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Natal solidário:
Atividades que compartilham alegrias e
esperança de um mundo melhor
Retrospectiva 2010:
As melhores notícias do ano da Revista BrOffice.org
Entrevista:
Norbert Thiebaud, desenvolvedor do LibreOffice
Polêmica:
WikiLeaks, a internet como um espaço
político poderoso nas mãos da
sociedade civil organizada
| artigo
Amadurecimento do ecossistema em 05
software livre
2010 na retrospectiva de um ativista 13
do software livre
| entrevista
Norbert Thiébaud 15
| reportagem
Natal solidário 19
| cultura
| escritório aberto
Calendário 2011 25
| dicas
| retrospectiva 2010
Retrospectiva 2010 32
F
Luiz Oliveira
outra. É assim que deve ser. Mas ao final de uma Pedro Ciríaco
jornada, seres pragmáticos que somos, avaliamos o Rui Ogawa – Tradução e adaptação
http://www.flickr.com/photos/cayusa/2051756510
Amadurecimento do
crédito
ecossistema em software
livre O Começo do software livre
“
estrutural, para projetos como o LibreOffice? Mozilla?
PostgreSQL? Entre outros? Como pode e para onde
evoluir o ecossistema do software livre? O software livre Foi somente na
foi a forma original do software, isto é, quando os
primeiros computadores chegaram ao meio acadêmico
década de 80 que
os softwares eram desenvolvidos por equipes inteiras, surgiu a ideia do que
sem restrições de acesso aos códigos fontes, sendo
compartilhados entre pessoas de diversas partes do conhecemos como
mundo. Foi somente na década de 80 que surgiu a ideia software privado, pago
do que conhecemos como software privado[1], pago e
e restritivo.
”
restritivo. Linus Torvald[2], em 91, iniciou seu projeto
acadêmico chamado Linux[3], que contou, e ainda conta,
com milhares de colaborações evoluindo este sistema
operacional baseado no Minix[4], que hoje é considerado
Além do Linux, em 2000, surgiu um outro projeto Além deste fluxo, que é o fluxo principal, existe um fluxo
chamado OpenOffice.org, baseado em parte do produto periférico de serviços como capacitação, suporte e
chamado StarOffice, que a antiga Sun Microsystem, hoje consultoria, que é o mercado de serviços. Ainda agregado
incorporada pela Oracle, liberou como software livre. Este a ele, pode surgir uma segmentação dos usuários da
projeto cresceu e teve ramificações para todo o mundo, solução formando uma espécie de comunidade.
inclusive para o Brasil, amadurecendo para o que hoje Geralmente, esta comunidade, se forma para troca de
conhecemos como BrOffice.org. experiências no uso da ferramenta. Assim, o gráfico
começa a ficar mais interessante.
O BrOffice.org começou sua trajetória em 2002,
conhecido como OpenOffice.org.br, quando foi oficializado
através da assinatura do Protocolo de Intenções entre a Serviços Produto
Comunidade e a Celepar, Empresa de Informática do
Estado do Paraná, nas pessoas do líder da comunidade,
Claudio F. Filho, e o presidente da Celepar, Marcos
Mazoni. Neste Protocolo foi definida a cessão de
infraestrutura para o projeto acontecer. De lá para cá, a
comunidade se organizou, criou uma associação, e os
trabalhos evoluíram, fazendo o Brasil se tornar o maior Mercado Usuário
Arquivo pessoal
Todos estes exemplos apontam que o modelo ainda está
Produto falho, pois, se não houver interesse comercial em manter
um projeto em sua etapa de aporte no desenvolvimento,
o produto enfraquece, tornando-o não competitivo,
perdendo usuários, diminuindo comunidade e matando o
Desenvolv. Usuário mercado, “justificando” a redução no investimento em
desenvolvimento. Neste cenário, os clientes, de uma
determinada tecnologia, ficam a mercê das oscilações da
iniciativa privada.
Quando o software livre (re)apareceu, foi uma grande
quebra de paradigma, pois o “fornecedor” não era uma
empresa e sim uma comunidade. Vendo uma
Mercado Comunidade possibilidade de negócio muito grande, as empresas
tiveram que se adaptar a este novo elemento – a
comunidade – além de um produto que não estava
Figura 3: Ecossistema básico do SL/CA integralmente sob seu domínio, mas sim, com o
gerenciamento distribuído entre muitas pessoas, que
atingiam suas posições através do mérito de seu trabalho,
Rede de interesses na denominada meritocracia.
O modelo até agora não mostrou uma saída adequada,
Temos vários exemplos sobre este funcionamento, como de sustentabilidade, visto que ainda está atrelada aos
foi o caso da Oracle contribuindo com código no Linux interesses do setor privado.
para melhorar o suporte aos seus produtos sobre este
sistema operacional, ou o MySQL, OpenOffice.org, Red
“
Hat Linux, Ubuntu ou mesmo o Java, que boa parte do
seu desenvolvimento depende de uma das grandes Vendo uma possibilidade
empresas de TIC mundial. Mas, se não for do interesse
da empresa? Como fica o desenvolvimento do produto? de negócio muito grande,
Não precisamos ir longe para ver como impacta os as empresas tiveram que
interesses dos investidores nos projetos de código aberto.
