinando o controle de
erros do X.25 e utilizando o alto throughput, baixo retardo e economia de banda do
Frame-relay e ATM. São equipamentos híbridos que acoplam acessos X.25 de baixa
velocidade, numa plataforma de alta capacidade baseada em frames e cells. A taxa
de operação destes equipamentos pode se situar em torno de 100.000 frames por
Qualidade de Transferência de Dados 34

segundo (capacidade de comutação).

2.4.2- Protocolo TCP/IP

O protocolo TCP/IP foi criado visando atender a necessidades de


endereçamentos e problemas de interconexão de redes, permitindo a
interoperabilidade entre dos diferentes tipos de LANs e Mainframes.

O mesmo objetiva ser transparente aos diferentes hardwares das diversas


plataformas, protocolos e interfaces do nível físico existentes, disponibilizando uma
gama extensa de endereçamentos, viabilizando a comunicação internetworking.

O início do desenvolvimento do protocolo TCP/lP se deu no Departamento


de Defesa Americano, na década de 70. A rede internetwork, utilizando este
protocolo, conectando todos os órgãos do governo americano, teve o nome de
ARPANET.

O TCP/IP é um conjunto de protocolos e padrões, utilizado em redes


interconectadas, visando disponibilizar acessos como: E-mail (Correio Eletrônico),
emulação de terminais, transferência de arquivos, etc...

A arquitetura TCP/lP é o conjunto destes protocolos, que interagindo entre si


na rede, objetivam levar os dados de uma ponta à outra.

IP: faz o envio dos datagramas, porém não tem os controles de check de
envio/recebimento correto dos dados, o que é feito pelo ICP que opera numa
camada acima do IP.

TCP: faz o transporte dos dados, garantindo a sua integridade (ou seja,
fazendo a correção de erros).

ICMP (lnternet Control Message Protocol): protocolo que envia as


mensagens de erros na transmissão, ao longo da rede, entre os roteadores e
gateways da rede. As mensagens de erro deste protocolo são embutidas no campo
de dados do bloco lP, com header próprio. A especificação que existe uma
mensagem ICMP no bloco do IP é indicada setando o valor “1” no campo Protocol.

GGP (Gateway to Gateway Protocol): utilizado entre os roteadores dentro da


Qualidade de Transferência de Dados 35

rede, visando manter o controle das rotas utilizadas na comunicação. Também fica
embutido no campo de dados do bloco do IP.

EGP (Exterior Gateway Protocol) e IGP (interior Gateway Protocol): faz o


roteamento entre redes internas e externas a uma determinada abrangência.

IGMP (Internet Group Management Protocol): faz o endereçamento de


mensagens do IP para múltiplos usuários. Ou seja, um determinado grupo de
usuários recebe uma mesma informação endereçada simultaneamente.

BOOTP (Bootstrap Protocol): protocolo utilizado em equipamentos diskless,


rodando a nível de aplicação, utilizado para carga inicial do equipamento.

FTP (File Transfer Protocol): utilizado para efetuar a transferência e o


compartilhamento de arquivos remotos, dentro de uma rede lnternet, através do
TCP.

SMTP (Simple Mali Transfer Protocol): dentro da arquitetura TCP/lP, é o


protocolo que trata os acessos do Correio Eletrônico.

SNMP (Simple Network Management Protocol): dentro da arquitetura


TCP/lP, este é o padrão mais utilizado para coleta e análise das ocorrências da rede,
ou seja, para gerar dados para o gerenciamento da rede. O mesmo provê a troca de
dados entre o equipamento gerenciador da rede e os roteadores e demais
equipamentos que fazem parte da rede.

O Protocolo TCP transmite diferentes tamanhos de blocos, fragmentando-os


de uma forma transparente para os usuários.

Como o nível inferior (lP) não garante a integridade dos dados, o TCP, como
um complemento ao lP, o faz através de um algoritmo (cheksum) sobre os dados
transmitidos (e não só sobre o header como faz o lP). Numera também
seqüencialmente, cada segmento transmitido analogamente ao SDLC e X.25.

O Protocolo TCP transmite e recebe dados na forma full-duplex.

Através da técnica de multiplexação temporal de dados, o TCP disponibiliza


circuitos virtuais (canais lógicos) para interligar 2 pontos que vão efetuar a
Qualidade de Transferência de Dados 36

transmissão. Os canais lógicos são criados e desfeitos conforme existem ou


terminam os dados a serem transmitidos.

Blocos de dados do TCP

Endereço Origem (Source) Endereço Destino (Destination)


(16) (16)
nº seqüência (sequence)
nº confirmação/reconhecimento
Alem Recovered Code Mudou

Options Urgente/pointer
Data

• Os campos origem e destino identificam o canal virtual.

• Os dados transmitidos (data) são sempre confirmados pelo receptor à


recepção.

• No TCP, na forma full-duplex, os dados são transmitidos junto com a


confirmação de recepção dos anteriores. A confirmação pode ser feita para um bloco
ou vários. Neste último caso, esta técnica permite o aumento do throughput.

Figura 13 – Transmissão Full-duplex no TCP


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 94]
Qualidade de Transferência de Dados 37

Características e operação do TCP

• Número máximo de blocos enviados na seqüência, sem esperar a


confirmação de recepção da outra porta, é chamado de “tamanho da janela”.

• “Tamanho da janela” aumenta portanto o throughoput.

• Número de seqüência do bloco TCP é gerado pela soma dos bytes


transmitidos.

• O número de confirmação confirma o dado recebido. É o número do


próximo bloco que o receptor aguarda. Esse número é obtido somando-se a
sequence number ao número de bytes, e o resultado é o próximo número de
seqüência.

• Envia blocos de tamanho variável.

• Os blocos (datagramas) podem ser enviados por rotas diferentes e fora de


ordem, sendo seqüenciados e confirmados no destino.

• Como exemplo, podemos enviar um bloco de 500 bytes, segmentado em


3 blocos de 200, 200 e 100 bytes.

O primeiro bloco vai (é transmitido) com o número de seqüência O (zero).

O segundo bloco tem o número de seqüência = 200

O terceiro bloco tem o número de seqüência = 400.

• Após receber o primeiro bloco, o receptor devolve um ack (conhecimento)


com o número 200, indicando que é a próxima seqüência esperada (no caso, o
segundo bloco). Isto é feito após um determinado tempo (parametrizado) em que
espera e não recebe o bloco desejado para continuar a seqüência.

2.4.3- Protocolo ATM - (ASSINCRONOUS TRANSFER MODE)

Conceitos
Qualidade de Transferência de Dados 38

ATM - Assincronous Transfer Mode - é uma tecnologia de transporte de


dados que tem se mostrado padrão para as futuras redes de alta velocidade.

A alta velocidade disponibilizada pela tecnologia ATM permite o tráfego de


voz, dados e imagem compartilhando o meio de transmissão e disponibilizando a tão
desejada Rede Digital de Serviços Integrados (ISDN - Integrated Switched Digital
Networks).

É uma tecnologia de comutação de pacotes baseada em pacotes de


tamanho fixo (também chamados de células). Os dados são divididos em pequenos
blocos (células), transmitidos e roteados através da rede ATM.

As células podem estar carreando informações de voz, dados ou imagem,


digitalizados. Quando os dados (as células) atingem o seu destino, a estação
receptora decodifica-os no formato original.

Rede ATM

Uma rede ATM consiste de canais que suportam esta tecnologia (alta
velocidade, na faixa de Megabits por segundo ou fracional) e interligam
equipamentos roteadores e switches que fazem o encaminhamento das células ao
seu destino. Ou seja, os switches ATM são os equipamentos que fazem o
roteamento dos dados (encapsulados em células) dentro da rede ATM.

O meio de transporte (canal) é preenchido com uma seqüência de células


ATM, nas quais estão os dados dos serviços que estão sendo operacionalizados
(voz, dados ou imagem).

Características da Célula

A célula que carreia os dados na tecnologia ATM tem um tamanho fixo de 53


bytes. 5 bytes são de header, o qual identifica a célula e qual caminho a mesma está
seguindo. 48 bytes são de informação (dados) que carreiam o serviço.

-----------------------------------> 53 BYTES <-----------------------------------


Qualidade de Transferência de Dados 39

HEADER DADOS

O ATM é uma tecnologia que vem suprir as redes digitais integradas (ISDN),
permitindo a transmissão integrada de voz, dados e imagem em um mesmo canal de
comunicação.

Algumas perguntas porém devem ser respondidas, como:

-Qual a infra-estrutura necessária?

-Que serviços utilizarão esta plataforma e como serão cobrados?

-Como proteger os seus investimentos atuais, partindo para esta nova


tecnologia?

O tráfego dos dados de uma rede ATM, através da rede pública, pode ser
feito através de uma estrutura SONET ou SDH, com equipamentos e meios sem
falhas, utilizando fibra óptica, permitindo alta qualidade de transmissão, dando
portanto um alto throughput de dados, necessário para atender à rede ATM.

Porém, o que temos hoje são meios sujeitos a interferências e erros. Poucas
redes são baseadas em fibras ópticas e os meios de transmissão fornecidos pelas
redes SONET e SDH ainda estão se consolidando e em implantação.

No ATM, as células que chegam, para serem transmitidas, concorrem para a


obtenção de um espaço disponível no equipamento ou meio. Este espaço é
chamado de “slot”. Caso não haja slot disponível naquele instante, os dados são
encaminhados para uma fila dentro do switch ATM, para aguardar o próximo espaço.

Esta fila introduz um retardo na transmissão da célula (cell delay), maior ou


menor dependendo da densidade do tráfego através do switch ATM. Devido a esta
característica de eventuais esperas, os dados são transmitidos assincronamente
através do switch ATM. Isto explica por que o ATM é uma tecnologia assíncrona.

Canais Virtuais

Cada serviço diferente (voz, dados, imagem) que utiliza a rede e o link ATM
em compartilhamento, trafega em um circuito virtual (Virtual Channel -VC)
Qualidade de Transferência de Dados 40

independente.

Caminhos Virtuais

O conjunto de canais virtuais (VCs) trafega através de um “caminho virtual’


(Virtual Path - VP) estabelecido dentro da rede.

Multiplexação por tempo:

YN 4 3 2 1 YN 4 3 2 1 YN

Onde

Dn = dados, voz ou imagem de um equipamento “n”.

Syn = Sincronismo.

Os dados são enviados rigidamente na seqüência.

Multiplexação estatística:

Ende Ende
LAG CS 4 3 1 reço e LA 4 2 1 reço e LAG
controle G controle

Os dados são enviados conforme a maior necessidade dos transmissores.


Assim opera o ATM, priorizando determinadas células, como células de imagem, por
exemplo, as quais não devem sofrer retardos por serem transmissões real-time.

Tipo de Rede de Transporte do ATM

O tipo de rede onde se implementa a tecnologia ATM é SONET ou SHD,


óptica, com interfaces de taxas de transmissão de 155 Mbps a 622 Mbps na
SONET/SDH.

Vantagens da ATM

•Opera integradamente todos os serviços de vídeo, dados e voz.


Qualidade de Transferência de Dados 41

•Faz uma alocação dinâmica de banda (parte utilizada do canal de


transmissão) para cada serviço

•Cada serviço tem a sua banda alocada com suas necessidades de instante
a instante. Abaixo, explicamos o conceito de banda de passagem:

Exemplo:

Se num canal de velocidade 5OMpbs, num determinado período de tempo


de 1 segundo, por exemplo, transmitimos 25 Mbps em imagem + 10 Mbps de dados
+ 5Mbps de voz, dizemos que:

• A imagem ocupa uma banda de 25Mbps, dados ocupa uma banda de


10Mpbs e voz ocupa uma banda de 5Mbps.

• Caso, neste período, haja um volume muito grande de imagem a ser


transmitida, e que necessite ocupar, por exemplo, 45Mbps da banda total de
5OMpbs, dizemos que a banda de imagem ocupa 45Mbps de banda de passagem.

• Neste caso, o ATM libera 45Mbps do total da banda de 50Mbps, naquele


instante, para a imagem. Isto é alocação dinâmica de banda.

