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O atual território do Brasil é resultado dos seguintes fatores:

Território atual: 8.547.403 Km²


. Colonização de exploração mercantilista européia (Portugal e Espanha);
. Ocupação do território por índios, brancos e negros;
. Exploração do território com atividades agrícolas, pecuárias e mineradoras;
. Trabalho escravo.
. Estas atividades econômicas provocaram deslocamento populacional, ocupação territorial e
surgimento de povoamento, vilas e cidades;

Cada atividade econômica provocou a expansão de diferentes partes territoriais do país:

Litoral do Nordeste
- Pau-brasil;
- Cana-de-açúcar, fumo e cacau.

Agreste e Sertão do Nordeste


- Pecuária
- Algodão, milho, mandioca.

Centro-Oeste
- Mineração

Sudeste
- Café
- Industrialização.

Sul
- Pecuária
- Policultura (por causa do parcelamento da terra).

Norte
- Drogas do sertão
- Conflitos e acordos também contribuíram para a formação do atual território brasileiro;
tais como: Acre e Rio Grande do Sul.
A colonização e o desenvolvimento de atividades econômicas contribuíram para uma maior
povoação do litoral brasileiro.

Marcas da Colonização no Território, na Economia e na Sociedade:


- Povoamento mais intenso na faixa atlântica, onde se localizam os portos;
- Utilização dos melhores solos para agricultura destinada ao mercado externo;
- Formação de uma sociedade dividida em classes sociais com grandes disparidades
sócioeconômicas;
- Dependência econômica em relação aos centros mundiais do capitalismo;

FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL


Desde o inicio do século XVIII, a extensão geográfica da colônia nada mais tinha a ver com a
incerta linha de Tordesilhas. A expansão das bandeiras paulistas para o oeste, dos criadores de
gado e forças militares para sudoeste ampliaram de fato as fronteiras do país. O Avanço
minerador a partir do século XVIII deu mais um empurrão, de modo que a fisionomia
territorial do Brasil já se aproximava bastante da atual. Restava fazer reconhecer de direito às
novas fronteiras, uma questão a ser definida
principalmente com a Espanha. Isso ocorreu através do Tratado de Madri. Firmado entre as
coroas portuguesa e espanhola, onde se reconheceu o princípio do uti possidetis,
beneficiando os portugueses.

Expansão Territorial no Brasil Colônia


A ocupação e a exploração da América latina, da áfrica e da Ásia ocorreram no período do
capitalismo comercial (séculos XV a XVIII), isto é, a retirada de produtos primários (agrícolas e
extrativistas) dessas áreas e sua comercialização permitiram que as metrópoles européias
acumulassem capital.
Portanto, o Brasil, como colônia portuguesa, vinculou-se à clássica divisão internacional do
trabalho (DIT) como área exportadora de matérias-primas e importadora de bens
manufaturados.

Tratado de Tordesilhas: Espanha e Portugal foram os pioneiros na expansão marítimo-


comercial iniciada no século XV, resultando na conquistas de novas terras para os dois países.
Essas “descobertas” geraram tensões e conflitos entre ambos, e na tentativa de evitar uma
guerra foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que passou a definir nosso primeiro limite
territorial. Esse tratado, estabeleceu uma linha imaginária que passava a 370 léguas a oeste
do arquipélago de cabo verde (África). Esse meridiano dividiu o mundo entre Portugal e
Espanha: as terras a leste seriam portuguesas e as terras a oeste seriam espanholas.

Tratado de Madri: O Tratado de Madri, assinado em 1750, praticamente garantiu a atual


extensão territorial do Brasil. O novo acordo anulou o Tratado de Tordesilhas e determinou
que as terras pertenceria a quem de fato as ocupasse (principio do uti possidetis).
Portanto, a Espanha reconheceu os direitos dos portugueses sobre as áreas dos atuais estados
de Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas,
Rondônia, Pará, Amapá, entre outras.

