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Teoria da Administração Científica

A abordagem típica da Escola da Administração Cientifica é a ênfase nas tarefas. O


nome Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência
aos problemas da Administração, a fim de alcançar elevada eficiência industrial. Os
principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da Administração são a
observação e a mensuração. A Escola da Administração Cientifica foi iniciada no
começo deste século pelo engenheiro americano Frederick W. Taylor, considerado o
fundador da moderna TGA. Taylor teve inúmeros seguidores (como Ganntt, Gilbreth,
Emerson, Ford, Barth e outros) e provocou verdadeira revolução no pensamento
administrativo e no mundo industrial da sua época. Sua preocupação original foi tentar
eliminar o fantasma do desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias americanas e
elevar o nível de produtividade através da aplicação de métodos e técnicas da
engenharia industrial.

A nova revolução industrial provocada pela Administração Cientifica

A conseqüência imediata da Administração Cientifica foi uma redução


revolucionara no custo dos bens manufaturados – em geral de um para dez, e algumas
vezes de um para vinte do que haviam custado anteriormente. Aquilo que fora um luxo
acessível apenas aos ricos – como automóveis ou aparelhos domésticos – rapidamente
tornou-se disponível para as massas. Mas importante, talvez, foi o fato de que a
Administração Cientifica tornou possível o aumento substancial dos salários, ao mesmo
tempo em que se reduzia o custo total dos produtos. Ate então, o baixo custo de um
produto acabado significava sempre salários mais baixos para o trabalhador.

A administração Cientifica proclamava o contrario: o menor custo deve significar


maiores salários mais baixos para o trabalhador. Além disso, ela modificou a estrutura e
incrementou a composição da força de trabalho. O operário não-especializado que
trabalhava com um baixo salário suficiente apenas para sua subsistência e que constituía
o maior contingente da força de trabalho do século XIX tornou-se rapidamente obsoleto.
Em seu lugar surgiu um novo grupo, os operadores de maquinas, como os homens das
linhas de montagem do automóvel, por exemplo. Entre 1910 e 1940, os operadores de
maquinas tornaram-se o maior grupo ocupacional em todos os países industrializados,
ultrapassando os trabalhadores do campo e os operários em quantidade.

A Administração Científica constitui uma combinação dos seguintes ingredientes:

*Ciência, em lugar de empirismo.

*Harmonia, em vez de discórdia .

*Cooperação, não individualismo.

*Rendimento máximo, em lugar de produção reduzida


*Desenvolvimento de cada homem, no sentido de alcançar maior eficiênciae
prosperidade.

O principal objetivo da Administração deve ser o máximo de prosperidade ao patrão e,


no mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. O princípio de máxima
prosperidade para o patrão acompanhada da máxima prosperidade para o empregado
deve ser o fim principal da Administração, sendo desnecessário demonstrá -lo. Assim,
deve haver uma identidade de interesses entre empregados e empregadores.

Taylor salienta que a maioria das pessoas crê que os interesses fundamentais dos
empregadores e dos empregados são necessariamente antagônicos. Ao contrário, a
administração científica tem por seus fundamentos a certeza de que os verdadeiros
interesses de ambos são um único e mesmo interresse.

Idealizadores

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Ford e a Administração Cientifica

A administração hoje é uma cópia dos grandes inovadores da administração


científica americana que antes da Primeira Guerra Mundial estavam estudando esta
ciência, porque antes disso, ela era apenas considerada uma arte. Este fato fez com que a
administração evoluísse muito pouco até o século XIX. A administração ganhou status
de ciência através de seus criadores: Taylor, Fayol e Ford, homens com a mentalidade
voltada para o mercado, produziam carros com todos os seus ingredientes do começo ao
fim, antes fabricados artesanalmente de forma demorada e com custo maior.
Taylor e Ford foram trabalhando e estudando cada empregado, cada um com
suas funções. Os operários fariam uma só função, cada turma com seu supervisor, com
isso cada operário ficava mais especializado naquela tarefa. Logo apareceram resultados
cada vez melhores. Os movimentos desnecessários dos operários consumiam tempo, e
tempo é dinheiro jogado fora. Ford revolucionou neste ponto ao utilizar esteiras rolantes
em suas fábricas, assim os operários não precisavam ficar se movimentando, eles
ficavam parados enquanto os automóveis movimentavam por essas esteiras, o que é
utilizado ainda nas indústrias modernas.
Henry Ford fundador da Ford Motor Company, foi o grande inovador da
administração científica, vários anos de pura dedicação fiz dele um marco na história da
indústria automobilística, da administração e do capitalismo. Muito conhecido no
mundo pela produção em massa e a montagem móvel, desenvolveu um sistema de
produção que reduzia o tempo de fabricação dos automóveis significativamente, com a
mecanização da linha de montagem, produzindo mais em menos tempo. Em suas
fábricas produziam cerca de 800 unidades por dia a preços populares. Os carros
possuíam manuais com perguntas e respostas para os fregueses lidar melhor com o
automóvel. Cada carro teria que ter uma caixa de ferramentas para não deixar o
motorista na mão, possuíam garantia e assistência técnica, uma novidade na época.
Em suas fábricas produziam da matéria prima até o produto final acabado. As
peças eram feitas de formas padronizadas e de maneira que os custos fossem
reduzidos. O bloco do motor, por exemplo, era feito numa única peça fundida, o que
antes usava os cilindros separados.
Ford foi um dos homens mais ricos do mundo, não teve, sequer, auditoria em
sua empresa. Pagava salários mais altos que seus concorrentes, enquanto estes pagavam
cerca de 3 (três) dólares por dia, Ford pagava 5 (cinco) dólares. Além disso, reduziu a
jornada diária de seus empregados de 9 (nove) para 8 (oito) horas e a semanal de 6
(seis) para 5 (cinco) dias.
Para ele seus empregados tinham que ter um poder de compra para adquirir
os carros que eles produziam, o que é considerado uma idéia avançada tanto para sua
época quanto para os dias atuais. Segundo Ford, o que pagava os empregados não era o
patrão e sim o produto que eles produziam, o empregador tinha apenas que entregar o
salário.
Apesar da grande contribuição que o Fordismo deu para a administração
científica, houve também seu lado negativo, fez com que os operários tornassem como
meros robôs programados a fazer uma mesma tarefa repetitiva diante de uma esteira
rolante. Nesse sistema, o trabalhador fica sem noção da sua participação no contexto da
produção somando se a isso a pouca perspectiva de ascensão profissional.

Referencias

MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Administração científica: Princípios da


produção
em massa. Teoria Geral da Administração: Da escola científica a competitividade
econômica globalizada: 2.ed. São Paulo: Atlas, 2000. cap.5, p175-179
MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Ford e a linha de montagem. Introdução a
Administração. 5.ed. rev. Ampl. São Paulo: Atlas, 2000. p. 58-59
MUNIZ, Adir Jaime de Oliveira. Teoria Clássica: Noções básicas. Teoria Geral da
Administração. 4.ed. São Paulo. 2001. p. 29

Conclusão

Com a administração Cientifica começa a luta incessante e permanente pela


produtividade que iria perdurar ate o final do século XX. Produtividade significa a
relação entre a quantidade de produto obtida no processo de produção e a quantidade do
fator necessário para sua obtenção. Contudo, a simples relação física entre um e outro
tem significado apenas técnico. A distinção entre produtividade e rentabilidade é dada
pelo fato de que a segunda implica em definição dos custos em dinheiro na relação entre
fator e produto, enquanto a produtividade considera o dispêndio de trabalho do fator
para a produção da quantidade desejada do produto.

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