Como exemplo, vemos que esta facilidade disponibiliza o tráfego de voz em


“real-time”, tendo sua transmissão prioridade sobre os dados transmitidos, evitando
o delay.

Neste exemplo, caso haja um volume grande de voz a ser trafegado no link,
a banda ou canal de transmissão tem uma faixa maior reservada para esta
transmissão, dando um throughput maior para as células de voz, alocando
dinamicamente a banda.

O ATM é uma tecnologia baseada em pacotes chamados de “células”, e que


permite tarifar os usuários, ou seja, registrar a quantidade de uso pelos usuários,
para se cobrar apenas o uso efetivo, diferentemente das redes normais onde às
conexões são dedicadas e pagas usando-se ou não.
Qualidade de Transferência de Dados 42

Aspectos a Serem Analisados e Medidos para Atendimento ao Usuário no


Projeto de Uma Rede

Na elaboração de um projeto de rede, é importante que se analisem


necessidades e aspectos como:

• Tempo de conexão necessário

• Tempo de desconexão

• Taxa de erro nas células transmitidas

• Taxa de células perdidas

• Taxa de inserção de células (throughput)

• Taxa de retardo na propagação da célula

Um exemplo prático do que pode impactar altas taxas de transmissão, é o


caso de dois usuários, ao mesmo tempo tentarem transmitir imagens de alta
definição, utilizando um protocolo baseado em frames (como o ATM).

Neste exemplo, o canal ficará 100% ocupado e provavelmente teremos um


congestionamento e um retardo na transmissão das células, ou a rede ATM
descartará células.

Alguns métodos preventivos para evitar o congestionamento na rede podem


ser implementados, manipulando e policiando a forma do tráfego de dados na rede,
o roteamento dos dados e provisionamento de recursos na rede. Este
monitoramento é o chamado Gerenciamento da Rede. Para implementá-lo é
necessário termos células ATM predefinidas que carreiam na rede informações
sobre ocorrências da rede, incluindo o nível físico, detectando falhas e medindo a
performance e informando ao sistema gerenciador.

Custo da Transmissão e Controle da Rede

Hoje, utilizando canais dedicados, o usuário paga uma quantia fixa para ter
Qualidade de Transferência de Dados 43

uma banda de passagem fixa disponível para seu uso.

Com o ATM os usuários esperam uma tarifação pela demanda, ou seja, pelo
uso, onde paga o que utiliza. Apesar de ser um sistema interessante para o usuário,
esta forma de operação traz problemas para conseguirmos ter o controle e o
gerenciamento da rede devido à complexidade que isto coloca no sistema.

Exemplo de comunicação numa rede ATM - descrição de uma transmissão:

Supondo uma transmissão de uma estação multimídia, descrevemos como


os dados são transmitidos:

• Uma estação transmite os dados através de uma interface ATM.

• Os dados são segmentados em células de 53 bytes.

• Os dados são enviados para um switch ATM.

• Após passar pelo switch, a nossa transmissão entra numa rede pública a
qual pode ser ATM.

• Na rede pública, a mesma compartilha o meio com outras células de


outros serviços.

• Ao longo do percurso da rede pública, a nossa transmissão poderá ter que


atravessar um meio onde ainda não temos serviços ATM, mas arquiteturas como
Frame-relay e SMDS.

• A nossa transmissão atinge então o seu objetivo que pode ser uma LAN
sem ATM, com arquitetura Ethernet ou Token e FDDI.

O roteamento de uma rede ATM utiliza Identificadores de Rota (virtual path


identifiers - VPIs) e Identificadores de Conexão (virtual connection identifiers - VCIs)
para rotear as células ATM através da rede.

Conexões virtuais permanentes (permanent virtual connections - PVCs) que


ficam ativas por longos períodos de tempo têm sido usadas em redes piloto, porém
este tipo de conexão tornar-se-á impraticável em redes grandes.
Qualidade de Transferência de Dados 44

A tendência é utilizar conexões virtuais comutadas que são criadas


dinamicamente. Os switches assinalam VPIs e VCIs para cada segmento destas
conexões virtuais temporárias, sendo armazenadas somente durante o período da
chamada.

Diferentes tipos de conexões podem ser criados:

• ponto a ponto

• ponto-multiponto

• multiponto-multiponto

Tipos de Transmissão

As transmissões em uma rede ATM podem ser de três tipos:

• Taxa de transmissão constante (constant bit rate - CBR)

• Taxa de transmissão variável (variable bit rate - VBR)

• Taxa de transmissão avaliada (available bit rate - ABR)

• As transmissões de voz/ telefone são do tipo CBR - constante, com uma


banda máxima de 64Kbps.

• As transmissões dos tipos VBR e ABR introduzem dificuldades no


gerenciamento da transmissão, exigindo alocação de recursos, provendo rotas
alternadas e utilizando dados estatísticos para prover a transmissão.

Interfaces ATM

O ATM permite o transporte de diferentes aplicações e serviços através de


uma rede ISDN (Rede Digital de Serviços Integrados).

Taxas de transmissão de 45Mbps (DS3) e 34Mbps(E3) podem ser utilizadas


para o transporte do ATM através de Redes Metropolitanas (MANs) analogamente à
tecnologia SMDS.

Em backbones locais, o ATM pode ser transportado por fibras ópticas a


Qualidade de Transferência de Dados 45

velocidades de 100 a 155 Mbps.

A ATM pode também ser transportada via redes tipo SONET e SDH.

A ATM é portanto uma poderosa e flexível tecnologia de rede que


disponibiliza altas e altíssimas taxas de transmissão.

2.5- CABLING - DISTRIBUIÇÃO E BACKBONES

No início, as redes de computadores dentro de uma empresa se limitavam a


ligações de terminais a um computador central.

Os terminais eram ligados à CPU (Central Processing Unit) através de cabos


com várias vias (ou fios) na forma assíncrona, analogamente aos cabos com
conectores RS-232 e DB-9, ou através de cabos coaxiais. As conexões eram
proprietárias, ou seja, cada fabricante tinha a sua forma de conexão entre CPU e
periféricos, praticamente não deixando margem para integração com outros
equipamentos.

Como exemplo podemos citar os sistemas de entrada de dados que utilizam


terminais assíncronos ligados por cabos a um minicomputador central, onde os
dados digitais eram armazenados em disco rígido ou fitas que posteriormente eram
transferidos para um computador central corporativo.

A seguir, vemos uma rede de terminais conectados por cabos coaxiais de 93


Ohms, em arquitetura
estrela, através de

controladoras de terminais.
Qualidade de Transferência de Dados 46

Figura 14 – Arquitetura Estrela


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 130]

Com a expansão da rede de terminais locais e remotos, começaram a surgir


problemas para a passagem dos cabos. O volume dos cabos coaxiais passou a
inviabilizar o crescimento da rede devido ao mesmo ocupar muito espaço e ser de
difícil manuseio para passagem em tubulações.

Os cabos coaxiais se tornaram e ainda são trabalhosos no manuseio, para


este tipo de rede em ligação estrela, pois para uma rede de 500 terminais. por
exemplo, um prédio com tubulações tradicionais de telefonia não suporta a
passagem e distribuição dos mesmos ao longo dos andares.

Ocorre então, neste tipo de situação, que os cabos são deixados de forma
aparente (sobre o piso, por falta de tubulação) ou passam pelo forro após quebra do
mesmo, o que gera uma má estética no ambiente e baixa qualidade da rede devido
aos problemas inerentes.

Para amenizar e até resolver este problema surgiram os baluns, que são
pequenos transformadores casadores de impedância, que permitem a utilização de
fios comuns de telefone para ligação de terminais da rede SNA, com flexibilidade,
com menor volume e com menor custo.

Rede de Baluns - Cabeamento

Os baluns são pequenos transformadores encapsulados juntamente com o


conector BNC (usado no cabo coaxial) para conexão em terminais e controladoras
de terminais através de fios telefônicos comuns.

Transformam a impedância de 93 Ohms da interface de conexão do


terminal, em 600 Ohms que é a impedância da rede telefônica.
Qualidade de Transferência de Dados 47

Um cabo coaxial tem a espessura de cerca de 7mm.

O fio telefônico individual usado para conexão com baluns tem menos de
3mm. Porém, a grande vantagem do mesmo é na prumada de um prédio onde um
cabo de 100 pares telefônicos com 1 a 1,5 cm. de diâmetro, apenas substitui um
feixe de 100 cabos coaxiais.

Figura 15 – Cabos Coaxiais


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 131

Ao invés de se subir com 30 cabos coaxiais, por exemplo, subimos com


apenas um cabo telefônico de 50 pares por andar e distribuímos no andar com fios
telefônicos comuns.

Os fios telefônicos são mais finos e com mais flexibilidade, ficando ainda no
caso citado, com reserva de 20 pares no exemplo dado para expansões.

Os cabos telefônicos de distribuição devem ter características como:

• blindagem

• baixa capacitância

• não pode ter ligações paralelas (pois muda a impedância da ligação,


inviabilizando a comunicação).

• alguns fabricantes de cabos fornecem este tipo de cabo telefônico com


Qualidade de Transferência de Dados 48

características adicionais agregadas para uma melhor performance na comunicação


de dados.

• na distribuição do andar (ligação do DG do andar aos pontos dos


terminais), sugerimos a utilização do fio telefônico tipo NEHA, o qual é encapado,
dando mais resistência mecânica à conexão e evitando o embaraçamento que
ocorre com os fios trançados comuns nas canaletas.

Figura 16 – Blocos de Ligação dos Pares de Fios


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 132]

Em cada andar tem um quadro de distribuição (DG-Distribuidor Geral), onde


chega o cabo telefônico em BLIs (blocos de ligação dos pares de fios) e daí saem os
fios individuais para os terminais.

No CPD, o cabo de cada um dos andares converge para um DG maior de


onde saem os cabos para as controladoras onde são colocados os baluns nas
pontas dos pares de fios.

O conector com o balun embutido é colocado na ponta do lado da


controladora e na ponta do lado do terminal no andar.

Deve-se ter uma relação e controle dos pares utilizados nos DGs de
distribuição dos andares, do DG geral do CPD e dos relativos portes das
controladoras de cada um dos terminais. Isto é fundamental para que os técnicos
possam dar manutenção à rede.
Qualidade de Transferência de Dados 49

Economia:

As vantagens de uma distribuição por redes de baluns é grande:

• com o coaxial, quando se desejava ligar um novo terminal num andar


qualquer, era necessário passar um novo cabo do CPD até o local, às vezes, tendo
que quebrar paredes e forros pela falta de tubulação para passar.

• com a rede de baluns já temos o ponto no DG do andar, disponível, sem a


necessidade de obras.

• o custo de obras e mão-de-obra para se passar cabos coaxiais é grande.

• a instalação de um terminal por balun é muito mais flexível, rápida e


econômica.

Redes Locais

Com o advento das redes de micros locais, passamos a ter além dos
terminais de mainframe, micros interligados por um cabo coaxial.

Este cabo é único para todos os micros, funcionando como um barramento


compartilhado. Todos se acessam e conversam entre si pelo mesmo cabo.

Figura 17 – Barramento Coaxial Único


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 133]

O cabo coaxial pode ser de 50, 75, 1 50 Ohms, dependendo da interface da


placa de rede ligada no micro. Este tipo de barramento para interconexão de
equipamentos, opera a velocidade de tráfego de dados de 10 Mbps.
Qualidade de Transferência de Dados 50

Normalmente, um único cabo coaxial, como neste caso, não implica em


problemas de tubulação para passagem do mesmo.

Para o tipo de ligação em barramento acima citada, pode ocorrer de o cabo


romper em algum ponto do percurso, parando toda a rede.

Para solucionar este tipo de problema de detecção de contratempos no


barramento da rede, surgiu o HUB, que é um concentrador no qual ligamos todas as
estações (nós) da rede local, uma a uma, com cabos individuais, em estrela a um
ponto central que é o próprio Hub. Desta forma cada nó fica isolado, sem afetar aos
demais na ocorrência de problemas, podendo também ser gerenciado. O Hub
funciona como um barramento centralizado.