A Importância das Atividades Econômicas

As atividades econômicas brasileiras até o desenvolvimento da economia cafeeira no século


XIX eram regionais, isoladas umas das outras.
Podia-se dizer que economicamente o Brasil era formado por “ilhas” desarticuladas entre si e
voltadas para o exterior. Assim ocorria com a cana-de-açúcar no Nordeste e a mineração no
Sudeste. Esses “arquipélagos” encaixavam-se perfeitamente no conceito do capitalismo
comercial, que visava ao acúmulo de capital e metais preciosos para fortalecer o poder real.
As Atividades econômicas foram fator essencial para a expansão territorial brasileira. Nossa
economia colonial girava em torno da produção de gêneros primários voltados, em sua maior
parte, para a exportação e para as necessidades da metrópole portuguesa. Daí o caráter
litorâneo e periférico da ocupação do território brasileiro durante os primeiros séculos.
Depois do pau-brasil, a cana-de-açúcar fez do litoral do Nordeste a mais importante região
econômica da colônia até o inicio do século XVIII, transformando a atividade açucareira em
empresa e o Brasil em colônia do açúcar. A população e as atividades econômicas nessa época
se concentravam no litoral nordestino. Paralelamente à economia canavieira, a expansão da
pecuária, da mineração, as bandeiras, as missões dos jesuítas e a coleta das drogas do sertão
(produtos como cacau, pimenta, sementes oleaginosas, castanhas, madeira de lei,
salsaparrilha, baunilha, anil e outros, explorados na Amazônia durante o período colonial),
provocaram a interiorização e o alargamento do território português em áreas que
pertenciam à Espanha.
A Pecuária foi a responsável pelo povoamento do Sertão nordestino, onde complementou a
lavoura de cana-de-açúcar que dominava o litoral fornecendo a carne para alimentação e
animais de tração para o trabalho nos engenhos.
Mais tarde, as tropas de muares e o gado foram fundamentais para o povoamento do sul das
regiões dos atuais estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, ao mesmo tempo que
forneciam animais para as áreas de mineração.
Em função da atividade mineradora, várias vilas e cidades foram fundadas, e o território da
coroa portuguesa ficou maior. Nessa fase, tiveram fundamental importância o bandeirantismo
apresador, que eram as expedições organizadas com o objetivo de escravizar indígenas, e o
bandeirantismo prospector, que eram as expedições que visavam descobrir ouro e pedras
preciosas. Muitas vezes, as bandeiras tinham os dois objetivos.
As Missões que catequizavam indígenas estiveram presentes no sul e no norte do território.
Com as missões, outra atividade econômica incorporou grande parte da Amazônia ao domínio
português: a exploração e a comercialização das drogas do sertão.

Expansão das Fronteiras no Império e na República


Depois de sua independência, foram incorporados ao território brasileiro aproximadamente 1
milhão de km² (área equivalente a Bolívia, Egito ou Colômbia).A Maior alteração em nosso
mapa ocorreu em 1903 e 1909, com a anexação das terras que hoje formam
o estado do Acre. Os conflitos que envolveram essa área estiveram ligados à extração da
borracha por migrantes nordestinos no fim do século XIX.
Em 1903, a questão do Acre resolveu o problema criado pelo fato de seringueiros brasileiros
vindos no Nordeste terem ocupado uma grande área pertencente à Bolívia e ao Peru. Com a
mediação do barão do Rio Branco, que representou o Brasil, foi assinado o Tratado de
Petrópolis, que tornou brasileira a área ocupada, mediante pagamento de 2 milhões de libras
esterlinas. Em 1909, foram definidos os 1546 km de fronteiras do Acre com o Peru.

