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Quando foi que o amor acabou e o príncipe

virou sapo e a princesa desencantou?


Provavelmente depois de tantos beijos não
dados, de tantos momentos deixados pro lado,
de tanto monólogo de ambas as partes. Em
geral o amor assiste à própria morte e resta
silencioso. Ou ele grita por socorro e as
pessoas se fazem de surdas. O mais difícil no
fim de um relacionamento é admitir que tudo
acabou.
Há pessoas que insistem simplesmente porque
não querem admitir o fim. E caminham
vagarosamente na vida, vivendo o dia-a-dia como
se não houvesse o depois. Mas a vida não acaba
quando morre um amor. Ela simplesmente passa
por uma transição que, como todas, é
freqüentemente dolorida. Tememos as mudanças
porque tememos o desconhecido. Mas o que é o
desconhecido?
Mesmo o dia de amanhã, não podemos tocá-lo
até que ele chegue a nós, não podemos sabê-lo
até que chegue o momento em que,
mergulhados, precisamos vivê-lo. Aceitar a
morte, qualquer que seja, é reconhecer nossa
vulnerabilidade diante da vida. E somos seres
orgulhosos por demais para querer reconhecer
nossa fragilidade ante o que não podemos
controlar. E a vida não se controla.
Ela se abate sobre nossas cabeças e tudo o que
podemos fazer é vivê-la o mais intensamente
possível com todos os riscos e perigos que ela
nos impõe, com todas as surpresas, que ela nos
reserva. Precisamos é tirar o melhor partido do
que está nas nossas mãos e reconhecer que pra
todo fim há sempre um recomeço. Uma perda é
quase sempre um ganho, é muitas vezes a
válvula propulsora para uma nova vida, uma
nova história, um novo amanhã.
Música:
Jim Brickman - The Promise
Elaborado por:
Sérgio S. Oliver

ssoliver@terra.com.br

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