Revolução Francesa, Escola de Exegese e Escola Histórica.
Através da Revolução Francesa que contestou o Antigo Regime, que possuía
caráter absolutista, mercantilista e colonialista houve o desenvolvimento do Estado e do Direito Moderno.
Na França, durante da Revolução Francesa, surgiu a Escola da Exegese e ela foi
umas das responsáveis pelo desenvolvimento do Direito atual. A Escola; que foi influenciada pelos ideais da Revolução supracitada e pela codificação do direito civil francês, através do Código de Napoleão; pregava a Lei como absoluta, impossível de receber críticas. Ela considerava a Lei como a única fonte do Direito, principalmente depois de modelada segundo o modelo do código napoleônico.
O método de interpretação utilizado pela Escola Exegética era o método
gramatical, método que limitava o intérprete ao texto da lei. Os interpretes só poderiam fazer o que a lei dizia de forma literal, ou seja, o que o legislador tivesse escrito. Não havia abertura para a interpretação através de costumes, crenças sócias, bom-senso ou jurisprudência. Na Alemanha, surgiu outra escola que ganhou o nome de Escola Histórica, nessa foi permitido uma abertura um pouco maior, uma vez que em determinados caso os costumes e as crenças dos grupos sociais eram aceitos como base jurídica. A Escola Histórica do Direito surgiu como oposição ao jusnaturalismo iluminista, jusnaturalismo racional. A corrente filosófica jusnaturalista iluminista refletia as normas da natureza, detectadas pelos homens através da razão, desse modo elas teriam validade universal, existiriam independentemente do tempo e do espaço. Os adeptos da Escola Histórica do Direito não concordavam com isso, pois consideravam que o Direito não existiria como um fenômeno imutável e universal, mas como um produto histórico. O Direito, em cada local e em casa sociedade, expressaria em sua essência uma individualidade própria e estaria em constante mutação acompanhando as transformações sociais.
Escola do Direito Livre
Para a Escola do Direito Livre, o objetivo do Direito não deve encontrar se somente na Lei escrita pelo Legislador, mas também em outros atos jurídicos. Ou seja, o Juiz ao decidir sobre determinado caso sem prender se à aplicação literal da Lei, não deve prender se somente à palavra do legislador, o Juiz deve considerar os fatos sociais, os valores, os costumes e a moral da sociedade. Nesse caso, ele possuiria maior liberdade no momento de decidir sobre os litígios podendo até confrontar o que lei expressa.
Essa Escola possui duas correntes principais, a corrente moderada e a radical.
Moderada: prega que a atividade criadora do magistrado deve ocorrer apenas em
hipótese de lacuna na lei. Ou seja, quando ela fosse obscura ou imprecisa, O juiz deveria ir além da lei, a fim de suprir-lhe as lacunas, contudo mantendo se a constitucionalidade de seus atos. Radical: defende que a atividade criadora do magistrado pode ocorrer nos casos em que a norma for considerada injusta. O Juiz deixaria de lado a lei confusa e agiria como se fosse o legislador, agindo claro de acordo o costume, o bom-senso, a cultura, a razão e o ordenamento jurídico ao realizar a atividade criadora. Ambas as correntes em minha concepção são válidas, umas vez que elas suprem a falta ou os erros da lei, contudo deve ser levado em conta a legalidade dos atos praticados pelo Juiz. O Magistrado devera agir de acordo com os princípios básicos da lei e essenciais a vida, sem contrariá-los.