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Maximização dos lucros e enfoque social. É possível?

Muito se discute a constante busca das empresas pelo lucro, e o bem social que tais
empresas promovem no meio populacional. Existem, basicamente, duas teorias para
essa questão, uma que defende que a maximização dos lucros geraria mais empregos,
mais receitas com impostos e, conseqüentemente, uma melhor qualidade de vida para a
população, outra que afirma que não é possível, maximizar lucros, e ainda assim, causar
um grande impacto social, principalmente para a população de baixa renda, o defensor
dessa idéia é o economista indiano, MUHAMMAD YUNUS, ele acredita que o lucro
obtido com a base da pirâmide, deve voltar inteiramente para ela. Assim como é difícil
abdicar dos lucros, também é muito difícil acreditar que uma empresa que busque a
maximização do lucro a qualquer preço, como se ver hoje, possa gerar algum bem social
que mude a vida da população. O ideal seria praticar o meio termo.

Infelizmente, ainda não é possível buscar a maximização de lucros e fazer o bem social,
as grandes instituições, estão mais preocupadas com os resultados trimestrais, para tal
comprovação, basta observarmos as grandes instituições bancárias, que ao longo da
ultima década eliminaram quase 50% de sua força de trabalho (DIEESE), e obtém
lucros estratosféricos a cada ano que se passa, o SANTANDER BRASIL, por exemplo,
aumentou seu lucro em 2010 em mais de 113% (ECONOMIA & NEGÓCIOS –
03.02.2011), já o BRADESCO teve o terceiro maior lucro da história dos bancos
(ESTADÃO – 03.02.2011).

A grande questão é a seguinte, como rentabilizar o capital do acionista e fazer o bem


social?! Existem várias maneiras e idéias para se fazer o bem social, contudo, um dos
maiores bem que se pode fazer, é oferecer emprego a população, exemplificando o caso
do Bradesco, se o banco aceitasse diminuir seu lucro em torno de 10% (o lucro do
Bradesco em 2010 foi mais de 10 bilhões), seria capaz de gerar, mais de 25 mil
empregos, e é do conhecimento de todos que as filas em bancos estão cada vez mais
desgastantes, faltam caixas, faltam pessoas que prestem informações e sobram
reclamações e tempo perdido. Se os cinco maiores bancos do Brasil, aceitassem
diminuir seu lucro líquido em torno de 10%, poderia ser gerado mais de 100 mil
empregos, (considerando que os cinco maiores Bancos, lucraram em torno de 40 bilhões
e levando em consideração que se gaste R$ 3.330,00 com cada funcionário) benefício
para a toda a população.

O caso dos Bancos é só um exemplo, mas prova que a busca de remuneração máxima
ao acionista, e a busca pelos interesses das empresas em primeiro lugar, nem sempre
satisfazem o interesse da sociedade, como defendia, o grande pensador econômico
Adam Smith, e por isso, o objetivo primeiro da Administração Financeira, não pode ser
visto como uma visão comprometida com o enfoque social.

Autor: Tércio Celestino da Silva

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