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Introdução:

A partir do momento que nascemos, somos inseridos num mundo do qual não
sabemos nada. Somos seres em bruto, no nosso estado mais original e puro. Com o
viver das experiências vamos à descoberta da consciência, à descoberta dos nossos
sentidos, à descoberta de nós mesmos, tendo apenas um objectivo comum: ser Feliz.
Nessa jornada encontramos sorrisos e choros, carinho e maldade, amor e ódio, amigos
e inimigos. Aprendemos a viver consoante os nossos valores e a nossa sociedade, na
esperança de preenchermos os pré-requisitos que a Felicidade nos impõe. O problema
não reside na procura, mas sim no saber conquistar. A anomalia está na constante
acomodação do ser humano quando encontra essa Felicidade. O egoísmo inconsciente
de pensar “ Se eu, como ser humano, estou bem como estou, para quê continuar a
agir?” leva-nos a uma passividade de atitude que nos cega, fazendo-nos esquecer de
que nem todos conseguiram preencher os pré-requisitos da Felicidade por não terem o
mesmo tipo de oportunidades de valor que nós tivemos. O ser humano é um ser em
constante evolução e no dia em que virar a cara aos problemas da sociedade, saberá
sem sombra de dúvidas que deixou de evoluir. Atingiu o ponto de estagnação, de
apego ao que é material, de dependência das suas conquistas. O nosso projecto é
sobre isso mesmo, sobre o combate à estagnação e passividade humana. No primeiro
período concentramo-nos naqueles que mais precisam. Porque viramos a cara aos
sem-abrigo e a todos aqueles que precisam de nós? Porque sabemos que a nossa
realidade não é aquela e assumimos interiormente que não a temos de viver. O nosso
grupo uniu forças para combater esta “ignorância-fantasma” e mostrar que
aproveitando cada pequeno gesto de ajuda podemos transmitir um pouco de
segurança e estabilidade a todos aqueles que mais precisam, a todos aqueles que sem
apego ao mundo material se concentram na esperança de uma vida melhor, de uma
vida Feliz.
ESCOLA SECUNDÁRIA DO CASTELO DA MAIA
Área de Projecto – 12º ano
2010/2011

No 2ºperíodo abrangemos a área de actividade física e lazer, nunca descurando


os objectivos de ordem social. Ao levar a actividade física e o lazer a crianças e idosos,
mostramos que todas as idades têm o seu encanto e que nunca devemos esquecer
que já fomos, ou seremos assim. Desta forma unimo-nos para mostrar que as crianças
são a imagem da inocência, são homens e mulheres em “construção” com o mesmo
objectivo, encontrar a Felicidade. Já na outra margem temos os Idosos, que na nossa
opinião constituem um grupo altamente excluído da sociedade. São um poço de
experiências, exemplos, vidas sofridas e triunfantes numa glória de tempos passados
que nunca chegamos a conhecer. Uma vida cheia de valor. Mas onde esta o valor que
lhe atribuímos? Não foram os nossos actos, não foi a nossa vida, portanto voltamos a
assumir a nossa atitude passiva, esquecendo-nos que um dia aquela será a nossa
realidade. Tentamos combater esse “abandono” promovendo o convívio entre idosos,
jovens, crianças e adultos mostrando que a vida pode ser “meia vazia”, mas pode
também ser “meia cheia”, só nos cabe fazer a escolha. Queremos cair na passividade
ou ter uma vida activa onde encontramos a nossa razão de existir? A escolha cabe a
cada um de nós como seres individuais e singulares. O nosso grupo já escolheu, e
decidimos viver a vida em pleno e mostrar que podemos lutar em batalhas que não
são nossas, mas que consequentemente passaram a ser as nossas lutas. A nossa
escolha é esta, e por isso o nosso tema é:

“Como viver em todas as idades”

Opiniões dos vários elementos do grupo:


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Área de Projecto – 12º ano
2010/2011

Ana Luísa – “Identifico-me completamente com este tema pois acho que tocamos num
ponto sensível da sociedade mostrando que apesar de jovens temos consciência da
realidade. Penso que vai ser um ano inesquecível para todos nós, pois vamos crescer
mais do que aquilo que julgávamos, e ver nem sempre a nossa realidade diária é
aquela que realmente nos rodeia. Tenho a certeza que vou adorar cada bocadinho do
nosso projecto, desde as noites com os mais necessitados, até às correrias com as
crianças e o partilhar de histórias com os mais idosos. Espero que com o nosso
projecto consigamos passar a mensagem do nosso objectivo que é mostrar “Como
viver em todas as idades”. “

José – “ Um dos motivos que me levou a ingressar esta área nomeadamente AFSL
(Actividade Física, Saúde e Lazer) prende-se com o meu gosto relativo ao desporto.
Identifico-me bastante com o projecto pois tenho oportunidade de ajudar quem mais
precisa, e para além disso fazer com que as pessoas pratiquem desporto para acabar
com o sedentarismo em todas as idades, penso que o nosso projecto é bastante
proveitoso não só para nós que sairemos com uma ideia completamente diferente da
realidade social, mas mesmo para com quem vamos interagir pois com este trabalho
podemos fazer a diferença na vida das pessoas com quem vamos colaborar. Na minha
opinião não podíamos ter escolhido um melhor tema pois este na minha perspectiva é
o ideal para mim. “

Filipa – “Sempre quis fazer voluntariado e há uns anos atrás tive a hipótese de o fazer com
crianças, durante algumas semanas. Este ano, voltou a surgir a hipótese de o fazer na
companhia de um excelente grupo, mas desta vez com pessoas sem-abrigo. Todas as terças-
feiras à noite, deslocamo-nos ao Porto para vermos as dificuldades com outros olhos, dando o
nosso contributo, designadamente servindo algumas refeições. Este projecto despoletou em
mim vários sentimentos e a vontade de superar sempre as advertências com que nos
deparamos, a dar valor às pequenas coisas que hoje em dia tomamos como garantidas. A
perceber que a vida nem sempre é um mar de rosas e que por vezes temos que ajudar os

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outros para que o fardo que eles carregam não seja tão pesado. Que bastam pequenos gestos,
para mudar pequenas/grandes coisas na vida desta pessoas. “

Inês – Estou a adorar este projecto, e trabalhar com estas pessoas fantásticas a começar pelo
meu grupo… Penso que este trabalho com os sem-abrigo me tornou uma pessoa melhor, e
ensinou-me a ter uma melhor noção do que é a Vida, ensinou-me a dar valor às pequenas
coisas, e… a não desistir dos nossos objectivos. É uma verdadeira experiência de vida que
começa com que ficará para sempre com cada um de nós, e por estas pessoas, por estes novos
amigos, tudo vale a pena! O nosso grupo quer demonstrar a todos este “mundo” que por
vezes nos passa ao lado, e pedir que ajam e ajudem quem precisa, e deste modo façam a
diferença!

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