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Administração Industrial
Fascículo 1
Índice
1. ADMINISTRAÇÃO INDUSTRIAL ................................................................... 1
1.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
2. ABORDAGENS CLÁSSICAS............................................................................. 3
2.1. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ................................................................................. 4
2.2. ADMINISTRAÇÃO SISTEMÁTICA ........................................................................ 5
2.3. TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA ......................................................... 7
2.3.1. Fordismo ................................................................................................. 10
2.3.1.1. Princípios ......................................................................................... 10
2.3.1.2. Características.................................................................................. 11
2.4. BUROCRACIA .................................................................................................. 11
2.5. GESTÃO ADMINISTRATIVA .............................................................................. 15
2.6. RELAÇÕES HUMANAS ..................................................................................... 20
II
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Índice de Figuras
Figura 2.1 – Linha do tempo do pensamento administrativo através das décadas................. 3
Figura 2.2 - Organograma administrativo proposto por Fayol............................................. 16
Figura 2.3 – Hierarquia das necessidades humanas. ............................................................ 21
III
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Índice de Tabelas
Tabela 2.1 - Abordagens de administração na linha do tempo............................................... 4
Tabela 2.2 – Resumo da Administração Científica. ............................................................... 9
Tabela 2.3 - Comparativo entre a escassez e o excesso de burocratização. ......................... 14
Tabela 2.4 – Resumo da burocracia de Weber. .................................................................... 14
Tabela 2.5 - Resumo da Gestão administrativa de Fayol. .................................................... 19
Tabela 2.6 - Principais diferenças entre a administração científica e a gestão administrativa.
...................................................................................................................................... 19
Tabela 2.7 – Áreas de interesse do enfoque comportamental. ............................................. 20
Tabela 2.8 – Resumo das características das relações humanas........................................... 22
Tabela 2.9 - Comparativo sem e com a abordagem das relações humanas.......................... 22
IV
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1. Administração Industrial
Segundo o novo dicionário Aurélio 1ª edição Î Administração: [do latim
administratione] I ação de administrar. II Gestão de negócios públicos ou particulares. III
Governo, regência. IV Conjunto de princípios, normas e funções que tem por fim ordenar
os fatores de produção e controlar a sua produtividade e eficiência, para se obter
determinado resultado. V práticas desses princípios, normas e funções. VI função de
administrador, gestão gerência VII Pessoal que administra; direção.
1.1. Introdução
A administração acompanha o ser humano em toda sua história, documentos antigos
nos levam à Suméria por volta do ano 5.000 A.C., quando os antigos sumerianos
procuravam melhorar a maneira de resolver seus problemas práticos, exercitando assim a
arte de administrar.
No Egito a construção das pirâmides iniciadas por volta de 2.700 A.C. e exemplos
do início da utilização da administração em setores políticos, econômicos, sociais.
Por exemplo: A pirâmides de Quéops, pelo que se sabe, envolveu em torno de 100
mil homens e 2,3 milhões de blocos com peso médio de 2,5 toneladas cada. Para tal fica
claro que houve:
• Planejamento;
• Organização: Divisão de responsabilidades e de tarefas;
• Controle: Operação em larga escala.
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2. Abordagens Clássicas
A Figura 2.1 traz uma linha do tempo mostrando a evolução do pensamento
administrativo através das décadas. Essa perspectiva histórica é dividida em cinco enfoques
de evolução e interligação:
• Escola Clássica;
• Enfoque Comportamental;
• Enfoque Sistêmico;
• Enfoque da Qualidade;
• Modelo Japonês de Administração.
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Sob esta mudança emerge uma nova cultura onde as expressões e a criatividade
humana são padronizadas e hiper ligadas em um hipertexto eletrônico global que modifica
as formas sociais de espaço, e de lugares para fluxos e tempo.
Esse hipertexto eletrônico é a Internet com o processamento simbólico de todas as
fontes e de todas as mensagens, constituindo a coluna vertebral da nova cultura, a cultura
da virtualidade real, a qual se torna o componente fundamental de nosso ambiente e da
nossa experiência como seres comunicacionais.
Nesse ambiente, os valores dominantes e os interesses são construídos sem
referência ao passado ou ao futuro, mas na paisagem das redes de computadores, na mídia
eletrônica e seus aperfeiçoamentos.
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• As operações econômicas;
• Assessoria adequada;
• Manutenção de estoques para atender à demanda dos consumidores;
• Controle organizacional.
Características:
• Produção ineficiente;
• Pagamentos aos operários ruins;
• Potencial da fábrica continuou subutilizado;
• Não relacionava a organização com seu ambiente;
• Ignorava a diferença de visão entre o administrador e o operário.
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• Tempo padrão;
• Trabalho coletivo
• Necessidade da supervisão;
• Ênfase na seleção;
• Maior pagamento para trabalhadores que ultrapassar o padrão estabelecido;
o Iluminação adequada;
o Diminuição de ruídos;
o Boa ventilação.
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Conclusões:
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Apesar das decorrências negativas para a massa trabalhadora, não se pode deixar de
admitir que esta abordagem representou enorme avanço para o processo de produção em
massa.
2.3.1. Fordismo
O Fordismo foi idealizado pelo Henry Ford, fundador da Ford Motor Company.
