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O Que é sociedade?

 
A sociedade de maneira geral pode ser definida como um grupo de indivíduos, em que há relações
econômicas, políticas e culturais. Suas principais características são a unidade de idioma pátrio e
costumes em que os membros têm de obedecer a um conjunto de leis características de cada região.
Augusto Comte fundamentou seu estudo sobre a formação da sociedade em três pilares: que é de acordo
com a Filosofia Positivista é a Lei dos Três Estágios.O Estado Teológico é marcado pela incapacidade do
homem de conseguir explicações científicas para os fenômenos: o espírito humano trata-os como
misteriosos, e por isso, procura-lhes uma explicação transcendente nas divindades ou forças ocultas de
qualquer espécie (Comte, Augusto).O primeiro seria a sociedade teológica fundamentada na propriedade
e exploração do solo. Assim o primeiro estágio é marcado pela Idade Média em que a Igreja Católica
ditava as regras de acordo com os seus dogmas e das leis do Cristianismo.“O Estado Metafísico resultou
do aperfeiçoamento do primeiro. Neste as divindades foram substituídas por entidades ou conceitos
abstratos” (Augusto Comte).O segundo estágio seria a sociedade legista aonde o homem é quem dita as
regras através do Governo Absolutista em que o Príncipe é o centro das atenções. “O Estado Positivo
revela a maturidade da humanidade por vários motivos. O homem submete a imaginação à verdadeira
observação que de acordo com as necessidades efetivas da humanidade, se atém rigorosamente aos
fatos”.(Comte, Augusto).Epor último a sociedade positivista aonde há o surgimento da industrialização, do
crescimento das cidades, da divisão do trabalho em que a sociedade não é mais regida pelas leis da
Igreja e sim pelo sistema capitalista.Já para Karl Marx e Friedrich Engels a sociedade era baseada nas
relações capitalistas de produção em que tinha a produção de bens materiais e os homens estavam
envolvidos nesta relação independente de sua vontade. Marx e Engels dividiram a sociedade em seis
grupos: a comunidade tribal, a sociedade asiática, a sociedade antiga, a germânica, a feudal, a capitalista
e por último ainda a comunista. Do ponto de vista puramente biológico, o que é normal para o selvagem
não é sempre para o civilizado e vice-versa (Durkheim, Émile). Para ele, a sociedade é um organismo em
que há a presença de dois estados um normal e outro patológico. Seu objetivo máximo é a harmonia
consigo mesma e com as outras sociedades por meio de um consenso. Assim, um fato social normal algo
que pode ser generalizado pela sociedade que vive dentro de um conjunto de regras e valores. Um crime,
por exemplo, é visto como um estado normal, pois é comum a todas a s sociedades em todos os tempos.
Portanto, o crime é punido de acordo com as leis de cada sociedade pelo fato de ser considerado como
um ato ofensivo. Já os fatos patológicos são aqueles que se contrapõem à ordem social e a moral
vigente. Então, a conduta imposta por facções criminosas ou terroristas pode ser considerada como um
fator social patológico.Ainda de acordo com a teoria de Durkheim existe a solidariedade mecânica e a
orgânica. Na solidariedade mecânica há a semelhança entre os sentimentos, valores e crenças como na
Idade Média em que todos partilhavam da idéia de que o ser humano não estava na terra para ser feliz e
ter prazer, mas sim para pagar todos os seus pecados e ser feliz somente na vida eterna. Já na
solidariedade orgânica há a predominância da diferença que faz parte do universo da Sociedade
Moderna.Há também outros tipos de sociedade como: anônima, de amigos, civis e comerciais, secreta,
de capital autorizado, aberto e com a participação do estado. A sociedade anônima é caracterizada por
ser uma empresa formada por sete sócios em que o capital se divide no mesmo valor nominal. Ela tem
como finalidade o lucro podendo exercer qualquer tipo de atividade comercial, industrial ou de prestação
de serviços.As sociedades civis e comercias são organizações de pessoas em que há esforços de
natureza contratual e institucional e tem como base um contrato em que seu registro é necessário para a
regulamentação de pessoa jurídica. Sua finalidade é o lucro que a diferencia de instituições sem fins
lucrativos como instituições beneficentes, culturais e religiosas.A sociedade secreta é um movimento
hierarquizado que é regido por normas e rituais. Elas podem ser religiosas, políticas, racistas etc. dentre
as sociedades secretas mais conhecidas estão a Ku Kluz Klan, a Maçonaria e a Máfia.
P- O que é a Sociedade Metafísica?

R- Um grupo de pessoas que estudam os fenômenos e eventos para alem da física.


Voltados a uma realidade mais subjetiva, e tenta ver as coisas alem da sua realidade
aparente.

P- A Sociedade Metafísica é uma religião?

R- De jeito nenhum. A Metafísica não é uma religião e nem os metafísicos são


religiosos no sentido vulgar da palavra, mas estudamos a religião, respeitamos e
entendemos seu papel e sua necessidade.