Esta nova conexão não resolve ainda a necessidade de interconexão de


redes de andares e departamentos diferentes, o que vem a ser solucionado por um
backbone de conexão predial sobre o qual falaremos a seguir.

2.5.1- Cabling

A conexão dos equipamentos de uma rede local passou por evoluções.


Após os cabos coaxiais surgiram as conexões por pares trançados utilizando-se de
hubs, patch-panels (painéis de distribuição dos cabos) e backbones corporativos
com fibra óptica.

Este cabeamento passou a ser chamado de estruturado, que é a forma atual


de ligação de redes locais.

A seguir damos um descritivo dos cabos e partes de um cabeamento


estruturado utilizados em redes:

Cabo Ethernet:

Foi o primeiro cabo para conexões de estações em redes locais. Também


chamado de cabo 10 base5, tickware, RG-8 ou cabo amarelo.
Qualidade de Transferência de Dados 51

Características

• Usa vampiros para conexão da estação no cabo (barramento).

• Impedância de 50 Ohms

• Diâmetro de 10,3 mm.

• Permite alcance de 500m. por segmento de rede, sem repetidor

• Aceita até 100 Nós.

Cabo Cheapernet

E um cabo mais fino que o anterior, permitindo uma flexibilidade maior nas
instalações. Também chamado de cabo 1OBase2, Thinware, RG-58.

Características:

• Usa conector BNC

• Diâmetro de 4,9mm.

• Permite alcance de 185m por segmento de rede, sem repetidor.

• Aceita até 30 Nós.

Balun c/ fio telefônico (par trançado) comum

O conector BNC com casador de impedância (balun) permite termos um


barramento, utilizando-se do fio trançado de telefone comum.

O par trançado tem características técnicas inferiores ao cabo coaxial,


porém é mais prático e tem um custo menor. Substitui o cabo 10Base2.

• Aceita até 20 NÓS.

• Permite alcance de 100m. por segmento, sem repetidor.

Transceivers
Qualidade de Transferência de Dados 52

Os tranceivers são equipamentos que transformam um tipo de interface para


outro, permitindo por exemplo, ligar cabo AUI (15 pinos) em cabo coaxial
Cheapernet de 50 Ohms ou ligar saída AUI (interface de placa AUI) em cabo de
fibra-óptica.

Exemplo: supondo que tenhamos uma placa de rede que só tenha saída AUI
(conector de 15 pinos), neste caso a única forma de se conectar a estação é ligar um
cabo com conector DB-9 de 1 5 pinos à mesma. Para conectar a outra ponta ao
barramento coaxial da rede, necessitamos ter um Transceiver ligado ao cabo, que
transforma o sinal do cabo DB-9/1 5 pinos para o cabo coaxial.

Outros tipo de transceiver são: AUI p/ BNC, AUI p/ RJ-45.

Cabo Arcnet

Utilizado nas primeiras redes locais, este cabo é um cabo coaxial, com as
características:

• Velocidade do barramento de 2,5 Mbps.

• Impedância de 93 Ohms, também conhecido como cabo RG-62.

• Permite alcance de 330m. por segmento de rede.

Par Trançado

O que tende a ser mais utilizado na distribuição da rede na horizontal. Pode


ser:

• UTP: cabo de par trançado não blindado (Unshield Twisted Pair)

• STP: cabo de par trançado blindado (Shield Twisted Pair)

Características:

• Utiliza conector RJ-45 (8 pinos)


Qualidade de Transferência de Dados 53

• A distância máxima do Nó ao Hub é de 125 m.

• Categoria 3: 2Px24AWG - possui 2 pares e opera a velocidades de


10Mbps.

• Categoria 4: - análogo ao anterior, desenvolvido para redes Token-ring,


operando a velocidades de 1 6Mbps.

• Categoria 5: 4Px24AWG - possui 4 pares e opera a velocidades de até l00


Mbps.

PATCH-PANELs

Concentra as conexões dos pontos da rede (tendo ou não estações) a um


ponto central fixo.

Quando colocamos uma nova estação (novo nó de rede), num ponto ainda
não utilizado, basta conectarmos esta posição do patch-panel ao Hub, sem a
necessidade de se passar um novo cabo do local da nova estação.

Ou seja, os cabos são instalados em todos os pontos que possam ter


estações e deixados no patch-panel, de onde poderão ser ligados ao Hub.

Cabo de Fibra Óptica

A fibra óptica tem sido utilizada quando se necessita de velocidades maiores


que as atuais do barramento Ethernet (l0 Mbps).

Com fibras ópticas podemos implementar backbones que operam a


velocidades de 100Mbps ou mais.

Características:

• Velocidades de 100Mbps ou mais.

• Permite segmentos de até 120Km, sem repetidor.

• Diâmetro externo = 7,0mm.

• Só transmite em um sentido. É preciso, portanto, uma fibra para enviar e


Qualidade de Transferência de Dados 54

uma fibra para receber os dados ao mesmo tempo.

• Para conexão a equipamentos com saídas tipo AUI, por exemplo,


necessitamos utilizar de Transceivers que transformam os sinais da fibra em AUI.

• Tipo Multimodo: a fibra tipo multimodo tem alcance de 20Km, diâmetro


interno de 60 microns e externo de 120 microns, utiliza dados/leds para gerar a luz,
tendo um custo inferior à fibra monomodo.

• Tipo Monomodo: tem alcance de 120Km, diâmetro interno de 10 microns,


usa laser como gerador de luz e tem o custo mais elevado.

• FDDI: é o tipo de ligação em anel, utilizada para a conexão de


equipamentos entre si, usando como meio fibras ópticas. Este tipo de conexão
permite velocidades de 100Mbps e é utilizado para interligar, por exemplo, switches
e roteadores com alto tráfego de dados.

O anel FDDI é composto de 1 par de fibras (uma fibra p/ enviar e outra para
receber dados) + um par de fibras (anel secundário) que atua como backup e
também para tráfego de sinais de controle entre os equipamentos.

2.5.2- Backbone

A palavra backbone indica uma espinha dorsal ou meio central através do


qual várias redes se conectam entre si. Podemos chamar de backbone o meio de
comunicação utilizado para se interligar diversas redes de diversos andares de um
edifício ou de prédios num campus de uma empresa.

Temos alguns tipos de backbone como:

Backbone Colapsado:

Nele o acesso é feito a um ponto central onde é feito o controle do backbone


(network center) e o roteamento ou ponte dos dados de uma rede para outras.

No centro do backbone colapsado, podemos ter equipamentos como


switches, roteadores, servidores, hubs centrais, bridges e gateways centrais que
Qualidade de Transferência de Dados 55

permitem a interconectividade entre das redes.

O equipamento central (também chamado de Hub central) pode atender a


diversos Hubs centralizadores departamentais (um hub por andar, por exemplo).

Como exemplo de um Hub central podemos usar um switch ou um router


com switch fazendo o papel do backbone colapsado. Este tipo de backbone é bom
para empresas que tenham bases de
dados centralizados para
consultas.

Figura 18 – Redes Locais Departamentais


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 139]

No switch central, podemos ter um gateway para acesso das redes


departamentais a Mainframe central.

Backbone Distribuído

No backbone distribuído, cada segmento de cada departamento está ligado


ao backbone principal por uma bridge ou roteador que encaminha os dados para a
rede destino.

Neste caso, quando uma rede departamental quer acessar outra rede, utiliza
o seu roteador que endereça para o roteador da rede destino.

No caso de um backbone colapsado, temos 1 cabo de fibra óptica (ou


coaxial, dependendo da distância e velocidade desejada) vindo de cada andar até
um colapsador central, no qual todos os cabos de todos os andares estão ligados.

Neste ponto central é feita a ponte “bridge” entre uma rede e outra,
Qualidade de Transferência de Dados 56

permitindo a comunicação entre as mesmas.

• cabo de fibra óptica que vai até cada andar, é conectado no hub que
concentra as estações da rede daquele andar. Do hub saem os pares trançados
(TP-twist pair) que vão alimentar os nós da rede no andar. Os cabos são ligados por
conectores RJ-45 tanto no hub quanto no nó de rede.

Figura 19 – Backbone Distribuído


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 141]

Tipos de Cabeamento do Backbone

Com cabo Ethernet

Os primeiros backbones eram montados sobre um cabo coaxial de baixa


resistência, no qual os sinais eram acessados via “vamps”, que são conectores tipo
vampiro, leitores de sinais que se acoplam ao cabo por uma agulha que penetra o
cabo para atingir o fio central e dar o contato.

Este tipo de dispositivo era usado devido ao cabo ser muito grosso, o que
dificulta se fazer emendas e derivações com conectores tipo T.

Com fibra óptica

É a arquitetura de backbone mais utilizada hoje. Nela, o acesso principal


Qualidade de Transferência de Dados 57

(entre andares e prédios) é feito por fibras ópticas e a distribuição nos andares por
hubs e patch-panels dos quais saem os fios trançados para alimentar os nós da
rede.

O patch-panel é um painel comutador que pode ser utilizado opcionalmente


entre o nó do usuário e os hubs da rede, dando maior flexibilidade às conexões. O
patch-panel permite uma rápida mudança de portes em redes com muitos pontos,
apenas trocando de posição o cabo de conexão entre o patch-panel e o hub.

Wireless LAN

Para arquiteturas onde não é possível se passar cabos interligando as


estações, temos a opção de:

• interligar os nós da rede a um Hub Central através de ondas de rádio ou


infravermelho.

Neste caso, temos um hub no teto do ambiente, que transmite e recebe os


dados das estações através de sinais de rádio. No caso, cada micro tem uma antena
ligada à placa de rede.

• interligar redes distantes, através de conexão via rádio na faixa de


800Mhz. Exemplo: equipamento Altair-Motorola, que pode ser usado para interligar
dois prédios com visada direta:

• é necessário se ter visada entre um ponto e outro

• estes sistemas normalmente utilizam antenas direcionais

• no caso do uso de infravermelho, a distância fica limitada a algumas


dezenas de metros

• estes sistemas, para conexões externas (ligar um prédio a outro) podem


sofrer interferências atmosféricas como chuva.

2.6- TECNOLOGIAS E TENDÊNCIAS

Vemos como tendências nas redes corporativas, uma estagnação no uso de


Qualidade de Transferência de Dados 58

multiplexadores TDM, protocolos X.25 e redes de arquitetura proprietária.

Observamos um crescimento no uso de roteadores e switches com


tecnologia de células tipo ATM em substituição s anteriores.

Intermediariamente a este processo observamos o uso do Frame-relay, o


qual podemos considerar uma tecnologia de transmissão por pacotes mais veloz que
o X.25. O Frame-relay, ao invés de atuar no nível 3 (nível de rede com correção de
erros em cada nó), atua no nível 2 onde os dados passam rapidamente sem serem
processados nem checados a nível de erro.

Caso ocorram erros na transmissão, isto só será detectado pelo algoritmo de


erro nas pontas de recepção e transmissão. A utilização em massa do Frame-relay
ainda não está clara pois muitos usuários estão partindo diretamente para o ATM,
sem passar pelo Frame-relay intermediariamente.

Algumas tendências:

• utilização de plataformas cliente-servidor

• uso de plataformas abertas e dentro dos padrões ratificados por


organismos internacionais como o ITU, IEEE e outros

• utilizar o TCP/IP como protocolo de endereçamento de rede

• bridges e gateways de alta velocidade

• distribuição de bases de dados e processamento descentralizado

• crescimento de plataformas wireless

• otimização da banda de transmissão, utilizando recursos como:


compressão de dados (4:1), compressão de voz (8:1), alocação dinâmica de banda,
permitindo que as células de voz sejam enviadas prioritariamente em detrimento das
de dados

• formação de um backbone (dorsal) central da rede, ao qual ficam ligadas


as sub-redes
Qualidade de Transferência de Dados 59

• uso de backbones colapsados para integrar redes departamentais

No planejamento do Projeto da rede, devemos analisar a capacidade do link


de comunicação necessária, visando atender ao volume de dados. Lembrar que
tecnologias X.25 atingem velocidades na faixa de 64Kbps, Frame-relay até 2Mbps e
ATM variando de 25 Mbps a 150Mbps basicamente.

