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PARANÁ MINISTÉRIO DA
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1. ELETRICIDADE 1.2 – Eletrodinâmica

ELETRODINÂMICA
INTRODUÇÃO

Eletrodinâmica é a parte da eletricidade que estuda as cargas em movimento ordenado.


Quando os portadores de carga se movem ordenadamente no interior da matéria, dizemos que por
este material, está circulando uma corrente elétrica.
Como já sabemos, toda matéria é formada de moléculas, que por sua vez são formadas de
átomos, e cada átomo constituinte da matéria possui portadores de carga negativa e positiva,
podendo o material estar neutro (número de portadores de carga negativa igual ao número de
portadores de carga positiva) ou eletrizado (número de portadores de carga negativa diferente do
número de portadores de carga positiva). Os materiais que estão eletrizados possuem carga elétrica
líquida não-nula.
Quando olhamos no interior da matéria, percebemos que existem materiais com diferentes
propriedades elétricas. Existem materiais que melhor conduzem energia elétrica, os condutores e
materiais que melhor isolam energia elétrica, os isolantes elétricos, também chamados de
dielétricos. A grande diferença entre condutores e isolantes é que a estrutura química de um
condutor permite muita mobilidade para os elétrons no seu interior, enquanto que os elétrons em um
isolante são mais presos a sua estrutura atômica, permitindo pouca mobilidade. Os elétrons que se
movem dentro de um material são ditos elétrons livres, ao passo que os elétrons presos são
chamados de elétrons ligados. A mobilidade dos portadores de carga dentro de um material é um
conceito muito importante para que possamos entender o que é uma corrente elétrica.

DEFINIÇÕES

1. Corrente elétrica

Os elétrons livres no interior de um condutor movem-se aleatoriamente o tempo todo, de


modo que a soma vetorial de suas velocidades é nula, não permitindo a captação da sua energia,
como mostra a figura abaixo.

Quando o condutor está imerso em uma região de campo elétrico não-nulo, a maioria dos
seus elétrons livres passa a se mover na mesma direção de alinhamento do campo elétrico, no
sentido oposto a ele, estabelecendo uma corrente elétrica, como na figura.

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Sentido do campo elétrico

Movimento dos elétrons

Assim, podemos definir corrente elétrica como sendo o movimento ordenado dos elétrons
livres no interior de um condutor, devido à presença de um campo elétrico externo.
A intensidade (ou valor) de corrente elétrica é medida pela quantidade de carga que
atravessa uma secção reta do condutor por unidade de tempo. É, então, a taxa de variação
temporal da quantidade de carga através de uma secção reta do condutor. Olhe para a figura
abaixo. Ela representa um fio condutor cilíndrico e a área cinza, caracteriza uma secção reta deste
fio.

A corrente elétrica que atravessa o fio é dada por:

∆Q
Eq.1 I = .
∆t

2. Resistividade elétrica

Nem todos os elétrons livres de um condutor conseguem alinhar-se com o campo elétrico
externo. Isto é o que nos permite classificar os condutores de acordo com a sua capacidade de
resposta ao mesmo campo elétrico externo.
Nos bons condutores elétricos, a maioria dos elétrons se alinha com o campo elétrico, mas
nos condutores de baixa qualidade, poucos dos seus elétrons livres se alinham. Estes são
chamados de semicondutores elétricos. Nos isolantes elétricos, além de haver poucos elétrons
livres, a maioria deles não responde ao campo elétrico externo.
A resistividade elétrica é a medida percentual do número de elétrons livres do material que
não se alinha com o campo elétrico externo, não permitindo o estabelecimento de uma corrente
elétrica.
A resistividade elétrica é, portanto, uma característica do material, sendo possível classificar
os materiais de acordo com os seus valores de resistividade elétrica. Na tabela abaixo estão os
valores de resistividade elétrica de alguns materiais.

