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RETA FINAL TRT – PARÁ E PIAUÍ

Disciplina: Direito do Trabalho


Prof. Aline Leporaci

MATERIAL DE APOIO – PROFESSOR

PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

1) in dubio pro misero X regra do ônus da prova

2) Norma mais Favorável – aplicação quando há duas normas simultaneamente aplicáveis aos
empregados.

3) Aplicação da Condição mais Benéfica (adicionais por labor em condições especiais)

Incorporação de Direitos Concedidos por Acordo Coletivo ou Convenção Coletiva – Súmula 277, I,
C. TST.

4) Princípio da Irrenunciabilidade ou Indisponibilidade – patamar civilizatório mínimo – Art. 7º,


CRFB/88.

5) Princípio da Primazia da Realidade – Ex: contrato de prestação de serviços X contrato de


trabalho (divergência entre o que efetivamente ocorre e o que foi ajustado).

FONTES DO DIREITO DO TRABALHO - CLASSIFICAÇÃO

HETERÔNOMAS

- Constituição – não hierarquia formal / Pirâmide de Kelsen

- Sentença Normativa – resultado do dissídio coletivo / Poder Normativo / “sentença com alma de
lei”.

AUTÔNOMAS

- Acordos Coletivos e Convenções Coletivas – CLT, Art. 611, caput e §1º / natureza jurídica
complexa - contrato + lei / participação dos sindicatos (obrigatoriedade).

- Usos e Costumes

Uso – prática adotada em determinada relação jurídica (Contrato de Trabalho – repetição - cláusula)
Costume – prática em determinado vínculo social – regra não escrita

- Regulamento de Empresa – estabelecido de forma unilateral / utilização em concreto (fonte


formal?) / modificação no curso do contrato (TST, Súmula 51).

SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO – EMPREGADO E EMPREGADOR


Elementos da Relação de Emprego – CLT, Art. 3º X Trabalhador autônomo
(relação de trabalho)

a) TRABALHO POR PESSOA FÍSICA

b) PESSOALIDADE – infungibilidade (intuito personae). Exceções: substituições eventuais.

c) NÃO EVENTUALIDADE – permanência, não esporádico.

d) ONEROSIDADE – Aspectos: Objetivo e Subjetivo (Trabalho Voluntário - Lei 9608/98).

e) SUBORDINAÇÃO – poder de direção do empregador.

EMPREGADOR – Art. 2º, CLT

GRUPO ECONÔMICO – Art. 2º, §2º, CLT.


Responsabilidade das empresas que compõem o grupo econômico.

SUCESSÃO DE EMPREGADORES – CLT, Arts. 10 E 448


Conceito – instituto em virtude do qual se opera, no contexto da transferência de titularidade de
empresa ou estabelecimento, a transmissão de créditos e a assunção de dívidas trabalhistas entre alienante e
adquirente envolvidos.

Assunção das dívidas e direitos pelo novo titular em face do antigo.

TERCEIRIZAÇÃO

Conceito: fenômeno pelo qual se dissocia a relação econômica de trabalho da relação


justrabalhista que lhe seria correspondente.

Através da terceirização insere-se o trabalhador na atividade do tomador de serviços sem que


entre estes haja laços trabalhistas de vínculo de emprego, que se mantém com a entidade interveniente, com a
empresa de terceirização.

Há uma relação trilateral pela contratação ocorrida, ou seja, o empregado presta seus serviços
e realiza suas atividades junto à empresa tomadora de serviços; a empresa de terceirização contrata esse
empregado e com ele firma vínculo de emprego; e a tomadora de serviços que recebe a prestação de serviços
diretamente, mas não assume a posição clássica de empregador.

Limites da terceirização? Terceirização lícita e a ilícita.

Responsabilidades do empregador (empresa prestadora de serviços) e do tomador de serviços –


Súmula 331, TST.

