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Jurisdição
Ação Processo
Partes do processo
Autor: é aquele que dará início ao processo. É ele o pólo positivo da ação. É aquele que vai
acusar.
Réu: ou requerido, suplicado, executado, etc. É o pólo negativo da ação, é aquele que vai
se defender.
Juiz: é o representante do Estado que vai decidir sobre o conflito, e, será sempre imparcial.
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CAPÍTULO V
DO LITISCONSÓRCIO E DA ASSISTÊNCIA
SEÇÃO I
DO LITISCONSÓRCIO
É um fenômeno que ocorre quando duas ou mais pessoas figuram como autoras ou réus no
mesmo processo (CPC, art. 46). As razões pelas quais a lei o admite são a economia processual e a
harmonia de julgados.
O litisconsórcio será ativo quando houver dois ou mais autores. Se houver dois ou mais réus
o litisconsórcio será passivo. Porém se houver dois ou mais autores e dois ou mais réus,
simultaneamente, será litisconsórcio bilateral ou misto.
Salvo disposição em contrário, os litigantes serão considerados distintos (independentes), ou
seja, os atos e as omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão o outro (CPC, art. 48).
O litisconsórcio multitudinário é a possibilidade de o juiz limitar o número de litisconsorte
no processo (CPC, art. 46, § único), desde que verificado:
1. Quando se tratar de litisconsórcio facultativo;
2. Quando o número de litigantes seja tal que comprometa a rápida solução do litígio ou cause
prejuízo ao direito de defesa.
A lei não estabelece um máximo de litigantes. Essa limitação pode ser determinada de ofício
pelo juiz – quando comprometida a rápida solução do litígio – ou a requerimento do réu – caso
dificulte sua defesa. Jamais a pedido do autor, pois foi ele quem propôs a demanda.
Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os
prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos (CPC, art. 191).
No caso da revelia (CPC, art. 320, I), a contestação da ação por um dos litisconsortes pode
ajudar aquele que não se manifestou.
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2. Conexão de causas (mesmo pedido ou mesmo fato) – duas ou mais partes pretendem o mesmo
bem ou os mesmos fatos que embasam o pedido;
3. Afinidade de questões: é o mínimo de liame que deve haver entre os postulantes para que
possam ir juntos a juízo.
CLASSIFICAÇÃO DO LITISCONSÓRCIO
CAPÍTULO V
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS (CPC, arts. 50 a 80)
São situações em que permite a entrada de um terceiro (pessoa que não é parte no litígio) no
processo por ter interesse na decisão judicial.
Essa intervenção pode ser de iniciativa do próprio terceiro (assistência, recurso de terceiro e
a aposição) ou ser ele compelido pelas partes (denunciação da lide, chamamento ao processo e a
nomeação à autoria). Não é aceita em procedimento sumário (CPC, art. 280), salvo na assistência.
São espécies de intervenção de terceiros:
1. Assistência: é quando o terceiro intervém para auxiliar uma das partes, pois tem interesse no
resultado;
2. Oposição: é quando um terceiro entra sem ser chamado no processo, pois tem a mesma
pretensão que as partes:
3. Nomeação a autoria: é a forma de corrigir o pólo passivo da ação, mas não modifica a
pretensão;
4. Denunciação da lide: é para trazer ao processo o terceiro para pagar aquilo que deve;
5. Chamamento ao processo: o fiador e o devedor solidário têm a pretensão de reembolsar-se do
devedor principal.
ASSISTÊNCIA
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originárias. Entretanto, não poderá pedir para rever os atos já praticados no processo. A assistência
é dividida em dois institutos distintos que são a assistência simples (CPC, art. 50) e a assistência
litisconsorcial (CPD, art. 54).
É tratada no CPC, art. 50, onde o terceiro/assistente tem interesse em que a sentença seja
favorável a uma das partes, a assistida. Nesse caso ele não poderia ser parte no processo. O
terceiro/assistente está subordinado ao assistido, mas o assistente simples pode atuar livremente no
processo, praticando todos os atos que normalmente a parte pratica, salvo aqueles dos quais o
assistido tenha desistido expressamente.