Satélite nas redes corporativas:

O uso de satélites nas redes corporativas deve ser considerado como opção
quando a empresa tem muitas filiais espalhadas, em locais de difícil acesso, e que
necessitam de comunicação on-line.

Para pequenos volumes diários, a tecnologia que mais atende a nível de


custos é a TDMA (Time Division Multiplexer Access), utilizando o VSAT (Very Smail
Aperture Terminal), a qual permite o compartilhamento do meio por vários usuários,
barateando os custos.

Este tipo de tecnologia de transmissão via satélite oferece canais de baixa


velocidade na faixa de: 9600bps e 19,2Kbps.

Para uma comunicação ponto a ponto, que tenha um volume grande de


dados transmitidos, dedicada e contínua, a tecnologia mais utilizada é a SCPC, que
disponibiliza canais de alta velocidade entre dois pontos, porém com um custo maior
também.

Em locais de difícil acesso onde existem dificuldades para se instalar


circuitos terrestres, sem dúvida o uso de satélite é uma forte opção.

Links de microondas (rádio):

Muitas empresas têm utilizado a conexão por microondas para interligar dois
ou mais prédios distantes, ou para acessar a concessionária pública a velocidades
que não são viáveis pela rede pública terrestre e também quando não se é possível
fazer esta ligação por fibra óptica.

O uso de fibras ópticas para interligar dois pontos é mais difícil de se


implementar, pois depende de meios e serviços públicos.
Qualidade de Transferência de Dados 60

O rádio é mais fácil de se implementar neste aspecto. Existem conexões que


operam em várias freqüências, para distâncias grandes (20Km, por exemplo, ou
mais com o uso de repetidores) e também para distâncias menores usando opções
como infravermelho, neste caso para comunicar um prédio próximo com outro em
ligações de redes locais.

Pabx - rede de voz:

A integração da, rede de voz com a rede de dados continua sendo uma
tendência irreversível.

As redes corporativas integradas, no aspecto de voz, devem prever:

• pabx digitais com saídas para RDSI e conexões digitais de alta velocidade
a redes públicas

• máquinas de atendimento automatizado (Unidades de Resposta Audível)


para pré-atendimento, interligadas aos computadores da empresa

• centrais de atendimento para telemarketing ativo e passivo, integrando


atendimento de voz com terminais para consultas a informações dos clientes em
bases de dados

• centrais de atendimento tipo help-desk para atendimento a usuários


internos e externos da empresa, associadas a sistemas de gerenciamento de redes,
registros e acompanhamento de soluções de problemas reclamados pelos usuários,
integração com correio eletrônico da empresa, geração de estatísticas de problemas,
histórico de problemas e soluções.

2.7- EQUIPAMENTOS DE REDES

Estudaremos os principais componentes de uma Rede, tanto Rede WAN


(Wide Area Network) como LAN (local Area Network).

Vários equipamentos podem ser utilizados na interconexão e composição de


redes, como roteadores, mux, compressores, bridges, switches conversares de
Qualidade de Transferência de Dados 61

protocolos e outros, os quais descrevemos as características básicas.

2.7.1- Bridges (PONTES)

São equipamentos utilizados para ligar duas partes de uma rede que tenha
sido segmentada.

Exemplo, supondo que tenhamos uma rede local grande e desejamos dividi-
Ia em duas partes para aliviar o tráfego do barramento. Neste caso, colocamos a
bridge no meio, interligando as duas partes.

A função da bridge será de passar para o outro. lado somente os dados


endereçados para o outro lado. Com isto temos um tráfego menor no barramento
pois os dados de todos os nós não mais concorrem juntos no barramento.

Figura 20 – Ligação entre duas redes


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindemberg Barros de, 1996, pág. 193]

Considerações Sobre Bridges

Se precisarmos de segmentação de tráfego numa mesma rede, isolando o


tráfego de ambas, colocamos então uma bridge, que é usada para a interconexão de
duas redes.

Devido a simplicidade da bridge, ela é mais rápida que um router para esta
aplicação.

A bridge trabalha com tabelas de endereçamento. Ou seja, ao ler um bloco


que é colocado no barramento, ela verifica se ele está endereçado ao outro
segmento. Se estiver, deixa passar, caso contrário não.
Qualidade de Transferência de Dados 62

A bridge trabalha a nível de enlace do modelo OSI, operando por tabelas e


não por protocolos como os routers, portanto só tabela e endereça. Utiliza algoritmos
como o spanning-tree para controlar os endereçamentos.

Ela é independente do protocolo, pois lê apenas o endereço do pacote sem


ler o seu conteúdo. A repetição dos dados para o outro segmente é lógica, ou seja,
feita a nível de endereçamento e por tabelas, diferente do repetidor que efetua
apenas uma repetição física do sinal.

Ressaltamos que a bridge pode ser ligada a modem, no caso de


necessitarmos uma conexão remota de redes.

2.7.2- Switch

O switch é análogo bridge, porém permite que vários falem com vários ao
mesmo tempo, dois a dois.

O switch está no mesmo nível da bridge no modelo OSI (nível 2 de enlace).

Ele trabalha como a bridge, fechando o link (conexão) entre um ponto e


outro, podendo efetuar vários links ao mesmo tempo, permitindo que vários se falem
ao mesmo tempo.

Características e Forma de Operação do Switch

• O switch pega o pacote de dados, lê o endereço e envia. Este


chaveamento demora cerca de 40 ms, sendo mais rápido que o router devido a não
ter que tratar protocolos.

• A comutação é baseada no endereço MAC (Medium Access Control),


controlada através de tabela dos endereços das portas pelo algoritmo spanning-tree,
por exemplo. Predomina protocolos como o IP e o IPX nas comutações.

• Funciona como uma matriz de comutação e alta velocidade, o que indica


que a comutação é feita a nível de hardware (que é mais rápida), diferentemente da
bridge que o faz por software.
Qualidade de Transferência de Dados 63

• O througput interno é na faixa de Gigabits/segundo, o que indica a


capacidade de tráfego de centenas de milhares de pacotes por segundos.

Tipos de Switch:

• Frame Switch:

Faz as conexões (estabelecimento de links entre dois pontos) em


arquiteturas de transmissão por frame com velocidades de 10Mbps e 100 Mbps.

Opera com frames padronizados de tamanhos variáveis tipo Ethernet ou


Token-ring. O frame é transmitido por um caminho predeterminado entre a origem e
o destino.

• Cell Switch:

Faz as conexões (estabelecimento de links entre dois pontos) em


arquiteturas cell-relay (frames de tamanho fixo, chamados de células) com
velocidades em torno de 1 55 Mbps no caso da arquitetura ATM.

No ATM, os dados, imagem , voz, fax, são encapsulados.

2.7.3- Router (ROTEADOR)

Um dos pontos que diferencia o roteador de uma bridge é que o roteador


trata o protocolo ao nível de rede.

O roteador consegue separar topologias diferentes, tratar protocolos


diferentes e como o próprio nome diz, consegue “rotear” ou escolher o melhor
caminho para o tráfego dos dados de um ponto a outro. Existe a tendência de
utilizarmos roteadores no lugar de bridges devido maior versatilidade do mesmo.

A utilização de roteadores permite ter uma topologia que disponibiliza um


grande número de caminhos entre dois pontos de uma rede. No caso de falhas em
pontos na rede, temos outras rotas pelas quais os dados poderão chegar ao seu
destino.

Características do Roteador:
Qualidade de Transferência de Dados 64

O roteador escolhe o melhor caminho para atingir um endereço final. Isto é


feito pela difusão do protocolo de controle da rede nos outros roteadores. Pelo
mapeamento obtido, o software faz a escolha do melhor caminho para o tráfego dos
dados.

Ele “abre” o protocolo, ou seja, abre o bloco (frame) de dados, processando


o que está dentro a nível do protocolo de rede. Faz a conexão entre redes
diferentes, enxergando o endereço de cada rede. O roteador pega os pacotes e
retransmite para o endereço de destino, escolhendo o "caminho ótimo".

Figura 21 – Roteadores
Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 197]

Opera na camada 3 do modelo OSI (nível de transporte), podendo descartar


pacotes (modo Datagrama que não garante a integridade dos dados, o que deve ser
feito pelas aplicações dos níveis superiores).

O roteador não é transparente. Quando uma rede deseja se comunicar com


o router, para transmitir dados através do mesmo, ela deve endereçar seus dados
para o roteador, o qual vai então tratar o frame para transmissão.

Para se ligar rede Ethernet com Token-ring, por exemplo, temos que usar
um roteador (a bridge não consegue fazer isto).

Em redes com diferentes protocolos interligadas por um roteador, o mesmo


funciona como um filtro/conversor de protocolo, isolando os segmentos que podem
se comunicar entre si.

Assim o roteador pode interligar diferentes topologias, possuindo:

• interfaces LAN: Ethernet, Token-ring, FDDI.


Qualidade de Transferência de Dados 65

• interfaces WAN: RS-232, V.35, X.25, Frame-relay, SMDS, Tl, El, SDLC,
ATM.

• roteando protocolos como: IP, IPX, TCP/IP, Decnet, outros.

Roteadores operam com tabelas de rotas as quais são atualizadas pelo


método RIP (Routing lnformation Protocol).

O roteador só se preocupa em retransmitir os pacotes para as redes certas


não para a estação final certa. Exemplo: supondo que tenhamos várias redes LAN
A,B,C,D,... ligadas entre si por um roteador, o mesmo encaminha o pacote
endereçado para a rede destino (entrada da rede) e não para o nó dentro da rede
que vai receber o pacote. Entregar o pacote ao nó de rede específico dentro de uma
das redes fica a cargo do servidor da mesma, por exemplo.

As estações finais devem conhecer todos os roteadores presentes na rede.


A estação remetente do pacote deve conhecer obrigatoriamente o endereço do
primeiro roteador ao qual envia o pacote.

Como o número de redes ligadas ao roteador é menor que o número de


estações total de todas as redes, as tabelas de identificação do roteador são
menores que as tabelas de identificação nas bridges (pois nas mesmas, ficam todos
os endereços de todas as estações finais da rede).

Como os roteadores dependem do protocolo utilizado para poder interpretar


as informações e poder roteá-las na rede, eles são chamados de protocolos
dependentes. Existem também os roteadores conjugados com bridges (brouters)
que atuam como bridges no nível 2 de conexão entre segmentos e como routers nas
camadas superiores.

A diferença entre um roteador e outro é a quantidade de protocolos que um


ou outro opera.

Exemplo de interface (placa) de roteador:

O roteador trata diversos protocolos e consegue interligar várias redes


diferentes, possuindo diferentes interfaces.
Qualidade de Transferência de Dados 66

Figura 22 – Placa do Roteador


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 198]

2.7.4- Gateway

Podemos entender o gateway como um conversar de protocolo, que conecta


arquiteturas diferentes (Netware, SNA, Unix e outras), fazendo com que um
equipamento de um lado com um protocolo x, fale com um outro equipamento do
outro lado com um protocolo y.

Algumas Características dos Gateways:

• Não é um roteador, pois só opera ponto a ponto.

• Não é uma bridge, pois o gateway não é transparente já que trata o


protocolo.

• São equipamentos utilizados para conectar redes de arquiteturas


diferentes, operando como conversares de protocolo.

• São usados para conexão de redes locais diferentes entre si (com


protocolos diferentes), como Token-ring x Ethernet ou para conexão de uma rede
local com uma rede WAN SNA, por exemplo.

• O gateway efetua conversão de protocolo e não é, portanto, transparente


dados.

• A interconexão e o tratamento dos dados se dá no nível 7 do modelo OSI,


ou seja, no nível da aplicação.
Qualidade de Transferência de Dados 67

2.8.5- HUBs

Uma das principais funções do HUB é isolar problemas que ocorrem nos nós
da rede. Isto é possível pois os nós são ligados ao HUB diretamente, um a um,
numa ligação estrela, isolando os nós entre si.

Isto permite a visualização individual de cada ponto da rede, permitindo


maior agilidade na solução de problemas.

Características de uma Ligação em Barramento (sem hub):

• A ligação dos nós em um barramento de cabo coaxial, gera


inconvenientes como o fato de o rompimento do cabo parar várias estações.