No caso do PostgreSQL, a Sun Microsystem mantinha se adaptar a este novo
”
fazendas de servidores para a comunidade, até que a
Oracle desativou silenciosamente[7] este serviço. Ou o elemento – a comunidade.
caso da reestruturação do núcleo office da Oracle em
Hamburgo, a antiga unidade da Sun Microsystem que
dava suporte ao OpenOffice.org. Mas os problemas não
ficam somente na esfera Oracle/Sun Microsystem. Temos Modelos de negócio para o código aberto
problemas também em outros projetos como o Mandriva
Linux, cuja mantenedora abriu falência[8] a alguns Na convenção anual da Gartner[10] deste ano (2010),
meses, ou a Novell que está sendo fatiada[9], ou a uma das tendências apontadas no evento foi o
Canonical, que tem desenvolvido um excelente trabalho crescimento acelerado do código aberto (e muito do
de abertura de mercado para os desktops em linux, mas software livre) para os próximos anos[11], confirmado por
restringe o compartilhamento ao universo do Ubuntu. Isto Moacyr Gomes, representante da Gartner Latin America,
é, se você é de qualquer outra distribuição, ou mesmo durante a palestra “Reiniciando Open Source Software - É
sistema operacional, é possível que não encontre os tempo de começar de novo!”, na Latinoware 2010[12],
mesmos recursos, pois, uma parte foi publicada, e o apontando para 50% das aplicações em 2016 baseados
conjunto completo só se encontra dentro dessa em código aberto.
distribuição.
Arquivo pessoal
Dentro deste processo, os projetos precisam achar Na Fundação Apache, existe um programa de patrocínio e
formas sustentáveis para manter seus desenvolvimentos, o reconhecimento dos créditos[17]. A partir dos fundos
muito além do que tem sido feito até aqui. Dentre os arrecadados, e com um alinhamento dos patrocinadores,
modelos reconhecidos como “sustentáveis” foram é feito o desenvolvimento dos produtos mantidos pela
apontados os modelos híbrido e fundação. Vejamos cada Fundação. Já, a Fundação Mozilla se diferencia por ter
um deles com mais detalhe. feito ramificações[18], na forma de subsidiárias, para
áreas de fundação, corporação, entre outros. De qualquer
Modelo híbrido de desenvolvimento
forma, estas instituições estão focadas exclusivamente na
Este modelo é baseado no conceito de se criar um núcleo manutenção dos produtos, levando em conta apenas um
(core) desenvolvido colaborativamente, com as principais ecossistema básico, como demonstrado na Figura 3.
funções disponíveis para qualquer usuário baixar e usar,
“
e, partes especializadas, desenvolvidas e vendidas
separadamente. Existe uma infinidade de aplicações que Num país como o Brasil, em
trabalham com este conceito, geralmente, oferecendo as
versões “community” e “enterprise”, como é o caso do que o custo de software é
Sistema de Gerenciamento de Documentos (DMS –
Document Management System) Alfresco[13] ou o
praticamente proibitivo,
sistema de Inteligência de Negócio (BI – Business inclusive favorecendo a
Intelligence) Pentaho[14]. Nestes sistemas, é possível
baixar o pacote comunitário e usar as principais pirataria, é necessário
funcionalidades das ferramentas e, para uma demanda repensar o modelo, e é isto
mais específica, contratar uma subscrição que dá direito
ao uso dos serviços adicionais e suporte. que se tem pensado e
Além deste caso, também existem outros exemplos de amadurecido muito, dentro
modelo híbrido de negócio, onde o produto se baseia
diretamente no produto da comunidade e se vende um da Associação BrOffice.org.
”
produto diferenciado, com mais recursos e suporte, como
é o caso do Red Hat Enterprise Linux, que é a distribuição
Linux com vários produtos não livres da empresa Red
Hat[15]. Ou ainda, a da Enterprise DB[16], que é um Modelo de associação para países em
empacotamento do SGBD PostgreSQL com vários outros desenvolvimento
recursos, muitos, também projetos de software livre ou
Porque um terceiro modelo, já que foi citado apenas dois
código aberto, junto com suporte.
anteriormente? Porque estes modelos são baseados em
Em ambas as variantes, as empresas contam com o economia e mentalidade de países em desenvolvimento.
apoio de voluntários para a evolução do núcleo do No eixo América do Norte e Europa a ideia de
produto, que é compartilhado com licenças próprias, e desenvolvimento de software é focada exclusivamente em
uma parte focada em venda de serviços, inclusive de empresas. Não é questionado questões como custos e
desenvolvimento de funcionalidades que se tornam parte evasão de divisas, desenvolvimento socioeconômico, e
da sustentabilidade do negócio, e não necessariamente promoção social. Num país como o Brasil, em que o custo
do projeto base. de software é praticamente proibitivo, inclusive
favorecendo a pirataria, é necessário repensar o modelo,
Modelo de fundação
e é isto que se tem pensado e amadurecido muito dentro
Diferente do modelo acima, a forma de fundação é da Associação BrOffice.org.