P- Que papel a Sociedade Metafísica atribui a religião?

R- O de tornar o homem melhor, conduzindo-o a um contato mais próximo com Deus,


através dos dogmas de fé.

P- É a Sociedade Metafísica uma filosofia?

R- Não! Embora tenhamos sim uma linha filosófica de busca, conhecimento e de


conduta. Também não é uma ciência, nos moldes materialista da ciência, mas tem em
seus fundamentos certos princípios científicos.

P- Que princípios são estes?

R- Alguns, e entre eles está o conhecimento e entendimento das leis da física e das leis
naturais que regem a mátéria.

P- É uma sociedade de segredos? Uma sociedade fechada?

R- Não. A sociedade Metafísica é aberta a todos que buscam o conhecimento dos


efeitos e entendimento das causas.

P- Não é então uma sociedade secreta?

R- Não. A Sociedade Metafísica nada tem de secreto, ou não estaria respondendo a estas
perguntas. Mas a própria metafísica sabe guardar seus segredos. Proteger-se da
vulgaridade e da especulação infrutífera.

P- O que isso quer dizer?

R- Quer dizer que a metafísica está ao alcance de todos que buscam, mas que estejam, é
claro, ao alcance de compreende-la.

P- Como saber então quem está preparado para esse conhecimento?

R- Para o conhecimento todos estão preparados, basta querer saber mais. Mas, se faz
necessário que esteja capacitado ao entendimento daquilo que busca conhecer. São duas
coisas totalmente diferentes. Conhecer não é o mesmo que entender. Como querer que
um aluno do ensino fundamental entenda os conceitos mais avançados de uma
universidade?

P- Quem decide sobre quem está preparado?

R- Ele mesmo, quando o conhecimento lhe chega e ele o entende ou não.

P- Já que mencionou a palavra ensino, a Sociedade Metafísica faz escola?

R- Não é princípio nem prioridade dessa sociedade fazer divulgação ou convite a quem
quer que seja. Existem muitos e variados caminhos que levam ao conhecimento, e cada
um sabe exatamente do que precisa.

P- Se é algo tão bom e verdadeiro, por que não divulgar e agregar mais pessoas?

R- Vulgarizar o conhecimento metafísico com convites as vezes inapropriados é deixar


seus conceitos e fundamentos, seus estudos e pesquisas a mercê de simples curiosos,
abrir o que nos é sagrado e sério a meras especulações.

P- Existe um templo de reuniões para essa sociedade?

R- Claro que não. A Sociedade Metafísica é fundamentada em conceitos elevados, com


princípios sérios de metas e objetivos. Não é uma congregação de pessoas motivadas
apenas pela fé e esperança. Conhecer e entender esse conhecimento é muito mais do que
crer. De forma simbólica, o templo do metafísico é o seu coração, e o sentimento seria o
equivalente a fé.

P- Não seria a razão mais adequada ao entendimento, em vez da fé?

R- Não da forma que empregamos a palavra entendimento. A palavra conhecer para o


metafísico significa tomar conhecimento, ficar sabendo, independentemente de sua
compreensão. Isso se dá quando por exemplo uma pessoa sem a menor noção de física
ler sobre a teoria da relatividade. O entendimento dessa teoria no entanto pode vir de
repente, num flesh. Um estalo como se diz. Um insight que entendemos como um
sentimento, muito mais que uma compreensão. Nisso, esse entendimento se assemelha a
fé. A razão analítica voltada as questões materiais não deve ser dispensada, mas na
causa metafísica ela tem pouco valor.

P- Quais seriam essas metas e objetivos das quais falastes mais acima?

R- Os objetivos da Sociedade Metafísica são: 1- A busca do entendimento completo e


perfeito da evolução humana, seu papel e destino. 2- O conhecimento da alma como
entidade Divina e imortal. 3- O despertar de uma nova consciência para um futuro
melhor da humanidade.

P- Como se reúnem os membros dessa sociedade?


R- Sempre que a ocasião permite, nos reunimos em pequeno grupo, com a presença ou a
falta de um ou de outro membro. Mas, a verdadeira reunião acontece no íntimo de cada
um que partilhe dos conceitos metafísicos.

P- Como se dá isso?

R- Da maneira mais simples, e também mais complexa, dependendo de pessoa para


pessoa. É uma sensação inevitável de não estar sozinho. Uma ligação imperceptível de
pensamentos, de entendimento sem palavras, ou explicações de convencimento. É muito
mais um sentir do que um compreender. Isso não se dá apenas na nossa sociedade,
acontece da mesma forma em outros lugares com outras pessoas e outras denominações
sociais.

P- A sociedade tem um líder?

