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Trabalho de

Filosofia
Tema: Libertarismo, Determinismo e a teoria do “Santo Agostinho”
na conciliação da liberdade humana com a teoria da predestinação.

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Indice:
O que é Libertarismo? 3
Livre-arbitrio? 3
- Exemplos Básicos do Livre-arbítrio 4
E o que é determinismo? 4
- Fatalidade (Predestinação) 4
Liberdade Humana com a teoria da predestinação. 5
Quem era “Santo Agostino”? 6
E como Santo Agostino entra nessa História? 7
Conclusão: 8

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O que é LIBERTARISMO?
O libertarianismo ou libertarismo é a filosofia política cujas raízes remontam ao
jusnaturalismo racional, ao liberalismo clássico e aos founding fathers (País
Fundadores) americanos.

Respondendo de forma sucinta, libertarismo é relativo à quem defende a liberdade


absoluta, inclusive o libertário é chamado de anarquista.

Liberdade é o que o liberalismo clássico é, segundo os autores do século XIX, os


chamados liberais. Na Europa continental, eles ainda são chamados assim. (...) Nos
Estados Unidos, o sentido foi modificado: o termo liberal agora se refere às políticas de
um governo expansivo e ao welfare state( Estado Providência). A alternativa
contemporânea é libertário.

Com a redefinição semântica do termo “liberalismo” na América do Norte, os adeptos


de idéias políticas advindas do liberalismo propriamente dito – o liberalismo clássico -
ficaram desprovidos de uma nomenclatura política, e o termo libertarianism
( Libertarianismo) acabou por ser adotado naquele país para designar aqueles que
defendiam idéias verdadeiramente liberais.

O Libertarianismo constitui, nesse sentido, uma filosofia política liberal fundamentada


na liberdade individual, que determina que cada indivíduo é responsável pela própria
vida, devendo ser livre para fazer sua vontade, conquanto respeite a igual liberdade
dos outros de proceder de maneira semelhante. De modo geral, pode-se dizer que os
libertários defendem o máximo de liberdade e o mínimo de coerção ou exercício de
autoridade. Entretanto, dentre os libertários modernos identificam-se duas correntes
principais: os minarquistas, favoráveis à existência de um estado mínimo e diretamente
relacionados ao pensamento liberal, conforme a definição clássica; e os anarco-
capitalistas, os quais apregoam uma sociedade sem Estado, fundada nos pilares da
liberdade e da propriedade individual.

Livre-arbítrio???
Livre-arbítrio significa a capacidade que o homem tem de atuar livremente nas
existências, condicionando um roteiro conforme suas próprias escolhas!

A existência do livre-arbítrio tem sido uma questão central na história da filosofia e na


história da ciência. O conceito de livre-arbítrio tem implicações religiosas, morais,
psicológicas e científicas. Por exemplo, no domínio religioso o livre-arbítrio pode
implicar que uma divindade onipotente não imponha seu poder sobre a vontade e as
escolhas individuais. Em ética, o livre-arbítrio pode implicar que os indivíduos possam
ser considerados moralmente responsáveis pelas suas ações. Em psicologia, ele implica
que a mente controla certas ações do corpo.

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Exemplo básico do Livre-arbítrio:

Se eu quiser ir tirar aquela árvore que está a minha frente, eu posso!

se eu quiser falar bem ou mal de você eu posso!

se eu quiser plantar uma árvore eu posso!

E O que é DETERMINISMO?

Determinismo seria dizer que o nosso destino estaria traçado desde antes de nascermos
e não haveria nada a ser feito para mudar esse destino.

FATALIDADE (Predestinação)

► 851. Há uma fatalidade nos acontecimentos da vida, segundo o sentido ligado a essa
palavra; quer dizer, todos os acontecimentos são predeterminados, e nesse caso em que
se torna o livre arbítrio?
-- A fatalidade não existe senão para a escolha feita pelo Espírito, ao encarnar-se, de
sofrer esta ou aquela prova; ao escolhê-la, ele traça para si mesmo uma espécie de
destino, que é a própria conseqüência da posição em que se encontra. Falo das provas de
natureza física, porque, no tocante às provas morais e às tentações, o Espírito,
conservando o seu livre arbítrio sobre o bem e o mal, é sempre senhor de ceder ou
resistir. Um bom Espírito, ao vê-lo fraquejar, pode correr em seu auxílio mas não pode
influir sobre ele a ponto de subjugar-lhe a vontade. Um Espírito mau, ou seja, inferior,
ao lhe mostrar ou exagerar um perigo físico pode abalá-lo e assustá-lo, mas a vontade
do Espírito encarnado não fica por isso menos livre de qualquer entrave.