baseada na criação de uma pessoa jurídica que possa
Agora, uma dúvida que pode surgir é: porque uma
capitanear o desenvolvimento de seus produtos a partir
associação e não uma fundação? Podemos usar a
da captação de recursos de entes diversos, como
explicação dada[19] pela Associação Drupal, na Bélgica,
sociedade, governo e/ou iniciativa privada. Alguns
que tem a legislação similar à do Brasil e muitos outros
exemplos são as fundações Apache e Mozilla.
países. De tradução livre:
“Segundo a legislação belga, as diferenças mais importantes entre uma associação e uma
fundação são:
a) A Associação é constituída por vários indivíduos, que concordaram com os objetivos da
Associação após a votação e discussão, ao passo que a Fundação pode ser incorporada por
uma pessoa (ou um pequeno número de pessoas),
b) quando incorporados, os fundadores devem trazer no patrimônio inicial (fundos) em uma
fundação. Este não é o caso de uma associação.
c) Uma associação tem membros. A Fundação não pode ter membros, apenas um Conselho de
Administração. Este último fato é importante, pois os membros da Associação Drupal formam a
Assembleia Geral, que elege o Conselho de Administração.
Em outras palavras, uma associação permite um modo de funcionamento muito mais
democrático do que uma Fundação. Além deste fato, a lei belga prevê uma série de outras regras
que fazem uma associação mais democrática do que uma Fundação. Uma associação, portanto,
reflete o modo como uma comunidade real (ou online) das pessoas trabalha para uma extensão
muito maior do que uma Fundação.”
Economia gerada
São várias as frentes que devem ser abordadas. Para
começar, a questão da economia gerada nas entidades
devido a substituição de ferramentas de escritório
privativas para o BrOffice, por exemplo, aonde deixam de
gastar com licenciamento de software anual ou
atualizações. Temos que avaliar dois pontos culturais
neste tipo de economia:
Figura 4: Ecossistema para países em
desenvolvimento
1) Falta de conhecimentos nas ferramentas de Outra análise ainda sob o aspecto ~ R$ 3 Bi/ano
Por papéis?!?!
escritório: um dos problemas generalizados notados no econômico é a balança de serviços
processo de migração está na constatação do brasileira. É similar a balança
conhecimento mínimo do uso das ferramentas. Os comercial, onde avaliamos o que
usuários institucionais sabem usar muito pouco os exportamos e importamos. No caso
recursos da ferramenta de forma que, quando mudam de software é avaliado da balança de
sua ferramenta de escritório, reclamam que a outra serviços. Fazendo uma análise rápida, considerando que
ferramenta não é adequada. o Brasil tem em torno de 15 milhões de usuários usando
BrOffice, que metade destes estivessem legalizados e
Fazendo uma analogia com automóveis, é como se
resolveram migrar, e conseguissem uma cópia de
trocássemos o carro que o usuário dirige e ele se
ferramenta proprietária a R$ 500,00 por máquina, já
sentisse incomodado com isto. Isto acontece porque ele
estaríamos falando de mais de três milhões/ano, apenas
pensa que ele sabe usar APENAS a ferramenta que
pagando licenças, que poderiam ser utilizados para
aprendeu inicialmente e que se trocarmos, ele terá
outras coisas, como investimento em novos funcionários,
muitas dificuldades. Uma vez que demonstramos que a
tecnologia e inovação na iniciativa privada, ou
ferramenta de texto, por exemplo, precisa ter negrito,
infraestrutura, saúde e educação no caso do governo.
alinhamento e outros recursos de texto, e que existem
muitos fornecedores deste tipo de produto no mercado, Cadeia de consumo e seus impactos
como o próprio BrOffice, ele se sente mais confortável e socioeconômicos
passa a usar de maneira mais produtiva.
Veja a Figura 5. É possível ver uma avaliação dos custos
2) Pouca atenção da administração sobre TCO: o custo de licenciamento versus empregados. Se o administrador
total de propriedade[20] (TCO – Total Cost of desta empresa tivesse optado por comprar o software,
Ownership) são todos os custos relacionados a TIC, com o valor apenas da ferramenta de escritório poderia
como licenças, treinamentos, equipamentos, entre manter cinco funcionários no ano, e que estes
outros. Os gastos feitos em licenças são considerados funcionários, na maioria das vezes, são pais de família, e
custos, enquanto que os gastos feitos em treinamento que sua renda gera renda em seus bairros e assim por
de funcionários, consultoria ou desenvolvimento entram diante. E para completar, todo o processo gera impostos
como investimentos. São centros de custos diferentes. para municípios, estados e a União, e é com estes
impostos que o governo investe em infraestrutura, saúde,
Isto tem efeitos diretos na economia e produtividade da educação e tantos outros pontos importantes para
empresa. beneficiar A SOCIEDADE!