R- Não. Todos são livres para ir e vir. Aceitar ou não. Temos sim, princípios
determinados que devem ser entendidos e respeitados. Preservados e cumpridos por
todos. Mas isso não é imposto a ninguém. O verdadeiro metafísico já o intui quando
aceita a causa, os conceitos e o pensamento metafísico.

P- Que princípios são estes?

R- 1- A preservação da paz interior, como reflexo menor de uma harmonia de maior


alcance. 2- O respeito e a não intervenção nos conceitos de fé e crença dos outros, sob o
peso de não tomar para sí essa responsabilidade. 3- A busca pelo conhecimento dos
efeitos e entendimento das causas. 4- A não vulgarização dos conceitos metafísicos. E
mais alguns princípios fundamentais ao equilíbrio e harmonia de nossa sociedade. O
afastamento do fanatismo cego e do debate infrutífero é um deles.

P- Quem determina esses princípios.

R- Um buscador de verdades mais elevadas intui a necessidade de certos princípios e


conduta. Sua mente aberta e sua consciência desperta a causa metafísica está preparada
a adotar esses princípios, e procura ele mesmo manter conduta digna. A lei existe para
determinar regras e normas. A religião, os dogmas de fé e de conduta. Na metafísica é a
própria consciência a geradora suprema  dos princípios da metafísica e da conduta do
metafísico. Ninguém em sã consciência assistiria a uma ópera em salão nobre vestindo
apenas roupas de banho. Acho que me entende.

P- Diante do exposto. A metafísica ou o metafísico acredita em Deus?

R- Não se trata de acreditar, mas sim de uma intuição forte, inata a todo ser humano.
Diante dessa inconcebível estrutura universal infinitamente organizada, algo nos alerta e
chama nossa atenção a uma força inteligente. O nada ou o acaso não pode ser
responsável por tal efeito organizado. É preciso uma causa inteligente, e entendemos
essa causa como sendo Deus, que preferimos chamar de Eterno.

P- Então os metafísicos acreditam em Deus como todas as demais pessoas?


R- Não! Nossa concepção de Deus vai alem da noção de fé ou de crença religiosa. Está
acima das especulações filosóficas e do materialismo científico. Nós metafísicos
concebemos um Deus incognoscível, não como um ser fora ou a parte de tudo. Não
concebemos um Deus antropomórfico, restrito a uma forma e sujeito aos conceitos
humanos.

P- Pode esclarecer mais?

R- A concepção humana de um Deus Pai, ou Filho, é muito religiosa, digna da religião.


A filosofia em suas questões já excede a muito esses conceitos. A ciência o ignora, por
não ser objeto de sua experiência, e a metafísica não se baseia nos princípios de fé, vai
alem da crença cega, e procura o entendimento daquilo que busca conhecer, respeitando
os sagrados mistérios Divinos, não inventando nem especulando sobre estes.

P- Que conceitos faz a Sociedade Metafísica sobre Deus?

R- Não conceituamos a natureza de Deus. Apenas nos permitimos intuir algo para alem
de nossa compreensão, e respeitamos esse mistério.

P- Não entendem Deus como sendo Onipresente, Onipotente e Onisciente?

R- O Eterno não poderia ser nada disso se junto acrescentássemos a Ele uma forma, ou
estar em algum lugar específico, preso aos conceitos e vontades humanas. As vezes
conceituamos e cremos no que nos parece ser o mais apropriado e conveniente a nossa
necessidade e segurança, e as vezes simplesmente nos deixamos aceitar os conceitos dos
outros. No geral são conceitos formados para nos servir, e como tal, escravos de nossa
vontade e conveniência. Não parece ser muito apropriado buscarmos conceitos mais
amplos quando já existem outros prontinhos a nos agradar e sem criar nenhum tipo de
conflito. Mas a verdade tem muitas e variadas faces, cada um constrói a sua, apropriada
a seu tempo, sua necessidade e lugar.

P- Pode dizer com mais clareza esse conceito metafísico sobre Deus?

R- Concebemos o Eterno como uma força inteligente, geradora, o que não deve ser
tomado como criadora. Para nós são conceitos diferentes. O axioma "em Deus existimos
e nos movemos" diz muito mais que qualquer outra definição que possamos dar.

P- Qual seria essa diferença entre geradora e criadora?

R- Para os metafísicos, criar determina um momento específico, com extensão de um


antes e um depois. Isso limita a criação a um início e conseqüentemente um fim. Não
concebemos o Eterno sujeito a esses limites. Bem diferente de uma força inteligente
geradora, onde os eventos vão se sucedendo dentro de uma concepção de um eterno
presente.

P- Qual a concepção metafísica sobre alma ou espírito?

R- A maneira como a pergunta foi colocada dá a entender que alma e espírito sejam a
mesma coisa. Não entendemos dessa forma.
P- E de que forma entendem?

