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Apresentação
Foram necessários dezoito anos para que o acordo ortográfico da língua portuguesa
saísse da teoria e se tornasse uma realidade. O Brasil será o primeiro dentre os
integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa a adotar as mudanças, que
já entram em vigor a partir de 2009. O período de transição, durante o qual as duas
ortografias irão coexistir, irá até 2012. A reforma vai influenciar a nossa maneira de
escrever e de se relacionar com a língua. Este Guia tem a intenção de facilitar o processo
de adaptação, apresentando informações essenciais para o entendimento das novas regras.
Cada mudança é exposta de maneira simples, com exemplos e comparações que ilustram
como deverá ser seu uso. Verbetes explicativos sobre tópicos gramaticais também ajudam
a simplificar o entendimento das novidades; você ainda encontra dicas de uso e
curiosidades complementando o texto.
O caráter versátil e elucidativo deste Guia formatado pela LZ CRIAÇÕES e LEVY
ZAMBELLINI (PESQUISAS ESCOLARES) faz com que ele seja essencial não apenas
para estudantes, mas também para todos que desejam garantir o uso correto do
português.
ÍNDICE
1º O NOVO PORTUGUÊS
2º O ACORDO
3º ALFABETO “ATUALIZADO”
4º MAIÚSCULAS... E MINÚSCULAS
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5º TREMA
6º ACENTUAÇÃO
7º HÍFEN
8º CRASE
9º RECAPITULANDO
O NOVO PORTUGUÊS
O português está de cara nova. Não faltam polêmicas e argumentos contra e a favor
das mudanças, mas o fato inegável é que o acordo que unifica a ortografia do português
em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste,
Brasil e Portugal já é uma realidade. As novas regras são obrigatórias no Brasil desde 1º
de janeiro de 2009, com um período de adaptação para escolas, editoras, vestibulares e
concursos até 31 de dezembro de 2012.
A língua portuguesa é o sétimo idioma mais popular do planeta. São cerca de 230
milhões de pessoas falando português no mundo todo - a maioria no Brasil, que tem 185
milhões de habitantes. Em cada 1.000 palavras, os brasileiros alteram a forma de escrever
de 5 e os portugueses mudam a ortografia de 16. Mesmo sendo a língua oficial em oito
países, há apenas duas variantes de ortografia: a brasileira e a portuguesa, já que os
demais países adotam o modelo de Portugal. Com as modificações, calcula-se que 0,5%
das palavras em português brasileiro terão a escrita alterada.
Na ortografia de Portugal, a mudança será mais representativa, atingindo 1,6% do
vocabulário. Por esse motivo, o país terá um prazo maior, de seis anos, para se adaptar.
O principal motivo da mudança está no fato de que o português é o único idioma do
mundo com duas ortografias oficiais, ocorrência que atrapalha a divulgação do idioma e a
sua prática em eventos internacionais e diplomáticos. A unificação tenciona favorecer a
definição de critérios para exames e certificados de português para estrangeiros,
beneficiar o intercâmbio entre os países lusófonos e facilitar a emissão de documentos
oficiais.
Vale lembrar que apenas a grafia das palavras será unificada entre os membros da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A pronúncia, as relações gramaticais e as
diferenças nos significados das palavras em cada país as mesmas.
Os dez idiomas mais falados no mundo são: 1º Chinês, 2º Híndi, 3º Inglês, 4º Espanhol, 5º
Bengali (Língua oficial de Bangladesh e segunda língua mais falada na índia), 6º Árabe, 7º
Português, 8º Russo, 9º Japonês, 10º Alemão.
O ACORDO
Ao definir as mudanças, o acordo ortográfico buscou um consenso entre versões
brasileira e portuguesa do idioma quando possível e manteve as duas redações oficiais
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quando não foi possível. Algumas das novas regras visam apenas à fixação de normas
para usos ortográficos já consagrados pelo uso. O documento é composto por 21 bases.
São elas:
Base I Do alfabeto e dos nomes próprios e seus derivados
Base II Do h inicial e final
Base III Da homofonia de certos grafemas consonânticos
Base IV Das sequências consonânticas
Base V Das vogais átonas
Base VI Das vogais nasais
Base VII Dos ditongos
Base VIII Da acentuação gráfica das palavras oxítonas
Base IX Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas
Base X Da acentuação das vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras
oxítonas e paroxítonas
Base XI Da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas
Base XII Do emprego do acento grave
Base XIII Da supressão dos acentos em palavras derivadas
Base XIV Do trema
Base XV Do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares
Base XVI Do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação
Base XVII Do hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver
Base XVIII Do apóstrofo
Base XIX Das maiúsculas e minúsculas
Base XX Da divisão silábica
Base XXI Das assinaturas e firmas
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1 – O alfabeto da língua portuguesa passa a incorporar as letras K, Y e W e a contar ao
todo com 26 letras: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
- Nomes geográficos (os chamados topônimos), como de regiões, países e cidades (como
Kuwait, kuwaitiano).
