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DISCIPLINA: DIREITO DO
CONSUMIDOR
Prof. Emerson Lavôr
emerson.lavor@sereducacional.com
9937-8970
I UNIDADE
1. PRINCIPÍIOS CONSTITUCIONAIS DE
PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR
1.1 Princípio da Cidadania e da Dignidade
da Pessoa Humana: o cidadão como
partícipe da vida política do país é
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detentor de direitos e obrigações. O
Estado deve assegurar-lhe condições
para que tenha uma vida digna com a
satisfação das suas necessidades: saúde,
educação, alimentação, segurança etc.
(art.1º, incisos II e III; art. 6º; art. 225, da
CF);
Art. 1º A República Federativa
do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em
Estado Democrático de Direito
e tem como fundamentos:
[...];
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa
humana;
[...]
Art. 6º São direitos sociais a
educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a
moradia, o lazer, a segurança,
a previdência social, a
proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos
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desamparados, na forma
desta Constituição. (Redação
dada pela Emenda
Constitucional nº 64, de 2010)
[...]
Art. 225. Todos têm direito ao
meio ambiente
ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes
e futuras gerações.
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1.3 Princípio da Informação: o art. 5.º ,
inc. XXXIII, da Constituição traz o dever
dos órgãos públicos de informar ao
cidadão sobre os assuntos do seu
interesse.
ART. 5º [...]
XXXIII - todos têm direito a
receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse
particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à
segurança da sociedade e do
Estado;
1.4 Proteção contra a Propaganda e a
Publicidade: o art. 37, § 1.º, da
Constituição Federal estabelece que os
órgãos públicos devem dar caráter
informativo e educativo à sua
publicidade. O art.220, § 3.º, inc. II, da
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Carta Constitucional estabelece a
proteção contra a propaganda de
produtos, serviços e atividade que
possam ser prejudiciais à saúde. Por fim,
o art. 220, § 4.º, determina que a
propaganda comercial de tabaco, bebidas
alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e
terapias devem conter advertências
sobre os malefícios do seu uso;
Art. 37. A administração
pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao
seguinte: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)
[...]
§ 1º - A publicidade dos atos,
programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de
orientação social, dela não
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podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que
caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou
servidores públicos.
Art. 220. A manifestação do
pensamento, a criação, a
expressão e a informação, sob
qualquer forma, processo ou
veículo não sofrerão qualquer
restrição, observado o
disposto nesta Constituição.
[...]
§ 3º - Compete à lei federal:
[...]
II - estabelecer os meios legais
que garantam à pessoa e à
família a possibilidade de se
defenderem de programas ou
programações de rádio e
televisão que contrariem o
disposto no art. 221, bem
como da propaganda de
produtos, práticas e serviços
que possam ser nocivos à
saúde e ao meio ambiente.
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§ 4º - A propaganda comercial
de tabaco, bebidas alcoólicas,
agrotóxicos, medicamentos e
terapias estará sujeita a
restrições legais, nos termos
do inciso II do parágrafo
anterior, e conterá, sempre
que necessário, advertência
sobre os malefícios
decorrentes de seu uso.
1.5 Princípio da Legalidade: ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei.
(art.5º, inciso II da CF/88);
Art. 5º Todos são iguais
perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos
seguintes:
[...]
II - ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer
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alguma coisa senão em
virtude de lei;
1.6 Princípio da Vulnerabilidade: o
art. 5.º, inc. XXXII, da Constituição
Federal traz como um dos direitos e
garantias fundamentais a defesa do
consumidor. A CF reconhece o
consumidor como vulnerável, um ente
que necessita de proteção.
ART. 5º [...]
XXXII - o Estado promoverá,
na forma da lei, a defesa do
consumidor;
1.7 Princípio da Defesa do
Consumidor: a defesa do consumidor é
um dos princípios gerais da atividade
econômica, prevista no art. 170, inc. V,
da Constituição Federal.
Art. 170. A ordem econômica,
fundada na valorização do
trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim
assegurar a todos existência
digna, conforme os ditames da
justiça social, observados os
seguintes princípios:
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[...]
V - defesa do consumidor;
Consumidores equiparados
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No decorrer do CDC, foram inseridos
desdobramentos do conceito de
consumidor conforme as necessidades de
cada matéria abordada.
A coletividade de pessoas, ainda que
indetermináveis, que tenha intervindo na
relação de consumo, também pode ser
tratada como consumidora. Isto acontece
para que haja tutela dos interesses meta
individuais das categorias potenciais de
consumo prevista no Título III - Da defesa
do consumidor em juízo. (parágrafo único,
art. 2º do CDC)
O art. 17 equipara "aos consumidores
todas as vítimas do evento". As
pessoas contempladas pelo art. 17 são
tratadas como consumidores, pois o
dispositivo visa proteger aqueles que, não
sendo consumidores, sofrem um dano em
virtude de um acidente de consumo. Isso
decorre da presença de tal dispositivo na
Seção de responsabilidade pelo fato do
produto ou do serviço.
Já o art. 29 equipara aos consumidores as
pessoas, determináveis ou não,
expostas às práticas comerciais,
incluindo a oferta, publicidade, práticas
abusivas, cobrança de dívidas, bancos de
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dados e cadastro de consumidores e a
proteção comercial.
Neste caso, toda pessoa exposta a estas
práticas comerciais é considerada
consumidor em potencial.
Bibliografia Básica
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LOPES, José Reinaldo de Lima.
Responsabilidade civil do fabricante e a
defesa do consumidor. São Paulo: Rev.
Tribunais, 1992.
MARQUES, Claúdia Lima. Contratos no
Código de Defesa do Consumidor - O
novo regime das relações contratuais.
São Paulo: Rev. Tribunais,1992
MARQUES, Claúdia Lima, BENJAMIN,
Antônio Herman e BESSA, Leonardo.
Manual de Direito do Consumidor, São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.
NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Direito do
Consumidor. São Paulo: Rev.
Tribunais,1992.
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