• É difícil e demorada a localização do local do defeito no cabo.

• Temos problemas de casamento de impedâncias ao longo do cabo e


perdas de sinal quanto mais comprido for o cabo.

Figura 23 – Barramento Ethernet Coaxial


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 200]

Características de uma Ligação com Hub:

• Com hub passamos a ter ligações em estrela para cada nó, o que isola os
nós uns dos outros, isolando também as falhas individuais.

• Com um hub central podemos ter um gerenciamento sobre a rede e


visualizar no painel, instantaneamente, nós com problemas.
Qualidade de Transferência de Dados 68

• O hub, ao receber o dado de uma porta, faz o broadcasting para todas as


portas. Isto é feito a nível de processador interno ao hub, que transmite o dado para
todas as portas.

• Hubs distantes entre si podem ser interligados por fibra óptica.

• Devido grande quantidade de mudanças de pontos, o uso de cabeamento


estruturado com hubs se rn ostra eficiente e com retorno de investimentos na faixa
de dois anos.

• Os hubs também podem ter placas (interfaces) para ligações tipo FDDI,
ATM, Token-ring, Ethernet, CDDI e outras. Neste caso, podem ser chamados de
hubs multiprotocolos.

Figura 24 – HUB
Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 5]

Redes WAN Arquitetura e Equipamentos:

Numa Rede WAN (Wide Area Network), temos uma abrangência geográfica
grande e dispersa. Neste caso, temos diversos equipamentos interligados entre si
ao longo da rede, normalmente integrando plataformas diferentes.

Dependendo da arquitetura utilizada, teremos multiplexadores, conversares


de protocolos, compressores, front-ends (processadores de comunicação),
roteadores, acessos a redes públicas, etc.... os quais descreveremos a seguir.

2.7.6- Multiplexadores
Qualidade de Transferência de Dados 69

Mux Estatísticos

A multiplexação visa basicamente o compartilhamento de um meio de


transmissão (canal principal) por vários usuários que acessam o equipamento por
canais chamados de secundários. A multiplexação estatística aloca a banda de
transmissão (faixa de transmissão do canal principal utilizada para o canal
secundário) dinamicamente, para a porta que mais estiver necessitando transmitir no
momento. É mais eficiente que a multiplexação por tempo fixo ou TDM, descrita a
seguir.

Mux TDM

A multiplexação TDM (Time Division Multiplex) fornece canais com


velocidade real e disponível full-time, totalmente dedicados. Exemplo: um Mux TDM
pode pegar um canal de 19.200 bps e dividi-lo em 3 portas 4800 bps mais 2 portas
2400 bps, dividindo rigidamente o uso do canal principal.

Esta técnica de multiplexação divide o tempo de transmissão entre seus


canais secundários em partes predeterminadas, pré-programadas e fixas. Neste
caso ocorre que mesmo que um canal não tenha dados a transmitir, terá seu espaço
de tempo de uso alocado.

Esta técnica também é chamada de multiplexação determinística.

Características:

• Os canais secundários são dimensionados de acordo com o tráfego


versus o número de canais principais.

Exemplo: podemos ter um canal principal de 64K bps com canais


secundários que variam de velocidade de 600 bps a 48 Kbps.

• A interligação dos multiplexadores pode ser via:

* Canais dedicados tipo Transdata.

* Canais de satélite

* Links de fibra óptica ou microondas.


Qualidade de Transferência de Dados 70

• Utilizam protocolos orientados a bit, dando transparência aos dados.

• Têm capacidade de fazer roteamento em redes.

• Quando da contratação de links de 2Mbps (El) ou 1,5Mbps (Tl-padrão


americano) ou fracionais (64Kbps, 128Kbps, 256Kbps, 512Kbps, ... ), utilizamos este
tipo de multiplexador para dividir este canal em diversos canais secundários de
velocidades menores.

Compressores:

Normalmente, são multiplexadores do tipo estatísticos com função de


compressão agregada.

A compressão, conforme já estudada, reduz a quantidade de bits


transmitidos para representar os dados Isto dá um aumento na performance de
transmissão pois a informação é transmitida mais rapidamente devido ao fato de se
ter menor quantidade de bits.

Temos com esta técnica, portanto, um aumento de throughput. Os


compressores conseguem transmitir dados que sem a compressão exigiriam uma
banda maior de passagem.

Redução de Custos com a Multiplexação:

Um dos principais motivos que levaram os usuários a utilizarem


multiplexadores, foi a redução de custos nos canais de comunicação, além da
redução de hardware como modens, linhas e canais de comunicação.

Portanto, a utilização de equipamentos multiplexadores e agora também


compressores de dados torna-se muito atraente dentro de um projeto de redes, pois
permite uma forte economia.

Além da economia, multiplexadores podem rapidamente permitir a expansão


de uma rede, disponibilizando várias portas de acesso onde antes só existia 1 porta.
Isto pode ser crucial quando não se tem novas facilidades de canalização nos locais
onde se deseja expandir.
Qualidade de Transferência de Dados 71

2.7.7- Controladoras

Controladora de Comunicações

Na arquitetura SNA, por exemplo, temos controladoras tipo front-end de


comunicação na qual todos os canais e componentes de uma rede WAN são
conectados. Citamos como exemplo equipamentos marca 3745 e Comten.

São basicamente front-ends de comunicação, que recebem os canais de


conexão ao mundo externo e que se comunicam com o host (computador central). O
processamento referente parte de telecomunicações é feito neste equipamento,
liberando portanto a CPU do computador central para o processamento efetivo dos
aplicativos dos usuários.

Este tipo de equipamento tem interfaces para ligação de:

• Canais de comunicação dedicados (tipo Transdata e LPs com modens).

• Aceitação de protocolos como o X.25, além do protocolo SDLC nativo.

• Redes Ethernet

• Redes Token-ring

• Conexões externas a redes X.25 (utilizando-se software como o NPSI)

• Conexões a redes externas tipo Frame-relay

• Outras interfaces.

Controladora de Terminais

Estes equipamentos são concentradores de terminais para conexão a


mainframes. Os terminais são ligados controladora por cabos coaxiais ou rede de
baluns.

Estes equipamentos podem também ter interfaces seriais assíncronas, para


conexão de modens, permitindo o acesso remoto discado ou dedicado. Este tipo de
Qualidade de Transferência de Dados 72

arquitetura permite o acesso remoto ao computador (acessos via linhas discadas,


por exemplo).

Gateways

Existem muitos gateways no mercado que visam conectar diferentes


plataformas de uma rede WAN a mainframes. Citamos como exemplo gateways que
fazem a conexão de redes tipo Novell que operam com protocolo IPX, a redes tipo
SNA.

Neste exemplo, a função do gateway é de converter os dados no protocolo


IPX para o mundo SNA, disponibilizando os dados do mainframe 5 rede locais. Este
tipo de conexão pode ser utilizado para disponibilizar a redes locais a emulação de
terminais de mainframes.

Acessos X.25 e X.28

Placas X.25 e software:

Para acesso a redes de pacotes com protocolo X.25 diretamente,


necessitamos de uma interface ligada ao nosso computador que coloque para fora
os dados no padrão/protocolo X.25.

Normalmente, isto é feito por placas X.25 que são instaladas em micros ou
servidores ligados rede de pacotes X.25 pública ou privada. A placa é
acompanhada de seu respectivo software com o protocolo X.25.

NPSI:

É a interface X.25 de redes tipo SNA, Através do software NPSI num


mainframe, podemos acessar uma rede de pacotes X.25 diretamente.

PADs (Packet Assembie Disassembie):

No caso de acessos assíncronos a redes de pacotes X.25, necessitamos


“empacotar” os dados em frames X.25 para que possam ingressar na rede.
Qualidade de Transferência de Dados 73

Isto é feito através de PADs que são nada mais que “empacotadores” e
“desempacotadores” de dados assíncronos. Estas interfaces ficam alocadas no
acesso da rede de pacotes, efetuando a conversão.

Conversores de Protocolo:

São equipamentos que transformam os dados brocados num determinado


protocolo em outro protocolo para acesso a uma rede diferente.

O objetivo de conversares de protocolo é de interligar equipamentos que


falam “linguagens” diferentes, ou seja, que operam com protocolos diferentes.

Exemplo: acessos comuns de home-bank em aplicações bancárias e redes


abertas normalmente são feitos por modens ligados a saídas seriais de micros que
são assíncronas.

Quando estes micros, por exemplo, desejam acessar um mainframe para


consultar bases de dados, os dados na entrada do mainframe devem ser convertidos
para o protocolo de acesso do mesmo como o BSC ou HDLC, já que mainframes
normalmente não operam com comunicação assíncrona. Os conversares são a
interface, traduzindo os dados de um lado para o outro.

UDI e UDD:

São multiplexadores primários que ligados a um canal principal, multiponto,


disponibilizam várias portas secundárias que se alternam entre si, para acesso ao
canal principal (uma de cada vez usa um pouco do canal principal).

A estação central ligada no canal principal transmite todos os dados para


todos e cada estação secundária seleciona os dados que são seus pelo endereço.

A UDD (Unidade de Derivação Digital) tem a característica de dividir o


acesso de cada porta secundária em tempos iguais para cada uma.

A UDI (Unidade de Derivação Inteligente) faz o mesmo que a UDD, porém


consegue “enxergar” e “gerenciar” a linha colocando no ar as portas secundárias,
sem a necessidade de interferência do operador na estação central (o que é preciso
com a UDD).
Qualidade de Transferência de Dados 74

Estes tipos de equipamentos estão caindo em desuso pela redução dos


custos dos multiplexadores que os substituem com vantagens.

2.8- REDES LOCAIS

2.8.1- Conceitos

As redes locais surgiram da necessidade de se interligar micros que se


proliferavam operando independentemente uns dos outros.

A interligação destes equipamentos em rede passou a permitir o


compartilhamento de recursos como impressoras e principalmente as bases de
dados que passaram a ser únicas e não mais replicadas, dando maior segurança
aos usuários da informação.

As velocidades iniciais de conexão eram de 4Mbps, tendo evoluído para


10Mbps, 100Mbps e 155Mpbs nas redes tipo ATM.

Os padrões de redes locais mais conhecidos são o Ethernet e o Token-ring,


os quais são protocolos de acesso no nível 2 do modelo OSI.

Na camada 3 do modelo OSI, os protocolos mais conhecidos e utilizados


são o X.25 e o Frame-relay que utilizam comutação por pacotes, o IP e o IPX que
utilizam a comutação por mensagens, e o ATM que utiliza a comutação por células.

Os protocolos de acesso são normatizados internacionalmente conforme


descrito a seguir.

2.8.2- Tipos de Redes Locais e Conexões

2.8.2.1- Ethernet

A rede tipo Ethernet é normatizada com o padrão 802.3 do IEEE (institute of


Electrical and Eletronic Engineers) que define e utiliza o protocolo de acesso ao meio
Qualidade de Transferência de Dados 75

(barramento) CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection),


operando a 10 Mbps.

Neste protocolo, as estações que desejam transmitir esperam até que o


meio esteja livre, para transmitir. Se várias estações transmitem num mesmo
instante, simultaneamente, uma colisão ocorre e então cada estação espera por um
intervalo de tempo randômico para tentar transmitir novamente. O acesso ao
barramento é portanto aleatório e assíncrono.

A conexão da estação ao meio (barramento) pode ser feita por:

• conector de interface AUI (conector de 1 5 pinos).

• ou pelos padrões IEEE 1OBase2 (coaxial),

• 10BaseT(par trançado ou twisted pair) - é o tipo de conexão mais


econômica e utilizada. Composto por cabos de pares trançados com conectores
RJ45 nas pontas com capacidade de até 4 pares de fios. O cabo pode ser não
blindado (UTP-Unshielded Twisted Pair) ou blindado (STP-Shieided Twisted Pair) e
o alcance da estação ao hub é de até 125m.

O cabo categoria 3 é para redes Ethernet de velocidade de 1OMpbs. O cabo


categoria 4 é para Token-ring de velocidade até 20Mbps e a categoria 5 para
velocidades de até 100Mpbs.