- Siglas, símbolos e unidades de medida universais (como “K” para designar potássio em
química ou o uso de “kg” para quilograma).
4 – Nomes próprios de tradição bíblica que terminem em “-ch”, “-ph”, “-th” devem ser
simplificados:
Se as consoantes são pronunciadas, como em “Baruch” e “Loth”, a simplificação (no
caso, “Baruc” e “Lot”) é facultativa. Se as consoantes não são pronunciadas, como em
“Joseph”, “Bete” e “Judite”. Para efeitos legais, deve-se manter a ortografia dos nomes
próprios registrados em cartório.
5 – Sempre que possível, nomes de países e cidades em outras línguas devem ser grafados
em sua forma correspondente em português:
Nova Iorque (e não New York), Zurique (e não Zürich), Quebeque (e não Quebec). Os
termos que não possuem versão em português, como Washington, Los Angeles e Buenos
Aires, devem manter a grafia original. (Enquanto os brasileiros dizem Alô ao telefone,
nossos patrícios portugueses fazem o uso do “Está lá?” e ouvem como resposta do outro
lado da linha o “Estou cá”).
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2 – Os pontos cardeais também são escritos com letra minúscula: norte, sul, sudeste. Suas
abreviaturas, no entanto, são escritas em maiúscula: N (norte), NE (nordeste), O (oeste).
(Quando os pontos cardeais ou equivalentes são usados de forma absoluta, isso é, para
indicar toda uma região, eles são escritos com letra maiúscula. Por exemplo: Um dos
principais pontos turísticos do Brasil é o Nordeste [ou seja, a região nordeste brasileira];
É notável o crescimento econômico do Oriente [referindo-se a todo o hemisfério oriental]).
MAIÚSCULAS
1 – A letra maiúscula inicial é sempre usada nos seguintes casos:
- Nomes próprios, sejam eles reais (José de Alencar) ou fictícios (Branca de Neve).
- Nomes de lugares, sejam eles reais (Brasil) ou fictícios (Atlântida).
- Nomes de seres antropomorfizados (semelhantes ao homem) ou mitológicos:
Adamastor (gigante mítico referido por Luís de Camões em “Os Lusíadas”), Zeus (deus
da mitologia greco-romana).
- Nomes que designam instituições: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
- Nomes de festas e festividades: Páscoa, Natal.
- Títulos de jornais e revistas, que devem ser sempre grafados em itálico: Conhecimento
Prático Língua Portuguesa.
- Siglas, abreviaturas ou símbolos usados internacional ou nacionalmente com
maiúsculas (nesse caso, não necessariamente apenas na letra inicial): IBGE, H2O.
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- Na língua inglesa, nomes de meses e dias de semana são grafados com letra maiúscula e,
devido à difusão do idioma no Brasil – e ao fato de que em Portugal os meses eram
escritos em maiúscula antes do Acordo -, muita gente passou a adotar a prática. Por isso,
fique atento: meses e dias de semana são grafados com minúscula.
1 – O trema, sinal colocado sobre a letra u para indicar sua pronúncia nas gue, gui, que e
qui, deixa de ser adotado nas palavras em língua portuguesa ou aportuguesadas.
2 – O trema permanece nas palavras estrangeiras e seus derivados, como Führer, Müller,
Hübner e hübneriano.
- Responda rápido: quantos dos seus amigos são “gajos porreiros”? E quantos são
“parvalhões”? Ficou sem entender? Pois é, essas são mais diferenças entre o português do
Brasil e de Portugal. O nosso cara em Portugal vira “gajo”. E legal por lá é dito
“porreiro”, enquanto babaca vira “parvalhão”. E ai, o que você diz sobre seus amigos?
- PORQUE: O termo “porque” é uma conjunção causal, explicativa ou final. Seu uso tem
o significado equivalente a “pois”, “já que”, “uma vez que” quando indicar causa ou
explicação e “a fim de” quando indicar finalidade: “Não pude sair porque estava
chovendo” (“pois”, causa), “Não faça mal a ninguém porque não façam a você”. (“a fim
de que”, finalidade).