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Material Resistividade - ρ (Ω
Ω.m)
-8
Prata 1,58x10
-8
Cobre 1,67x10
-8
Condutores elétricos Alumínio 2,65x10
-8
Tungstênio 5,6x10
-8
Ferro 9,71x10
-5
Carbono (grafite) (3 - 60)x10
-3
Semicondutores elétricos Germânio (1 - 500)x10

Silício 0,1 - 60
9 12
Vidro 10 - 10
Isolantes elétricos
13 15
Borracha 10 - 10

Como os materiais sofrem dilatação e contração térmica, a resistividade de um


material varia com a temperatura, de acordo com a relação:

Eq. 2 ρ = ρ (1 + αΔT), na qual ρ é o valor da resistividade à zero kelvin, α é o coeficiente de


0 0
dilatação térmica do material e ΔT é a variação de temperatura à qual o material foi sujeito.

3. Tensão elétrica

O campo elétrico externo, capaz de ordenar o movimento dos elétrons livres em um


material, é gerado por uma diferença de potencial elétrico (d.d.p.) entre as extremidades do
material.
Relembrando: potencial elétrico é o trabalho realizado para deslocar uma carga de prova, q,
desde o infinito até um ponto localizado, A, por unidade de carga:

W
Eq. 3 VA = ∞ . A diferença de potencial entre dois pontos, A e B, é simplesmente:
q
∆V = V
B -VA = d.d.p = U .
Ainda relembrando: o potencial elétrico é gerado por uma carga geradora, Q.
CIRCUITOS ELÉTRICOS

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Um circuito elétrico pode ser visto como um caminho físico por onde “escoa” uma corrente
elétrica. O circuito elétrico mais simples que podemos montar contém dois elementos mínimos:

• Um gerador (ou fonte) de tensão elétrica. Símbolo esquemático:


• Uma resistência elétrica. Símbolo esquemático:

A resistência elétrica é característica de cada circuito elétrico e nada mais é, que a soma de
todas as resistências elétricas dos materiais e dispositivos constituintes do circuito.

A figura abaixo mostra o circuito mais simples, constituído por uma fonte de tensão elétrica
e uma resistência elétrica. A corrente elétrica convencional “escoa” do maior potencial (terminal
positivo da fonte) para o menor potencial (terminal negativo da fonte)

LEIS DE OHM
As leis nos permite dimensionar circuitos elétricos com resistência constante ou com
resistência variável.

1ª Lei de Ohm: a resistência elétrica do circuito é sempre constante, dada pela razão entre
a tensão elétrica aplicada e a corrente elétrica estabelecida no circuito:
∆V
Eq. 4 R= = constante . Isso significa que a corrente elétrica no circuito varia de forma
I
diretamente proporcional à tensão elétrica aplicada. Quanto maior a tensão aplicada, maior será a
corrente estabelecida no circuito, na mesma proporção do aumento de tensão, de modo que a
resistência do circuito seja sempre a mesma.

Os circuitos que obedecem a 1ª lei de Ohm são ditos circuitos ôhmicos, enquanto que os
circuitos que não seguem a 1ª lei de Ohm, são ditos não-ôhmicos. A figura abaixo mostra os
gráficos típicos de um circuito ôhmico e um circuito não-ôhmico, respectivamente.

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2ª Lei de Ohm: a resistência elétrica do circuito varia de acordo com as suas dimensões.
Para um fio condutor cilíndrico, a resistência assume a forma:

L
Eq. 5 R=ρ , ρ é a resistividade elétrica do material constituinte do fio, L é o comprimento do fio
A
e A, a área da sua secção reta.

Como a resistência depende da resistividade do material, ela também varia com a


temperatura, de acordo com a expressão:

Eq. 6 R = R 0(1 + αΔT), na qual R 0 é o valor da resistência à temperatura ambiente.