IndustriaI
50 desktops x R$ 1500,00 / licença = R$ 75000,00 / ano;
1 empregado = R$ 600,00 bruto/CLT/mês =
R$ 1.200,00 / mês / compania = R$ 14.400,00 / ano;
~ 5 empregados / ano
● Posto de Gasolina
● Farmácia
● Mercado local
Arquivo pessoal
Geração de emprego e renda para MPEs Um caso muito interessante para exemplificar o poder
deste ponto foi contado por Érico Ferreira, apoiador do
Já vimos nos pontos acima que temos uma economia
software livre e gerente da Unidade de Desenvolvimento
significativa com o software livre e que esta economia
de Software Livre, da Dataprev. Ele contou que no FISL
pode ter impactos socioeconomicos, e ainda pode gerar
de 2010, quando estava na área de estandes e feira, viu
mais. Uma das questões relacionadas com a contratação
um rapaz se aproximar e perguntar se havia algum em-
de serviços de TI passa por um mercado extremamente
pregado da empresa. Ele comentou que era da empresa
acirrado de grandes empresas multinacionais. O software
e o rapaz imediatamente pediu para transmitir o grande
livre permite o surgimento e proliferação de micro e
agradecimento dele e do sócio pelo Cacic, projeto feito
pequenas empresas para atender um nicho crescente de
pela Dataprev. Continuando a conversa, comentou que o
serviços como treinamentos, consultoria e
rapaz (e o sócio) são do interior de SP. Estavam desem-
desenvolvimento.
pregados, resolveram estudar o Cacic a partir do portal do
Como o conhecimento é compartilhado nas comunidades, Software Público, e passaram a vender serviços de insta-
é possível que empreendedores, sejam estudantes lação do produto. O resumo da história é que atualmente
universitários, profissionais autônomos ou mesmo estão ganhando muito bem, contratando funcionários e
hobbistas possam estudar estas tecnologias e entrar para ajudando no desenvolvimento do projeto.
o mercado nacional de serviços, gerando renda e
Este é um exemplo de quão significativo pode ser o
empregos.
software livre para o Brasil.
”
serviços como treinamentos, consultoria e desenvolvimento.
Produto
Desenvol_
Usuário
vimento
Empreen_
dedorismo
Volunta_
riado
Mercado Comunidade
Governo Sociedade
Arquivo pessoal
Agora, voltemos a ver o nosso ecossistema na Figura 6. Precisamos buscar meios efetivos para garantir o
desenvolvimento dos projetos, seja código para o produto,
Observe que praticamente todos os pontos contém várias
seja ações da comunidade, para que todo o ecossistema
entradas ou saídas, mas apenas um ponto tem uma
se mantenha. Para o caso do país e nossas
entrada e saída, que é o produto. Se houver algum
peculiaridades, é fundamental permitir um modelo além
problema com O PRODUTO, todo o ecossistema pode
do técnico, passando pelo social, econômico e cultural,
morrer.
fazendo a diferença.
O futuro Por parte das comunidades, elas estão trabalhando
ferrenhamente para se organizar como sociedade, tanto
Até aqui foi possível ver um amadurecimento do modelo e para a interação com seus usuários como para o
apresentar um novo modelo que vem sendo pensado no mercado. Por outro lado, existe uma interação de várias
Brasil. A comunidade BrOffice.org, buscando entender destas comunidades pela Associação BrOffice.org na
todo este modelo, vem trabalhando na sua organização, criação de um Centro de Excelência em Software Livre,
criando em 2006 a Associação BrOffice.org – Projeto para garantir a nacionalização de competências no
Brasil, uma ONG para ser o apoio jurídico da desenvolvimento dessas tecnologias, participação do país
comunidade, e que tem evoluído para ser a ONG de na governança desses projetos, e redução da
apoio de vários outros projetos estratégicos para a dependência estrangeira.
continuidade do software livre no país. Agora, é colocar em marcha.
No Brasil, e provavelmente em boa parte do mundo, o termo empregado para definir aqueles softwares que são pagos e que devem
ser usados como são (“as is”) de “software proprietário”. Assim, vamos revisar alguns termos antes de discutir estes aqui.
No universo “proprietário”, temos nomes como “shareware” ou “trial” que são uma designação para softwares gratuitos para
avaliação, “freeware” para programas gratuitos para o uso e, junto com os “sharewares”, sem possibilidades de modificação ou
divulgação de qualquer informação relacionada a falhas ou problemas relacionados ao produto. Por outro lado, temos o “open
source” referenciando-se ao software livre e/ou código aberto.
Para todos estes “tipos” de software temos um proprietário, que pode ser uma empresa, no caso de freeware e shareware, ou um
conjunto de desenvolvedores, que são pessoas físicas, no caso do software livre.
E daí pode-se perguntar “O BrOffice é proprietário”? A resposta é Sim! São centenas de desenvolvedores ajudando a desenvolver
este belíssimo software. E então se poderia contra-argumentar: “Mas ele não é livre”? E novamente a resposta é Sim! É possível
usar o BrOffice para usar em casa, no trabalho ou faculdade, além de estudar seus fontes, modificá-lo e distribuí-lo, com ou sem as
modificações. Assim, temos uma licença de software que não nos priva de todas estas ações, em contraposto a um software que
nos priva de todos estes direitos.
Desta forma, o correto uso do termo para os programas vendidos são “software privado”, isto é, aquele que nos priva de usar para
qualquer fim, estudar, distribuir ou modificar, ou seja, não é um software livre.
Ps: Obrigado ao amigo Roberto Brenlla, da Galícia/Espanha, sobre esta aula.
