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DIREITO TRIBUTÁRIO

PROF. JOÃO GUALBERTO


DIREITO TRIBUTÁRIO
• VEDAÇÃO CONSITUCIONAL AO PODER DE TRIBUTAR
• Princípio da Legalidade, CF, a rt. 150, I e CTN art. 97
• O princípio da legalidade tributária se põe como um relevante
balizamento ao Estado-administrativo no mister tributacional.

• Conforme o art. 97 do CTN, veiculando nítidas explicitações do


preceito constitucional, sinaliza a necessidade de composição de
configuração da estrita legalidade: instituição ou extinção do
tributo; majoração ou redução; definição do fato gerador; fixação
de alíquotas; cominação de penalidades e hipóteses de
exclusão,suspensão e extinção de créditos tributários.

• Tal composição exaustiva tem sido denominada pela doutrina,


como: Estrita Legalidade; Tipicidade Fechada (Regrada ou
Cerrada) e Reserva Legal
DIREITO TRIBUTÁRIO
• VEDAÇÃO CONSITUCIONAL AO PODER DE TRIBUTAR
• Princípio da Legalidade
• Tipicidade fechada – exige que a conduta do agente (sujeito passivo) se
adeque perfeitamente aos elementos contidos na lei, não admitindo
interpretação extensiva do texto legal.

• Tipicidade aberta – aquela em que a lei comporta, ou sequer acompanha


a evolução da sociedade, ou seja, admite uma interpretação extensiva.

• Tipicidade Híbrida – sob o aspecto vertical ela e fechada, e quanto ao


aspecto horizontal é aberta. Ex.: ISSQN,LC 116/2003 (lista de serviço, 40
itens que se desdobram em 244), o município não pode criar a 41ª
hipótese (fechada); entretanto nos serviços com expressão similares e
etc, a tipicidade pode ser aberta.
• Reserva legal – a CRFB e o CTN reservam à lei formal muito mais
assuntos do que a simples majoração e instituição do tributo.
DIREITO TRIBUTÁRIO
• VEDAÇÃO CONSITUCIONAL AO PODER DE TRIBUTAR
• Princípio da Legalidade
• Este princípio comporta uma atenuação ou mitigação – ou,
simplesmente, exceção, para alguns doutrinadores.

• Segundo o art. 153, § 1º, da CF, há quatro impostos federais, que


poderão ter suas alíquotas majoradas (ou reduzidas) por ato do
Poder Executivo, o que se dá comumente por decreto
presidencial ou portaria ministerial:
1. Imposto sobre importação;
2. Imposto sobre exportação;
3. Imposto sobre produtos industrializados
4. Imposto sobre operações de crédito. Cambio e seguros
DIREITO TRIBUTÁRIO
• VEDAÇÃO CONSITUCIONAL AO PODER DE TRIBUTAR
• Princípio da Legalidade – Mitigação (Exceção)
• A EC 33/2001 trouxe mais dois casos de mitigação ou ressalva ao
Princípio da Legalidade, ambas justificadas no contexto da
extrafiscalidade;
1. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE
Combustível, é tributo federal, instituído pela Lei 10.336/2001.
Conforme o art. 149, § 2º, II, c/c art 177, § 4º, I, “b”, parte inicial.
A mitigação da legalidade tributária consiste apenas na
possibilidade de o Poder Executivo reduzir a alíquota e
restabelecê-la o limite máximo fixado inicialmente pela lei.
DIREITO TRIBUTÁRIO
• VEDAÇÃO CONSITUCIONAL AO PODER DE TRIBUTAR
• Princípio da Legalidade – Mitigação (Exceção).
• A EC 33/2001 trouxe mais dois casos de mitigação ....
• 2. ICMS – Combustível, esta é a única ressalva indicadora de
tributo não federal, art. 155, § 4º, IV, “c”, da CF, tal ressalva à
legalidade tributária refere-se ao ICMS de incidência unifásica (ou
monofásica), nas operações com combustíveis e lubrificantes
previstos em lei complementar federal.
• Cabe a esta lei complementar federal definir os combustíveis e
lubrificantes sobre os quais o imposto (ICMS) incidirá uma única
vez, qualquer que seja a sua finalidade (art. 155, § 2o, XII, "h" da
CF).
• Por sua vez, as alíquotas do ICMS incidente sobre esses
combustíveis serão definidas mediante deliberação dos Estados e
Distrito Federal. Com efeito, os Estados e DF, mediante convênios-
interestaduais, celebrados no âmbito do CONFAZ (Conselho de
Política Fazendária), definem as alíquotas do ICMS incidente sobre
tais combustíveis.
DIREITO TRIBUTÁRIO
• VEDAÇÃO CONSITUCIONAL AO PODER DE TRIBUTAR
• Princípio da Anterioridade.

