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A MORAL

 OS VALORES

 Diante das pessoas e coisas,


estamos constantemente fazendo
juízos de valores.

 Significa que fazemos juízos de


realidade.
 Mas o que são valores?

 Só no século XIX surge uma


disciplina específica, a teoria dos
valores ou axiologia (do grego axios,
“valor”). A axiologia não se ocupa
dos seres, mas das relações que se
estabelecem entre os seres e o
sujeito que os aprecia.
 Algo possui valor quando não
permite que permaneçamos
indiferentes.

 A não indiferença é a essência do


valer.
 Os valores são, num primeiro momento,
herdados por nós.

 O mundo cultural é um sistema de


significados já estabelecidos por outros.

 Conforme atendemos ou transgredimos os


padrões, os comportamentos são
avaliados como bons ou maus.
 A partir da valoração, as pessoas nos
recriminam por não termos seguido
as formas da boa educação.

 Nós próprios nos alegramos ou nos


arrependemos dependendo da ação
praticada.
 Isso quer dizer que o resultado de
nossos atos está sujeito à sanção, ou
seja ao elogio ou à repreensão.
MORAL
 Etimologicamente moral vem do
latim mos, moris, que significa
“maneira de se comportar regulada
pelo uso”, daí o nome “costume” que
em grego significa ética, daí a
semelhança entre moral e ética
 Moral é o conjunto de regras de
conduta admitidas em determinada
época por um grupo de homens.

 A ética ou filosofia moral é a parte da


filosofia que se ocupa com a reflexão
a respeito das noções e princípios
que fundamentam a vida moral.
CARÁTER HISTÓRICO E SOCIAL
DA MORAL
 A fim de garantir a sobrevivência, o
homem transforma a natureza por
meio do trabalho.

 Para que a ação coletiva se torne


possível, surge a moral, com a
finalidade de organizar as relações
entre os indivíduos.
 Consideramos a moral como o
conjunto de regras que determinam
o comportamento dos indivíduos em
um grupo social.

 É impossível pensar um povo sem


qualquer conjunto de regras.
 Segundo o antropólogo francês Lévi
Strauss, a passagem do reino animal
ao reino humano, ou seja, a
passagem da natureza à cultura, é
produzida pela instauração da lei.
CARÁTER PESSOAL DA MORAL

 A moral, ao mesmo tempo que é


conjunto de regras que determinam
como se deve ser o comportamento
dos indivíduos do grupo, é também a
livre e consciente aceitação das
normas.
 O homem ao mesmo tempo que é
herdeiro, é criador da cultura, e só
terá vida autenticamente moral se,
diante da moral constituída, for
capaz de propor a moral constituinte,
aquela que é feita dolorosamente por
meio das experiências vividas.
CARÁTER SOCIAL E PESSOAL
DA MORAL
 CARÁTER SOCIAL DA MORAL X A
INTIMIDADE DO SUJEITO

 Se aceitarmos unicamente o caráter social


da moral, sucumbimos ao dogmatismo e
ao legalismo. Essa perspectiva visa apenas
inculturar nas pessoas o medo às
consequências da não-observância da lei.
 Se aceitarmos como predominante a interrogação
do indivíduo que põe em dúvida a regra,
corremos o risco de destruir a moral, podendo
recair no individualismo.

 É preciso, portanto, considerar os dois pólos


contraditórios do pessoal e do social numa
relação dialética, ou seja, uma relação recíproca
entre determinismo e liberdade, entre adaptação
e desadaptação à norma, aceitação ou recusa da
interidção.
O ATO MORAL
 ESTRUTURA DO ATO MORAL

 A instauração do mundo moral exige do


homem a consciência crítica, que
chamamos de consciência moral. É a
consciência que discerne o valor moral dos
nossos atos.

 O ato moral é portanto constituído de dois


aspectos: o normativo e o fatual.
 O normativo são as normas ou
regras de ação e os imperativos que
enunciam o “dever ser”. Ex.: não
minta, não mate, etc.

 O fatual são os atos humanos


enquanto se realizam efetivamente.
Ex.: Diante da norma “não minta”, o
ato mentir será considerado imoral.
 Considera-se a-moral o ato realizado
à margem de qualquer consideração
a respeito das normas. Ex.: O
homem “sem princípios”.

 O ATO VOLUNTÁRIO

 É um ato de vontade que decide pela


busca do fim proposto.
 O ATO RESPONSÁVEL

 Responsável é aquele que reponde


por seus atos, isto é o homem
consciente e livre assume a autoria
do seu ato, reconhecendo como seu
e respondendo pelas consequências.
 O DEVER E A LIBERDADE

 O comportamento moral é consciente,


livre e responsável. É também obrigatório,
cria um dever.

 A obediência a lei livremente escolhida


não é prisão, ao contrário, é liberdade.
Para sermos realmente livres, devemos ter
a possibilidade de transgressão da norma.
 A VIRTUDE

 Etimologicamente, virtude vem da


palavra latina vir, que designa o
homem.

 A virtude é a permanente disposição


pra querer o bem.
 Concluímos, que o delicado tecido da
moral diz respeito ao indivíduo no
mais fundo de seu “foro íntimo”, ao
mesmo tempo que o vincula aos
homens com os quais convive.

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