► 852. Há pessoas que parecem perseguidas por uma fatalidade, independentemente de


sua maneira de agir; a desgraça está no seu destino?
-- São, talvez, provas que devem sofrer e que elas mesmas escolheram. Ainda uma vez
levais à conta do destino o que é, quase sempre, a conseqüência de vossa própria falta.
Em meio dos males que te afligem, cuida que a tua consciência esteja pura e te sentirás
mais ou menos consolado.

As idéias justas ou falsas que fazemos das coisas nos levam a vencer ou fracassar,
segundo o nosso caráter e a nossa posição social. Achamos mais simples e menos
humilhante para o nosso amor-próprio atribuir os nossos fracassos à sorte ou ao destino,
do que a nós mesmos. Se a influência dos Espíritos contribui algumas vezes para isso,
podemos sempre nos subtrair a ela, repelindo as idéias más que nos forem sugeridas.

►853. Certas pessoas escapam a um perigo mortal para cair em outro; parece que não
podem escapar à morte. Não há nisso fatalidade?
-- Fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte. Chegado esse
momento, de uma forma ou de outra, a ele não podeis furtar-vos.

►853-a. Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, não morreremos se a nossa
hora não chegou?
-- Não, não morrerás, e tens disso milhares de exemplos. Mas quando chegar a tua hora
de partir, nada te livrará. Deus sabe com antecedência qual o gênero de morte por que

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partirás daqui, e freqüentemente teu Espírito também o sabe, pois isso lhe foi revelado
quando fez a escolha desta ou daquela existência.

►863. Os costumes sociais não obrigam muitas vezes o homem a seguir um caminho
errado? E não está ele submetido à influência das opiniões na escolha de suas
ocupações? Isso a que chamamos respeito humano não é um obstáculo ao exercício do
livre arbítrio?
-- São os homens que fazem os costumes sociais e não Deus; se a eles se submetem, é
que lhes convém. Isso também é um ato de livre arbítrio, pois se quisessem poderiam
rejeitá-los. Então, por que se lamentam? Não são os costumes sociais que eles devem
acusar, mas o seu tolo amor-próprio, que os leva a preferir morrer de fome a infringi-
los. Ninguém lhes toma conta desse sacrifício à opinião geral, enquanto Deus lhes
pedirá conta do sacrifício feito à própria vaidade. Isso não quer dizer que se deva
afrontar a opinião sem necessidade, como certas pessoas que têm mais de originalidade
do que de verdadeira filosofia. Tanto é desarrazoado exibir-se como um animal curioso,
quanto é sensato descer voluntariamente e sem reclamações, se não se pode permanecer
no alto da escala.

►864. Se há pessoas para as quais a sorte é contrária, outras parecem favorecidas por
ela, pois tudo lhes sai bem; a que se deve isso?
-- Em geral, porque sabem orientar-se melhor. Mas isso pode ser, também, um gênero
de prova: o sucesso as embriaga, elas se fiam no seu destino e freqüentemente vão pagar
mais tarde esse sucesso com revezes cruéis, que poderiam ter evitado com um pouco de
prudência.

►866. Então, a fatalidade que parece presidir aos destinos do homem na vida material
seria também resultado do nosso livre arbítrio?
-- Tu mesmo escolheste a tua prova: quanto mais rude ela for, se melhor a suportas,
mais te elevas. Os que passam a vida na abundância e no bem-estar são Espíritos
covardes, que permanecem estacionários. Assim, o número de infortunados ultrapassa
de muito o dos felizes do mundo, visto que os Espíritos procuram, na sua maioria, as
provas que lhes sejam mais frutuosas. Eles vêem muito bem a futilidade das vossas
grandezas e dos vossos prazeres. Aliás, a vida mais feliz é sempre agitada, sempre
perturbada: não é somente a dor que produz contrariedades.

Liberdade Humana com a teoria da predestinação.