Referências
[1] Ver quadro sobre Software Privado vs Proprietário
[2] http://pt.wikipedia.org/wiki/Linus_Torvalds
[3] http://www.linux.org/
[4] http://pt.wikipedia.org/wiki/Minix
[5] http://www.broffice.org/the_document_foundation
[6] http://www.documentfoundation.org/
[7] http://br-linux.org/2010/oracle-silenciosamente-desativa-servidores-de-teste-do-postgresql-para-solaris/
[8] http://br-linux.org/2010/mandriva-estaria-procurando-um-comprador-para-a-empresa/
[9] http://br-linux.org/2010/fatiando-ny-post-diz-que-novell-sera-vendida-em-2-partes/
[10] http://www.gartner.com/
[11] http://www.itbusinessedge.com/cm/blogs/bentley/gartner-open-source-in-80-percent-of-software-by-2012/?cs=14606
[12] http://latinoware.org/node/242
[13] http://www.alfresco.com/
[14] http://www.pentaho.com/
[15] http://www.redhat.com
[16] http://www.enterprisedb.com/
[17] http://www.apache.org/foundation/thanks.html
[18] http://www.mozilla.org/about/organizations.html
[19] http://association.drupal.org/about/faq
[20] http://pt.wikipedia.org/wiki/Total_cost_of_ownership
Google
crédito
2010 na retrospectiva de um
http://www.flickr.com/photos/cayusa/2051756510
Por Wilkens Lenon Silva de Andrade
O ano de 2010 será um ano que entrará para a história No Brasil tivemos discursos inflamados contra o
digital da humanidade porque mostrou como a Internet WikiLeaks, um deles, foi o do autor do Projeto de Lei nº
pode tornar-se um espaço político poderoso nas mãos da 84/99 – Eduardo Azeredo. Tal projeto foi rechaçado pelas
sociedade civil organizada. A natureza livre da Internet Comunidades de Software Livre e internautas engajados
desnudou a hipocrisia do império quando o fantástico e, recentemente, após ter sido barrado no Senado
Julian Assange do WikiLeaks mostrou ao mundo como Federal, estão tentando ressuscitá-lo na Câmara dos
funcionam as maracutaias diplomáticas das nações mais Deputados. Estamos atentos e mobilizados! As nossas
poderosas da terra e dos seus satélites na periferia do lutas servirão para alimentar ainda mais os nossos
sistema. A cultura hacker mais uma vez foi a vanguarda sonhos. A Internet livre produziu fatos impressionantes
das liberdades fundamentais na rede, especialmente durante esse belo ano de 2010.
quando foi necessário afirmar a liberdade de expressão e A explosão da blogosfera e das redes sociais em
de opinião e o direito à comunicação no mundo 2010, servem para nos desafiar à participação na
globalizado. construção do espírito do nosso tempo. Vivemos um
Esse acontecimento fez aumentar ainda mais os ataques momento único, em que as práticas recombinantes na
à neutralidade da rede, cujo perigo está no controle do rede produzem e modificam as estruturas sociais do
tráfego das informações pelas empresas de Telecom a nosso modo de vida contemporâneo, fazendo emergir da
partir das tentativas de estabelecer filtros de dados na vida em rede, novas formas de cultura. Na verdade, surge
camada física da rede sob o controle dessas empresas. em nosso cotidiano uma verdadeira diversidade cultural
Isso feito à revelia dos usuários, ou seja, na prática da feita de afetividades, sentimentos e pensamentos que
censura pura e simples. extrapolam as limitações do espaço e do tempo.
A blogosfera inaugurou formas novas e mais Neste ano que se finda, surgiram novas oportunidades
democráticas de participação popular na esfera pública. para as Comunidades de Software Livre. Comunidades
As pessoas cada vez mais, se comportam como precisa que são o protótipo inicial da sociedade da informação,
ser o coletivo humano: uma sociedade de Interagentes. como já dizia Manoel Castells, o grande pensador da era
Não simples leitores ou, receptores passivos de da informação. Enquanto o modelo proprietário de
informação, mas autores e autoras, atuantes e produtivos, conteúdos digitais luta contra os fluxos de conhecimento,
vivenciando o tempo da coautoria e das remixagens restringindo as participações coletivas pela imposição dos
possíveis nos espaços digitais. seus modelos de mercado, nossas comunidades se
Em 2010 a velha mídia se viu, em vários momentos, colocam na vanguarda da colaboração dos conteúdos e
numa saia justa e, algumas vezes, completamente das práticas recombinantes na rede. A Comunidade
desacreditada por conta da transparência radical do BrOffice, por exemplo, logrou uma grande vitória em
modus comunicante da rede e de seus autores. Foi por função do surgimento da TDF – The Document
isso que bolinhas de papel continuaram sendo apenas Foundation (Fundação do Documento) que teve, para a
bolinhas de papel em vez de “Tijolos”, e “Rolos de fita alegria de todos nós, o Brasil como um dos países
crepe”, objetos fictícios da mídia acostumada a signatários dessa grande aliança pelo desenvolvimento
transformar em verdade o impacto da imagem. colaborativo do LibreOffice através da OSCIP
BrOffice.org. O LibreOffice é a nova suíte de escritório
Vimos a lei complementar nº 135 – da Ficha Limpa – ser
que passou a ser desenvolvida, colaborativamente, após
aprovada por unanimidade pelo Congresso Nacional
o rompimento da comunidade de usuários com a
brasileiro, não por vontade dos políticos, mas por conta
ORACLE, atual detentora da marca OpenOffice.org,
da sociedade civil mobilizada através das petições onlines
adquirida da Sun Microsystems.