CONTRATO DE TRABALHO

Conceito - Acordo de vontades, tácito ou expresso, pelo qual uma pessoa física coloca seus
serviços à disposição de outrem, a serem prestados com pessoalidade, não-eventualidade, onerosidade e
subordinação ao tomador.

Características - contrato de Direito Privado (natureza essencialmente privada tanto dos


sujeitos pactuantes como dos interesses envolvidos); contrato sinalagmático; contrato consensual (depende
tão somente do ajuste feito entre as partes); contrato celebrado “intuito personae”; contrato de trato
sucessivo (as principais prestações do CT se sucedem continuadamente no tempo); contrato de atividade
(prestação de fazer); contrato oneroso (cada parte contribui com uma ou mais obrigações economicamente
mensuráveis); contrato com alteridade (risco da prestação de serviços) e contrato complexo ( possibilidade
de associar-se a outros contratos).

MODALIDADES

1) A Prazo Indeterminado – regra geral no Direito do Trabalho (TST, Súmula nº 212) - são os
que não possuem um termo prefixado para sua extinção / duração indefinida no tempo.

Efeitos específicos - plena incidência das causas interruptivas e suspensivas do


CT; incidência das regras de estabilidade e garantias de emprego, e dos efeitos rescisórios
específicos (alteração das verbas incidentes a depender da espécie de dispensa ocorrida).

2) A Prazo Determinado

- Hipóteses de pactuação

CLT, Art. 443, §2º - serviços cuja natureza ou transitoriedade justifique a


predeterminação do prazo do contrato (contratos para substituição de empregado de férias ou em gozo de
licença, por exemplo), atividades empresariais de caráter transitório (transitoriedade diz respeito a atividade
da empresa. Ex: feiras agropecuárias, atividades circenses em determinadas comunidades, atividades
empresariais sazonais, como vendas de fogos de artifício na época de festa junina, etc.) e contrato de
experiência (qual tipo de atividade permite tal contratação?).

Prazos Legais – contratos a prazo regidos pela CLT tem um prazo máximo de 2 anos, com
exceção do contrato de experiência que tem o prazo de 90 dias - Art. 445 e parágrafo único, CLT.

Prorrogação – quantas podem ocorrer? / previsão de tal possibilidade / somatório das


prorrogações / efeito de uma segunda prorrogação – Art. 451, CLT.

Sucessividade – consiste na celebração de um novo contrato a termo após a extinção próxima


de um contrato anterior da mesma natureza (é diferente de prorrogação) – Art. 452, CLT.

ALTERAÇÃO CONTRATO DE TRABALHO - ART. 468, CLT

1) Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva - Teoria da Imprevisão – aplicação / Jus


variandi do empregador / Adicionais concedidos – Súmula 265, TST.

Art. 468, parágrafo único, CLT c/c Súmula 372, TST.

Da Transferência – Art. 469, CLT (adicional de transferência, quando é devido).

INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO CONTRATUAIS – Arts. 471 e seguintes, CLT / diferenças /


hipóteses / curso do Art. 476-A, CLT.

RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

- AVISO PRÉVIO = Art. 487, e seguintes, CLT

Prazo, Modalidades (trabalhado e indenizado), ausência de aviso prévio pelo empregador ou pelo
empregado (Art. 487, §§1º e 2º), redução de jornada no curso do aviso prévio (Art. 488 e parágrafo único),
reconsideração do aviso prévio (Art. 489 e parágrafo único), justa causa no curso do aviso prévio (Art. 491).

Orientações Jurisprudenciais, 82 e 83, SDI-1/TST.

- MODALIDADES DE EXTINÇÃO CONTRATUAL – VERBAS DEVIDAS


- sem justa causa / rescisão indireta (Ver Art. 483, d, CLT) – saldo de salário,
aviso prévio, férias integrais e proporcionais acrescidas de 1/3, décimos terceiros salários
integrais e proporcionais, entrega de guias para saque do FGTS (responsabilizando-se a
Reclamada pela integralidade dos depósitos, inclusive o período de aviso prévio), sob pena
de pagamento do equivalente em espécie e acrescido da indenização compensatória de 40%
(Lei 8036/90, Art. 18, §1º) e guias para levantamento do seguro-desemprego, sob pena de
pagamento do equivalente em espécie.