• 10base5 (coaxial grosso ou yellow cable) - devido ao seu diâmetro, tem


menores perdas, atingindo 500m nas conexões. A conexão ao cabo é feita por
vampiros. A impedância é de 50 0hmns.

• 10base2 (coaxial fino ou cheapernet) - mais flexível, atinge distância


máxima de 185m de barramento. Possui impedância de 75 0hmns e utiliza
conectores tipo BNC e permite em torno de 20 a 30 estações por segmento de rede,
dependendo do volume de dados.

• 10baseF - conexões por fibra óptica.

• Conexões com interface AUI - cabos com conectores de 1 5 pinos


(interface AUI) podem ser ligados a um barramento coaxial, par trançado ou fibra
Qualidade de Transferência de Dados 76

óptica através de transceivers que transformam o sinal de um meio para outro. Isto
permite que tenhamos nós distantes do barramento, até 50m, ligados via cabo na
interface AUI.

2.8.2.2- Fast-Ethernet

É uma tecnologia que utiliza o mesmo protocolo da Ethernet de 10Mbps, ou


seja, o CSMA/CD, porém vai a velocidades de 100Mbps, utilizando o mesmo
cabeamento da Ethernet comum que é o par trançado de 2 pares ( 10baseT).

O Fast-Ethernet é normatizado pelo padrão IEEE 802.3u.

O Fast-Ethernet, devido a sua velocidade, é um concorrente natural do FDDI


e do ATM.

Uma tecnologia concorrente do Fast-Ethernet é a 100VG (ou AnyLAN), a


qual utiliza 4 pares para conexão. O 100VG AnyLAN é normatizado pelo padrão
IEEE 802.1 2.

2.8.2.3- Token Ring

As redes padrão Token-ring usam como meio de transmissão um


barramento em forma de anel. O protocolo Token-ring opera passando os dados de
uma estação para a outra, consecutivamente, até atingir a estação de destino qual o
dado é endereçado. A passagem de um nó para o outro se dá pelo token (bastão ou
ficha de passagem, como a passagem do bastão de um corredor para o outro). É o
método de acesso do protocolo token-passing.

Quem está como token (bastão) está apto para enviar dados e utilizar o
barramento. O acesso ao meio é portanto determinístico, não tendo colisão já que
só um de cada vez tem o controle do token de envio.

O barramento atravessa a interface de rede do equipamento, a qual repassa


o dado para o nó seguinte. Com o uso de hubs Token-ring esta função é feita dentro
Qualidade de Transferência de Dados 77

do hub o qual isola nós de rede que apresentem problemas para não interromper a
passagem do dado.

A norma que define o Token-ring é a IEEE 802.5 que opera a 4 ou 16 Mbps,


num barramento em topologia em anel.

As conexões da estação ao barramento podem ser feitas por conector de 9


pinos (DB9) e transceivers para conexão a fibra óptica ou par trançado, caso a saída
do equipamento não tenha estas interfaces.

2.8.2.4- FDDI

FDDI (Fiber Distributed Data Interface) foi criado para disponibilizar altas
velocidades a redes na arquitetura em anel. É uma rede que opera com o protocolo
de acesso token-passing, determinístico, a uma velocidade de 100 Mbps, utilizando
como meio fibras ópticas.

Uma das principais aplicações do FDDI é a sua utilização para a interligação


de componentes de redes entre si como roteadores, switches, bridges e mainframes
que exigem altas velocidades de acesso.

A velocidade básica é de 100Mbps, permitindo alcances de até 100KM e


500 estações por segmento de rede. O anel de fibra óptica normalmente é formado
de 1 par de fibra (ou 2 pares para maior segurança). Esta dualidade é implementada
visando se ter um backup em caso de falhas.

A transmissão na fibra é unidirecional, ou seja, utiliza apenas uma fibra,


sendo a segunda fibra utilizada como backup.

A velocidade dos pacotes numa ligação FDDI pode alcançar 75.000 pps
(pacotes por segundo). Os protocolos que trafegam por este meio podem ser, por
exemplo, TCP/IP, DEC, IPX e outros. A normatização do FDDI é feita pela norma
ANSI X3T9.5 que define as interfaces ópticas para redes.

O tipo de fibra óptica utilizado na conexão pode ser:


Qualidade de Transferência de Dados 78

• Multimodo: suporta distâncias de até 2 Km com fibras de 50/1 25u ou


62,5/125u de diâmetro. A fonte geradora de luz são LEDs (diodos emissores de luz).

A aplicação básica é a interligação de redes e equipamentos em campus,


para o tráfego de redes Ethernet (10 ou 100Mpbs), Token ring, FDDI e ATM a 1 55
Mbps e 622Mbps.

• Monomodo: tem alcances de 10 a 40Km, com fibras de 10u de diâmetro.


Este tipo de fibra opera com feixe de luz laser para a transmissão, tendo um custo
mais elevado que a fibra multimodo.

São utilizadas em redes tipo FDDI e ATM a velocidades de 155Mbps e


622Mbps.

Uma das aplicações principais é na formação de redes metropolitanas


(Mans). A conexão óptica é feita por conectores tipo MIC (Media Interface
Connector).

O cabo de fibra óptica é composto por condutores de fibra de vidro,


protegida por uma camada plástica protetora. Visando reduzir custos, é provável que
tenhamos as fibras de vidro substituídas por fibras de plástico no futuro (Piastic
Optical Fiber - POF). Os sinais são propagados por luz, atingindo velocidades de
transmissão de 100Mbps até Gbps e com alcances de até 120Km, sem a
necessidade de uso de repetidores, dependendo do sistema utilizado.

Podemos conectar fibras ópticas a interfaces de equipamentos com


conectores AUI (cabo de 15 pinos) ou BNC (coaxial), através de transceivers FOL
(Fiber Optic Link).

É aconselhável não se fazer emendas em cabos de fibra óptica pois a perda


em emendas mecânicas é muito grande. A emenda por fusão tem menor perda.

CDDI e SDDI (FDDI em par trançado):

As conexões também podem ser feitas com cabos de cobre, ao invés de


fibra óptica. Neste caso temos conexões tipo CDDI (Copper Distribuited Data
Interface) que utiliza cabos não blindados - UTP (Unshieided Twisted Pair) ou SDDI
Qualidade de Transferência de Dados 79

que utiliza cabos de cobre blindados - STP (Shieided Twisted Pair).

O frame do FDDI é igual ao frame do Ethernet já visto.

Outras normas:

Outros padrões de redes normatizados são:

IEEE 802.10: define normas para segurança em redes

IEEE 802.11: define padrões para redes sem fio (wireless lans)

IEEE 802.12: padroniza redes Ethernet de alta velocidade (10OMbps) ou


Fast-Ethernet.

IEEE 802.2: define a interface entre a camada 2 de enlace e o nível 3 de


rede, conhecida como LLC (Controle de Enlace lógico).

Placas, cabos e características:

A conexão de uma estação rede, ou seja, ao barramento da rede, se faz


através de uma placa que é colocada no micro.

Esta placa de rede, tem as saídas para se conectar via coaxial (conector
BNC), par trançado (conector RJ45) ou cabo (conector AUI de 15 pinos, ou DB-9 de
9 pinos para Token-ring).

Um dos nomes mais conhecidos de placa é NE-2000.

Na instalação de uma rede, é importante se fazer as medições de


aterramento das tomadas, utilizando-se de multímetro, visando evitar problemas de
curtos e descargas. O aterramento deve existir e ser dentro dos padrões, evitando
assim queima dos equipamentos.

Os bits dos dados que trafegam no barramento, representados pelos sinais


elétricos, trafegam na forma serial.

Devido alta velocidade de transmissão (alta banda de passagem),


conseguimos trafegar texto, voz e imagem.
Qualidade de Transferência de Dados 80

2.8.3- Arquiteturas de Redes Locais

Com os equipamentos de redes já estudados nos capítulos anteriores,


podemos formar diversas arquiteturas de acordo com as necessidades de uma
empresa. Citamos a seguir, alguns exemplos de utilização destes equipamentos.

Utilização de Hubs:

Podemos considerar o Hub como um “barramento centralizado”, pois o


mesmo faz a função do coaxial (“varal”), porém num ponto centralizado.

Conexão de 2 ou mais Hubs:

Podemos conectar 2 ou mais Hubs entre si, em cascata, visando atender a


mais estações da seguinte forma:

• ligando a porta RJ45 de um Hub porta RJ45 de outro Hub, estendemos o


barramento ao segundo Hub, aumentando o número de portas de acesso.

• conectando 2 Hubs utilizando a saída AUI. ligamos um cabo AUI a um


Transceiver, e este a um cabo amarelo, podendo então atingir uma distância de
500m entre um Hub e outro.

• conectando 2 Hubs utilizando as suas saídas BNC, por cabo coaxial,


podemos atingir uma distância de 1 80m entre os Hubs.

Utilização de Patch-panels:

Para um ambiente, onde potencialmente poderemos ter um grande número


de pontos com micros ligados rede e onde a mudança de lugar dos micros é
constante, é interessante colocarmos cabos em todos estes pontos e só conectar no
Hub aqueles que forem ser usados.

Para isto serve o Patch-panel. Conectarmos todos os cabos do ambiente no


patch-panel. Do patch-panel ligamos ao Hub somente os pontos que têm micros
instalados e ligados rede naquele momento.
Qualidade de Transferência de Dados 81

A ligação do patch-panel ao Hub é feita através de pequenos cabos com os


conectores RJ-45.

Para muitos pontos o patch-panel pode se tornar interessante, porém para


redes pequenas podemos utilizar somente o Hub, conectando as estações
diretamente ao mesmo.

Utilização de Repetidores:

São usados para estender o sinal de uma rede a uma distância maior que o
limite padrão.

Por exemplo, caso tenhamos uma rede com barramento coaxial cujo alcance
máximo é de 185 m e desejamos estender a mesma por mais 100m. Colocamos um
repetidor que amplifica o sinal, repassando-o para este novo segmento.

Tanto os repetidores quanto os hubs têm limites. Podemos ligá-los em


cascata, porém com perdas no sinal. O repetidor atua no nível físico Ethernet,
regenerando e retemporizando o sinal que é transmitido na rede.

Utilização de Bridges:

A bridge é um equipamento que pode ser utilizado para conectar duas redes
distantes, por exemplo conectadas por modens, permitindo que as estações de uma
rede se comuniquem com as estações da outra rede.

A bridge opera na camada 2 de rede (nível físico e enlace), reconhecendo


os endereços das redes (cada rede tem o seu endereço numa tabela) e deixando
passar para os outros lados somente os pacotes com o endereço destinados a outra
rede e vice-versa. A bridge lê apenas o endereço de destino do pacote sem ler o seu
conteúdo.

Caso tenhamos uma rede que começou a ficar muito grande, podemos
separá-la em duas partes, com dois servidores, visando diminuir o tráfego do
barramento e evitar colisões.

Se desejarmos ter somente um servidor, podemos colocar no mesmo 2


placas roteadoras, que farão a função de bridge, por exemplo, separando da mesma
Qualidade de Transferência de Dados 82

forma o tráfego.

Utilização de Roteadores:

Usamos o roteador principalmente para efetuar conexões de redes remotas,


distantes umas das outras e eventualmente com protocolos diferentes, ou seja,
interligando Lans e Wans.

Como o roteador atua no nível 3 de rede, possui inteligência para processar


os dados transmitidos, abrir os pacotes transmitidos de diferentes protocolos,
identificar os respectivos destinos e escolher a rota mais adequada para retransmitir
estas informações.

Uma característica importante dos roteadores é permitir que se faça


triangulação entre 3 pontos de uma rede, permitindo o acesso por mais de um
caminho. Tabelas são definidas no roteador, para controle das rotas.

A diferença em relação a bridges é que o roteador consegue acessar o


destino por caminhos alternativos e as bridges operam ponto a ponto apenas
identificando o endereço do frame e repassando-o para o outro segmento.

O roteador atua no nível 3 (camada de rede), o que indica que ele faz
direcionamento dos pacotes transmitidos por caminhos variados, que é a própria
filosofia de redes de pacotes.

