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LABORATÓRIO
Caruaru
2011
APRESENTAÇÃO
Esperamos que todos os alunos aproveitem o conteúdo dessa apostila que foi elaborado
a partir de referências bibliográficas sobre o tema, citando evidentemente todos os
autores consultados.
NOÇÕES BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO
Sendo a Química uma Ciência Experimental, são necessários conhecimentos práticos, pois é a
partir deles que conseguimos compreender suas Leis e Teorias.
Esta apostila é destinada aos alunos do 1º período e tem por objetivo auxiliar de forma segura os
primeiros contatos dos estudantes com os trabalhos de laboratório. Infelizmente, a ocorrência de
acidentes em laboratório não é tão rara como possa parecer; sendo assim, com a finalidade de
diminuir a freqüência e a gravidade desses eventos, torna-se absolutamente imprescindível que
durante os trabalhos realizados em laboratório se observe uma série de normas de segurança:
Coloque todo o material escolar (mochilas, pastas, cadernos, etc.) no local próprio. Não
utilize a bancada como mesa.
Durante as aulas práticas é obrigatório o uso de calça comprida e sapato fechado. No caso
de cabelos compridos, estes deverão estar presos.
Não trabalhe com material imperfeito, principalmente o vidro que contenha rachaduras,
pontas ou arestas cortantes.
Leia com atenção o rótulo de qualquer frasco de reagente antes de usá-lo, certificando-se
de seu uso.
Segure o frasco de reagente com o rótulo voltado para a palma de sua mão, evitando desta
forma, danos ao rótulo.
Sobras de reagentes não devem ser devolvidas ao frasco original, evitando assim possíveis
contaminações.
Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz.
Desloque com a mão, para sua direção, os vapores que se desprendem do frasco.
Não aspire gases ou vapores sem antes se certificar de que não são tóxicos.
Todas as experiências que envolvam produtos corrosivos ou vapores tóxicos devem ser
realizadas na capela (dispositivo provido de exaustão).
Quando for utilizar o gás, abra a torneira somente após acender o palito de fósforo (nunca
um isqueiro!) e, ao terminar seu uso, feche com cuidado a torneira, evitando vazamentos.
Traga sempre uma caixa de fósforos para as aulas práticas.
Ao aquecer tubos de ensaio não volte a extremidade aberta para si ou para uma pessoa
próxima.
Não deixe vidro quente onde possam pegá-lo inadvertidamente (o vidro quente parece
com o vidro frio!).
Coloque-o sempre sobre uma tela de amianto, o que alertará aos demais sobre o perigo de
queimaduras.
Para evitar acidentes, não deixe o bico de gás aceso com chama forte sobre a bancada.
Se qualquer produto químico for derramado sobre a bancada, lave imediatamente o local.
Evite debruçar-se sobre a bancada. Algum reagente pode ter caído sobre a mesma, sem
que fosse percebido, o que pode ocasionar acidentes. Conserve, portanto, sempre limpa a
bancada e a aparelhagem que utilizar.
Durante os trabalhos em grupo apenas um aluno deverá se deslocar para pegar materiais e
reagentes.
Sempre que trabalhar com água e ácidos concentrados, use sempre a capela, adicionando,
lentamente, o ácido sobre a água e NUNCA o contrário (poderá haver projeção, devido
à energia liberada no processo).
Não jogue nenhum material sólido nas pias e nos ralos. Habitue-se a utilizar sempre a lata
de lixo.
OBSERVAÇÃO:
Todos os materiais e reagentes de laboratório são de alto custo, portanto, cuide bem do seu
material e utilize somente quantidades necessárias dos reagentes, evitando desperdícios.
ATENÇÃO
Um dos grandes desafios dos alunos e profissionais que atuam em laboratório é saber
corretamente o nome das vidrarias e equipamentos. Antes de tudo, gostaria de ressaltar que as
boas práticas de laboratório e as questões de segurança envolvidas, revelam que o conhecimento
desses materiais é primordial para garantir uma melhor eficiência do trabalho no interior do
ambiente do laboratório. Assim apresentamos abaixo os principais materiais:
BALÃO VOLUMÉTRICO
CADINHO
CÁPSULA DE PORCELANA
DESSECADOR
ERLENMEYER
FUNIL DE BUCHNER
FUNIL DE SEPARAÇÃO
Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração
líquido/líquido.
KITASSATO
PIPETA GRADUADA
PIPETA VOLUMÉTRICA
TUBO DE ENSAIO
VIDRO DE RELÓGIO
ANEL OU ARGOLA
BALANÇA DIGITAL
BICO DE BUNSEN
É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas
contemporaneamente tem sido substituído pelas mantas e chapas de
aquecimento. Deve-se evitar seu uso quando utilizamos substâncias
inflamáveis dentro do recipiente que se quer aquecer.