- dispensa com justa causa (Ver Art. 482, a, e, f, h, i, j, k, CLT) – saldo salarial e
verbas vencidas e não pagas. Quando é possível sacar o FGTS?

- pedido de demissão – saldo de salário, aviso prévio por parte do empregado,


férias integrais e proporcionais acrescidas de 1/3, décimos terceiros salários integrais e
proporcionais (Súmula 261, C. TST).
- culpa recíproca – Súmula 14, C. TST.

DURAÇÃO DO TRABALHO – CRFB/88, Art. 7º, XIII e XVI.

Jornada de Trabalho – é expressão com sentido mais restrito que faz menção ao módulo diário em
que o empregado tem que ficar à disposição do empregador em decorrência do CT.

Sistema de Compensação de Jornada - Banco de horas – Art. 59, §2º e 61, CLT / Art. 7º, XIII e
XVI, CRFB/88.

Caracterização.

Título autorizador, pagamento, parâmetros, jornada de trabalho.

Pequenas variações de horário de trabalho – Art. 58, §1º, CLT c/c Súmula 366, C. TST.

Modalidades de Intervalo

1) Intervalo Intrajornada – são os intervalos situados dentro de uma jornada,


de uma duração diária do trabalho. Esses possuem duração variada dependendo da jornada
a que está adstrito o empregado, podendo ser de 1 a 2 horas, 15 minutos ou até 10 minutos.
Além disso, podem ou não ser remunerados.

Ver Arts. 70, 71 e §§1º e 4º, e 72, CLT.

Possibilidade de redução ou supressão – Art. 71, §3º, CLT X Orientação


Jurisprudencial 342, SDI – 1, TST.

2) Intervalo Interjornada – são os situados entre uma jornada e outra. Há um


básico que é de 11 horas, que não é objeto de remuneração.
Ver Art. 66, CLT.

REPOUSO SEMANAL REMUNERADO – CRFB/88, Art. 7º, XV e Art. 67, CLT

Caracterização – lapso temporal de 24 h de duração, ocorrência regular ao longo


das semanas em que se dá o CT, preferencialmente aos domingos, imperatividade do
instituto e hipótese de interrupção contratual.

Lapso Temporal – mínimo de 24 horas de duração consecutivas. Isto quer dizer


que tal período não pode ser fracionado em unidade de tempo menor do que previsto em lei.
O prazo do repouso é fixado em horas.

A cada módulo de 44 horas trabalhadas por semana (pelo menos esta é a regra
geral) o trabalhado adquire o direito a um RSR no total de 24 h consecutivas de descanso.

A ordem jurídica, no entanto, cria requisitos para sua incidência, que são a
freqüência e a pontualidade regulares do empregado na semana correspondente ao
descanso. E se estes não forem cumpridos (Lei nº 605/49, Art. 6º)?

JORNADA NOTURNA
Ver Art. 73, caput e parágrafos, CLT

Parâmetros – distinção entre empregados urbanos e rurais  empregados urbanos =


compreendida entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte, de acordo com o Art. 73, §2º, CLT; hora
reduzida = 52 minutos e 30 segundos.

Súmula 60, TST.

FÉRIAS - CLT. Arts. 129 e seguintes, e Art. 7º, XVII, CRFB/88.