Esse princípio é corolário do princípio da segurança jurídica e, por isso,


também é chamado de princípio da não-surpresa ou da eficácia diferida,
porque permite um planejamento das atividades econômicas por parte do
contribuinte, evitando que seja surpreendido por um tributo recém criado
ou recém majorado, porque produzirá efeitos posteriores.

A anterioridade nada mais é do que um prazo entre a data da publicação


da lei e a cobrança do tributo que foi instituído ou majorado.

Esse prazo pode ser:


a) 90 dias
b) exercício financeiro
c) exercício financeiro e 90 dias
DIREITO TRIBUTÁRIO
• VEDAÇÃO CONSITUCIONAL AO PODER DE TRIBUTAR
• Princípio da Anterioridade
• Com o advento da EC 42/2003, vigoram na CRFB as seguintes regras ao
princípio da anterioridade:
a) Anterioridade máxima – CRFB, art. 150, III, “c”, tem por objetivo conter
uma prática que era usual na edição de leis em novembro e dezembro,
com cobrança já em janeiro, (privilegiada, qualificada e nonagesimal).
Com o advento da noventena, a anterioridade passou a exigir a
observância de dois prazos combinados, ou seja, o exercício financeiro
e 90 dias.
b) Anterioridade média - também chamada de anterioridade propriamente
dita ou do exercício financeiro, que é a determinada no art. 150, III, “b”,
da CRFB
c) Anterioridade mínima – também chamada de anterioridade nonagesimal,
art. 195, § 6º;observa-se apenas o prazo de 90 dias.
d) Ausência de anterioridade – aplica-se aos tributos que por suas
peculiaridades, em especial a extrafiscalidade, não se submetem a
qualquer prazo quanto a majoração (II, IE, IOF, IG e E. Compulsório)
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• VEDAÇÃO CONSITUCIONAL AO PODER DE TRIBUTAR
Principio a Irretroatividade, CRFB, art. 150, III, “a” e 105 do
CTN.
Reforça a idéia da segurança jurídica das relações, vedando a
cobrança de tributo em relação a fatos geradores ocorridos antes da
VIGÊNCIA da lei que o instituiu ou majorou.

É importante perceber que esse princípio da anterioridade leva em


conta a publicação da lei; o PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE leva
em conta a vigência da lei.

O tributo devido pelo contribuinte é aquele lançado segundo a lei


vigente à época da ocorrência do fato gerador, conforme dispõe o art.
144 do CTN. Observando-se as exceções, § 1º do art. 144 e art. 106 do
CTN
DIREITO TRIBUTÁRIO
• VEDAÇÃO CONSITUCIONAL AO PODER DE TRIBUTAR
Principio a Irretroatividade
Esse princípio é inafastável na instituição e majoração de tributos

O principio da irretroatividade não diz respeito somente à lei, mas a


novos entendimentos elaborados pela Fazenda, ou seja, novos critérios
de interpretação, com forme dispõe o art. 146 do CTN.

Esse princípio é uma limitação constitucional ao poder de tributar,


instituído como forma de proteção ao cidadão. Assim, é que o STF
editou a Súmula 654, que assim dispõe:
“ A garantia da irretroatividade da lei prevista no art. 5º XXXVI, da
Constituição da República, não é invocável pela entidade estatal que a
tenha editado”

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