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA E DIVISÃO REGIONAL DO


BRASIL
Pela Constituição, o Brasil é uma Federação. Entretanto, apesar de sermos uma república
federativa e nossa Constituição definir o Brasil como “uma união indissolúvel dos estados,
municípios e Distrito Federal, tendo na igualdade de seus federados um de seus princípios
fundamentais”, os estados brasileiros não têm a mesma autonomia dos estados americanos
ou das províncias canadenses, que são exemplos mais amplos de estados federativos. Nesses
países, há uma verdadeira descentralização do poder. Cada estado pode legislar sobre
assuntos jurídicos, como divórcio, aborto, pena de morte e outros, mesmo divergindo de
outros estados da federação e da União.
A atual organização político-administrativa de nosso país compreende 27 unidades
federativas: 26 estados e um Distrito Federal. Os estados estão divididos em municípios que
se dividem em distritos. Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para anexarem-se a outros ou formarem novos estados e territórios federais.
A Constituição da República Federativa do Brasil regulamenta a organização político-
administrativa do país da seguinte forma:
A estrutura político-administrativa da Federação é composta de três poderes: o Executivo,
exercido pelo presidente da República, assessorado por seus ministros; o Legislativo, formado
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal; o Judiciário, formado pelo Supremo
Tribunal Federal, pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Superior Tribunal Militar, que tem
como órgãos o Tribunal Superior Eleitoral e o Tribunal Superior do Trabalho. A estrutura
político-administrativa dos estados e municípios é semelhante à da Federação.
Nos estados o poder Executivo é exercido pelo governador, assessorado pelos secretários
estaduais e regido pelas respectivas Constituições estaduais, que devem estar de acordo com
a Constituição Federal. O poder legislativo dos estados é exercido pelas Assembléias
Legislativas, formadas por deputados que representam o povo. O poder judiciário é
constituído pelo Tribunal de Justiça ou Justiça Estadual, os Juízes de direito, a Justiça Militar e
os Juizados Especiais. Para resolver as questões trabalhistas, existem, nos estados, os
Tribunais Regionais do Trabalho, enquanto os problemas eleitorais são decididos pelos
Tribunais Regionais Eleitorais.
Em todos os municípios brasileiros, o poder executivo é exercido pelos prefeitos ou prefeitas
e seu secretariado, e o poder legislativo é representado pela Câmara dos Vereadores. Quanto
ao poder judiciário, os municípios possuem as Juntas Trabalhistas e Eleitorais.
Brasília é a capital federal, isto é, a sede do governo central brasileiro (a União), localizada no
Distrito Federal, e possui a mesma estrutura administrativa de estados e municípios. O poder
executivo é exercido pelo governador e seu secretariado. O legislativo é exercido pela Câmara
Legislativa do Distrito Federal, e o judiciário, pelos Tribunais Regionais Federais. O governo é
regido por uma Lei Orgânica, em vez de uma Constituição estadual. O Distrito Federal possui
apenas regiões administrativas, cujos administradores não são eleitos pelo povo, mas
nomeados pelo governador.
Relevo e estrutura geológica do Brasil

Relevo: são as diversas formas da superfície terrestre, resultantes dos chamados agentes
internos e externos de formação do relevo. O estudo do relevo divide-se em duas: Relevo
Submarino e Relevo Continental.

Formas de relevo submarino


Plataforma continental: é praticamente uma continuação do continente, chegando até 200 m
de profundidade, a partir do nível do mar e com importantes atividades econômicas
associadas.

Talude Continental: região de transição entre a plataforma continental e a região pelágica –


declive acentuado.

Região pelágica: região marcada por diversas formas de relevo submarino e profundidades
que variam de 1000m até 5000 m.

Região abissal: profundidades superiores a 8000m, com pouca luminosidade e grandes


pressões, mesmo assim alguns animais se adaptaram a esse ambiente.

Relevo Continental

Montanhas : Regiões geralmente acima de 3000 m de altitude. Quanto a origem podem ser
por montanhas de dobras, montanhas de falhas, arcos vulcânicos e erosões. Quanto a idade
podem ser velhas, jovens e rejuvenescidas.
Planaltos : superfícies irregulares com altitudes acima de 300 m, onde o processo de erosão é
maior que o processo de sedimentação.