Períodos aquisitivo e concessivo

Duração das férias e as faltas dos empregados no curso do período aquisitivo / e no caso de
empregado contrato a tempo parcial – Arts. 130 e 130 – A, CLT

Faltas que não serão descontadas do período concessivo – Art. 131, CLT

Perda do direito às férias – Art. 133, CLT

Concessão das férias, fracionamento do período das férias (exceção) – Art. 134 e parágrafos, CLT

Época de concessão das férias, membros de uma mesma família, empregado menor – Art. 136 e
parágrafos, CLT

Férias concedidas após o término do período concessivo, pagamento – Art. 137, CLT

V. Art. 138, CLT

Abono pecuniário – conceito, requerimento de pagamento, não aplicação a empregados com


contrato a tempo parcial, não integração ao salário, pagamento – Arts, 143 a 145, CLT
REMUNERAÇÃO - CLT, Art. 457 e parágrafos,, CLT

CLASSIFICAÇÃO DO SALÁRIO – formas de pagamento

Com relação ao recebimento do salário em dinheiro, a aferição pode ser dar de três formas:

1) Salário por unidade de tempo - é aquele que se computa pelo parâmetro de tempo em que o
empregado está efetivamente trabalhando ou à disposição do empregador, de acordo com o Art. 4º, CLT.

2) Salário por unidade de obra – o cômputo levará em consideração a produção realizada e


alcançada pelo empregado, ou seja, o número de peças produzidas será o critério essencial para calcular o
salário devido, independente do tempo de trabalho despendido pelo empregado ou do tempo à disposição do
empregador;

3) Salário Tarefa – é o que se afere da combinação dos critérios de unidade de obra com a
unidade de tempo. Assim, acopla-se a um certo parâmetro temporal um certo montante mínimo de produção a
ser alcançado pelo trabalhador.

Parcelas remuneratórias e indenizatórias – Art. 457, §§1º e 2º, CLT

Gorjetas – Art. 457, §3º, CLT – Súmula 354, TST

ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE

Da Insalubridade – empregados que trabalham em contato com agentes nocivos à saúde.

Ver Arts. 189, 190, 191 (Súmula 289, C. TST), 192 (percentuais).

Da Periculosidade – empregados que trabalham em contato com explosivos e inflamáveis.

Ver Arts. 193, caput e §§ 1º e 2º.

“Adicionais – condição” – Art. 194, CLT (TST, Súmula 248)

Necessidade de realização de perícia – Art. 195 e §2º, CLT.

Ver Súmulas 47, 80 e 364, C. TST.

TRABALHO DO MENOR

Proteção constitucional – Art. 7º, XXXIII, CRFB/88 (trabalho proibido). E se o menor laborar
nessas condições? Haverá algum pagamento?

Idade do menor – Art. 402, CLT – Código Civil, Art. 5º, parágrafo único, V.

Ausência de permissão legal para trabalho do menor em determinados locais, e exceções –


Arts. 405, caput e §§ 2º e 3º, e 406, CLT.

Faculdade de extinção do contrato de trabalho do menor quando isso representa algum


prejuízo – Arts. 407 e 408, CLT.

Ver Art. 409, CLT.

Duração do trabalho do menor e algumas vedações – Arts. 412 a 414, CLT.


Contrato de Aprendizagem – requisitos, idade do menor aprendiz (exceção), objetivo do contrato
de aprendizagem, pagamento do salário-mínimo, contrato a prazo determinado, os Serviços Nacionais de
Aprendizagem, duração máxima do trabalho do aprendiz, rescisão do contrato de aprendizagem – Arts. 428,
433, CLT.

Menor com capacidade para firmar recibo de pagamento, mas não recibo de quitação ao
empregador – Art. 439 e 440, CLT.

TRABALHO DA MULHER

Acesso da mulher ao emprego – Art. 373 – A e parágrafo único, CLT

Período de descanso específico da mulher – Arts. 384, 385 e 386, CLT

Ver Art. 389, §1º, CLT.

PROTEÇÃO À MATERNIDADE

Garantia de emprego gestante – Art. 10, II, b, ADCT

Súmula 244, I a III, TST

Licença-maternidade – Art. 392 e parágrafos, CLT

Art. 392-A, §1º até §3º, CLT – revogado.

Direitos específicos da empregada gestante – Arts. 392-A, §4º, 393,


394, 395, CLT.

Mulher que tenha acabado de ter filho e seus direitos – Arts. 396 e parágrafo único, 397, 399 e
400, CLT.

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