Ford utilizou à risca os princípios de padronização e simplificação de Frederick
Taylor e, também, desenvolveu outras técnicas avançadas para a época, sendo um modelo
de Produção em massa que revolucionou a indústria automobilística, quando introduziu a
primeira linha de montagem automatizada em 1914.
Suas fábricas eram totalmente verticalizadas, possuíam, por exemplo:
• Fábrica de vidros;
• Plantações de seringueiras na Amazônia, Fordlândia (Pará);
• Siderúrgica, dentre outros.
Esta última frase é motivada porque a tinta na cor preta secava rapidamente e os
carros poderiam ser montados, por conseqüência, mais rápidos.
2.3.1.1. Princípios
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2.3.1.2. Características
2.4. Burocracia
A burocracia surge através da publicação do livro “Economia e Sociedade” de Max
Weber sociólogo, advogado e historiador alemão, pois com o crescimento do tamanho das
empresas, passou-se a ser necessário um modelo de organização racional.
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Vantagens da Burocracia:
Disfunções da Burocracia:
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Burocracia - Weber
- Rede formal e estruturada de relacionamentos entre posições especializadas
numa organização.
Conceitos-chave - Regras e regulamentos padronizam o comportamento.
- Cargos são assessorados por especialistas treinados que seguem regras.
- Hierarquia define o relacionamento entre os cargos.
- Promove desempenho eficiente das atividades organizacionais rotineiras.
Contribuições - Elimina o julgamento subjetivo de empregados e da administração.
- Enfatiza mais a posição do que a pessoa.
- Flexibilidade organizacional limitada e processo de tomada de decisão lento.
- Ignora a importância das pessoas e dos relacionamentos interpessoais.
Limitações - Acúmulo de poder pode levar a uma administração autoritária.
- As regras podem tornar-se fins em si mesmas.
- Difícil de desmantelar, uma vez estabelecida.
Tabela 2.4 – Resumo da burocracia de Weber.
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Além disso, Fayol indicou cinco funções administrativas conhecidas como PCOCC:
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Fayol também relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma
complementar aos de Taylor, apesar de serem baseados na alta administração têm o mesmo
objetivo.
Isto porque, a própria divisão do trabalho, tão característica dos princípios de
Taylor, era defendida por Fayol para cargos técnicos e também administrativos.
9) Hierarquia (Cadeia escalar): É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto
ao mais baixo em função do princípio de comando.
10) Ordem: Deve ser mantida em toda a organização, preservando um lugar para
cada coisa (pessoa) e cada coisa (pessoa) em seu lugar.
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14) Espírito de equipe: A harmonia e a união entre as pessoas são grandes forças
para a organização, em outras palavras, promover a unidade de interesses entre os
empregados e a administração.
Algumas características negativas da gestão administrativa de Fayol são
semelhantes à de Taylor, como por exemplo:
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COMPORTAMENTO
Diferenças Individuais Coletivo e Processos Interpessoais
Percepção Cultura Organizacional
Individualidade Clima Organizacional
Competências: Grupos Informais
Conhecimentos, Aptidões e Habilidades, Processo de Comunicação
Atitudes, Interesses e Valores. Processo de Liderança
Estilos (Liderança e motivação) Processo de motivação
Tabela 2.7 – Áreas de interesse do enfoque comportamental.
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Relações Humanas
- A produtividade e o comportamento dos empregados são influenciados
pelo grupo de trabalho informal.
- Coesão, status e normas de grupos determinam o resultado.
Conceitos-chave - Os administradores deveriam enfatizar o bem-estar, a motivação e a
comunicação dos trabalhadores.
- As necessidades sociais têm precedência sobre as necessidades
econômicas.
Contribuições - Os processos psicológicos e sociais influenciam o desempenho.
- Hierarquia de necessidades de Maslow.
- Ignorava o lado racional dos trabalhadores e a contribuição das
Limitações organizações formais para a produtividade.
- Resultados de pesquisas posteriores contrariaram a prescrição
simplista de que trabalhadores felizes são sempre mais produtivos.
Tabela 2.8 – Resumo das características das relações humanas.
Para Maslow as pessoas estão em processo de desenvolvimento contínuo. As
pessoas tendem a progredir ao longo das necessidades, buscando atender uma após outra, e
orientando-se para a auto-realização.
A tabela 2.9 mostra um comparativo entre a abordagem sem as relações humanas e
com a abordagem das relações humanas.
COMPARATIVO
Sem a Abordagem das relações humanas Teoria das Relações Humanas
Trata a organização como máquina Trata a organização como grupo de pessoas
Enfatiza as tarefas e/ou a tecnologia Enfatiza as pessoas
Inspirada em sistemas de Engenharia Inspirada em sistemas de Psicologia
Autoridade centralizada Delegação plena de autoridade
Linhas claras de autoridade Autonomia do empregado
Especialização e competência técnica Confiança e abertura
Acentuada divisão do trabalho Ênfase nas relações entre pessoas
Confiança nas regras e regulamentos Confiança nas pessoas
Clara separação entre operários e Dinâmica grupal e interpessoal
administradores
Tabela 2.9 - Comparativo sem e com a abordagem das relações humanas.
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