QUADRO DE SÍMBOLOS E UNIDADES:

grandeza símbolo unidade


Corrente elétrica I ou i ampère A
Resistividade elétrica ρ Ohm vezes metro Ωm
Tensão elétrica ΔV ou d.d.p ou U volt V
Resistência elétrica R ohm Ω
-1
Coeficiente de dilatação térmica α Grau centígrado recíproco ºC
Comprimento L metro m
2
Área A metro quadrado m
POTÊNCIA E ENERGIA ELÉTRICA

Partindo da definição geral de potência, P= W,


Δt
lembrando que U = ∆WQ e utilizando a

∆Q
definição de corrente elétrica, , podemos encontrar expressões para a análise da potência
I =
∆t
envolvida em circuitos elétricos em função das grandezas elétricas que os descrevem:
W ∆Q
U UI∆t
P = = = ∴
∆t ∆t ∆t
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Eq.7 P = UI e utilizando a lei de Ohm:

Eq.8 P = RI2 e

2
Eq.9 P=U , sendo que as equações Eq.8 e Eq.9 nos permitem determiner a potência
R
dissipada na resistência.

EXERCÍCIOS
1. Considere um fio condutor de cobre, de comprimento 5cm e diâmetro 2mm. Nas suas
extremidades é aplicada uma tensão de 5V durante 3 minutos. Determine:
a. A resistência elétrica do fio
b. A corrente que atravessa o fio
c. A carga elétrica que circula pelo fio
d. A potência dissipada pelo fio
-6
2. Uma carga de 5.10 C circula por um condutor durante 10 minutos. Determine a corrente
elétrica que atravessa este condutor.
3. Uma barra de certo metal tem resistência R. Qual será a resistência de uma barra feita do
mesmo material, com o mesmo diâmetro, mas com o dobro do seu comprimento?
4. No circuito abaixo, a tensão elétrica fornecida pela bateria é 12V. Se a resistência da lâmpada
vale 500Ω, qual é o valor de corrente elétrica que circula pelo circuito e quanto vale a potência
dissipada pela lâmpada?

5. No circuito abaixo, a tensão fornecida pela fonte é de 100V e a resistência valem R=200Ω.
Determine a corrente que circula pelo circuito e a potência dissipada pela resistência R.

CIRCUITOS ELÉTRICOS

Nesta secção vamos aprender a dimensionar, analisar e calcular as propriedades de vários


circuitos elétricos. Para tanto, devemos lembrar que as leis de Ohm continuam valendo: a primeira
lei de Ohm para circuitos ôhmicos (resistência constante) e a segunda lei de Ohm para circuitos
não-ôhmicos (resistência variável).
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Na secção anterior, aprendemos a trabalhar com os circuitos mais simples, constituídos de


uma fonte de tensão e uma resistência elétrica. Agora vamos aprender sobre outros as possíveis
associações destes dois componentes e ainda, sobre novos componentes que podem aparecer na
constituição dos circuitos elétricos que encontramos nos nossos equipamentos, eletrodomésticos e
eletroportáteis.
CIRCUITOS ELÉTRICOS

Os circuitos mais simples, como já vimos, são circuitos nos quais a corrente elétrica circula
livremente por um único caminho, indo do terminal positivo da fonte e retornando para o seu
terminal negativo, após passar por uma resistência.
Na realidade, os circuitos que encontramos no nosso dia-a-dia são mais complicados, no
sentido de que a corrente elétrica que sai do terminal positivo da fonte, pode se dividir em partes
que circularão por diferentes partes do circuito.
Assim, para podermos trabalhar no dimensionamento dos componentes de um circuito real,
o dividimos em partes, que chamamos de malha.
DEFINIÇÕES

Uma malha de um circuito é um caminho fechado por onde circula uma corrente elétrica
distinta.
Uma malha é dividida em ramos, que são partes lineares das malhas, limitadas por dois nós
(ou terminais) de corrente, e que contem componentes sobre a mesma linha de corrente.
Um nó de corrente é o ponto aonde chegam ou de onde saem três ou mais correntes
elétricas. Ou ainda: é uma conexão entre três ou mais ramos.
Uma junção é o ponto aonde chegam ou de onde saem duas correntes elétricas. Ou ainda:
é uma conexão entre dois ramos.
O circuito abaixo mostra um conjunto de resistências elétricas sendo alimentada por uma
fonte (a). Neste circuito, podemos descrever várias malhas e vários ramos (b).
Os pontos pretos representam nós de corrente, delimitando os ramos de cada malha do
circuito. As flechas indicam o sentido convencional da corrente elétrica. Neste exemplo, evidenciam-
se apenas três das diversas malhas do circuito (b).
Perceba que, em determinados nós, a corrente elétrica se divide e em outros determinados
nós, ela se reintegra (c).