Em pleno século 21, a humanidade continua tentando conciliar fé e razão.
Mas será que algum dia a ciência terá condições de provar que foi mesmo
Deus (ou alguma outra entidade superior) quem criou o Universo e
determinou os rumos da evolução?
O zoólogo Richard Dawkins e o paleontólogo Simon Conway Morris têm
muito em comum: lecionam nas mais prestigiadas universidades da Grã-
Bretanha (Dawkins em Oxford e Morris em Cambridge) e compartilham
opiniões e crenças científicas quando o tema é a origem da vida. Para
ambos, a riqueza da biosfera na Terra é explicada mais do que
satisfatoriamente pela teoria da seleção natural, de Charles Darwin. Os dois
também concordam que, caso a história do nosso planeta pudesse ser
reproduzida em outro lugar, a evolução provavelmente seguiria um rumo

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bem parecido ao observado por aqui, inclusive com o aparecimento de
animais de sangue quente, como nós. Num encontro realizado na
Universidade de Cambridge em outubro, porém, eles protagonizaram um
novo round de um debate que divide a humanidade desde que o mundo é
mundo: Deus existe? Morris, cristão convicto, afirmou na palestra
promovida pela Fundação John Templeton (cuja missão é “explorar as
fronteiras entre teologia e ciência”) que a “misteriosa habilidade” da
natureza para convergir em criaturas morais e adoráveis como os seres
humanos é uma prova de que o processo evolutivo é obra de Deus. Já o
agnóstico Dawkins disse que o poder criativo da evolução reforçou sua
convicção de que vivemos num mundo puramente material. O debate entre
Dawkins e Morris, como já foi dito, não é novo, longe disso. De um lado, é
óbvio que sempre haverá bilhões de pessoas que acreditam em Deus. Ao
mesmo tempo, dificilmente vamos viver para comprovar Sua existência (ou
inexistência). Entender alguns laços que unem ciência e religião e mostrar
como essa relação vem mudando ao longo dos tempos é o tema desta
reportagem.

Quem era “SANTO AGOSTINHO”?


Aurélio Agostinho, Agostinho de Hipona, ou Santo Agostinho, foi um bispo, escritor,
teólogo, filósofo e é um Padre latino e Doutor da Igreja Católica.

O cristianismo estava consolidado nessa época: embora tivesse apenas quatrocentos


anos, era considerado a verdade irrefutável. Apesar disso, Santo Agostinho, que nasceu
no norte da África, numa cidade chamada Tagaste, nem sempre foi cristão. Fez os
primeiros estudos na cidade natal e, com a ajuda de um amigo, foi para Cartago, aos
dezesseis anos, completar os estudos superiores. Não foi um bom aluno. Na juventude,
detestava estudar grego. Interessou-se por filosofia ao ler uma obra de Cícero. Quando
criança era cristão, mas depois passou por outras religiões, como a dos maniqueus, que
formavam uma seita e dividiam o mundo entre o bem e o mal, trevas e luz, espírito e
matéria. Acreditavam que com o seu espírito, o homem pode transcender a matéria. O
maniqueísmo contém uma visão dualista radical, bem e mal são tomados como
princípios absolutos. Posteriormente, Agostinho combateu essa doutrina, que foi criada
por Manes. De início ele recusava a ler a Bíblia, por considerá-la vulgar. Teve um caso
de amor, envolto em paixões mundanas, e nasceu um filho, que falecido ainda
adolescente. Com vinte anos, perdeu o pai e ficou sendo o responsável pelo sustento de
duas famílias. Foi professor de retórica em Cartago, mas depois mudou-se para Roma.
Sua mãe foi contra a mudança e Agostinho teve de enganá-la na hora da viagem. De
Roma foi para Milão, lecionar retórica. Muito influenciado pelos estóicos, por Platão e
o neoplatonismo, também estava entre os adeptos do ceticismo. Abandonou o
maniqueísmo, que critica. Converteu-se então à fé cristã, depois de conhecer a palavra
do apóstolo Paulo, e batizou-se aos trinta e dois anos de idade. Desistiu do cargo de
professor e voltou a Tagaste, onde fundou uma comunidade monástica, disposto a
fundamentar racionalmente a fé, como foi comum na Idade Média. Mostrou que, sem a
fé, a razão não é capaz de levar à felicidade. A razão, para Agostinho serve de auxiliar a
fé, esclarecendo e tornando inteligível aquilo que intuímos. Ele tinha tomado contato
com o pensamento neoplatônico onde a natureza humana contém parte da essência
divina. Demonstrou que há limites para a racionalidade. Receberemos um saber que está
além do natural. Com o cristianismo, uma luz inundou seu coração, sua alma encontrou
a paz. Virou vigário aos trinta e seis anos, praticando a vida ascética.Quando lemos
Santo Agostinho com a alma, e mergulharmos na meditação de seu pensamento, torna-

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se irresistível o desejo do conhecimento, da busca do essêncial. É como se o universo se
abrisse dentro de nós, e pudessemos com ele navegar nas profundezas do conhecimento
humano.
Engana-se quem pensa que a leitura de Santo Agostinho seja algo ultrapassado. Ele é
tão atual e magistroso como o foi á 16 séculos atrás. Santo Agostinho é fé, é razão, é
questionamento, inquietação e desejo de saber.