R- Por alma entendemos ser uma das mais nobres manifestações Divina. Imortal e
atemporal. As almas não nascem nem são criadas, é uma emanação do Deus Eterno.
Divina e imortal. É uma entidade celeste quando em sua natureza original, e alma
humana quando em afinidade estreita com um corpo físico. A alma é uma manifestação
Divina e sem forma, energia emanada do próprio Deus.

P- Seria a alma o mesmo que consciência?

R- Não! Consciência é próprio do corpo físico. É o acúmulo das experiências vividas


pelo corpo e interpretadas pela mente humana. Repassada geneticamente e
culturalmente geração após geração, cada vez mais rica em detalhes e conhecimento.
Isso não significa melhor ou mais evoluída. Principalmente no que diz respeito a moral
e o intelecto. Mas há se entender que ter conceitos morais não implica necessariamente
praticar estes conceitos.

P- Mente e consciência não são a mesma coisa?

R- Nem poderia. A mente é um atributo do cérebro, e é responsável por analisar as


informações recebidas pelos sentidos. É este processo que forma a consciência. A
consciência, como já disse, é o acúmulo dessas informações e experiências do corpo.

P- E onde a alma entra nessa história?

R- A alma não entra e nem sai. Age e atua no campo das energias, das afinidades e dos
conflitos. Sendo a alma uma emanação Divina, uma das infinitas manifestação do
Eterno, ela não tem forma definida segundo nossos padrões. Não interfere diretamente
na autonomia, desejos, vontades e necessidades do corpo. Como podemos atribuir a
alma os desejos perniciosos, as vontades viciosas e as atitudes degradantes do corpo
humano a Divindade da alma? O que chamas de livre arbítrio refere-se a autonomia do
corpo físico e não da alma. O acúmulo de experiências genéticas ou culturais geram a
consciência que processada pela mente humana decide o que fazer. A natureza da alma
não é afetada por isso, se não na simples impressão de bem estar ou mal estar.

P- A consciência humana sobrevive a morte do corpo físico?

R- Primeiro que morte no sentido restrito da palavra não existe para a mente metafísica,
e sim uma transformação, uma metamorfose que proporciona a existência da Vida em
outros níveis, não de consciência mas de existir. Ou melhor dizendo, de prosseguimento
da Vida. Sendo a mente um atributo do cérebro, quando cessa a atividade cerebral cessa
também a atividade mental.

P- Mais, e a consciência individual do homem, sobrevive após a morte física, ou


transformação?

R- Sim. Mas ha que se entender que a consciência é como um livro de memórias, Não é
uma entidade, e por isso mesmo é consciência e não consciente. É preciso um cérebro
humano, que em suas conexões neuronais processe esse acúmulo de experiências
chamados de consciência. É a função da mente. A mente sendo um atributo do cérebro
deixa de existir juntamente com a forma física do corpo humano, e a consciência fica
preservada na forma energética do corpo extra-físico. Passa a existir como pensamento,
desassociado do corpo.

P- E onde pairam esse pensamento? Onde fica quando não há mais o corpo?

R- Em camadas sutis acima do orbe terrestre, assim como as ondas de rádio e tv,
podendo ser captadas por outras mentes em atividades, de acordo com o grau de
interesse e afinidades estabelecidos.

P- Qual a atuação da alma no corpo físico?

R- O corpo físico é o que proporciona a experiência física para a alma, sendo ela de
natureza completamente diferente da matéria. O mundo físico é por assim dizer o
laboratório de experiências do corpo humano, assim também o corpo humano é o
laboratório no qual a alma tem a experiência física. Isso de dá pela ligação do corpo
extra-físico, no qual reside a consciência e do qual a alma recebe as impressões, as
vezes agradáveis as vezes conflitantes. Ha que se entender que quanto mais experiência
o corpo físico adquire menos influência a alma tem sobre ele. Quanto mais formada a
consciência, mais autonomia. E também quanto mais experiência tem a alma, mais
autonomia tem o corpo físico.

P- Qual o objetivo disso?

R- O corpo humano completo em si mesmo de energia, força e movimento, cresce


evolutivamente ao longo das gerações através de suas experiências, aperfeiçoando-se
através de suas adaptações ao ambiente. Assim, a alma segue princípio semelhante.
Experimenta a experiência física através do corpo extra-físico, cresce em sua
experiência o que não é o mesmo que evoluir.

P- Poderia ser mais claro e específico?

R- Embora o corpo seja uma das infinitas manifestações Divina, assim como tudo o que
há, sua natureza é terrena. Ele passa por transformações desde o seu aparecimento no
globo terrestre. Cresce e evolui através de adaptações, como já foi dito. Isso se dá
devido ele ser de natureza material, e como tal, sujeito as leis que regem a matéria.
Constrói uma consciência individual que mais tarde pertencerá a totalidade humana.

P- Sim. Mas, e a alma?