- PORQUÊ: O “porquê” é um substantivo e por isso mesmo é o único dos “porquês” que
aceita plural. Normalmente é precedido por um determinante, como um artigo, um
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pronome, um numeral, e é equivalente a “motivo” ou “causa”: “Ninguém entendia o
porquê da crise”; “Ele está sempre cheio de porquês”; “Nunca se soube o porquê da
briga”.
- ATENÇÃO!
Não se acentuam os paroxítonos terminados em “-ens”. Assim: nuvens, hifens, imagens,
ordens. Também não são acentuados os prefixos paroxítonos terminados em R ou I. Por
exemplo: semi-humano, super-homem.
PARA RELEMBRAR:
Sílaba é o fonema ou grupo de fonemas emitidos numa só expiração. Por exemplo, a
palavra “elefante” tem quatro sílabas: “e-le-fan-te”.
- A sílaba mais forte na pronúncia de uma palavra é chamada de sílaba tônica. De acordo
com o número de sílabas, as palavras podem ser classificadas em: monossílabas (que
contêm apenas uma sílaba), como “ai”; dissílabas (que contêm duas sílabas), como “ca-
sa”, trissílabas (com três sílabas), como “ca-va-lo”, e polissílabas (quatro ou mais sílabas),
como “po-lí-ti-ca”.
- DITONGOS são encontros vocálicos de uma vogal e de uma semivogal (que é o nome
que recebem o “i” e o “u” juntos a uma vogal formando com ela uma sílaba).
- Outros encontros vocálicos são os tritongos (encontro de duas semivogais e uma vogal,
como em “U-ru-guai”) e os hiatos (encontro de duas vogais que formam sílabas
independentes, como “pa-ís” e “ra-i-nha”).
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- Para saber se um ditongo é aberto ou não, repare na pronúncia. A vogal aberta é, de
forma simplificada, aquela que se pronuncia abrindo bem a boca. Na mesma linha, o
ditongo aberto é aquele cuja vogal mais forte (e não a semivogal, “i” e “u”) é aberta, como
em chapéu.
- O ditongo fechado é o que tem a vogal mais forte fechada, como em “foi”.
- PAROXÍTONAS são as palavras em que o acento tônico (ou seja, a sílaba mais forte)
recai na penúltima sílaba, como “es-co-la” e “re-tor-no”.
- As palavras também podem ser classificadas como oxítonas, quando o acento tônico
recai na última sílaba, como em “ca-fé” e “fu-nil” ou proparoxítonas, quando o acento
recai na antepenúltima sílaba, como “e-xér-ci-to”, “ár-vo-re” e “qui-lô-me-tro”.
3 – Deixam de ser acentuados os ditongos abertos -ei, -oi, -eu das palavras paroxítonas.
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ATENÇÃO!
- A reforma não alterou as regras de acentuação das palavras oxítonas. Assim, os ditongos
abertos “-ei”, “-oi”, “-eu” das oxítonas continuam a ser acentuados: anéis, herói, fiéis,
papéis, céu, chapéu, ilhéu, véu, remói, troféu etc.
4 – Deixam de ser acentuadas as palavras paroxítonas com –i e –u tônicos (mais forte) que
vierem depois de ditongo.
5 – Deixam de ser acentuadas as palavras paroxítonas que possuam -u tônico (mais forte)
que vier depois das letras g ou q seguidas de -e ou -i (gue/gui e que/qui).
ATENÇÃO!
- Como apenas as regras das paroxítonas foram alteradas, o acento é mantido em palavras
proparoxítonas em que o “-i” e o “-u” tônicos vierem depois de ditongo, como em
“maiúscula” e “felíssimo”. O mesmo vale para palavras paroxítonas em que o “-i” e o “-
u” não formam ditongo com a vogal anterior, como em “cafeína”, “saúde” e “viúvo”, ou
para palavras oxítonas em que o “-i” e o “-u” depois do ditongo estão em posição final ou
seguidas de “-s”, como “tuiuiú” e “Piauí”.
ENXAGUAR DELINQUIR
PRESENTE DO INDICATIVO PRESENTE DO INDICATIVO
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Eu enxáguo Eu delínquo
Tu enxáguas Tu delínques
Ele enxágua Ele delínque
Eles enxáguam Eles delínquem
Mas, se forem pronunciadas com U mais forte, essas formas deixam de ser acentuadas.
ENXAGUAR DELINQUIR
PRESENTE DO INDICATIVO PRESENTE DO INDICATIVO
Eu enxaguo Eu delinquo
Tu enxaguas Tu delinques
Ele enxagua Ele delinque
Eles enxaguam Eles delinquem
Apesar de com o Acordo as duas formas passarem a ser corretas, vale notar que, no
Brasil, a primeira pronúncia, com a e i nas sílabas tônicas, é a mais comum.