Se o réu for revel o assistente passa a ser seu gestor de negócio (CPC, art. 52, § único). Se o
réu foi citado por edital ou hora certa, o assistente não será seu gestor de negócio, tendo em vista a
necessidade de nomeação de curador ao réu revel. Se o assistido perder a causa, o assistente será
condenado ao pagamento proporcional das custas (CPC, art. 32), no entanto o assistente não será
obrigado a pagar os honorários advocatícios.
São três os requisitos para preencher o interesse jurídico da assistência e justificar o ingresso
de terceiro na qualidade de assistente simples:
1. Relação jurídica com uma das partes;
2. Que essa relação seja distinta da que foi ajuizada;
3. Que tenha a expectativa de ser a sentença favorável ao assistido.
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Fará petição ao juiz indicando o seu interesse jurídico. Se o juiz verificar que não cabe ou
não há interesse jurídico, indeferirá de plano o pedido. Do contrário ouvirá as partes, em cinco dias,
e havendo interesse jurídico deferirá o pedido.
É uma intervenção de terceiro forçada, onde o pedido é feito pelo réu, que se declara parte
ilegítima, para ser substituído no pólo passivo pelo verdadeiro legitimado. Quando o réu faz essa
intervenção, passa a ser o nomeante e o terceiro, como está sendo convocado, será o nomeado. Só é
cabível a nomeação à autoria nas hipóteses em que ele for parte ilegítima (CPC, arts. 62 e 63).
É quando o réu é processado em razão do autor não saber que aquele não é o proprietário da
coisa e sim mero detentor. O réu mostra ao autor que a ação não deveria ter sido contra ele, e sim,
contra o terceiro (exemplo CC, art. 927 – causou dano a alguém a mando do terceiro).
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O réu após ser citado terá o prazo de quinze dias para declarar quem será o nomeado, na
contestação ou em petição simples. Portanto, se o réu não apontar o verdadeiro legitimado
responderá por perdas e danos, na forma do CPC, art. 69, I.
O juiz intima o autor, na pessoa de seu advogado, para que dentro do prazo de cinco dias
aceite ou não a troca. É a única espécie de intervenção que precisa ser aceita pela parte contrária,
devido à substituição do réu. Aceitação esta que poder ser expresso ou tácito. O risco do autor não
aceitar a indicação do réu será na possibilidade do juiz dar ganho de causa ao réu.
O terceiro tem a prerrogativa de dizer se aceita ou não aceita entrar no processo. Essa
aceitação pode ser expressa ou tácita. Se autor e terceiro aceitarem a nomeação, o réu sai do
processo e o nomeado assume seu lugar. O novo réu terá quinze dias para apresentar sua
contestação. Mesmo que o terceiro se recuse a entrar no processo, mas ao seu final vislumbre que
teve participação, será ele alcançado pela sentença e será condenado junto com o réu.
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Trata-se de uma demanda incidental, onde temos duas ações, uma autor e réu e outra réu e
terceiro, e, é aí que está a questão, só quando o ré perde a causa é que o autor vai cobrar o terceiro,
e, tudo isso será proferido em uma única sentença judicial.
Citação CPC, art. 72. – 10 dias se residir na mesma cidade ou 30 dias se residir em outra
cidade.
Obrigação solidária
Exemplos
Hipóteses do art. 77
Ampliação subjetiva relação processual
- litisconsórcio ulterior
Intervenção provocada somente pelo réu
Prazo
- petição autônoma
- defesa
Juiz – defere – suspensão
- citação – 10 dias
- 30 dias
Restituição do prazo ao réu
Sentença – atingirá todos
OBS: STF – súmula 492
Locadora veículos locatário
O terceiro será convidado para entrar no processo, diferente da assistência. Será uma
intervenção provocada pelo réu, pois o réu está convocando um terceiro para fazer parte do
processo.
É a modalidade na qual um terceiro receberá um convite para entrar no processo, para
integrar o pólo passivo deste processo, daí o nome convite.
Obrigação é um vínculo que vai unir duas pessoas, credor e devedor, a uma relação jurídica
entre eles, onde o devedor assume que ira realizar um compromisso, que são três dentro das
obrigações: dar, fazer ou não fazer.
