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IFES – INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

DERLEI VIEIRA FERREIRA


DOUGLAS LOUREIRO PIMENTEL
GESLAINE CHRISTIANI IKAWA DIAS
JULIANA DALMASO DA SILVA
LOHANY LETRO MELLO
WANDERSON DE OLIVEIRA PEREIRA

PRÁTICA Nº 02:

CURVA DE SOLUBILIDADE DO CLORETO DE POTÁSSIO (KCl)

26 de Março de 2011
1. INTRODUÇÃO

Solubilidade pode ser conceituada como a capacidade de uma substância de se


dissolver em outra. Esta capacidade, no que diz respeito a dissolução de um sólido
em um líquido é limitada, ou seja, existe um máximo de soluto que se pode dissolver
em certa quantidade de um solvente.
A temperatura interfere na capacidade de dissolução de um solvente com relação a
um certo soluto, desta forma a cada temperatura teremos um determinado valor para
a solubilidade. [1]
Tal situação é demonstrada com a construção das curvas de solubilidade de uma
certa substância, no caso desta prática, o KCL.
As curvas descrevem num gráfico a variação dos coeficientes de solubilidade como
função da temperatura e apresentam extrema importância no estudo das soluções
de sólidos em líquidos. [2]
O conceito de solubilidade em química é extremamente importante, pois trata-se da
base de inúmeros processos laboratoriais e industriais que servem para preparar,
separar e purificar diversas substâncias químicas, sendo também o fator de restrição
em vários fenômenos geológicos e outros processos naturais.
Quando o limite de solubilidade de um soluto em dado solvente é atingido, diz-se
que essa solução é saturada. O valor da concentração no equilíbrio, ou seja, da
concentração de saturação é chamado de solubilidade, geralmente expressa em
massa de soluto por 100 gramas do solvente a uma determinada temperatura ou na
forma de uma constante de equilíbrio e permite-nos dizer, qualitativamente, se a
substância é muito solúvel, pouco solúvel ou insolúvel.
Essa solubilidade depende de vários fatores, tais como a natureza do soluto e do
solvente, o tipo de interações químicas que ocorre entre eles, a forma da molécula, o
pH do meio, temperatura, pressão, entre outros. Vários fatores relacionados às
forças de interação podem cumprir um papel decisivo na solubilidade de solutos em
solventes: a presença de dipolos nas moléculas do solvente, a constante dielétrica
do solvente, sua capacidade de formar ligações de hidrogênio. Uma constante
dielétrica elevada, como aquela encontrada em solventes polares, por exemplo,
reduz as interações atrativas entre íons de carga oposta no sólido. Já solventes
apolares, de baixa constante dielétrica, as interações atrativas iônicas do soluto não
são superadas pelas interações soluto-solvente, e o sólido iônico dissolve em
pequena extensão.
Os sais são sempre sólidos cristalinos, diferentemente dos ácidos que também
podem ser gases ou líquidos.
A adição de um sal à água e a formação de uma solução poderá produzir calor
(reação exotérmica), consumir calor (reação endotérmica) ou apenas envolver uma
pequena quantidade de calor. O efeito da temperatura sobre a solubilidade de um
sal pode ser explicado seja em termos qualitativos, utilizando o princípio da lei de
Châtelier, seja com uma equação termodinâmica exata. Sais que aquecem suas
soluções (liberando calor na dissolução) são menos solúveis em temperaturas mais
elevadas, enquanto aqueles que resfriam a solução, absorvendo calor na
dissolução, como é característico do cloreto de potássio, elemento em estudo nesta
experiência, são mais solúveis em temperaturas mais altas. [3]

2. OBJETIVO
O objetivo deste experimento é construção da curva de solubilidade do KCl em
água.

3. EXPERIMENTAL

3.1. MATERIAIS

 Água
 KCl sólido
 Gral
 Pistilo
 Bastão de Vidro
 Estante
 Cápsula de porcelana
 5 Tubos de ensaio
 Garra
 Ebulidor
 Tripé
 Tela de Amianto
 Espátula de Porcelana
 Funil
 Recipiente para aquecimento da água
 Pipeta Graduada de 10 mL
 Béquer de 400 mL
 Pipette
 Termômetro Químico
 Balança analítica de precisão de 0,0001 g

3.2. PROCEDIMENTOS

Aferir a balança de precisão.


Pesar 5 tubos de ensaio com as quantidades descritas na tabela abaixo:
TUBO 1 2 3 4 5

MASSA(g) 1,75 1,95 2,15 2,25 2,40

TEMPERATURA (ºC)

Com o auxílio de uma pipeta adicionar 5ml de água a cada tubo.


Aquecer os tubos em banho-maria, mexendo com uma vareta de vidro até a
dissolução total do KCl.
Colocar o termômetro no tudo.
Anotar a temperatura em que se formam os primeiros cristais de KCl.
Repetir a atividade acima para os 5 tubos.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para esta prática estaremos considerando a densidade da água igual a 1.

4.1. DADOS COLETADOS

TUBO 1 2 3 4 5

MASSA(g) 1,783 1,955 2,156 2,252 2,400


37 56 60 63 73
TEMPERATURA (ºC)

4.3. ANÁLISE DOS RESULTADOS

MASSA KCL [KCl/100g de H20]


60

50
48
43,12 45,04
40
39,1
35,66
30

20

10

0
37 56 60 63 73
Temperatura [°C]
(Descrever procedimento executado)

A propriedade capaz de explicar a solubilidade do KCl é a polaridade das


substâncias, para isso pode-se determinar que o cloreto de potássio e a água são
compostos polares.
A estrutura molecular da água (H-O-H) é determinada por pontes de hidrogênio, um
tipo de ligação muito polar, pois os átomos de hidrogênio doam seus átomos para o
átomo de oxigênio, caracterizando assim dois átomos de carga positiva e um de
carga negativa. A estrutura do cloreto de potássio é também determinada pela
doação de elétrons, em que o potássio, um metal alcalino, doa seu elétron para o
cloreto, um halogênio, verificando-se um elemento de carga negativa e outro de
carga positiva. Quando misturados, a energia de atração dos íons pelas moléculas
de água, hidratação, é mais forte que a energia em rede, que mantém as ligações
polares entre os íons K+ e Cl-.

5. CONCLUSÃO
A curva de solubilidade do KCl denota que sua solubilidade aumenta com a elevação
da temperatura, sendo assim sua dissolução é endotérmica.
Com esta prática conclui-se que são diversos os fatores que influenciam na
solubilidade de um composto, principalmente a polaridade e a temperatura.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

[1] PROGRAMA EDUCAR – EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA USANDO A INTERNET -


CDCC-SÃO CARLOS-USP. Solubilidade. Disponível em:
<http://educar.sc.usp.br/quimapoio/solubili.html>. Acesso em 24 de mar. 2011.

[2] COLÉGIO WEB – GRUPO IPED. Curvas de Solubilidade. Disponível em:


<http://www.colegioweb.com.br/quimica/curvas-de-solubilidade.html>. Acesso em 24
de mar. 2011.

[3] Química – Um Curso Universitário, MAHAN Bruce M.; MYERS Rollie J, Ed.
Edgard Blücher Ltda, tradução da 4ª edição americana, 1993.

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