GARRA DE CONDENSADOR
PINÇA DE MADEIRA
TELA DE AMIANTO
TRIPÉ
Fonte:
www.mundodoquimico.hpg.ig.com.
br acessado em 08/03/2010.
LIMPEZA E SECAGEM DE MATERIAL DE VIDRO
Limpeza
Secagem
Secagem rápida – pode ser obtida, após enxaguar o material, com álcool ou acetona.
LEITURA DE RÓTULOS
É de fundamental importância saber aferir o menisco, pois você usará essa técnica sempre
que for medir volumes em pipetas, provetas, buretas e balões volumétricos. Uma boa
aferição levará a uma confiabilidade nos resultados. Você se valerá deste aprendizado para
realziar com maior êxito a experiência 1.3.
2. Técnica de pipetagem
A pipeta previamente limpa é cheia por capilaridade ou sucção com auxílio de pipetador
com água destilada até acima do menisco; limpa-se a parte externa da extremidade livre
com papel absorvente, controlando-se a vazão com o dedo indicador; acerta-se o menisco
com cuidado e verte-se a água contida na pipeta no recipiente desejado.
O escoamento da pipeta deve ser efetuado com o aluno controlando a vazão com o dedo,
estando a ponta inferior da pipeta encostada na parede do recipiente. O tempo de
escoamento mínimo deverá ser de 30 segundos. Após o escoamento, afasta-se a
extremidade da pipeta da parede do recipiente com cuidado. A quantidade de líquido
restante da ponta da pipeta não deve ser soprada para o interior do recipiente.
B- Com uma pipeta de Pasteur adicione ou retire o volume de água necessário para a
vidraria marcar exatamente 50 mL. Conte o número de gotas de água adicionadas ou
retiradas. A partir deste número de gotas, será calculado o volume de água adicionado
ou retirado, possibilitando então a aferição das vidrarias;
1.3.2 Resultados
Assumindo que a densidade da água destilada é 1,00 g/mL, calcule o volume médio de
uma gota d’água. A partir deste volume calculado estime a exatidão das vidrarias
volumétricas. Observe as regras para retenção de algarismos significativos.
Da mesma maneira, calcule o volume médio de uma gota de água destilada vinda da
pipeta graduada. Compare-a com o valor médio da gota d’água obtido através da pipeta
de Pasteur.
1.3.5 Questões
b) Qual vidraria você usaria para medir 50 mL de uma solução de ácido sulfúrico para
ser titulado com uma solução conhecida de hidróxido de sódio? Por quê?
d) Por que as vidrarias volumétricas não são recomendadas para serem secas em
estufa?
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
NÚCLEO DE TECNOLOGIA
2ª Prática: CROMATOGRAFIA
1. INTRODUÇÃO
1.2PREPARAÇÃO
1.3PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Você receberá soluções aquosas de cada um dos sais CuSO4, FeCl3 e NiCl2
também uma solução desconhecida contendo um, dois ou todos os três sais
mencionados.
Você observará que no momento em que o papel entra no líquido, este vai
subir pelo papel por ação capilar. É importante assegurar que o papel de filtro
revestindo a parede esteja realmente saturado com a solução contida no béquer.
Isto é importante para manter uma atmosfera saturada dentro do béquer. Caso
contrário, o líquido corre o perigo de subir irregularmente pelo papel devido à
sua evaporação numa atmosfera totalmente saturada.
Quando a frente do líquido tiver atravessado o papel, os íons metálicos terão
sido transportados também. Agora precisamos saber por qual distância. Para isto,
teremos que revelar os íons.
b) A amônia revela que íon? Qual é a coloração observada neste teste, e que tipo de
complexo é formado pela reação de amônia com o íon metálico?
d) Por que é importante aplicar cada amostra numa menor mancha possível?
e) Dois isômeros orgânicos A e B podem ser separados cromatograficamente.
Apesar de terem sido recolhidos separadamente, o isômero A, após algum tempo,
indica que contém um pouco do outro isômero B.
e.1) Como é que seria possível determinar que o isômero A contém um pouco do
isômero B?
e.2) O que poderia ter acontecido para que o isômero A, apesar de ter sido
purificado, ainda continha um pouco do isômero B após algum tempo?
Referências Bibliograficas
1 – Silva, R.R., Bocchi, N. e Rocha Filho, R.C., Introdução a Química Experimental, São
Paulo, Mc Graw-Hill1990.
NÚCLEO DE TECNOLOGIA
3.1 – Introdução
Umedeça o papel filtro com acetato de etila, usando para isto a pipeta de Pasteur
e prenda-o cuidadosamente nas paredes do funil com a ponta da pipeta. Deixe o sólido
sedimentar no fundo do erlenmeyer e decante o líquido através do funil de filtração com
auxílio de um bastão de vidro, não enchendo mais que 3/4 do volume do cone de papel.