- Já que estamos falando de verbos, como anda seu uso de objetos diretos e indiretos
representados pelos pronomes O, A, OS, AS e LHE, LHES?
Para começo de conversa, objeto direto é o complemento de um verbo transitivo direto, ou
seja, o complemento que vem ligado ao verbo sem preposição. Esse complemento indica o
elemento para o qual se dirige a ação do verbo. Por exemplo: “Sempre ouço minha mãe”.
Esse tipo de objeto pode ser representado por “o”, “a”, “os”, “as” e sua variantes “lo”,
“la”, “los”, “las”, “no”, “na”, “nos”, “nas”: “Respeito minha mãe e sempre a ouço”.
“O objeto indireto pode ser representado por “lhe” e “lhes” e pelos outros pronomes
pessoais oblíquos (me, te, nos, vos): “Encontrou a esposa e contou-lhe seu dia”.
Os verbos podem ainda ser intransitivos, que são aqueles que não tem complemento,
como “Ela deitou”, ou de ligação, que servem para estabelecer a relação de duas palavras
ou expressões de caráter nominal,sem trazer ideia nova ao sujeito, como, por exemplo:
“Ela é bonita”.
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- Para não passar apertos, não tente encontrar um banheiro em Portugal. Seguindo o
português de lá, você deve procurar pela “casa de banho” ou pelo “quarto de banho” .
Além disso, a nossa descarga para eles é “autoclismo”.
7 – Levam acento circunflexo as palavras paroxítonas cuja vogal tônica (mais forte) é a, e,
o (fechadas) terminadas em:
L: cônsul, têxtil
N: plâncton, cânon
R: câncer, âmbar
X: ônix (tipo de pedra), fênix
Ao(s): benções, côvãos (cesto usado por pescadores)
EIS: têxteis, pênseis (que está suspenso, pendurado)
I(s): Mênfis (capital antiga do Egito), dândis
US: bônus, Vênus
A regra é válida também para os verbos derivados de ter e vir, como “manter”,
“conter”, “deter”, “intervir”, “provir”, “convir”,: ele mantém / eles mantêm; ele contém /
eles contêm; ele intervém / eles intervêm; ele provém / eles provêm; ele convém / eles
convêm.
VOCÊ SABIA?
- Muitas pessoas fazem confusão na hora de conjugar os verbos “ver” e “vir” na forma do
futuro do subjuntivo, tempo verbal que indica um fato hipotético futuro e sempre é
iniciado pelas conjunções “se” ou “quando”.
- Para se formar a base para o futuro do subjuntivo, basta retirar as duas últimas letras
desse tempo verbal (“am”) e juntar as terminações “-es”, “-mos”, “-des” e “-em”, de
acordo com a pessoa da conjugação (eu, tu, ele, nós, vós, eles). Assim:
- Já no verbo vir, o pretérito perfeito do indicativo é “eles vieram”, o que faz a base do
futuro do subjuntivo ser vier. Ou seja, o futuro do subjuntivo fica sendo “se eu vier”, “se
você vier”, “quando nós viermos”, “se eles vierem”.
10 – O mesmo vale para palavras derivadas que contêm sufixos iniciados por “z” e cujas
formas de base são acentuadas: aneizinhos (de anéis), avozinha (de avó), cafezada (de
café), chapeuzinho (de chapéu), chazeiro (de chá), heroizito (de herói), ilheuzito (de ilhéu),
orfãozinho (de órfão), avozinho (de avô), bençãozinha (de bênção), lampadazita (de
lâmpada), pessegozito (de pêssego).
11 – Não se usa mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural (eles) do presente
do indicativo ou do subjuntivo dos verbos crer, ler, ver e seus derivados, como “descrer”,
“reler” e “antever”. O mesmo vale para as formas no presente do subjuntivo e no
imperativo afirmativo do verbo dar (dêem) e suas variações.
13 – Não é mais usado o acento diferencial entre palavras homógrafas (que têm a mesma
grafia): pára (verbo parar) e para (preposição); péla (verbo pelar) e pela (preposição);
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pólo (substantivo), pôlo (substantivo, falcão ou gavião com menos de um ano) e pólo
(preposição arcaica); pélo (verbo pelar), pêlo (substantivo) e pelo (preposição); pêro
(substantivo, variedade de maça) e pero (conjunção arcaica); pêra (substantivo) e pera
(preposição).
