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AS PESSOAS SÃO DIFERENTES

Todo profissional que lida com pessoas e grupos deve compreender os fenômenos de grupo, para ter
melhores condições de constituir equipes e administrar os fenômenos advindos desse processo relacional. As
pessoas vivem sempre sob fortes influências de emoções , sentimentos , desejos etc. Muitas das quais o
indivíduo sequer tem a clareza do quanto inconscientemente governam as suas ações rotineiras ou os seus
projetos de vida , transformando-se em verdadeiras variáveis governantes do seu comportamento. Saber ou
não dessa realidade é uma coisa , negá-la é impossível , e compreendê-la é a nossa obrigação, já que lidamos
com seres humanos todos os dias .
Dinâmica de grupo é uma ferramenta que age em busca de um objetivo específico . A dinâmica de
grupo se propõe a refletir atitudes e relações nos planos consciente e pré- consciente, enfatizar a autonomia
do grupo e modificar a conduta do indivíduo no plano da relação interpessoal.
COMO A DINÂMICA PODE AVALIAR SE OS CANDIDATOS ESTÃO APTOS
OU NÃO PARA O CARGO EM ABERTO?
Quando se aplica uma dinâmica de grupo em seleção, queremos agilizar o processo de escolha de um
candidato para alguma vaga. A eficácia desse método consiste em colocar o candidato em situação de grupo,
para que se envolva em diferentes tarefas, podendo desempenhar um papel de forma autêntica. Ao iniciar o
processo seletivo, o selecionador já sabe quais são as características profissionais e pessoais (Perfil
Profissiográfico) que a empresa está buscando no mercado de trabalho. Portanto, a dinâmica de grupo auxilia
a revelação das características dos profissionais que estão participando do processo. O candidato deve ser
espontâneo e coerente com seus objetivos pessoais e profissionais, não há um comportamento pré-definido .
Em primeiro lugar, o candidato deve perceber quais são seus limites e suas potencialidades para que possa
respeitar a si mesmo e aos outros, independentemente da participação no processo seletivo. Para isso, o ideal é
ser espontâneo, coerente e objetivo, flexível porém sem deixar de colocar suas idéias e opiniões, ser
disponível para participar das atividades propostas, utilizar este processo para o crescimento pessoal e
profissional.
Já no treinamento, ela pode ser usada como recurso didático, buscando mudanças de atitude ou no
que se refere a aprender, aperfeiçoar ou qualificar as ações já existentes.
O jogo dramático gera um campo relaxado no treinamento, favorecendo um maior aprendizado através do
lúdico.
Não existe uma atividade especialmente utilizada nas dinâmicas de grupo, existe a definição do objetivo do
trabalho e a melhor técnica que atende este, bem como ao estilo do profissional.

EQUIPES

As equipes rompem a rigidez hierárquica das empresas baseada em compartimentos, facilitando o


processo de comunicação interna, reúnem conhecimentos de várias áreas, aproximando pessoas diferentes,
proporcionando a todas crescimento, através da equipe o conhecimento flui melhor, e sabemos o
conhecimento tem que rolar para encontrar outro e produzir um terceiro, só assim há inovação. A participação
em equipes desperta o líder que há em cada pessoa, criando oportunidades de exercício da liderança, mais
além disso, trabalhar em equipe gera comprometimento, cooperação, aprendizagem e transformação.

GRUPO

CONCEITO: Em princípio, grupo seria um conjunto de pessoas com objetivos em comum. É o começo
de tudo, um conjunto de pessoas com objetivos.
MAS PARA QUE SERVEM OS GRUPOS?
Grupo vem da palavra italiana GRUPPO, pode ser compreendido como “um conjunto de objetos que
se vêem de uma vez, reunião de coisas que formam um todo, ou reunião de pessoas unidas para um fim
comum” é um conceito que foi concebido na matemática para designar um “conjunto de elementos com uma
determinada composição que satisfaz certas condições”.
As pessoas diferem na maneira de perceber, pensar, sentir e agir. As diferenças individuais são,
portanto, inevitáveis com suas conseqüentes influências na dinâmica interpessoal. As diferenças entre as
pessoas não podem ser consideradas inerentemente boas ou más. Algumas vezes, trazem benefícios ao grupo
e ao indivíduo, outras vezes, trazem prejuízos, reduzindo-lhe a eficiência. Portanto, as diferenças individuais
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podem ser consideradas intrinsecamente desejáveis e valiosas, pois propiciam riqueza de possibilidades, de
opções para melhores e piores maneiras de reagir a qualquer situação ou problema.