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

Resistor é o nome que se dá ao componente que oferece resistência significativa ao


circuito.
Além dos resistores comerciais, podemos chamar de resistor, lâmpadas e outros
componentes cuja resistência interna seja relevante para o circuito. As fontes de tensão, em geral,

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têm resistência interna relevante. Outros dispositivos e componentes, como amperímetros,


multímetros, diodos e fusíveis podem contribuir significativamente com a resistência total de um
circuito. Tudo vai depender do cuidado na construção do próprio circuito.
Em um circuito mais complexo, os resistores podem aparecer em grande número,
associados de três formas possíveis: em série, em paralelo e mista.
Quando existe no circuito uma associação de resistores é possível determinar uma
resistência equivalente, cujo papel é substituir todas as resistências do circuito ou do ramo, ou da
malha, de forma que o valor total da resistência para aquele elemento, não seja alterado.

RESISTORES EM SÉRIE

O circuito abaixo mostra uma associação em série de quatro resistores e dois dispositivos
de medida de tensão, mostrando os valores de tensão elétrica em dois diferentes ramos do circuito.

A associação em série de resistores tem as seguintes características:

1. Os resistores estão sobre a mesma linha de corrente elétrica;


2. A corrente elétrica que passa por cada resistor é a mesma e tem o valor da corrente
elétrica gerada a partir da tensão aplicada;
3. A carga elétrica que atravessa cada resistor é a mesma;
4. A tensão elétrica em cada resistor depende do valor da resistência de cada resistor;
5. Para circuitos nos quais as perdas de energia são insignificantes, a soma das
tensões elétricas em cada resistor deve ser a tensão elétrica de entrada, fornecida
pela fonte de tensão;
6. A resistência equivalente é a soma direta de todas as resistências presentes na
associação.

Assim, a resistência equivalente de um circuito, Re, que contem n resistores em série vale:

Eq.1 R e = R1 + R 2 + R 3 + R 4 + K + Rn
Eq.2 V = V1 + V2 + V3 + V4 + K + Vn
Eq.3 i =i =i =i =i =K=i
1 2 3 4 n

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RESISTORES EM PARALELO

O circuito abaixo mostra uma associação em paralelo de três resistores e um dispositivo de


medida de tensão, mostrando o valor de tensão elétrica em um ramo do circuito.

A associação em paralelo de resistores tem as seguintes características:

1. Os resistores estão sobre linhas de corrente elétrica distintas;


2. A corrente elétrica que passa por cada resistor depende do valor da resistência
elétrica de cada resistor;
3. A carga elétrica que atravessa cada resistor depende do valor da resistência elétrica
de cada resistor;
7. A tensão elétrica em cada resistor é a mesma e tem o valor da tensão elétrica
fornecida pela fonte de tensão;
4. Para circuitos nos quais as perdas de energia são insignificantes, a soma das
correntes elétricas em cada resistor deve ser a igual à corrente elétrica de entrada,
gerada pela fonte de tensão;
5. O inverso da resistência equivalente é dada pela soma das razões inversas de
todas as resistências presentes na associação.