R- A alma é de natureza puramente Divina, e nenhuma ligação tem com a matéria


densa. Não está sujeita ao que chamamos de evolução. Esse é um conceito físico e
puramente humano. De natureza diversa da matéria, a alma como já disse, recebe as
impressões do corpo físico através do extra-fisico, apropriado a captar e armazenar estas
experiência. Isso não deve ser tomado necessariamente como uma evolução para a alma,
mas sim como uma diversidade de experiências, não constituindo isso em vícios ou
virtudes para alma. Não afeta a sua natureza Divina, nem em melhoria e menos ainda
em degradação. Só a humanidade oscila nesse campo de sobe e desce moral e
intelectual. A alma é impassível a essas variações.
P- Ainda me parece confuso a função do corpo físico e a da alma.

R- Isso porque sua mente está processando centenas de anos de atividades,


conhecimentos, conceitos e experiências físicas, transmitidas genética e culturalmente
por muitos séculos. Ainda pensas no corpo como uma individualidade a parte dos
demais, e, ainda entendes o corpo tendo uma alma, quando é a alma que no ambiente
físico é provida por assim dizer, de um corpo. Mas os dois são de natureza diversa, nada
semelhante uma a outra. O corpo sujeito as leis que regem a matéria se transforma,
passa por muitas e variadas transformações, uma delas é o que chamais de morte. Isso
quando se entende o corpo como uma unidade totalmente desassociada dos demais, mas
como parte de um grande complexo chamado humanidade, manifesta no globo terrestre
com o princípio de Vida, essa prossegue e continua sua jornada evolutiva para alem de
todas as nossas expectativas de tempo ou duração. Humanidade é o conjunto dessas
individualidades, e é o conjunto que conta, e não a parte. A parte é tão somente um
detalhe de todo o complexo humano. A humanidade como um todo, em seu processo
evolutivo pode ser entendido na parte pela autonomia do corpo físico, esse tão
autônomo em sua existência que se adona até do que não lhe é próprio. Um exemplo
disso é quando o corpo diz: "minha alma", como se esta fosse sua propriedade. E
quando dizemos "meu corpo", é a voz secreta da natureza humana, como um todo, a
ecoar que tem um corpo.

P- Mas uma vez. E a alma?

R- A alma acompanha esta evolução humana bem de perto, co-participativa, assim


como um professor enriquece seu conteúdo de conhecimentos ao acompanhar a
evolução de uma classe de alunos. De forma semelhante a alma enriquece seu conteúdo
de experiência. Esta, repito, de natureza Divina explora esse campo fértil em regime de
co-participação. E quando esgotadas todas as possibilidades de novas experiências a
alma não mais se inclinará ao globo terrestre, outras esferas de composição muito acima
de nosso conhecimento será os novos campos de sua exploração. E assim
consecutivamente será sempre atraída a campos cada vez mais evoluídos até a sua
origem. Os campos de experiências evoluem, as almas acompanham essa evolução.

P- Não é o corpo físico então uma vestimenta para a alma, e a reencarnação não é o que
proporciona a evolução desta?

R- Isso é espiritismo. A metafísica não está restrita aos conceitos espíritas, ela vai mais
alem, buscando um entendimento supra-humano. No espiritismo o corpo físico não tem
outro valor ou finalidade se não o de receber uma alma, onde ele o corpo morre e a alma
herda o que chamas de carma.  Observas o desenvolvimento humano, sua evolução e os
níveis de adaptações pelos quais a humanidade já passou. Olhas com mais atenção a
quase totalidade de independência do corpo físico, e mais, atentas para os níveis cada
vez mais alto de consciência e para a livre escolha da mente humana, e vejas se pordes
atribuir todos os desejos, vontades, tendências e necessidades do corpo físico a
manifestação da alma, fazendo essa uma presa fácil dos vícios e degradação moral e as
vezes intelectual humana, ao ponto de torná-la refém e devedora das falhas e faltas
humanas para com a própria existência. Não somos espíritas, somos metafísicos. E
como tal, não nos prendemos as aparências dos efeitos, buscamos o entendimento das
causas.
P- A evolução da alma não depende da reencarnação?

R- Encarnada, desencarnada, reencarnação, são termos válidos e compreensíveis no


campo espírita e dignos dos altos conceitos espíritas. Quando se entende a alma
habitando o corpo físico, ou o corpo servindo de vestimenta a essa alma, estes termos
são apropriados. Mas na metafísica isso não procede pois são duas coisas
completamente diferentes, e somente associadas na experiência. Onde exatamente
poderíamos colocar a alma no corpo humano? O corpo tem vida própria, pois é
constituído de energia, e provido de força espiritual. Isso não significa que seja
totalmente independente da alma, pois por assim dizer, um é co-participativo do outro
no que diz respeito a experiência física. Autonomia necessariamente não deve ser
tomado por independência. Embora autônomo, um grau de ligação e de associação
muito forte é mantido entre corpo e a alma.

P- Como se dá essa associação da alma e do corpo?

R- Através do corpo extra-físico.