Em seguida, lave a areia do erlenmeyer com uma proporção de 10 mL de acetato de
etila, e repita o processo de decantação do solvente, através do filtro. Repita a operação
mais duas vezes, agora arrastando na lavagem todo solido para o funil de filtração. Se
necessário, os últimos traços do sólido podem ser removidos do erlenmeyer com auxílio
de um bastão policial.
3.3 – Questões
1) Por que a areia, na primeira etapa da separação, é lavada com acetato de etila?
3) Por que escolhemos a destilação para separar os dois últimos componentes? Discuta a
eficiência desta técnica, neste caso específico, considerando as características físicas dos
dois componentes (afinal, o que é “óleo mineral”?)
NÚCLEO DE TECNOLOGIA
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL I
1) Introdução
As reações químicas fazem parte do nosso dia-a-dia. A queima do gás do fogão com o
oxigênio do ar para produzir o calor que utilizamos para cozinhar os alimentos. A
energia necessária ao movimento de automóveis requer a queima de combustíveis, que é
uma reação química. A gasolina utilizada nos veículos é uma mistura de vários
compostos. Um deles é o octano, composto formado por carbono e hidrogênio, cuja
fórmula química é C8H18. Quando a gasolina reage com o oxigênio do ar produz dióxido
de carbono (CO2), água (H2O) e a energia que é utilizada para fazer com que o carro
entre em movimento.
2) Procedimento Experimental
a.4) CuSO4(aq) + Fe →
Questionário;
NÚCLEO DE TECNOLOGIA
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL I
1 - Objetivo
2 - Introdução
4 – Questões
NÚCLEO DE TECNOLOGIA
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL I
6ª Prática: Calorimetria
1 – Objetivo
2 – Introdução
Nas reações químicas, grande parte das energias envolvidas nas interações de natureza
elétrica ou magnética, aparece sob a forma de calor ou de trabalho. Muitas reações ocorrem com
liberação de calor para o ambiente, sendo denominadas exotérmicas. Outras, endotérmicas,
retiram calor do ambiente com conseqüente abaixamento de temperatura.
Independente dos caminhos percorridos pelos reagentes até à formação dos produtos, a
variação de entalpia deverá ser sempre a mesma. Essa afirmação, que constitui a lei de Hess,
provém do fato de que a entalpia é uma função de estado, ou seja, cada estado apresenta o seu
valor correspondente de entalpia.
3 – Procedimentos Experimentais
Meça com uma proveta 50 mL da solução de ácido clorídrico 1,0 M. Em um béquer de 250
mL coloque uma barrinha magnética de agitação e em seguida verta a solução de ácido
clorídrico. Coloque-o no calorímetro. Ponha o calorímetro sobre o agitador magnético e o ligue
com uma velocidade tal que a agitação seja suave.Feche o calorímetro e introduza o termômetro
até a posição adequada, a qual deve ter sido determinada previamente (seu bulbo não deve tocar
na barrinha). Meça a temperatura da solução de ácido clorídrico, a qual deve ser igual à da
solução de hidróxido de sódio: ambas as soluções devem estar em equilíbrio térmico com o
ambiente.
q c a l o r í mo e=t rC.∆ T
C = c a p a c i d_ac da el o r í f_i dc ao_ c a lo r ímo e t r
q reação − q solução
C=
∆T
Meça, com uma proveta, 50 mL de água destilada, coloque-a no calorímetro, agitando com
cuidado até atingir a temperatura constante. Anote esta temperatura.
Em uma balança analítica, pese ao redor de 2,00 g de hidróxido de sódio num béquer (a
pesagem do hidróxido de sódio deve ser efetuada o mais rápido possível devido à sua grande
higroscopicidade). Coloque o hidróxido de sódio no calorímetro e agite. Anote a temperatura
máxima alcançada.
Cálculos:
NaOH ( s ) H
2O
→ Na + ( aq ) + OH − ( aq ) ........∆H 1
Na + ( aq ) + OH − ( aq ) + H + ( aq ) + Cl − ( aq ) ↔ H 2 O(l ) + Na + ( aq ) + Cl − ( aq ) ........∆H 3
NaOH ( s ) + H + ( aq ) + Cl − ( aq ) ↔ H 2 O(l ) + Na + ( aq ) + Cl − ( aq ) .................∆H 2
q calorímetr ro = C.∆T
q reação
∆H =
n NaOH
Para os valores de ΔH observe, ΔH<0 (libera calor) e ΔH>0 (absorve calor). As informações
sobre densidade e calor específico das soluções são dadas a seguir.