Ele recebe os pacotes com os endereços de destino, selecionando então o,


“caminho ótimo” para o envio dos mesmos. O roteador também isola (segmenta) as
redes entre si.

Em ambientes com segmentos com protocolos diferentes, o roteador faz a


conversão, permitindo que se conectem redes diferentes entre si (como Ethernet,
Token-ring, FDDI, X.25, PPP, SMDS e outros), integrando ambientes heterogêneos
e com diferentes protocolos.

Utilização de Gateways:

O gateway é um equipamento que atua na camada 4 (nível 4) e acima até o


nível 7. Ou seja, ele converte os dados de uma aplicação de uma máquina para um
Qualidade de Transferência de Dados 83

outro equipamento com software e hardware totalmente diferente.

Um exemplo disto é a emulação de terminais 3270 de uma rede SNA, feitos


em micros de uma rede de micros Novell.

Utilização de Switches:

É um dispositivo que cria, temporariamente, caminhos para conexão entre


duas redes, segmentando o tráfego. Ou seja, permite a comunicação entre várias
redes entre si, porém todas com o mesmo protocolo. Utiliza o endereçamento no
subnível MAC (Medium Access Control) na camada 2 do modelo OSI, para formar
tabelas dinâmicas das estações em cada segmento e cria caminhos virtuais entre 2
ou mais segmentos.

Diferentemente do roteador, o switch não processa os dados do pacote, nem


converte protocolo, sendo portanto mais rápido.

Tipos de switches:

• Frame-switching: opera com frames (pacotes) de tamanho variável, como


Ethernet ou Token-ring, a velocidades de 10Mbps e 100Mbps.

• Cell-switching (ou ATM): opera com pacotes (chamados de células) de


tamanho fixo, no caso do ATM no tamanho de 53 bytes.

Características dos switches:

• Segmenta as redes, isolando o tráfego das mesmas e evitando colisões.

• Podemos conectar nas portas do switch tanto um Hub como um Servidor


que necessite de 10Mbps.

• Os switchs são bridges capazes de "ouvir" muito mais segmentos de


redes e filtrar/segmentar o tráfego entre elas.

• O switch opera na forma de matriz lógica para estabelecer a comunicação


entre vários segmentos de rede entre si. Várias conexões simultâneas podem ser
efetuadas devido ao barramento interno do switch (backplane) ser de alta velocidade
como 2 Gbps.
Qualidade de Transferência de Dados 84

O switch "lê" o endereço de destino do pacote, compara com a sua tabela de


filtragem e cria uma conexão temporária entre o segmento de origem e o segmento
de destino do pacote.

As portas de ligação ao switch podem ser para fibra óptica, par trançado
(RJ45), coaxial, AUI, dependendo dos tipos de cabeamento do equipamento e das
redes que desejamos ligar ao switch.

A tendência observada é de se operar com switches ATM que permitem


velocidades maiores e o tráfego de voz, dados e imagem compartilhado. Também
temos um backbone formado por swithes ATM, permitindo uma alta performance.

Exemplos de Backbone:

Chamamos de backbone a estrutura centralizada de conexões, que pode ser


formada por diversos concentradores como Hubs conectados a um Hub central ou
Switch responsável pela interconexão das diversas portas.

Backbone colapsado:

Nele, o equipamento centralizador (switch ou roteador) fica num ponto


central e Hubs departamentais são ligados ao mesmo.

Podemos centralizar junto ao equipamento central os servidores, passando


a criar um conjunto centralizado de servidores também chamados de “servers farm”.

Este é o tipo de arquitetura de backbone que tem sido mais utilizado.

Backbone distribuído:

Neste, os Hubs, roteadores ou switches são departamentais e são


interligados entre si. Não temos um ponto central.

Esta arquitetura é boa para o caso de termos dados distribuídos pelos


departamentos da empresa e não centralizados.

Backbone seqüencial:

Nele, os switches são ligados em anel, na mesma arquitetura de uma rede


Qualidade de Transferência de Dados 85

Token-ring.

2.8.4– Acessos Lógicos nos Níveis de Rede

Nível de Enlace - Protocolos:

Os protocolos do nível de enlace são os vistos anteriormente como o


Ethernet, Token-ring, FDDI, LLC.

Nível de Rede - Protocolos:

Protocolos como: IP, IPX (comutação por mensagens), SMDS, ATM


(comutação por células).

O protocolo IP não garante a integridade dos dados, podendo haver perdas


de pacotes (datagramas) do mesmo ao longo da transmissão na rede. Isto exige que
tenhamos um protocolo no nível superior ao de rede, que responda pela integridade
dos dados transmitidos. Isto é feito pelo TCP no nível 4.

Nível de Transporte - Protocolos:

TCP (Transmition Control Protocol): usado em rede Wans e Lans. Garante a


comunicação entre duas aplicações entre dois pontos, podendo operar
corporativamente em qualquer sistema operacional ou equipamento da rede.

SPX (Sequenced Packet Exchange): usado em redes Netware.

OSPF e RIP (Routing lnformation Protocol): usados para rotear.Bloco SPX:

Níveis de Sessão, Apresentação e Aplicação - Protocolos:

NCP (Netware Core Protocol): utilizado em redes Netware, efetuando ações


como logon, impressão e transmissão de arquivos.

Netbios: atua como interface entre as aplicações desenvolvidas e o


ambiente Lan, com funções de API (Application Program Interface). Opera na
camada de sessão, permitindo a comunicação entre duas máquinas.
Qualidade de Transferência de Dados 86

Netbeui: atua na camada de transporte, integrando-se ao Netbios.

FTP (File Transfer Protocol): atua no nível de aplicação, utilizado para


efetuar transferência de dados.

Telnet: utilizado a nível de aplicação para emular terminais de outras


arquiteturas.

Transmissão de um pacote de dados através de redes de arquiteturas


diferentes:

Para entender o encapsulamento dos dados nos diversos níveis de rede,


descrevemos o caminho de um pacote, partindo de uma estação Ethernet e indo até
uma estação Token-ring, atravessando roteadores, uma rede X.25 e uma rede FDDI.

1) O frame Ethernet sai de uma estação ligada a um Hub e é enviado a um


roteador. Dentro do frame Ethernet temos um pacote IP ou IPX o qual será
transferido ao longo da rede.

2) O roteador recebe o frame Ethernet, descartando os headers Ethernet,


ficando apenas o pacote de dados IP que é encapsulado com o header do protocolo
PPP para ser transmitido até o outro roteador.

3) O roteador que recebe o bloco PPP retira o header PPP e encapsula os


dados do pacote IP num header X.25/HDLC, para efetuar a transmissão via uma
rede X.25.

4) O roteador que recebe o bloco X.25, desencapsula os dados do pacote


IP, retirando o header X.25. Coloca então um header FDDI para transmiti-lo.

5) O último roteador retira o header FDDI e coloca o header Token-ring,


formando então um frame Token-ring que é encaminhado estação da rede para a
qual o dado foi endereçado.
Qualidade de Transferência de Dados 87

Figura 25 – Transmissão de Pacotes em Arquiteturas Diferentes


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 237]

Pacote TCP: fica dentro do pacote IP. Por sua vez, o pacote da aplicação
(por exemplo uma aplicação Telnet de emulação de terminal) fica dentro do pacote

TCP.

Figura 26 – Pacote TCP


Redes, Transmissão de Dados, Voz e Imagem [SOUSA, Lindeberg Barros de, 1996, pág. 237]
Qualidade de Transferência de Dados 88

3- ESTUDO DE CASO

3.1- OBJETIVO

Este relatório visa documentar as características da Rede de Computadores


de uma ESCOLA A, e visa servir de base para o projeto de reformulação da mesma.

Ele é composto de duas partes, a primeira mostra a situação da rede


anterior, e a Segunda define um novo projeto de rede atual a ser implantado.

3.2- METODOLOGIA

Para fazer uma melhor aplicação da teoria, faremos um estudo de caso.


Neste caso criamos uma Escola fictícia, que possuía uma base tecnológica defasada
(computadores e equipamentos em geral), e que nos contratou para realizar o novo
projeto com uma tecnologia avançada.

3.3- REDE PROJETADA

A Rede ESCOLA A deverá sofrer algumas modificações na sua configuração


atual, visando dar mais velocidade e segurança aos servidores principais.

A principal alteração será o isolamento ótico do segmento principal da rede,


evitando assim que o Switch-Hub Central seja atingido por uma corrente elétrica.
Qualidade de Transferência de Dados 89

Do cabeamento coaxial deverá ser substituído por par trançado, categoria 5,


e os Hubs departamentais (10 Mbps) serão substituídos por equipamentos mais
velozes (100 Mbps).

3.3.1- Tipo de Filosofia de Rede escolhida para o Projeto

Após ser feita uma análise crítica e um profundo estudo sobre os tipos de
arquiteturas básicas de rede, tiramos uma conclusão, através de vantagens e
desvantagens de cada tipo de arquitetura, e escolhemos um tipo mais adequado
para se adaptar ao nosso projeto de rede.

Como o projeto baseia-se em uma escola, precisamos de uma rede rápida,


segura, confiável e fácil de gerenciar. Um dos pontos importantes que nos levou a
escolhermos o tipo de rede foi a quantidade de usuários que se conectarão à rede, a
segurança e os diversos tipos de dados que estarão presentes na rede. O tipo de
rede que mais se enquadrou às necessidades da Escola foi à rede Cliente X
Servidor, por apresentar os requisitos básicos necessários e importantes para se ter
em qualquer rede ao contrário o que ocorre nas redes ponto-a-ponto.

3.3.2- Topologia escolhida para o Projeto

Afim de obtermos uma melhor distribuição dos computadores dentro da


Escola, optamos pelo uso da topologia estrela. Escolhermos esta topologia
observando que o uso de somente uma topologia atenderia a todos os nossos
anseios de uma rede segura, rápida e de fácil manutenção.

3.3.3- Cabeamento Escolhido


Qualidade de Transferência de Dados 90

Depois de estudarmos várias possibilidades de cabeamento para


implementarmos na empresa, decidimos optar por uma solução que poderíamos
chamar de “mista”, visto que decidimos usar na Escola cabos de fibra óptica e cabos
de pares trançados categoria 5, na composição da rede

Quanto ao cabo de par trançado, ele será utilizado para ser o elo de ligação
entre as estações clientes e os servidores, estando ligado diretamente as portas do
hub.

Quanto ao cabo de fibra óptica, foi escolhido para fazer o da empresa, ou


seja, a interligação entre servidores e hubs, evitando assim uma sobrecarga de
pacotes enviados para o servidor.

3.3.4- Características dos Cabos/ Conectores Escolhidos:

Par Trançado

- U T P (SEM BLINDAGEM) - Conector RJ - 45

- Categoria 5 (100 Mbps) - Oito (8) vias

Fibra Óptica

- Multimodal.

- Núcleo de 62,5 micras. - Conector ST.

Esta solução "Mista ou Híbrida" foi a melhor solução, sendo aceita por todos
porque, caso decidíssemos colocar toda a rede com uma estrutura baseada em fibra
óptica, os custos seriam muito altos, apesar de que se fosse adotada esta solução a
rede lucraria em performance e ficaria livre de alguns problemas.

3.4- SELEÇÂO DOS EQUIPAMENTOS

Uma das principais decisões que qualquer pessoa deve tomar sobre a
instalação real é qual hardware de rede usar. Para organizações que possuem
Qualidade de Transferência de Dados 91

cabos já existentes, hardware de rede no lugar, ou padrões corporativos para


acompanhar, a escolha pode ser restrita pela necessidade de ser compatível com o
que está lá. Para instalações completamente novas, que é o nosso caso, a escolha
do hardware de rede dependerá de alguns fatores importantíssimos, incluindo custo,
performance e compatibilidade.

3.4.1- Custo

O principal fator está diretamente ligado à performance - em geral, quanto


mais você paga, mais rápida será a rede. Daí segue que se você pagar quantias
gigantescas, sua rede será surpreendentemente rápida. Mas seja cuidadoso; pode
acontecer que sem algumas considerações arquitetônicas muito específicas, e a não
ser que você use Pcs de alto desempenho, você não obtenha nada próximo à
performance que você esperava (e pela qual pensou que estava pagando).