Planícies : superfícies planas com altitudes inferiores a 100 m, onde o processo de


sedimentação é maior que o de erosão.

Depressões : áreas mais ou menos planas que sofreram prolongados processos de erosão. As
altitudes variam de 100m a 500m e dividem-se em depressões relativas e depressões
absolutas.
- Depressões relativas: acima do nível do mar, mais abaixo das regiões vizinhas;
- Depressões absolutas: abaixo do nível do mar.

O relevo no Brasil
O relevo brasileiro caracteriza-se por ser bastante antigo e com baixas altitudes;
Essa antiguidade e baixas altitudes estão diretamente relacionadas aos agentes internos e
externos de formação do relevo.

Agentes Internos

Tectonismo: Por estar localizado no centro da placa tectônica Sul-Americana, o Brasil


apresenta relativa estabilidade geológica. A Serra do Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço são
originárias de movimentos Orogênicos na Era Pré-Cambriana.

Vulcanismo: As principais manifestações vulcânicas no Brasil aconteceram nas regiões de


Poços de Caldas em MG, em São Paulo, no Paraná e nas ilhas oceânicas. Recentemente foi
descoberto um grande vulcão adormecido na região amazônica.

Agentes Externos

Os agentes externos caracterizam-se basicamente pela ação das águas e dos ventos sobre as
diversas formas de relevo. A atuação desses agentes está diretamente relacionada ao
Intemperismo e a formação dos Solos. O Intemperismo consiste na alteração das rochas ao
encontrar com a água, o ar, as mudanças de temperatura e os seres vivos. O Intemperismo
pode ser Químico, Físico ou Biológico.
- Físico: desintegra a rocha sem alterar sua composição química.
- Químico: ocorre pela ação da água da chuva, que não é pura.

Estrutura Geológica

A estrutura Geológica divide-se basicamente em três formações:

- Escudos Cristalinos: Estrutura mais antiga também conhecida como Maciços Antigos – Era
Pré-Cambriana. É formado basicamente por rochas magmáticas e metamórficas sendo
associados vários minerais ( Ferro, Bauxita, ouro e prata).

- Bacias Sedimentares: Era Mesozóica com associação de combustíveis fósseis (Petróleo e


Carvão Mineral).
Classificações do Relevo Brasileiro

Aroldo de Azevedo: Foi a primeira grande classificação do relevo brasileiro, realizado na


década de 1940. As unidades de relevo demonstradas foram os planaltos e planícies.
O critério utilizado foi a Altimetria, estabelecendo o limite de 200 m para diferenciar uma
forma da outra. Preocupou-se em individualizar cada área.
- Planalto: superfícies plainadas com altitudes superiores a 200m.
- Planícies: superfícies aplainadas com altitudes inferiores a 200m.

Azib Ab’ Saber: Renomado geógrafo e discípulo de Aroldo de Azevedo. Utilizou o critério
morfoclimático (formas de relevo segundo ação do clima). Acrescentou novas unidades de
relevo e baseou-se no processo de erosão e sedimentação para diferenciar planaltos de
planícies.
-Planalto: formas nas quais o processo de erosão são dominantes.
-Planícies: formas nas quais a sedimentação predomina.
Jurandyr S. Ross: Fez uso das modernas tecnologias (Sensoriamento Remoto e
Aerofotogrametria). Sua classificação é bem detalhada chegando mais próximo da realidade, e
além dos planaltos e planícies, destacou uma nova forma de relevo: as Depressões.

Principais unidades de relevo

Planaltos
Planaltos em bacias sedimentares: que podem ser delimitados por depressões
periféricas.

Planaltos em intrusões e coberturas residuais de plataforma: possuem grande parte


de sua extensão recoberta por terrenos sedimentares.

Depressões
Depressões periféricas: regiões de contato entre estruturas sedimentares e cristalinas.

Depressões marginais: esculpidas em estruturas cristalinas.

Depressões interplanálticas: áreas mais baixas em relação aos planaltos que as


circundam.

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