P- O que vem a ser esse corpo extra-físico?

R- O corpo físico como já disse antes, é completo em energia, força e movimento. É,


assim como toda a matéria, energia condensada, própria a experiência física no
ambiente físico. É dotado de uma força espiritual, e que é conhecida como espírito,
prana, energia, centelha Divina e outras denominações. É manifestação Divina a nível
sub-atômico, o que constitui Vida e movimento em tudo que há. Esse corpo humano
pela sua natureza, dentro do que foi ai descrito, gera por si mesmo um campo energético
muito mais sutil e complexo que o próprio corpo físico. É muito conhecido como aura, e
forçosamente tem a mesma forma humana do corpo físico. É o depositório da
consciência.

P- E qual a relação desse corpo extra-físico com a alma?

R- É através dele que a alma recebe as impressões da matéria. É preciso entender o Ser
humano como autônomo, mas nunca como independente dos laços de afinidades com a
alma, e suas respectivas influências. Não é a toa que se diz alma humana.

P- A que se refere quando diz alma humana?

R- A um estágio pelo qual todas as almas passam. Um período indeterminado e de


ligação tão próxima com o corpo físico que pode ser denominada assim. Completo esse
ciclo, essa mesma alma pode ser chamada de celestial, pela sua natureza de origem.

P- E quando esse período termina?

R- Como já disse a evolução humana é o fator determinante para que a alma dirija sua
atenção e vontade a outras experiências que não a física e humana. Encontrará
afinidades mais condizente com sua natureza a cada novo ciclo.

P- Está dizendo que chegará um dia em que o corpo não estará mais ligado a uma alma?
P- Longe disso. Embora diferentes em sua natureza o corpo sempre será motivo de
afinidade para as almas, assim como as almas sempre serão movidas para a experiência
do corpo. O espiritismo conhece esse processo como reencarnação, e admite que o ciclo
reencarnatório um dia cessará. Para o metafísico quando completo esse ciclo de
experiências físicas, e que nada tem a ver com a evolução da alma, mas sim da
humanidade, a alma dirige sua vontade e atenção a outras experiências muito alem da
nossa imaginação. Mas a vida e experiência humana continuará sendo objeto de outras
almas com menos experiências.

P- Fale mais sobre o corpo extra-físico?

R- O corpo físico é energia condensada, assim como toda a matéria. Já o disse. É


completamente autônomo, dotado de uma força espiritual como já foi dito, e de
movimento, a nível atômico. É esse conjunto de composições e principalmente o
movimento que gera o corpo extra-físico, o elo de ligação entre a alma divina e o corpo
humano.

P- O que seria essa força de que fala?

R- Essa força não é, claro, a força física ou muscular do próprio corpo. Falo da força
divina que permeia toda a matéria, na qual tudo existe e se move. É o que entendemos
como espírito. Uma manifestação Divida, da qual toda a natureza é atributo.

P- E por movimento, do que está falando?

R- Também é claro que não se trata do movimento normal e comum dos corpos no
espaço. Falo do movimento impulsionado pela força acima descrita. O movimento dos
componentes sub-atômicos, o que vem a constituir toda a matéria, condensando a
energia em elementos físicos e palpáveis, com formas e conteúdo. Esse movimento
proporciona todas as transformações pelas quais passa toda a matéria.

P- Não é então o espírito uma entidade como a alma?

R- Não. A alma como já disse é entidade Divina reciclando as experiências do corpo


físico e experimentando a matéria. O Espírito é uma manifestação Divina e de Vida.
Nele existimos e nos movemos. Quando um metafísico diz o espírito de Deus, não está
se referindo a uma entidade separada ou a parte do próprio Deus, mas sim a sua eterna
manifestação.

P- Mas isso que denominas de espírito é consciente?

R- Não poderia ser diferente, pois que provém de Deus. Deus ou Eterno, como
gostamos de chamar, é todo consciência. Mas, isso não significa que o que chamamos
de Espírito de Deus seja algo aparte do próprio Deus, assim como a alma é aparte do
corpo. Deus é, numa linguagem mas simplificada, a eterna e infinita consciência
universal. A causa de todos os efeitos. Só Deus é ação, tudo o mais é reação. Só Ele é
causa, e tudo o mais é efeito.

P- O pensamento metafísico acredita no mal?


R- Sim, claro! Num conceito cultural e social o mal existe sim, tanto quanto pessoas
más. Agora querer entender o mal como uma entidade é o mesmo que aceitar uma força
de tamanha potência quanto a do próprio Deus, se digladiando eternamente, uma
oponente da outra. Ainda assim ficaria a inevitável lacuna da origem desse mal.

P- Como entende então o pensamento metafísico sobre o que chamamos de mal na


Terra?

R- Usando a perspectiva humana, cultural e social. As leis terrenas são o código


humano de boa vivência, e quando burladas ou infringidas isso constitui um mal a
sociedade.