16 – Passa a ser facultativo o uso do acento diferencial nas palavras dêmos (primeira
pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo dar) e demos (primeira pessoa do
plural do pretérito perfeito do indicativo do verbo dar); fôrma (substantivo) e forma
(substantivo, terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo formar e
segunda pessoa do singular do imperativo), amámos e demais formas verbais da primeira
conjugação e amamos e demais formas verbais da primeira conjugação.
VOCÊ SABIA?
Alcoólatra – como indica o acento agudo, a ênfase aqui deve ser no segundo “o”, não no
primeiro.
Algoz – a palavra, que é sinônimo de carrasco, deve ser pronunciada com “o” fechado,
como em “arroz”.
Arquétipo – é no “qué” que deve estar a sílaba tônica dessa palavra, não no “ti”.
Boêmia – como indica o acento circunflexo, a sílaba mais forte dessa palavra está no “e” e
não no “mi”.
Cateter – palavra oxítona, ou seja, a sílaba tônica é a última (“ter”), não a segunda (te).
Ciclope – paroxítona, essa palavra tem no “clo” sua sílaba mais forte, não no “ci”.
Edito – sinônimo de “lei”, a sílaba tônica dessa palavra esta no “di”. Já “édito”, que
significa “ordem judicial”, é proparoxítona é, portanto, deve ter ênfase no “é”.
Etíope – palavra proparoxítona em que, como indica o acento agudo, a sílaba tônica está
no “tí”, não no “o”.
Extinguir – o “guir” dessa palavra desse ser pronunciado como em “perseguir”,
“conseguir” e “seguir”. O mesmos vale para “distinguir”.
Filantropo – outro caso de palavra paroxítona. Como tanto, a sílaba forte é o “tro”, não o
“lan”.
Fluido – deve ser pronunciado como “cuido” e “gratuito”, com a sílaba forte no “u”. Já o
particípio do verbo fluir, “fluído”, registra um hiato e tem a sílaba forte no “i”.
Ibero – palavra paroxítona, ou seja, a ênfase está na penúltima sílaba, “be”.
Ínterim – como indica o acento agudo, a palavra é proparoxítona e sua primeira sílaba
(“in”) é a tônica.
Nobel – a ênfase deve estar no “bel” e não no “no” e a palavra tampouco deve ser
acentuada.
Obeso – a palavra é paroxítona, mas esse é um caso clássico em que o uso em muito
superou a norma culta. Ou você conhece alguém que fala obeso com ênfase no “be” aberto
(“bé”)?
Pudico – a palavra, que significa “aquele que tem pudor”, é paroxítona; portanto, a
ênfase está na sílaba “di”.
Recorde – é paroxítona e por isso, “cor” é a sílaba mais forte.
Rubrica – como toda paroxítona, a ênfase deve estar na penúltima sílaba, “bri”.
Ruim – a ênfase aqui deve estar na última sílaba, “im”.
Ureter – palavra oxítona e, como tal, a sílaba tônica é a última, “ter”.
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As regras de hífen sempre foram uma das mais complexas da língua portuguesa e a
causa de muita dor de cabeça – Não apenas para estudantes: O acordo procurou
simplificar o uso, mas não conseguiu resolver de todo a questão.
Na sua função mais simples, o hífen é usado para separar as sílabas de uma palavra
(hí-fen), para ligar os pronomes átonos ao verbo (fazê-lo, ofereceram-me) e para criar
conjuntos de letras e números variados (AI-5, Palmeiras-SP etc.). A principal finalidade
do hífen, no entanto, está na formação de palavras compostas. Estabeleceu-se por simples
convenção que se ligam por hífens os elementos das palavras compostas em que se
mantém a noção de composição, porém formando em conjunto uma perfeita unidade de
sentido.
Essa unidade de sentido pode representar tanto a soma dos significados parciais,
como em matéria-prima, como resultar em sentido figurado, distanciando-se do
significado dos termos individuais, como em ferrovelho.
Ainda assim, a maior dificuldade no uso do hífen está na palavra composta formada
por um prefixo e outro elemento. No geral, são 30 os prefixos mais usados que podem se
combinar a palavras com ou sem hífen – e cada um desses elementos segue normas
próprias.
Não há grandes divergências quanto ao uso do hífen no Brasil e em Portugal; o que
existe são várias oscilações e duplas grafias, fatores que guiaram a composição das novas
regras, reformulando algumas normas de modo a torná-las mais claras e trazendo
inovações em outros campos.
VOCÊ SABIA?
O hífen também é chamado de traço-de-união, embora também seja usado para
indicar a separação de sílabas.
ATENÇÃO!
