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A chegada do ser humano à Lua (1969)

Em 20 de julho de 1969, exatamente às 23 horas, 56 minutos e 20 segundos de


Brasília, o astronauta americano Neil Armstrong, 38 anos, entrava para a história como
o primeiro homem a pisar na Lua e avistar a Terra de lá.

A bordo da nave Apolo XI, ele, Edwin Aldrin, conhecido como "Buzz"
(zumbido) e Michael Collins cumpriram a missão de alunissar (aterrissar na Lua) após
levantarem vôo em 16 de julho do mesmo ano.

Como comandante da Apolo XI, Armstrong pilotou o módulo lunar com Aldrin,
enquanto Collins permaneceu no outro módulo em órbita lunar. Por quase duas horas e
meia, os dois coletaram amostras do solo lunar, fizeram experimentos e tiraram
fotografias.

O mundo inteiro permaneceu em alerta naquele dia. Nada menos que 850
jornalistas de 55 países registraram o acontecimento. E estima-se que cerca de 1,2
bilhão de pessoas testemunhavam via satélite a alunissagem, considerada impossível
tempos atrás. Muitos, inclusive, ainda duvidam de que tal fato tenha realmente
acontecido, mesmo com tantas outras missões tripuladas que se lançaram no espaço,
após Armstrong ter colocado seu pé esquerdo, coberto pela bota azul, no chão fino e
poroso do solo lunar.

"Este é um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a


humanidade" ("That's one small step for man, one giant leap for mankind"), frase dita
pelo astronauta, ouvida no mundo inteiro.

A Exploração de Marte
Marte é o planeta mais próximo da Terra, ocupando o 4º lugar na ordem das
distâncias ao Sol. Tem uma atmosfera bastante tênue, essencialmente
constituída por dióxido de carbono, com pequenas quantidades de azoto,
oxigênio e vapor de água. O ano marciano é quase o dobro do da Terra.

A superfície de Marte está coberta por crateras, tendo até sido observados
vulcões. Marte possui dois satélites: Fobos e Deimos.

Desde a década de 1960, o homem busca informações sobre Marte. Porém,


apenas dois terços dos projetos foram bem sucedidos. A 28 de novembro de 1964
começou a primeira missão bem sucedida a Marte. A sonda sobrevoou o planeta em
Julho de 1965 e retornou com fotos da sua superfície. A partir daí foram-se alcançando
várias metas, nomeadamente: fizeram-se mapeamentos globais, coletaram-se dados
sobre a atmosfera, recolheram-se dados sobre o planeta, tiraram-se fotos da superfície,
estudou-se o solo e transportou-se água e gelo de modo a estudar o ambiente.A 2 de
Junho de 2003 foi a primeira missão européia enviada a qualquer planeta.

No entanto, as missões espaciais que deram um verdadeiro destaque à


exploração de Marte foram, indubitavelmente, as duas missões Viking nos
meados de 1970, que enviaram as primeiras imagens detalhadas a partir da
superfície marciana. Os veículos orbitais mapearam 97% do planeta.

A exploração de Marte teve depois uma paragem durante mais de duas


décadas, interrompida somente por algumas tentativas falhadas ou
parcialmente bem sucedidas. A Mars Global Surveyor tornou-se na primeira
missão com êxito no Planeta Vermelho, em vinte anos, quando foi lançada em
1996, entrando em órbita em 1997.

No entanto, o ano de 2003 assistiu a um interesse retomado por Marte


através de um aumento de missões, com o lançamento pela ESA da Mars
Express, com o seu módulo de aterragem Beagle, e com o lançamento pela
NASA de dois rovers , Spirit e Opportunity.

Esta missão teve como objetivo analisar a atmosfera e o solo do planeta,


além de verificar que já existiu água na forma líquida, uma das condições
impostas pelos cientistas para existência de vida em Marte. Recolheu amostras de solo e
enviou os dados de volta para a Terra.

As sondas espaciais

São naves que carregam equipamentos de laboratório e câmeras para lugares


ainda inacessíveis ao homem. Em Marte e em Vênus, os planetas mais próximos da
Terra, várias sondas já pousaram. Outras passaram raspando por Mercúrio, Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno. Só Plutão, o mais distante, ainda não recebeu nenhuma visita.
Mas a participação dessas exploradoras espaciais começou bem mais perto, com a
própria Lua, quando, ainda em 1959, a ex-União Soviética mandou suas
primeiras sondas para lá. Uma delas, a Luna 3, fez as pioneiras fotos do lado escuro do
nosso satélite. Entre as americanas, as estreantes foram as sondas Ranger, que tiraram
mais de 17 mil fotos da Lua na década de 60. Essas imagens, claro, foram essenciais
para que, em 1969, astronautas fossem levados para lá com relativa segurança. Depois
da Lua, os soviéticos mandaram com sucesso esses equipamentos para Vênus: em 1975,
suas sondas Venera 9 e 10 tiraram as primeiras fotos a partir da superfície de outro
planeta.

Os Estados Unidos, no ano seguinte, fizeram o mesmo, só que em Marte, com


as sondas Viking 1 e 2. E repetiram a dose 20 anos depois, com o famoso jipinho da
missão Mars Pathfinder, o primeiro veículo a se locomover para fazer filmagens fora da
Terra. Entretanto, o trabalho de uma sonda não é só de cinegrafista espacial. Ela carrega
poderosos instrumentos capazes de analisar a composição química da atmosfera, a
velocidade dos ventos e o relevo do solo, além da radiação e do campo magnético dos
astros. Mesmo que a parte mais vistosa dessas jornadas sejam as imagens enviadas de
volta à Terra, os outros equipamentos são fundamentais para mostrar segredos menos
visíveis, mas muito mais surpreendentes. Os instrumentos das primeiras sondas a passar
por Júpiter (as Pioneer 10 e 11, em 1974) detectaram um comportamento estranho na
carga elétrica de partículas ao redor do planeta. A tradução dos resultados, para os
cientistas, sugeria que Júpiter teria anéis, como Saturno.
Foi uma indicação reveladora, mesmo sem as Pioneer conseguirem imagens que
provassem tal teoria. Isso só foi acontecer em 1979, quando outras sondas, as Voyager 1
e 2, foram mandadas direto para o planeta. Aí, sim: vistos de um ângulo diferente, os
anéis finalmente deram o ar da graça e puderam ser filmados. Essa não foi a única
novidade que as sondas encontraram por aquelas bandas. A própria Voyager 2, única
nave que já passou por planetas mais distantes que Júpiter, descobriu dez novos satélites
em Urano em 1986 - antes, só cinco eram conhecidos. Em 1989, foi a vez de Netuno:
seis de seus oito satélites só foram revelados pela exploração da Voyager. O curioso é
que tanto essa veterana quanto sua irmã funcionam até hoje. Sem nenhum planeta por
perto, elas investigam as últimas fronteiras do sistema solar. De quebra, levam um alô
da Terra para um eventual encontro com habitantes de outros planetas.

São centenas de fotos, diagramas, músicas e sons, que cumprem o papel de uma
autêntica mensagem na garrafa jogada pela humanidade no oceano cósmico.

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