AS FASES DA VIDA DE UM GRUPO SÃO :

INDIVIDUALISTA: É aquela onde o grupo não chega junto, os componentes necessitam se conhecer.
IDENTIFICAÇÃO: Interação com formação de subgrupos (panelinhas “cliques”).
INTEGRAÇÃO: Quando os componentes do grupo já se conhecem, e o alcance do objetivo é um processo
constante.

FORÇAS ATUANTES QUE INTERFEREM NA AÇÃO DE UM GRUPO

Grupo é um processo de mudança no qual se encontram em ação forças internas e externas.


• Força interna
• Força externa

COMPONENTES RELEVANTES DOS PROCESSOS DE UM GRUPO DE TRABALHO

Quando se deseja estudar um grupo em funcionamento e compreender sua seqüência de eventos,


modalidades de interação e conseqüências, é necessário identificar os componentes relevantes dos processos
de um grupo de trabalho. Analisa-se, então o tamanho ,composição, organização e através de sua dinâmica os
componentes que constituem forças em ação e que determinam os processos de grupo (movimentos de
progresso ou dificuldades/retrocesso grupal)

TAMANHO

Grande : Dificuldade de participação de modo funcional , causa dispersão, as coisas não são tão claras, falta
de interesse e causa resistência (alguns participam e outros não).
Pequeno : Há pouco contato e existe pouca possibilidade de interação, o que não significa que não seja ideal
em algumas situações.
Os grupos ímpares (5 ou 7) oferecem mais probabilidades de êxito que os pares (4 a 6). Na hora da decisão,
eles se fracionam e facilitam a resolução de problemas sem que haja dispersão.
Ideal : Para um grupo de trabalho eficiente o ideal é que seja de 5 a 7 componentes, mantém a atenção das
pessoas do grupo, além de ser impar, a quantidade de componentes é mais satisfatória.

COMPOSIÇÃO
GRUPO HOMOGÊNEO E GRUPO HETEROGÊNEO

A experiência tem provado que num grupo homogêneo, há mais identificação com a autoridade ,
tarefas de grupo facilitadas , integração mais rápida , menos criatividade e menos vigilância nas manipulações
e num grupo heterogêneo, pode-se verificar que a integração é mais lenta, mas se faz com maior profundidade
, a identificação com a autoridade e a realização da tarefa é mais lenta , há mais momentos de tensão e de
conflito, mais riqueza de experiências e mais complementaridade , mais resistência às pressões de
uniformidade , os elementos exercem maior vigilância sobre as tentativas de manipulação e há maior
criatividade.

GRUPO DE TRABALHO (GT)

Líder formalmente definido: Cada participante representa seu setor, defende seu espaço e se
manifesta em nome dele , o trabalho é intermitente, produto de trabalhos individuais, segue diretrizes e metas
organizacionais realizando reuniões formais, buscando eficiência e avalia-se a partir dos resultados da
organização discutindo, decidindo e delegando.
Equipes liderança compartilhada: o participante se integra à equipe e procura agregar conhecimentos
o trabalho é contínuo, produto de trabalhos coletivos, impõe-se suas próprias metas e estimula-se nas
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reuniões o diálogo, praticam-se dinâmicas para solução de problemas, tem avaliação direta de seus produtos
dialogando, decidindo e implementando ações em conjunto.

ORGANIZAÇÃO DO GT
ESTRUTURA DE PODER E ESTRUTURA DE TRABALHO

Na estrutura de trabalho , as linhas de atividade se estabelecem nos modos como as tarefas são
distribuídas e na maneira como os papéis são definidos.
Na estrutura de poder (autoridade), estabelecem-se os tipos de lideranças - autocrática (aspira o poder
total/completo/ absoluto sobre os outros - “eu sou o poder”), democrática (cooperativa, assume e distribui
autoridade - “o grupo é o poder”) ou permissiva (não assume responsabilidades, deixa as decisões para o
grupo - “o poder são os outros”).