O uso do hífen está entre os três erros mais comuns da língua portuguesa, ao lado da
crase e da concordância.
No entanto, o sinal deixa de ser empregado nas palavras compostas nas quais se
perdeu, em certa medida, a noção de composição, passando e ganhando um significado
próprio. Essas palavras passam a ser grafadas de maneira aglutinada.
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ANTES DO ACORDO DEPOIS DO ACORDO
pára-quedas paraquedas
pára-quedista paraquedista
manda-chuva mandachuva
pára-choque para-choque
roda-viva rodaviva
cabra-cega cabracega
ferro-velho ferrovelho
bate-boca bateboca
toca-fitas tocafitas
2 – O hífen é empregado em nomes de lugares (topônimos) iniciados por grão ou grã, por
verbos e quando houver artigos em seus elementos: Grã-Bretanha, Passa-Quatro, Baía de
Todos-os-Santos.
Os outros topônimos compostos são escritos com elementos separados, sem uso do
hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, Castelo Branco.
PARA RELEMBRAR:
3 – O hífen é usado nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas,
estejam elas ligadas ou não por preposição ou qualquer outro elemento. Exemplo:
abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde, bem-me-quer, batata-inglesa,
andorinha-do-mar, cobra-d’água, bem-te-vi.
4 – Emprega-se o hífen nas formações que começarem por bem ou mal e em que o
segundo elemento for iniciado por vogal ou h: bem-aventurado, bem-humorado, mal-
educado, mal-estar. No entanto, o advérbio “bem”, ao contrário de mal, pode não se
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aglutinar com palavras começadas por consoante, visto que, em português, o “m” só é
usado antes de palavras com “p” e “b”. Eis alguns exemplos: bem-vindo, bem-criado (mas
malcriado), bem-ditoso (mas malditoso), bem-falante (mas malfalante), bem-visto (mas
malvisto). Em muitos compostos, o “bem” aparece aglutinado com o segundo elemento,
quer este tenha ou não vida à parte: benfazejo, benfeitor, benfeitoria, benquerença etc.
PARA RELEMBRAR:
Prefixos são os elementos que na formação das palavras vêm antes dos radicais (o
“esqueleto” da palavra), como “in” em invisível e “re” em reescrever. Sufixos são
colocados depois dos radicais, como “mente” em calmamente e ia em advocacia.
São aceitas exceções de casos já consagrados pelo uso, como: água-de-colônia, arca-da-
velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
7 – O hífen é usado para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam,
formando, não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Alguns
exemplos: a divisa Liberdade-igualdade-Fraternidade, ponte Rio-Niterói, percurso
Lisboa-Coimbra-Porto, ligação Angola-Moçambique.
O mesmo vale para combinações históricas ou ocasionais de elementos geográficos,
como: Alsácia-Lorena, Angola-Brasil, Tóquio-Rio de Janeiro etc.
PARA RELEMBRAR:
Locuções são conjuntos de palavras que possuem valor e função determinados. Assim,
locuções substantivas funcionam como substantivos; locuções adjetivas funcionam como
adjetivos; locuções pronominais funcionam como pronomes; locuções adverbiais fazem
papel de advérbio; locuções prepositivas têm função de preposição e locuções
conjuncionais fazem papel de conjunção.
b) O hífen também passa a ser usado nas palavras em que o prefixo termina com a
mesma vogal com a qual se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante,
infra-axilar, supra-auricular, arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-
ondas, semi-interno.
O prefixo co- em geral aglutina-se em geral com o segundo elemento da palavra, mesmo
quando iniciado por “o”: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar etc.
c) O hífen cabe ainda nas formações com prefixos circum- e pan- quando o segundo
elemento começa por vogal, “m” ou “n” (além de h, caso em que todos os prefixos se
encaixam): circum-escolar, circum-murado, circum-navegação, pan-africano, pan-
mágico, pan-negritude.
d) Usa-se hífen nas formações com prefixos hiper-, inter- e super-, quando eles são
combinados co elementos iniciados por “r”: hiper-requintado, inter-resistente, super-
revista. No entanto, os outros casos não aceitam o hífen: hipermercado, intermunicipal,
superproteção.
e) Sempre se usa hífen nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de estado
anterior ou cessamento), sota-, soto-, vice- e vizo- (forma de vice em português antigo):
ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei, sota-
piloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei.
g) Com o prefixo sub-, usa-se hífen se o segundo elemento for iniciado por b ou r: sub-
ração, sub-bibliotecário.
VOCÊ SABIA?