já tão populares na rede. Aliás, a rede tem dessas ações
coletivas de mobilizações inacreditáveis. Bem, já dizia o Enfim foi um ano e tanto para o Brasil e para os
professor Sérgio Amadeu da Silveira durante o curso brasileiros. Não perderia a oportunidade de enaltecer
“Cidadania e redes digitais”, ao ministrar uma das aulas nossa jovem democracia que nos possibilitou a maior das
(todas foram onlines e em tempo real) para os seus vitórias em 2010: a eleição da primeira flor do palácio –
alunos da P2PU – Peer To Peer University: “A Internet Dilma Rousseff, presidente do Brasil. É a força da mulher
inaugurou a comunicação interativa, multidirecional e no comando do florão da América. É a esperança de um
transnacional. Seus usuários não são receptores ou Brasil ainda melhor, mais humano, mais fraterno e mais
simplesmente emissores, são interagentes.” Em seguida, livre sob todos os aspectos da vida em sociedade.
ele arrematava falando com uma síntese fantástica, o que Que venha 2011 com seus desafios e comprometimentos.
seria a base da neutralidade da rede e o resultado desse Não estaremos sozinhos. Somos uma grande
arranjo cibernético para a vida dos usuários: “a arquitetura Comunidade humana unidos pelos nós da rede. Laços
da rede distribuída, de troca livre e anônima de pacotes carregados de desejos, sentimentos, pensamentos
digitais garantiu o seu enorme sucesso.” Todas essas humanos grávidos de realizações!
conquistas são, inicialmente, conquistas das Viva o Software Livre! Viva a Liberdade! Viva 2010! Que
Comunidades de Software Livre. Muitas foram as lutas e venha 2011!
desafios, mas também vieram as boas realizações.
Wilkens Lenon Silva de Andrade é Graduado em Licenciatura em Computação, Mestrando em Educação Tecnológica
na UFPE e Técnico de Informática do Ministério Público da PB. Também é usuário e ativista do Software Livre e
colaborador da Revista BrOffice.org.
Google
Norbert Thiébaud
Tradução e adaptação: Rui Ogawa
Es ta é a primeir a de uma sér ie de entr evist as que, mes mo s en do um su pe rst ar, é também
c om des env olved ores . Noss a esper anç a é que uma pess oa basta nte r ecat ada - nã o é um
elas poss am encor ajar a compre ensão da us uá rio de red e soc ial ne m um blogu eir o, e
c res cent e comunidade q ue t raba lha par a r espeitamos isso. A e sper ança é q ue nós
melhora r o Libre Office, inc entivar inter aç ões poss amos c onhecê- lo melhor pe ssoalmente na s
ent re as p essoa s, e most rar que é r ealment e vá ria s c onfe rênc ias do L ibr eO ff ic e fut ur amente.
pos sí vel se e nvolver e c ont ribuir com o có digo. Ele t ambé m pare ce ser demasiado modest o -
Ev ident ement e, as o piniões exp res sas aqui s ão te m feito um tr abalho not ável, como por
os p on tos de vist a n ão edit ados dos próp rios ex emplo, t er f inalmente r emov ido a biblio tec a
ent re vista dos, e não da T he Doc umen t VO S (ob soleta por uma década ) do Libr eO ffice,
Fo undat ion, mas e sper o que com o tempo elas e ao faz er iss o enc ontr ado e cor rigido diver sos
mos tr em um lado útil da c omunidade. pr oble mas de seg me nt açã o. Então , sem mais
firu las :
Programar tem a ver com pessoas: então por favor, Como você ficou sabendo sobre o LibreOffice?
nos fale sobre você: Eu dei de cara com um comunicado à imprensa
Eu sou Norbert Thiébaud (shm_get no IRC). Sou francês, anunciando a criação da The Document Foundation,
mas moro em Dallas, Texas (EUA). lendo alguns agregadores de notícias sobre Linux. Minha
Qual foi o seu primeiro programa? primeira submissão de patch para a lista de discussão foi
em 28 de setembro de 2010, as 18:06:49. Isso foi umas
Ah, isso foi há algum tempo atrás... mais ou menos no
poucas horas após o comunicado de imprensa
outono de 1983. Eu não me lembro do que se tratava,
anunciando a criação da The Document Foundation para
mas eu sei que foi em Basic AppleSoft, e era em papel
o público.
pois eu ainda não possuía uma máquina para executá-lo.
Eu ficava rondando a loja de eletrônicos da vizinhança Por quê você se envolveu?
para experimentar com o modelo em exposição. Bem, a resposta curta é: Porque eu fui bem convidado.
O que você faz quando não está hackeando no A versão mais longa é a seguinte:
LibreOffice? A The Document Foundation apresentou-se com o
Eu trabalho para um ISV (Independent Software Vendor). objetivo de ser uma organização meritocrática e aberta; e
Nós escrevemos as ferramentas no campo Change Data isso foi música para meus ouvidos.