E como “Santo Agostinho” entra nessa História?


Santo Agostinho escreveu Contra os Acadêmicos, direcionado à filosofia cética e expôs
a teoria de que os sentidos dizem algo verdadeiro. O erro provém do juízo que fazemos
das sensações, e não delas próprias. A sensação não é falsa, o que é falso é querer ver
nelas uma verdade externa ao próprio sujeito.

Agostinho ficou conhecido por “cristianizar” Platão, fazendo vários paralelos entre a
parte espiritualista dele (que diz existir um mundo transcendente) e as Sagradas
Escrituras. Faz a distinção entre o corpo, sujeito à sorte do mundo, e a alma, que é
atemporal, e com a qual se pode conhecer Deus. Antes de Deus ter criado o mundo a
partir do nada as Idéias eternas já existiam na sua mente. Deus é a bondade pura. Ele já
conhece o que uma pessoa vai viver antes dela viver. Assim, apesar da humanidade ter
sido amaldiçoada depois do pecado original, alguns alcançarão a verdade divina, a
salvação. Isso depende do uso que fazemos do livre arbítrio, a faculdade que o
indivíduo tem de determinar de acordo com a sua própria consciência a sua conduta,
livre da Divina Providência, enquanto está vivo. Seria o ato livre de decisão, de opção.
Durante um diálogo, Agostinho chega a conclusão que o mal não provém de Deus, mas
sim do mau uso do livre arbítrio. De fato, para ele não existe mal, apenas a ausência de
Deus. (com isso ele refuta de vez a doutrina dos maniqueus). Essa teoria encontra-se no
livro O livre arbítrio.

Com uma vida errada, a alma fica presa ao corpo, porém a relação correta é a inversa.
Os órgãos sensoriais sentem a ação dos elementos exteriores, a alma não. Deus é a fonte
dos conhecimentos perfeitos e não o homem. A experiência mística leva à iluminação
divina. Assim se chega às verdades eternas, e o intelecto então é capaz de pensar
corretamente a ordem natural divina. A unidade divina é plena e viva, e guarda a
multiplicidade. O amor de Deus é infinito. A graça e a liberdade complementam-se.

Na obra a Cidade de Deus, Agostinho faz oposição entre sensível e inteligível, alma e
corpo, espírito e matéria, bem e mal e ser e não ser. Acrescenta a história à filosofia,
interpretando a história da humanidade como o conflito entre a Cidade de Deus,
inspirada no amor à Deus e nos valores que Cristo pregou, presentes na Igreja, e a
Cidade humana, baseada nos valores imediatos e mundanos. Essas cidades estariam
presentes na alma humana, e no final a Cidade de Deus triunfaria.

Outra obra importante são as Confissões, que é autobiográfica. Essa obra faz dele um
precursor de Descartes, Rousseau e o existencialismo. Acredita na verdade contida nos
números, que fazem parte da natureza.

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Conclusão:

O Libertarismo basicamente é a Liberdade. Liberdade, é a ausência de Submissão, é


você ter autonomia pra fazer o que bem entende, de acordo com as suas vontades. É
você ter o poder de escolher as suas ações. Daí vem o contexto do Livre Arbítrio que
nada mais é a capacidade do homem de fazer o que quer e o que bem
entende.
Ao longo das pesquisas feitas, vi que uma das principais perguntas onde em
muitos sites eram feitas:
- Se Deus nos deu o Livre-Arbítrio, por que ele iria nos punir se matássemos,
ou fizéssemos escolhas que vão contra o que é errado?
Segundo o “Santo Agostinho”, o Livre Arbítrio é um dom que Deus nos deu.
As escolhas somos nós que fazemos. Seguir o caminho da Salvação, ou o
caminho da Perdição.
Ter o Livre Arbítrio é fazer tudo o que te der vontade, agora cabe a você
escolher o que deseja fazer.
Já o Determinismo, é o nosso destino traçado. Mas eu discordo desse conceito.
A minha Opinião a respeito desse tema, é: Você tem dois caminhos. Duas escolhas de
como realmente quer viver a sua vida. Assim, tudo o que acontece na sua vida, tem um
propósito, O propósito de Deus. Deus não sabe que caminho você vai seguir. ELE pode
até ter traçado um caminho bom pra você, mas você é quem escolhe se você quer andar
embaixo dos olhos dele, ou não.

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