Que chamamos de falsos prefixos os radicais de origem grega ou latina que assumem o
sentido global de uma palavra da qual antes era um elemento componente. Um exemplo é
“auto”, que, em grego, significa “por si mesmo”, “próprio”, mas na língua moderna
assumiu o sentido de “automóvel”, palavra que antes compunha. E com esse novo sentido
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ele funciona como falso prefixo na formação de outras palavras, como autoestrada e
autoescola.
9 – Não se emprega hífen nas palavras com prefixos nas seguintes situações:
a) Quando o prefixo termina em vogal (como micro, contra, anti) e o segundo elemento
começa por r ou s. Nesses casos, o r ou o s serão duplicados. Por exemplo: antirreligioso,
antissemita, contrarregra, contrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia,
biorritmo, biossatélite, eletrossiderurgia, microssistema, microrradiografia.
b) Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente.
Assim: antiaéreo, coeducação, extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem,
agroindustrial, hidroelétrico, plurianual.
10 – No caso das palavras formadas por sufixação o hífen só é empregado nos vocábulos
terminados por sufixos de origem tupi-guarani com valor de adjetivo, como açu, guaçu e
mirim, quando o primeiro elemento for uma palavra terminada em vogal que levar acento
ou quando a pronúncia exigir: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-
mirim.
- Certas utilidades caseiras têm nomes bem diferentes no Brasil e em Portugal. Por lá, não
adianta falar em esparadrapo ou band-aid – diga “pensos” ou “pensa rápido”. Pasta de
dentes é “dentrífico”, telefone celular é “telemóvel” e ventilador é “ventoinha”.
VOCÊ SABIA?
Se as regras do hífen são de dar nó no cérebro, nada como se relaxar um pouco travando
a língua. Trava-línguas, jogos verbais com palavras, são maneiras divertidas de se
relacionar com a língua e também ferramentas de trabalho importantes para
fonoaudiólogos, professores, atores, locutores e outros tipos de profissionais que precisam
de uma boa dicção. Confira alguns trava-línguas:
- Olha o sapo dentro do saco, o saco com o sapo dentro, o sapo batendo papo e o papo
soltando vento.
- Cozinheiro cochichou que havia cozido chuchu chocho num tacho sujo.
- O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu pro
tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.
12 – O hífen também é usado nas formas dos verbos querer e requerer consagradas pelo
uso, como quere-o(s) e requer-o(s). Nestes contextos, as formas legítimas pela norma culta,
qué-lo e requé-lo, são pouco usadas.
13 – Usa-se também o hífen para as formas pronominais enclíticas ao advérbio eis (eis-me,
ei-lo). Nas próclises, o hífen é usado nas combinações de formas pronominais do tipo no-
lo, vo-las: “esperamos que no-lo comprem”. Esse uso é mais recorrente em Portugal.
15 – Se na hora de pular de uma linha para outra a palavra com hífen precisar ser
quebrada e a separação coincidir com o fim d um dos elementos, deve-se repetir o hífen na
linha seguinte. Por exemplo:
ex-
-alferes;
vice-
-almirante
PARA RELEMBRAR:
A colocação pronominal pode ocorrer de três maneiras em relação ao verbo:
- Próclise é a colocação pronominal antes do verbo. Ela é usada nas seguintes situações:
3 – Em orações iniciadas por palavras exclamativas ou que exprimem desejo: Que Deus te
abençoe!
1 - Com verbo no futuro do presente ou futuro do pretérito, desde que esses verbos não
estejam precedidos de palavras que exijam a próclise: realizar-se-ão, na próxima semana,
as eleições para presidente; Dar-te-ia mais informações se pudesse.
1 – Não se usa mais hífen em vocábulos cujo prefixo terminar em vogal e o segundo
elemento iniciar-se por consoante. Se essa consoante for “r” ou “s”, ela deverá ser
dobrada.
CRASE
Ao lado dos hífens, a crase é um dos elementos que mais causam dor de cabeça na
língua portuguesa. A crase acontece quando o artigo feminino “a” se funde com a
preposição “a” e é representada na escrita por um acento grave sobre a vogal (à).
- No caso de nome geográfico ou de lugar, para saber se cabe a crase substitua o “a” ou
“as” por “para”. Se o certo for “para a”, use a crase: Foi à França (foi para a França). Se
não, deixem sem: Voltou a Curitiba (voltou para Curitiba, sem crase). Pode-se também
usar a forma “voltar de”. Se o “de” se transformar em “da”, há crase: Retornou à
Argentina (voltou da Argentina); Foi a Roma (voltou de Roma).
VOCÊ SABIA?