Capture: Capturamos logs de banco de dados (IMS, DB2, O site convidou e incentivou novos voluntários para se
Oracle ...), movendo-os, transformando-os e aplicando-os apresentar, e eliminou um dos meus maiores
a algum outro banco de dados), principalmente em aborrecimentos: a Atribuição de Direitos Autorais. Eu
Mainframe e Unix. tenho uma desconfiança salutar de organizações que
Quando você, normalmente, se dedica ao projeto? dizem apoiar o Código Aberto, mas demandam uma
Normalmente, tarde da noite e nos finais de semana. atribuição de direitos autorais, que - a história tem
demonstrado amplamente - não tem qualquer utilidade
Qual é o seu editor de textos preferido? E por quê?
prática a não ser permitir que essas organizações
Emacs, porque eu tenho 10 dedos - assim Ctrl+Shift+Alt+ possam tomar a propriedade do código em algum
% não é assustador para mim - mas meu cérebro é de momento. Quando essa organização, além disso, é uma
certa forma contrário à noção de "edição versus modo de empresa, então a conclusão é inevitável - é apenas uma
comando" que está no cerne do Vi. (e todo programador questão de tempo.
que se preze sabe que estas são as únicas duas opções
Quando nós falamos de iniciativas sem fins lucrativos
sãs).
dedicadas ao software livre, o risco é menor, mas mais
uma vez, há outras maneiras: Uma fundação pode ser
concedida temporariamente à administração de
proprietários de direitos autorais (em seus termos). Isso
iria cumprir a meta de tornar essa fundação relevante e
representativa, preservando sua capacidade de rescindir,
caso as coisas derem errado.
Me interessa serem levados em conta esses princípios na
fundação do projeto, e além disso a página dos
desenvolvedores anunciava um monte de tarefas, das
mais fáceis ao “enganadoramente não tão fácil”, que
novos colaboradores poderiam enfrentar. Isso foi muito,
muito útil. Ser interessado em ajudar é uma coisa ...
descobrir como começar e o que fazer é outra,
principalmente com um projeto tão grande e complexo.
meritocrática e aberta; para todos os trechos do código, mesmo aquele que você
nem tinha ideia que existia... E há uma abundância de
e isso foi música para cantos obscuros e arcanos em um projeto tão vasto. Eu
N ossas atividades diárias tomam conta da nossa vida e nunca temos oportunidade para pensar sobre a relação que há
entre nós e o mundo, entre nós e as pessoas que nos cercam ou nas pessoas que estão distantes, mas que sofrem toda
sorte de agruras. O movimento Software Livre tem o seu lado, digamos, social. Há quem afirme com todas as letras que são
uma coisa só, ou seja, não há software livre senão como um movimento social, de uma rede formada para disseminar
valores fundamentais que impõem uma ruptura no modelo atual vigente, inicialmente, na tecnologia da informação, depois
na economia, educação, saúde, política, em toda sociedade enfim, buscando a inclusão total e irrestrita, sem cair na
armadilha de tornar-se um movimento político partidário.
Como diria Lenine em sua canção “O mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo, e o mundo espera
de nós, um pouco mais de paciência...”(Paciência, Lenine). Paciência aqui pode ter o significado de parar um pouco, descer
da roda gigante, distanciar-se, sair da confusão, voar bem alto e olhar como uma águia para ter o discernimento necessário
para escolher o alvo após uma avaliação global, holística. O Natal é tempo propício para isso.
O movimento Software livre sobrevive de ações e atividades. Eventos dessa natureza pipocam de norte a sul do Brasil e do
mundo e a característica marcante de todos eles é a preocupação com o bem estar das pessoas, das famílias. Vejam, por
exemplo, o Encontro Nacional BrOffice.org. Desde as primeiras edições arrecada alimentos, incentiva a doação de sangue
e, mais recentemente, estimula estudantes universitários a desenvolver código-fonte e apresentar soluções para bugs
conhecidos com uma nova visão: desenvolver para compartilhar, aprimorando ainda mais o software para uso coletivo e
livre.
A seguir algumas ações solidárias idealizadas por pessoas e grupos com o objetivo de compartilhar alegrias, alimentos,
conhecimento, brinquedos e, principalmente, esperança de um mundo melhor, mais justo e mais fraterno.
Flickr
que celebramos essa festa!
sendo contemplado
Sete vidas
(Seven Pounds)
“Em sete dias Deus criou o mundo. E em sete segundos eu destruí o meu”
Tim Thomas.
Imagine se você pudesse voltar no tempo e com isso A saída encontrada por Tim é inusitada. Abandona sua
alterar o rumo da sua história? Não estamos falando de
vida profissional de sucesso como engenheiro de
nenhum filme de ficção como 'De Volta para o Futuro' ou
aeronaves, envolve alguns amigos de infância e o próprio
'Em Algum Lugar do Passado'. Aliás, quem gosta de
irmão e se passa por um agente do Departamento do
romance com final feliz não deve assistir Sete Vidas
(Seven Pounds). É um filme dramático, extremamente Tesouro dos Estados Unidos, no intuito de localizar as
dramático. O filme tenta refletir um pouco sobre a vida, a pessoas que serão alvo de sua cuidadosa e premeditada
morte e a linha tênue que as separam e as unem. O redenção. Sua busca tem o objetivo de salvar sete vidas.
protagonista, Tim Thomas (Will Smith), sabe da
O critério adotado é que essas pessoas sejam dignas do
impossibilidade de voltar no tempo para curar suas feridas
presente que pretende oferecer a elas. Tudo vai bem até
e as perdas irreparáveis que insistem em atormentá-lo.