P- A crença em uma entidade maligna não é aceita pelo metafísico?

R- Já o disse. Não podemos conceber algo em oponência a Deus. Mas se insiste em


saber mais, vos adianto que, uma idéia fixa ou um pensamento pertinente e de caráter
contraventor ganha proporções acima da compreensão vulgar, e termina por agir e
interagir na forma de influência em meio a outros pensamentos de caráter semelhante.
Mas isso não caracteriza uma identidade a esses pensamentos. São como folhas ao
vento, a deriva, e sempre são atraídos pela predisposição ou tendência a causas
semelhantes.

P- Existe essa mesma condição nas almas?

R- A alma em sua natureza Divina e recém manifestada, pode ser entendida como pura
e até mesmo inocente. É, por assim dizer, essa característica que determina este ou outro
orbe seu campo de experiência. É inadmissível que a alma sendo de natureza Divina
tenha alguma tendência ou inclinação ao mal. O que existe fora do orbe terrestre e que
pode ser caracterizado de mal, são formas de vida totalmente diversa da humanidade, e
que em grau de autonomia muito superior ao da forma de vida terrestre, cometem
também como os humanos suas contravenções. Essa é a única forma do mal fora da
terra, ou campo espiritual como é costume chamar.

P- E a noção de céu e inferno?

R- Isso é muito mais cultural do que se imagina. Ao se aceitar uma entidade maligna,
forçosamente ha que se conceber um ambiente de origem, ou propício a sua morada. Aí
está o seu inferno.

P- E o céu?

R- Semelhantemente a questão acima. Ao se conceber Deus como uma entidade


antropomórfica, ha de se conceber também sua morada. Aí está o vosso céu.

P- Então é superstição querer de alguma forma se proteger do mal?

R- Como não querer se proteger de pensamentos malignos gerados por mentes atrasadas
e ainda brutalizadas, e que vagam ao Léo esperando serem atraídos por nossos
pensamentos mais obscuros?
P- A oração seria uma forma de proteção?

R- A oração é uma questão que precisa ser melhor explicada. Mas, dentro do que foi
perguntado, sim. Da mesma forma que a boa conduta e o cumprimento das leis dos
homens vos coloca em posição privilegiada diante da sociedade e das regras de
convivência pacífica, da mesma maneira a oração é uma arma poderosa diante do
pensamento maligno. A oração quando não automatizada e feita da boca pra fora,
quando é sentimento emitida do coração, ganha assim como o sentimento maldoso,
força. E, por conseqüência atua como antídoto ao que chamas de força maligna.

P- Deve a oração ser dirigida a Deus ou algum santo?

R- O objeto de vossa oração é tão somente um catalisador. Ao orar, o que mais importa
é o vosso sentimento.

P- O que acha o pensamento metafísico sobre Deus atender o pedido feito em oração?

R- Uma enorme pretensão humana. Deus não é uma entidade a serviço dos homens. E,
os caprichos humanos não são suficientes para motivar ou mobilizar as potencialidades
celestes a favor ou contra nada nem ninguém. Isso seria infringir as próprias leis
celestes.

P- E os milagres, o que entende a metafísica sobre isso?

R- Entende-se sempre que quando algo impossível ou inesperado acontece seja um


milagre. Não será a metafísica a mudar isso. Mas entendemos que uma gama de
condições favoráveis providas de fontes acima de nossa compreensão humana é a causa
que reverte ou evita situações ditas sem mais jeito. O milagre como forma de quebra das
leis celestiais seria uma contravenção dessas próprias leis, em benefício de alguém. Isso
seria querer que acontecesse nas leis celestiais o mesmo que acontece as leis dos
homens.

P- Pode discorrer em melhores detalhes sobre a oração, do ponto de vista metafísico?

R- O metafísico não ora em caráter de pedido ou de agradecimento. Não teria a quem


fazer isso, já que para o metafísico Deus não é uma entidade antropomórfica. Não
entende que santos e anjos estejam a nosso serviço. assim, a oração do homem de
consciência metafísica é muito mais uma condição contemplativa de harmonização com
o todo. O homem metafísico não agradece a sua boa condição em detrimento das graves
necessidades de seu semelhante. Isso seria uma situação de privilégio, nada condizente
com o que entendemos por Deus. Um exemplo próximo da forma de oração do
metafísico é o de uma mãe amorosa, quando olha cheia de sentimentos bons para o
filho, desejando sem palavras tudo que ela entende por felicidade. A oração metafísica é
algo semelhante. É a expressão de sentimento, um desejo íntimo de paz e de harmonia
que acreditamos ganha força e vai além do orador.

P- O que é esta noção de paraíso, que a maioria das religiões pregam?