3.4.2- Performance

Quanto mais alta a taxa de dados bruta (a taxa com que os sinais são
transmitidos pela rede), melhor será a performance que você verá quando acessar
os recursos da rede. Tenha em mente, entretanto, que tecnologias de rede muito
rápidas são algumas vezes mais rápidas que os Pc’s, um caso onde o próprio PC
torna-se um fator limitante.

3.4.3- Compatibilidade

Algumas placas de rede podem não ser compatíveis com o sistema


operacional de rede que você planeja usar. É preciso ter certeza de que qualquer
placa que você considerar está certificada pelo fornecedor do sistema operacional e
pelo fabricante da placa / funcionar com a versão específica do sistema operacional
de rede que você vai usar. Idealmente, o fabricante do sistema operacional de rede
Qualidade de Transferência de Dados 92

deve também concordar que o produto do fabricante de placas realmente funciona


com seu produto.

Antes de indicarmos que tipo de hardware que a empresa precisaria adquirir,


verificamos quais seriam os aplicativos que ela utilizaria na nova rede. Fomos
solicitados para projetar uma rede com alta velocidade e que tivesse um alto poder
de processamento, então escolhemos alguns dos componentes de redes mais
modernos no mercado.

3.5- A REDE DE SERVIÇOS DA ESCOLA A

A rede de computadores da Escola A, foi projetada visando atender as


aplicações principais de Controle Acadêmico e Biblioteca, e dar suporte tecnológico
ao uso da Internet e Laboratórios de Informática.

Atualmente a Rede Escola A, é composta de várias estações, interligadas


por Hubs, distribuídos nas Redes 1, 2 e 3. As estações utilizam Windows 95 ou 98,
como sistemas operacionais e adaptadores de rede padrão Fast Ethernet (100
Mbps).

3.5.1– A Rede Administrativa

A Rede ESCOLA A Administrativa visa a interligação dos diversos setores


da instituição compartilhando recursos de impressão e arquivos e tendo como
aplicações principais Sistema de Controle Acadêmico e Sistema de Biblioteca.

A ESCOLA A utiliza a Rede INTERNET como ferramenta de comunicação


com outras instituições, através de correio eletrônico e aplicações WWW.

3.5.2– A Rede Acadêmica


Qualidade de Transferência de Dados 93

A Rede ESCOLA A Acadêmica visa a interligação dos Laboratórios de


Informática, que atendem aos diversos Cursos, tendo como aplicações principais a
INTERNET.
Qualidade de Transferência de Dados 94

3.6- DESCRIÇÃO DA REDE FÍSICA ANTIGA

Figura da rede antiga


Qualidade de Transferência de Dados 95

3.7- DESCRIÇÃO DA REDE FÍSICA ATUAL

Figura da rede atual


Qualidade de Transferência de Dados 96

A Rede ESCOLA A está distribuída em três redes: Rede 1, Rede 2 e Rede 3,


de forma hierárquica sendo composta de 03 (três) Hubs (100 Mbps) e 04 (Quatro)
Switch-Hub (100 Mbps), interligando 05 (cinco) Servidores que atendem a um
conjunto de Estações respectivas as redes.

Estes Hubs, que estão distribuídos na rede da ESCOLA A, fazem a


interligações das estações localizadas nos setores da Escola.

3.8- PADRÕES DE PROTOCOLOS

Atualmente a Rede ESCOLA A possui dois protocolos de comunicação


ativos o IPX/SPX e o TCP/IP. O IPX/SPX é utilizado para acesso ao servidor
Netware 4.11, que possui as principais aplicações da ESCOLA A, como Sistema de
Controle Acadêmico e Financeiro.
Qualidade de Transferência de Dados 97

O TCP/IP é utilizado para acesso aos servidores Windows NT 2000 para


acesso a INTERNET e ao Sistema Gerenciador de Banco de Dados SQL SERVER
7.0, que possui as aplicações Controle de Biblioteca e Controle Acadêmico, nova
versão.

3.9- SERVIÇOS DE REDE INSTALADOS

3.9.1- DHCP

O serviço de DHCP _ Dynamic Host Configurator Protocol (NT1), atendem


as Redes Administrativas e Acadêmicas que utilizam o conjunto de endereços IP
10.X.X.X e 11.X.X.X, respectivamente.

Eles são responsável pela designação dinâmica dos endereços IP das


estações que compões a Rede ESCOLA A.

3.9.2- Proxy

O Serviço PROXY (NT1) são responsável pelo controle de acesso das


estações a INTERNET. Eles controlam todos os serviços da INTERNET utilizados
fora da Rede ESCOLA A

3.9.3- SQL

O Servidor de Banco de Dados (NT3) utiliza o Sistema Gerenciador de


Banco de Dados SQL Server 7.0, da Microsoft, que controla as bases de dados das
principais aplicações da ESCOLA A.

3.9.4- DNS

O serviço de DNS (NT1) é responsável pela tradução de nomes na


INTERNET. È ele que contém todas as referências de nomes do domínio
Qualidade de Transferência de Dados 98

“ESCOLA_A.br”. Este servidor de nomes do domínio está cadastrado na INTERNET


com o endereço ip 200.242.252.60

3.9.5- File Server

O servidor NT1 deverá ser utilizado como Servidor de Arquivos dos usuários
da Rede ESCOLA A, permitindo maior segurança aos dados dos armazenados no
servidor, pois o Windows 95/98 não possuem proteção de dados no nível de usuário.

3.9.6- Print Server

O SERVIDOR e NT1 , poderão ser utilizados como Servidor de Impressão


da Rede ESCOLA A, fazendo o gerenciamento do spool de impressão de
impressoras ligadas a rede diretamente.

3.9.7- E-MAIL / WINS / WWW

Rede ESCOLA A utiliza como servidor de correio eletrônico (E-Mail Server) o


Exchange Server 5.5 da Microsoft. Este serviço utiliza o protocolo SMTP para
comunicação com a INTERNET, instalado em nossa Escola A, bem como os outros
serviços citados.

3.10- Características Técnicas dos Servidores de Rede

NT1 WINDOWS2000 (Server Pack 2)


Qualidade de Transferência de Dados 99

Hardware: Software:

Pentium IV 1GHz WWW

RAM: 512 Mb FTP

HD: 30 Gb Proxy

3 x Placas Ethernet (PCI) DHCP

DNS

IP: 200.241.163.x; 10.0.0.x;

11.0.0.x

NT2 WINDOWS2000 (Server Pack 2)

Hardware: Software:

Pentium IV 1GHz EXCHANGE

RAM: 512 Mb SQL (ESPELHO)

HD: 30 Gb

1 x Placas Ethernet (PCI)

NT3 WINDOWS2000 (Server Pack 2)

Hardware: Software:

Pentium IV 1GHz SQL Server 7.0

RAM: 512 Mb IP: 10.0.0.x

HD: 36 Gb

1 x Placas Ethernet (PCI)


Qualidade de Transferência de Dados100

SERVIDOR NETWARE 4.11

Hardware: Software:

Pentium III 500 MHz Controle Acadêmico

RAM: 256 Mb

HD: 30 Gb

1 x Placas Ethernet (PCI)

SERVIDOR LINUX

Hardware: Software:

Pentium III 850 MHz NEAD

RAM: 256 Mb

HD: 20 Gb

1 x Placas Ethernet (PCI)

3.11- SEGURANÇA

O principal mecanismo de segurança da Rede ESCOLA A consiste


atualmente do Servidor de Proxy, que impede que usuários da INTERNET tenham
acesso aos servidores internos da ESCOLA A, protegendo desta forma seu banco
de dados.

Deve ser adotado como mecanismo de proteção das estações o uso do


Editor de Política (Police Editor), através dos Controladores de Domínio Primário
(PDC).

As estações dos laboratórios serão protegidas com o Software de


Segurança PROTECT, permitindo um gerenciamento individual da estação.
Qualidade de Transferência de Dados101

Seja qual for o Sistema Operacional do servidor de arquivos, ele deve


possuir um bom software de backup para evitar que acidentes indesejáveis possam
parar a sua rede, causando-lhe assim possíveis prejuízos para Escola.

3.12- PRINCIPAIS FATORES DE QUALIDADE NA ESCOLA A

Um dos principais fatores que influenciaram foi a troca de:

• Cabeamento Coaxial por Par Trançado e Fibra Óptica;

• Troca de Hub’s (10Mbps) por Hub’s e Swith’s (100Mbps);

• Troca da Topologia Baramento pela Topologia Estrela;

• Atualização das Versões dos Softwares dos principais Servidores


(Windows NT 4.0 Server por Windows 2000);

• Aumento da Velocidade do Link com a EMBRATEL (512 Kb por 4 Mb)


Qualidade de Transferência de Dados102

4- CONCLUSÃO

Com este trabalho disponibilizamos um estudo teórico de um projeto de


redes de computadores, visando uma melhor qualidade na transferência de dados,
onde atende às características e solicitações da escola. Apesar de ser um estudo
teórico, apresenta real possibilidade de ser implantado na prática, pois foram
empregadas as tecnologias que satisfizessem as necessidades da escola, tais
como: fibra óptica, equipamentos modernos, programas atualizados, etc.

No desenvolvimento do projeto foram encontradas várias dificuldades para


escolher a melhor solução que se adaptasse aos requisitos da escola, porém após
várias consultas a especialistas de mercado, conseguimos chegar a um
denominador comum a respeito da melhor solução.

O projeto está pronto para futuras expansões da escola, podendo absorver


as novas tecnologias que surgirem.

É importante que a escola tenha uma equipe capaz de gerenciar o projeto


implantado e mantendo o funcionamento de acordo com a expectativa da escola.
Esta equipe também terá que reavaliar periodicamente os softwares e hardwares,
para evitar que se tornem obsoletos, evitando a degradação da rede e com isso
prejudicando a qualidade de transferência de dados.
Qualidade de Transferência de Dados103

Com este trabalho buscamos adquirir embasamento teórico na área de


redes de computadores para que, futuramente venhamos empregar estes
conhecimentos no mercado de trabalho.

Procuramos através da relação custo beneficio proporcionar a uma escola a


solução de uma rede viável e adequada, levando-se em consideração as tecnologias
disponíveis, cabeamento, hardware e software. Com esta informatização, a escola
evoluirá para um padrão de qualidade superior, destacando-se no seu ramo de
atuação e agilizando suas tarefas.

5- BIBLIOGRAFIA

1) CAMPBELL, Becky J., APPLEBAUM, Mickey J. Não entre em pânico! É


anenas o Netware. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1995

2) DERFLER, Frank J. Jr., FRED, Les. Como funcionam as Redes. 2ª ed.


Editora Quark, 1993.

3) TAROUCO, Liane Margarida Rockenbach. Redes de Comunicação de


Dados. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1977

4) GIBBIS, Mark. Guia Prático para iniciantes em Redes. 2ª ed. Rio de


Janeiro: Axcel Book do Brasil Editora, 1995.

5) DERFLER, Franc J. Jr. Tudo Sobre Cabeamento de Redes. Zd Press -


Editora Campus

6) KRONE, Redes Locais Estruturadas - Kronet Plus - Catálogo de Produtos.


1995 7- BOBOLA, Daniel. Guia Incrível de Redes Locais. São Paulo: Editora
Afiliada, 1995.
Qualidade de Transferência de Dados104

7) ZAKIR JÚMOR, José. Redes Locais: O Estudo de seus elementos. 2ª ed.


Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1990.

8) KRONE, Guia Prático de Redes Locais Estruturadas. 3ª ed. 1994.

9) ALVES, Luiz. Comunicação de Dados. São Paulo: Makron Books do Brasil


Editora Ltda, 1992.

10) SOUSA, Lindeberg Barros de. Redes, Transmissão de Dados, Voz e


Imagem. São Paulo: Ed. Érica, 1996.

11) SOARES, Luiz Fernando Gomes., LEMOS, Guido., COLCHER, Sérgio.


Redes de Computadores: Das LANs, MANs e WANs às Redes ATM. 2ª
ed. Editora Campus, 1995.

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