LIDERANÇA

No interior dos grupos estabelece-se uma divisão de funções e relações de cooperação entre os seus
membros. O tipo de tarefas, estrutura, organização e normas variam. Contudo, há um elemento comum a
quase todos os grupos - a existência de um coordenador, de um líder. Mesmo nos grupos menores, há a
tendência para se escolher entre os seus membros um elemento que coordene à atividade coletiva, para melhor
atingir os objetivos definidos, para afirmar o próprio grupo. Desde o grupo de amigos, aos partidos políticos,
aos bandos, aos grupos religiosos, às empresas e instituições, existem indivíduos que desempenham funções
de liderança de forma esporádica ou continuada, de modo formal ou informal. Freqüentemente, os grupos têm
dois ou mais líderes, normalmente com funções diferentes.
Podemos dizer que é inerente ao grupo a organização, a liderança. Subjacente a este conceito está o
de influência interpessoal: o líder influencia, isto é, age de modo a modificar o comportamento dos elementos
do grupo. as funções e o poder do líder variam com o tipo de grupo.

ESTILOS DE LIDERANÇA

Não existe um estilo único de liderança: há diferentes formas de um líder exercer a sua influência e
poder, de se relacionar com os elementos do grupo. Os diferentes estilos de liderança geram atitudes no
interior dos grupos, diferentes comportamentos individuais.
Você verá em seguida alguns tipos de liderança mais comuns. Cada um deles tem os seus prós e
contras. A personalidade de quem dirige interfere em muito, na maneira de liderar. Aparentemente o melhor
estilo é a liderança situacional. O importante é que você encontre a sua maneira de liderar, que seja a mais
adequada a sua realidade e visão do trabalho.

LIDERANÇA AUTOCRÁTICA

Este estilo de liderança caracteriza-se pela confiança na autoridade e pressupõe que os outros nada
farão, se não lhes dor ordenado, é o líder que toma decisões sem consultar o grupo e geralmente não se
importa com o que os liderados pensam além de desestimular inovações. A produtividade é elevada, mas a
realização das tarefas não é acompanhada de satisfação.
LIDERANÇA LIBERAL

É o tipo de liderança chamada de "Laissez-faire" (traduzindo do francês para o português: "deixa -


fazer"). É o chamado "deixa como está para ver como é que fica".
Este líder acha que seu principal trabalho é a manutenção do que já foi conseguido. Não dá ordens,
não traça objetivos, não orienta os liderados, apenas deixa correr. É comum encontrarmos liderados
inconformados com esta atitude. O líder funciona como elemento do grupo e só intervém se for solicitado.
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LIDERANÇA DEMOCRÁTICA PARTICIPATIVA

Na liderança democrática o grupo participa na discussão da programação do trabalho, na divisão das


tarefas, sendo as decisões tomadas coletivamente. A produtividade é boa e, sobretudo, constatou-se uma
maior satisfação e criatividade no desempenho das tarefas, uma maior intervenção pessoal, bem como o
desenvolvimento da solidariedade entre os participantes.
Neste estilo de liderança, todo o grupo pode e deve contribuir com sugestões. A responsabilidade do
líder, é dirigir estas opiniões para que, na prática, atinjam os objetivos esperados. O líder, com sua
experiência, deve alertar sobre pontos difíceis e idéias que já foram tentadas no passado, mas sem sucesso.
A esperança neste caso, é fazer com que o grupo entenda que atingir objetivos é responsabilidade de
todos e não apenas da liderança.

LIDERANÇA SITUACIONAL

Baseia-se no fato de que cada situação requer um tipo de liderança diferente, para se alcançar o
melhor dos liderados. Um líder situacional deve ser versátil e flexível, sabendo adequar seus estilo, de acordo
com a pessoa com quem trabalha e com a situação.
Este líder, utiliza o que há de melhor nas lideranças AUTOCRÁTICA, LIBERAL e
DEMOCRÁTICA e aplica, dependendo do grupo que tem à mão e da circunstância.
O líder situacional pode escolher entre quatro tipos de ação:

a) Direção: Esta ação é usada, principalmente, com pessoas inexperientes, mas de bom potencial para
aprender.
b) Treinamento: Esta ação é utilizada com pessoas inexperientes, mas que perderam seu interesse inicial.
c) Apoio: Esta ação é para ser utilizada com pessoas inexperientes, mas que apreciam um estilo mais
participativo.
d) Delegação: Esta ação é apropriada para pessoas experientes, que sabem como se portar diante de crises e
problemas, achando, por si mesmas, as soluções criativas.