R- O paraíso existe sim. Mas não é um lugar. É muito mais um estado de paz e
harmonia, de estar bem consigo mesmo e com seus semelhantes, integrado no mundo,
agindo e reagindo positivamente em conformidade com a evolução dos seres e das
coisas, onde conflitos mesquinhos seriam tão somente motivo de união para superá-los.
Assim é também a noção de céu e de inferno. Não são essas idéias exatamente um lugar.
Existem no mais íntimo de todos os humanos, como uma réplica, uma sombra distante
das harmonias celestiais quando pensamos em céu ou paraíso. E, como desarmonia e
sofrimento interior, quando pensamos em inferno.

P- Como a metafísica entende o pecado?

R- Como pecado. Mas nunca contra Deus. O homem peca sempre contra as leis, sejam
terrenas, naturais ou celestiais. É inconcebível a uma mente metafísica imaginar que o
homem em sua posição possa de alguma forma ofender ou atingir a grandeza de Deus.

P- Se é assim, como fica então a questão do castigo e da recompensa?

R- Isso é uma noção puramente humana onde o homem cria seus próprios critérios de
castigos e recompensas, e os transfere para Deus, desejoso que o que ele entende por
justiça na terra seja aplicada de forma mais perfeita nos céus. Passa a ter uma concepção
de uma entidade divina motivada a recompensar uns pelas suas ações dignas e a castigar
outros pelas suas faltas, erros e omissões. Um super juíz com todas as características
humanas, mas em forma de Deus. As vezes um pai amoroso, as vezes um carrasco
impiedoso. Essa concepção ainda pequena e vulgar não faz parte do pensamento
metafísico.

P- Então o pensamento metafísico não aceita a noção de castigo e recompensa?

R- Não nos moldes comum e vulgar como é ensinado a gerações.

P- E como entendem e aceitam isso?

P- Aceite-se ou não, pois isso não é objeto de retórica, existe sim um sistema de castigo
e de recompensa, mas de forma alguma isso é uma ação direta de Deus. É simples de
entender porque está aplicado no dia-a-dia de cada um, basta observar e verá os
exemplos disso em você mesmo e a sua volta.

P- Pode nos esclarecer melhor?

R- Sim. Quando uma pessoa infringe uma lei, seja dos homens, da natureza ou de Deus,
ela peca contra a lei, e não contra quem a estabeleceu. Assim, ele, o homem, criou uma
ação contrária as regras ou normas de equilíbrio, sejam elas sociais, naturais ou
celestiais, e toda ação exige uma reação. Não é difícil entender que para uma ação
desequilibrada e contrária, ha sempre uma reação do mesmo valor, contrária e
desequilibrada. sofre ele então as conseqüências de sua ação. Chame do que quiser,
conseqüência, reação, responsabilidade ou castigo, só não atribua isso a uma ação direta
do próprio Deus. Assim também é no que chamam de recompensa. Se uma pessoa vive
dentro das regras e normas sociais, cumprindo as leis dos homens, da natureza e de
Deus, e, suas ações estão sempre em conformidade com o equilíbrio, ele está nesse caso
produzindo uma ação positiva. É de se esperar que a reação seja do mesmo caráter e
valor. Tens ai o que vulgarmente pode se chamar de recompensa.
a) O estado teológico ou "fictício" explica os fatos por meio de vontades análogas à nossa (a
tempestade, por exemplo, será explicada por um capricho do deus dos ventos, Eolo). Este
estado evolui do fetichismo ao politeísmo e ao monoteísmo.
b) O estado metafísico substitui os deuses por princípios abstratos como "o horror ao vazio",
por longo tempo atribuído à natureza. A tempestade, por exemplo, será explicada pela "virtude
dinâmica"do ar (²). Este estado é no fundo tão antropomórfico quanto o primeiro ( a natureza
tem "horror" do vazio exatamente como a senhora Baronesa tem horror de chá). O homem
projeta espontaneamente sua própria psicologia sobre a natureza. A explicação dita teológica
ou metafísica é uma explicação ingenuamente psicológica. A explicação metafísica tem para
Comte uma importância sobretudo histórica como crítica e negação da explicação teológica
precedente. Desse modo, os revolucionários de 1789 são "metafísicos" quando evocam os
"direitos" do homem - reivindicação crítica contra os deveres teológicos anteriores, mas sem
conteúdo real.
c) O estado positivo é aquele em que o espírito renuncia a procurar os fins últimos e a
responder aos últimos "por quês". A noção de causa (transposição abusiva de nossa
expeirência interior do querer para a natureza) é por ele substituída pela noção de lei.
Contentar-nos-emos em descrever como os fatos se passam, em descobrir as leis (exprimíveis
em linguagem matemática) segundo as quais os fenômenos se encadeiam uns nos outros. Tal
concepção do saber desemboca diretamente na técnica: o conhecimento das leis positivas da
natureza nos permite, com efeito, quando um fenômeno é dado, prever o fenômeno que se
seguirá e, eventualmente agindo sobre o primeiro, transformar o segundo. ("Ciência donde
previsão, previsão donde ação").

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