Tim se envolver com uma paciente com coração fraco e
que precisa fazer com urgência um transplante para
Arquivo pessoal
Calendário
Ao Vivo Br
2011
O Projeto Escritório Aberto tem como objetivo fornecer modelos de arquivos para o BrOffice totalmente
gratuitos, prontos para usar e excelentes para o aprendizado. Assim, futuros usuários contarão com
aplicações práticas para demonstração dos diversos usos do BrOffice por meio de exemplos utilizáveis.
Tratam-se de arquivos de uso diário, enviados por colaboradores e que servem perfeitamente às nossas
necessidades, todos licenciados pela GPL.
Go
o
gl
e
Cuidados com
os tipos de
dados no Calc
Por Olivier Hallot
Formatação de teses e
monografias conforme ABNT
Por Nilson Almeida de Araújo
epígrafe (opcional);
resumo;
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
São os elementos que complementam o trabalho. Após a Paginação: as páginas devem ser numeradas no canto
Conclusão, as demais seções do trabalho não são mais superior direito. Os números das páginas devem ser
numeradas, porém a paginação segue aparecendo até o todos em algarismos arábicos (1, 2, 3, etc.), iniciando-se a
final. numeração a partir da parte textual (na Introdução).
Opcionalmente, poderá ser paginado o pré-texto em
São considerados elementos PÓS-TEXTUAIS:
algarismos romanos (i, ii, iii, etc.).
a) referências (obrigatório);
Numeração: A capa não é contada e nem numerada. A
b) glossário (opcional);
folha de rosto é contada (pg. I), mas não numerada. Daí
c) apêndice(s) (opcional); em diante, os elementos pré-textuais são numerados em
d) anexo(s) (opcional); romano (II, III, IV, etc.) no meio do rodapé. O restante do
documento recebe numeração cardinal a partir da
e) índice(s) (opcional).
Introdução (pg.1) do lado direito do cabeçalho.
Outras: As referências devem estar em ordem alfabética e
numeradas.
INICIANDO O TRABALHO:
A CAPA não recebe cabeçalho nem rodapé.
A FOLHA DE ROSTO não recebe cabeçalho nem rodapé,
mas é contada como página "i" sem receber numeração.
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS recebem somente rodapé
e numeração em algarismo romano (começando em ii).
ELEMENTOS TEXTUAIS recebem só cabeçalho e a
numeração em algarismos arábicos começando de 1 até
o final do texto.
FORMATAÇÃO BÁSICA PREPARANDO AS PÁGINAS E FORMATOS:
FORMATOS
Papel: A4 na cor branca. À exceção da ficha PASSO-A-PASSO:
catalográfica, todo trabalho deve ficar na frente das folhas
1) Abra um novo arquivo e salve com o nome de TESE.
para a impressão.
2) Precisamos criar quatro tipos de páginas como estilo.
Margens: esquerda 3,0 cm; direita 2,0 cm; superior 3,0
cm; inferior 2,0 cm. As citações devem ter margem de 2,0 Tipo Capa: sem cabeçalho e sem rodapé
cm a esquerda. Clique F11 e selecione o Botão > Estilo de páginas.
Fonte: Use Arial ou Time New Roman com tamanho 12. Com botão direito em um espaço em branco da janela,
Somente as ilustrações podem ser diferentes de preto. clique em NOVO... Na aba Organizador > Nome digite
Capa. Na aba Página, selecione Margem: esquerda (3
Espaçamento: O parágrafo deve ser justificado e com
cm), direita (2 cm), superior (3 cm), inferior (2 cm). Clique
espaçamento 1,5. O texto deve ter espaçamento 1,5.
Ok.
Obs.: As referências, as legendas, a ficha cartográfica, as
notas de rodapé, as citações longas, o objetivo e o nome
da Instituição, os resumos devem ser digitados em
tamanho 10 e espaçamento simples. Deve-se manter um
recuo de 4 cm da margem esquerda para as citações de
mais de três linhas,
OBSERVAÇÃO:
OBSERVAÇÃO
A formatação acima está considerando que todo trabalho será
impresso apenas nas folhas de frente, sem uso do verso (o que
ocorre em teses finais de capa dura). No entanto, para
apresentação à banca, as instituições costumam solicitar que o
trabalho seja impresso - frente e verso, evitando assim o
consumo exagerado de papel. Isso vale apenas para o trabalho
propriamente dito, pois os elementos pré-textuais e pós-textuais
devem manter o verso em branco. Então, para a banca, após o
trabalho pronto, divida a impressão em duas fases: primeiro
imprima os elementos textuais e pós-textuais; depois, imprima
os elementos textuais. A configuração de impressão dependerá
do tipo de impressora de que se dispõe.