A palavra crase vem do grego krâsis, que significa “mistura”, “mescla”. A crase não
ocorre apenas na língua portuguesa. Outros idiomas, como o grego antigo e o sânscrito,
por exemplo, fazem uso do sinal com fins fonéticos.
RECAPITULANDO AS MUDANÇAS
TEMA ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA
Alfabeto O alfabeto é formado por 23 letras O alfabeto passa a ser formado por 26
letras, com a inclusão de K, W e Y
Trema O trema é usado para indicar a O trema é totalmente eliminado da
pronúncia do u nas sílabas gue, língua portuguesa, sendo aceito apenas
gui, que, qui: tranqüilo em palavras estrangeiras, como
Müller: tranquilo
Acentuação São acentuados ditongos abertos Não se acentuam ditongos abertos das
“ei”, “oi” das palavras palavras paroxítonas: geleia
paroxítonas: geléia
São acentuados o “i” e o “u” Não se acentua o i e o u tônicos
tônicos seguidos de ditongo em seguidos de ditongo em palavras
palavras paroxítonas: feiúra paroxítonas: feiura
São acentuadas as formas verbais Não são acentuadas as formas verbais
crêem, lêem e vêem e seus creem, leem e veem e seus derivados,
derivados, assim como dêem e seus assim como deem e derivados
derivados
Recebe acento circunflexo o Não se registra acento circunflexo no
primeiro “o” do hiato “oo”: vôo encontro vocálico “oo”: voo
Recebem acento diferencial as As palavras para, pela, polo, pelo, e
formas homógrafas: pára e para; pero registram apenas a grafia sem ,
péla e pela,; pólo, pôlo e polo, pélo, acento em todos os casos homógrafos.
pêlo e pelo; pêro e pero; pêra e Mantém-se o acento em pôde e pode e
pera; pôde e pode; por e pôr pôr e por
Recebe acento agudo o “u” tônico Não se acenta o “u” tônico de “gue”,
de “gue”, “gui”, “que”, “qui”: “gui”, “que” , “qui”: argui
argúi
Hífen Usa-se o hífen em palavras Usa-se o hífen em palavras compostas,
compostas, locuções e locuções e encadeamentos
encadeamentos vocabulares: vocabulares, como guarda-chuva. No
guarda-chuva, manda-chuva. entanto, ele é suprimido em palavras
em que se perdeu a noção de
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composição: mandachuva.
Não há regra específica sobre O hífen é empregado em topônimos
topônimos. iniciados por grão ou grã, por verbos e
quando houver artigos em seus
elementos: Grã-Bretanha, Passa-
Quatro, Baía de Todos-os-Santos.
Com exceção de Guiné-Bissau, os
demais topônimos compostos são
escritos com os elementos separados,
sem uso do hífen: América do sul, Belo
Horizonte.
Não há regra que trate de hífen em O hífen é usado nas palavras
espécies botânica e zoológicas compostas que designam espécies
botânicas e zoológicas, estejam elas
ligadas ou não por preposição ou
qualquer outro elemento: couve-flor,
bem-me-quer, bem-te-vi.
O travessão liga duas ou mais È usado o hífen para ligar duas ou
palavras que se combinam mais palavras que se combinam
formando encadeamentos formando encadeamentos
vocabulares: ponte Rio – Niterói vocabulares: ponte Rio-Niterói
GUIA DE PREFIXOS
Regra geral – Sempre se usa hífen diante de palavra iniciada por h: super-homem
*Exceção: subumano; formações com prefixos des- e in-
c) Não se usa hífen se o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com
consoante. Se essa consoante for “r” ou “s”, ela deve ser dobrada: semicírculo, antissocial
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Os prefixos mais comuns terminados em vogal:
aero ambi ana aero agro alfa ante
anti arqui auto beta bi bio contra
entre extra epi foto gama geo giga
hemi hidro homo infra intra justa macro
mega meso meta micro mini mono multi
nefro neo neuro para pluri poli proto
pseudo psico retro semi sobre soto supra
tele ultra
b) Usa-se hífen com os prefixos circum- e pan- quando o segundo elemento começa por
vogal, “m” ou “n”: pan-africano
c) O hífen é usado nas formações com prefixos pós-, pré- e pró- quando o segundo
elemento tem vida à parte: pós-graduação
NOTA:
Qualquer outra forma de divulgação por meio virtual deste
guia que não seja através da BIBLIOTECA VIRTUAL OU
DO SHOW DE CULTURA DA LZ CRIAÇÕES, constitui-se
em fraude e deve ser denunciada através do e-mail
levyzambellini@hotmail.com p/ que as medidas cabíveis sejam
tomadas.
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