Assim, a resistência equivalente de um circuito, Re, que contem n resistores em paralelo,


vale:

Eq.4
1 = 1 + 1 + 1 +K+
1
R e R1 R 2 R 3 Rn
Eq.5 V=V = V = V =K= V
1 2 3 n
Eq.6 i = i +i +i +K+i
1 2 3 n

ASSOCIAÇÃO MISTA DE RESISTORES

O circuito abaixo contem resistores associados em série e em paralelo. A resistência


equivalente para associações mistas é determinada ao reduzirmos o circuito, substituindo cada

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associação em série e cada associação em paralelo, em cada ramo ou malha, pela sua respectiva
resistência equivalente.

LEIS DE KIRCHHOFF

Para dimensionar ou resolver um circuito que contem várias malhas e ramos e muitos
dispositivos, aplicamos as leis de Kirchhoff, e tudo fica muito mais simples.

a
1 lei de Kirchhoff – lei das correntes ou lei dos nós:

A soma algébrica das correntes elétricas que atingem um nó é nula.


Ou seja: a soma das correntes que chegam em um nó é igual à soma das correntes que
saem do mesmo nó.

Para esta soma, utilizamos a convenção: As correntes que entram em um nó são positivas e
as correntes que saem de um nó são negativas.

No nó ao lado, temos: − i − i + i + i = 0
1 2 3 4

2ª lei de Kirchhoff – lei das tensões ou lei das malhas:

A soma algébrica das tensões, tomadas num mesmo sentido (horário ou anti-horário), em
um circuito fechado é nula.
Ou seja: a soma das tensões fornecidas ao circuito deve ser igual à soma das tensões
reduzidas em cada componente.

Para esta soma, utilizamos a convenção: As tensões positivas são aquelas que, de acordo
com o sentido escolhido para percorrer o circuito fechado, vão do menor para o maior potencial, são
elevações de potencial, e as tensões negativas são aquelas que vão do maior para o menor
potencial e são chamadas de quedas de potencial.

No ramo ao lado, temos: − U − U + U − U = 0


1 2 3 4

EXERCÍCIOS
1. No circuito abaixo, a tensão fornecida pela fonte vale 120V. Determine:
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a. A resistência equivalente do circuito.


b. A corrente elétrica em cada resistor.
c. A corrente elétrica fornecida, gerada pela fonte.
d. A tensão elétrica em cada resistor

2. No circuito abaixo, determine:


a. A resistência equivalente do circuito.
b. A corrente elétrica em cada resistor.
c. A corrente elétrica fornecida, gerada pela fonte.
d. A tensão elétrica em cada resistor

3. No circuito abaixo, determine:


a. A resistência equivalente do circuito.
b. A corrente elétrica em cada resistor.
c. A corrente elétrica fornecida, gerada pela fonte.
d. A tensão elétrica em cada resistor

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M AIS EXERCÍCIOS

1. Numa instalação elétrica alimentada por 220V, estão ligadas em paralelo uma lâmpada
Incandescente de 100W, outra de 60W e um aquecedor elétrico de 3800W. Determinar a
resistência equivalente dessa associação.

2. Determinar o valor da resistência R no circuito abaixo, sabendo que a corrente que circula
pelo circuito vale 2mA, quando a tensão aplicava entre os terminais A e B é de 12V.

3. Considere o trecho de circuito abaixo, no qual as resistências valem R1=12Ω, R2=24Ω e


R3=8Ω. A representa um amperímetro ideal e K, uma chave interruptora. Com a chave K
aberta o amperímetro está indica uma corrente elétrica de 8A. Determine a corrente elétrica
indicada pelo amperímetro quando a chave K for fechada.

4. Determine a resistência equivalente para cada uma das associações abaixo, deixanso o
resultado em função de R.

5. Com os dados da figura abaixo, determine:


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a. A resistência do resistor equivalente a R1 e R3.


b. A resistência do resistor equivalente a todo o sistema.
c. A tensão entre os terminais A e C.
d. A tensão entre os terminais A e B.
e. A tensão entre os terminais B e C.
f. As correntes elétricas i2 e i3.

6. No circuito abaixo, a d.d.p. fornecida pela fonte é de 18V. Determine a corrente elétrica que
passa pelo resistor de 6Ω.

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