ALGUMAS REGRAS ESSENCIAIS DA DINÂMICA DE GRUPO


COMO FACILITADOR

1. Inicie o trabalho apresentando-se para o grupo.


2. No início do trabalho, nunca fornecer todas as informações para não causar resistência na participação.
Esclarecer as etapas ao seu devido tempo.
3. Dizer o que fazer e não como fazer.
4. Saber chamar atenção. Pedir silêncio pode parecer indelicado.
5. Fazer com que todos participem, criar um motivo para tal.
6. Evitar perguntas que cause mal estar.
7. Impor ou escolher um participante para iniciar a atividade também pode causar mal estar.
8. Distribuir o material necessário para a realização da tarefa(papel, lápis, tesoura).
9. Não deixar dúvidas.
10. Eliminar riscos , como pedir aos participantes que guardem relógios, óculos, ou qualquer objeto que
possa oferecer risco no decorrer da dinâmica.
11. Ao final, fechar em plenário, fazer perguntas, encaminhar para respostas objetivas e o agradecimento pela
participação de todos.

COMO PARTICIPANTE

1. Saber ouvir é uma arte e uma disciplina. Por isso, ouça o outro atentamente, na mesma intensidade,
freqüência e simultaneamente. Não se deve interromper o outro antes de ele concluir sua idéia ou
argumento. Evite conversas paralelas. Fale um de cada vez
2. Mantenha pelo outro um interesse sincero, procurando conhecê-lo.
3. Esteja fundamentado quando argumentar. Não tire conclusões precipitadas. Estude o assunto que vai ser
discutido, e que as palavras tenham o mesmo significado.
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4. No trabalho de grupo todos são iguais. Portanto, tenha boa vontade para com os outros e as idéias que
expõem.
5. Seja objetivo, claro, preciso, conciso, e evite os discursos, principalmente os vazios.
6. Evite atitudes agressivas ou hostis, e procure ajudar aos mais fracos, assim colaborando para o bom
desempenho do grupo.
7. Não esqueça que nossa verdade é apenas nossa, e não necessariamente a Verdade. Por isso, respeite e
valorize a opinião alheia.
8. Seja flexível o suficiente para mudar de opinião diante da lógica, razão e evidência dos fatos ou, pelo
menos, esteja aberto ao exame e à investigação das evidências.
9. Não saia do assunto e chegue à uma conclusão.
10. Não faça críticas destrutivas ou desnecessárias.

DINÂMICA DE GRUPO

O ser humano é dos animais aquele que depende por mais longo tempo dos outros para atingir a
maturidade adulta. Toda a bagagem hereditária que traz ao nascer é de pouca utilidade sem o auxílio dos
adultos. Desde o nascimento, o homem torna-se membro de um grupo e os efeitos dessa adoção refletem-se
por toda a sua vida; só me reconheço pelo outro. Dessa forma pode-se dizer com certeza que o homem é
naturalmente um ser cooperativo. A dinâmica de grupo constitui um campo de pesquisa voltado ao estudo da
natureza do grupo, às leis que regem o seu desenvolvimento e às relações indivíduo-grupo, grupo-grupo e
grupo-instituições.
Portanto podemos definir a Dinâmica de Grupo da seguinte forma:
Quanto ao objetivo: A Dinâmica de grupo é capaz de modificar a conduta do indivíduo no plano da relação
interpessoal;
Quanto ao coordenador: A ênfase na autonomia do grupo, faz surgir uma liderança espontânea;
Quanto aos participantes: Pessoas não problematizadas que desejam melhorar o relacionamento ou para fins
de capacitação;
Quanto a duração: O tempo é previamente fixado;
Quanto a profundidade: Como qualquer outra técnica de avaliação psicológica, não é uma avaliação profunda.
Como já visto anteriormente, examina o aqui e agora das relações interpessoais, na tentativa de alcançar um
objetivo específico. Psicólogos em qualquer que seja sua área de atuação trabalham sempre com hipóteses.
Nunca podemos afirmar que o indivíduo é aquilo que a técnica nos permite ver, em um laudo psicológico por
exemplo dizemos que o indivíduo no momento demonstrou certas características.
Pode-se, então, refletir que: As dinâmicas de grupo seriam a expressão de uma postura metodológica
que reconhece a dimensão do lúdico, do prazer como parte integrante do processo de desenvolvimento do
grupo. Além do mais, o manuseio das dinâmicas não pode ser feito de forma aleatória nem por pessoas que
não consigam identificar-lhes as limitações ou compreender toda a amplitude de seus objetivos .

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