A obrigação solidária se dá quando houver multiplicidade na obrigação, ou seja, mais de
um devedor. Será ativa: quando existir mais de um credor na obrigação, e, será Passiva: quando
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MINISTÉRIO PÚBLICO
(CF, art. 127) e (CPC, art. 81 ao 85)
O MP como órgão é composto pelos Promotores. Órgão este que atuam no auxílio ao Poder
Judiciário, no julgamento dos processos, mas não o integra. É independente do Judiciário,
independência essa que faz com que os promotores atuem livremente.
1) Função de ACUSAÇÃO. No processo penal o MP atua como acusador nos crimes que
eventualmente acontece. É o autor da ação na ação penal.
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Quando a lei determinar que o MP obrigatoriamente tenha que participar, constitui nulidade
absoluta do processo se ele não se manifestar. Ex: lei de falência, ação de usucapião, divórcio
judicial, etc.
CONCURSO PARA O MP
O Promotor deve ser aprovado em concurso público, para desenvolver sua função.
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO MP
MP FEDERAL
- ser promotor;
- 35 anos de idade;
- sabatina do Senado Federal, por maioria absoluta.
MP ESTADUAL
Promotor é o nome dado a quem atua em primeira instância. Quando são promovidos ao TJ,
passam a ser procurador de justiça.
Se causar danos a alguém, no exercício de suas funções, será condenado a reparação por
esses danos. Desde que comprovado o dolo ou qualquer tipo de fraude que ele venha cometer (CPC,
art. 85).
PRERROGATIVAS PROCESSUAIS DO MP
1. Custas. A regra do CPC é que quando o autor entra com ação tem que recolher as custa, porém
o MP não tem obrigação de recolher nenhuma despesa dentro do processo (diligências,
intimação, etc). Dispensa – custas (art. 19, § 2, CPC).
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O civil pode não pagar nada desde que entre com declaração de pobreza.
2. O MP pode arguir se o juiz tem ou não capacidade de julgar o processo.
3. Prazo pessoa comum 15 dias. Já para o MP a defesa tem o prazo quadruplicado (multiplicado
por quatro), ou seja, 60 dias para apresentar a defesa. Mesmo benefício dado à União, Estado,
Município e fazenda pública. Nos recurso o MP tem o prazo dobrado, ou seja, 30 dias.
Este benéfico só existe para entrar com o recurso, para se defender do recurso o MP tem o
prazo comum. (art. 188 CPC)
4. Representar o juiz, junto o Tribunal de Justiça se, por exemplo, estiver demorando para julgar
o processo.
5. Intimações: avisa alguém que ele deve fazer alguma coisa, ou seja, pratique atos judiciais.
Geralmente a intimação é feita pelo DO. O MP não tem o dever de ler o DO, ele será intimado
pessoalmente, sempre, pelo Oficial de Justiça. (art. 236, § 2º)
6. Recorrer mesmo que não seja parte, basta ser mera parte, recorrendo da decisão judicial,
visando reformar decisões. (art. 499, § 2º)
7. Abrir inventário: (60 dias para abrir, sobe pena de multa) nas condições: a) nenhum herdeiro
instaurou o inventário dentro do prazo legal; b) quando houver herdeiros incapazes.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
O Escrivão (CPP, art. 141), expressão usada na justiça Estadual. Já na justiça federal tem a
denominação de Chefe de Secretaria. Tem como função básica guardar os processos não
permitindo que saia do Cartório.
Funções: redigir ofícios (requisições que o juiz faz a algum órgão ou empresa), mandados
(ordens judiciais – mandado de citação, mandado de intimação, mandado de prisão, etc),
cartas (carta precatória, carta rogatória). Participar das audiências redigindo documentos.
Certificar todos os atos no processo. Autuar, pegar documentos e por dentro processo.
Registrar os documentos de entrada no cartório. Numerar e rubricar as folhas do processo.
Auxiliar os advogados e pessoas em geral.
Fé pública: presunção que o escrivão sempre diz a verdade, tudo que ele fizer no processo é
verdade. Essa presunção é relativa, pode-se provar que o escrivão está mentindo.
Responsabilidade civil: todos respondem pelos atos que praticarem. Não pode recusar a
cumprir atos, podendo ser processado administrativamente. Não pode praticar atos nulos,
podendo responder civil e criminalmente, podendo ser exonerado do cargo que ocupa.
Prazos para cumprir: o escrivão tem 24 horas para remeter o processo à conclusão. O
escrivão não incorre em precluso, somente o advogado pode incorrer em preclusão.
