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A CONSTRUÇÃO DO FATO HISTÓRICO E O ENSINO DA HISTÓRIA

Entendendo Marc Bloch para poder ensinar a história problematizante


No Livro Apologia da História ou o ofício do historiador, há uma síntese de como a
história positivista precisava ser modificada para dimensionalidade de ciência para a
História, que segundo Marc Bloch ´´não era uma ciência do passado``, além de
apresentá-la como ``história como problema``. Com este pensamento conclui-se que a
história precisa ser problematizada, analisada e criticada em todos os sentidos para que
se der veracidade ao fato, não apenas por ser um fato, mas por ter sofrido uma série de
questionamentos e estudos que não permitam contradições, a não ser que surjam novos
indícios, depoimentos ou outras fontes que possam elucidar ou modificar um
posicionamento.
Havia uma necessidade de mudar a forma e as metodologias de estudar e analisar um
documento para que o historiador do futuro conseguisse responder a uma pergunta
muito peculiar com relação à Ciência Histórica: para que serve ou por que estudar
História? Esta pergunta se torna fácil de responder quando se lê e interpreta este Livro
de Marc Bloch.
A história exclusivamente militar e política não era a única forma de estudo, pois tudo
era passível de se tornar fato histórico, ou seja, uma roupa, um costume, uma culinária,
uma pessoa que tenha vivenciado e por isso testemunha ocular para contestar
documentos. Isso tudo ampliou o horizonte de como se ensinar e aprender esta
disciplina.
Editor de uma Revista Revolucionária “A revista dos Análles” Bloch e Febvre deram
um passo importantíssimo para provar aos positivistas que tudo carece de uma
transformação para melhorar entendimentos e pesquisas. Para melhor entender há uma
necessidade constante de atualizar os métodos de ensino, estudo, pesquisa para
dinamizar.
Segundo Marc Bloch o processo de historiador estaria bem definido como sendo o seu
ofício: ``compreender o presente pelo passado`` e, correlativamente ``compreender o
passado pelo presente``. Com base neste enfoque percebemos o objetivo que Marc
Bloch buscava seguir que era moldar formadores com este pensamento. Seguindo ainda
mais profundamente, Bloch explica que o historiador precisa se render ao coletivo e de
sua importância para entender a história e de como ela precisa das ciências auxiliares
para dar mais veracidade aos seus estudos.

A problematização do conhecimento histórico em sala de aula


Hoje se busca ensinar história probelamatizando a realidade social do aluno.
A prática reflexiva, onde o aluno explica historicamente a realidade em que vive faz
parte do ensino dinâmico. Nessa prática o aluno é o ponto de partida.
Esta é a metodologia do ensino da problematização.

A Crítica
Esboço de uma história do método crítico
Não podemos acreditar em tudo o que é dito ou escrito, porém também não se devem
desperdiçar esses testemunhos. O que se tem a fazer é criticar e realizar uma triagem do
que realmente pode ser aproveitada em prol de uma ciência que precisar provar o seu
valor a sociedade.

O Ídolo das origens


Neste ponto do livro de Marc Bloch, há uma crítica de como alguns historiadores
buscam nas origens a explicação do presente, porém não estudam o contemporâneo fim
buscar saídas de erros do passado e do presente, pois se estivesse nas origens às
soluções para os problemas sociais, políticos, econômicos não haveria guerras, disputas,
violência e tantas outras conjunturas que alteram, às vezes, uma superestrutura.
Por isso não se explica um fato ou fenômeno histórico fora de seu momento atual.
A observação histórica
Explicita-se as formas de observação direta e indireta, onde, respectivamente, uma é
utilizada por relatos, descobertas arqueológicas, documentos antigos, porém, sempre,
com a finalidade de analisar a veracidade destes fenômenos históricos. Na outra forma
de observação, o próprio investigador está dentro no acontecimento e tem com analisar
diretamente além de Ter outras testemunhas com a finalidade de documentar e dar
veracidade aos fatos. Hoje o antropólogo ou outro investigador direto tem dar formas
aos seus estudos com a finalidade de que suas informações sejam fidedignas de leitura e
futuras investigações, buscando sempre uma possível nova verdade para aquela que foi
evidenciada anteriormente.

A Análise histórica
Julgar ou compreender?
Nos exemplos descritos no texto, compreende-se que num fato histórico o julgar nos
obriga a sentenciar os erros cometidos em vez de compreendê-los antes de sentenciá-
los, logo que todo julgamento deve ser precedido de um estudo e desse retiradas às
devidas questões que levaram ao acontecido.
Compreender não é ser passivo, pois necessitamos da dicotomia realidade x homem.
Por exemplo: uma descoberta de uma nova escrita nos levará a uma série de
questionamentos sobre a língua, a origem, possível misturas de raças, como viviam, ou
seja, uma infinidade de perguntas sem respostas que problematiza e ilumina a vida de
um historiador.

A nomenclatura
O historiador não tem ferramentas exatas, pois o homem, suas ações, o meio e as
relações entre esses atores nos faz importantes neste estudo complexo do homem e de
como o meio se modifica no tempo e de como o tempo modifica o homem pelo meio. É
uma transformação constante, onde a sociedade deve ser observada em todos os
aspectos e detalhes para entendermos à política, economia e o social dependem um do
outro e de como esses relacionamentos devem ser registrados para um estudo futuro.

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