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Oficial de justiça (Art. 143 CPC) é aquele cidadão que vai cumprir as ordens judiciais
quando se der fora do Fórum. Todos os atos praticados por ele têm fé pública.
Funções: cumprir ordens (mandados de citação, mandados de intimação, mandado de prisão,
etc). Certificar nos autos (fé pública). Participar de audiências mantendo a ordem. Efetuar
avaliação de bens desde que tem competência (função criada em 2007).
Peritos (Art. 145 CPC) são nomeados para esclarecer assuntos técnicos para o juiz. Não
existe concurso para este cargo, porém é uma função remunerada. Só pode ser perito quem tem
conhecimento específico sobre determinado assunto que o juiz não tem. Preparar a prova pericial
através de laudo, respondendo os quesitos preparados para o juiz.
Critério de escolha o juiz escolherá, nomeará uma pessoa que ele confia. Tem ele a
prerrogativa de aceitar ou não a escolha. Caso não aceite, deve ele formalizar a recusa dentro do
prazo de 5 dias.
Remuneração será mediante depósito prévio, quem pede a perícia paga os custo da mesma.
Caso o juiz ou o MP peça a perícia o autor da ação é quem paga os custos. No final do processo
esse valor entrará nas custas processuais que será paga por quem perdeu o processo. No começo
paga quem pede. No final paga quem perde.
Responsabilidade civil: todos responderão por danos causados a terceiros, por exemplo,
usando informações falsas. Nesses casos fincará inabilitado pelo período mínimo de 2 anos
Depositário ou administrador (Art. 148, CPC) pessoa que tem como função guardar por
determinado tempo certo bem até que seja determinada a devolução ao seu proprietário ou ao juiz.
Esse depositário é diferente do depositário fiel.
É uma função remuneração e será de acordo com o tempo que fique na guarda do bem.
Surgindo necessidade de contratar mais pessoas para cuidar do bem, com a autorização do
juiz, serão contratados prepostos para auxiliar na guarda do bem.
Causando danos ao bem sofrerá responsabilidade civil (art. 150, CPC).
O INTERPRETE (CPC, art. 151) poderá ser pessoa civil ou funcionário público, desde
que seja de sua confiança para lhe auxiliar. Tendo como tarefa traduzir a comunicação, gestos ou
sinais, de pessoas surdas ou mudas ao juiz. Além disso os documentos juntados ao processo de
língua estrangeira serão traduzidos pelo interprete. O interprete pode aceitar ou não a solicitação
judicial. Caso não aceite deverá fazer a recusa em 5 dias.
Não podem servir como interprete o incapaz, o perito, testemunha e o inabilitado. (CPC, art.
152).
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O CPC só menciona os auxiliares judiciais acima, porém há outros que podem ser
considerados como auxiliares judiciais, são eles: a Policia Militar, os Correios, o Diário Oficial, a
Junta Comercial, os Leiloeiros.
ATOS PROCESSUAIS
São as manifestações que causam uma das três conseqüências no processo: a) criação de um
direito no processo; b) ato que modificam um direito; c) ato que extingue um direito (sentença que
extingue um direito). Há atos que são extra processuais, exemplo, a morte do autor, a morte do juiz,
greve do judiciário.
O Artigo 154 do CPC, trata da forma que são praticados os atos processuais. Há dois tipos
de atos processuais, os solenes e não solenes.
1. Solenes: deve ser praticado exatamente como a lei determina. Ex.: todo incapaz deve ser citado
por oficial de justiça.
2. Não solenes: são atos praticados de forma livres.
Há o princípio da instrumentalidade das formas: quando praticar um ato sem a
solenidade exigida, mas atingiu a sua finalidade, considera-se válido aquele ato.
Já são admitidos outros meios de praticar atos processuais, como por exemplo, os meios
eletrônicos (e-mail) – lei 11.419/66.
Em regra os atos processuais são públicos, salvo os capitulados no art. 155, CPC, que são
os que tramitam em segredo de justiça.
Todos os atos processuais devem ser escritos no vernáculo (art. 156 CPC) – escrita em
língua portuguesa. Não se admite a juntada de documento estrangeiro sem a sua devida tradução por
tradutor juramentado (art. 157, CPC).
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