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TEORIA POLÍTICA

MARLUS FORIGO

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 NASCEU EM DUBLIN, IRLANDA EM 1729 E
MORRE EM BEACONSFIELD, 1797;

 PENSADOR E POLÍTICO INGLÊS DO SÉC.


XVIII;

 CONSIDERADO O FUNDADOR DO
CONSERVADORISMO MODERNO, FAMA
ADVINDA DAS CRÍTICAS FERRENHAS
AOS REVOLUCIONÁRIOS FRANCESES E
SEUS DEFENSORES NA INGLATERRA;

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 PARLAMENTAR BRILHANTE DO
PARTIDO WHIG (GRUPO PARTIDÁRIO
LIBERAL), DEFENSOR DAS LIBERDADES
E DO CONSTITUCIONALISMO DOS
INGLESES;

 SUA OBRA CONSISTE, DE FORMA


ASSISTEMÁTICA, EM UMA SÉRIE DE
CARTAS, DISCURSOS PARLAMENTARES
E PANFLETOS DE CIRCUNSTÂNCIA.

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 Seu primeiro contato com a política foi
através de William Gerard Hamilton,
parlamentar nomeado primeiro-
secretário do governador da Irlanda;

 Graças a essa experiência não só se deu


conta dos problemas vividos pela
Irlanda (à época colônia inglesa) como se
tornou defensor ferrenho de suas causas;

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 Permanece na Irlanda até seu
rompimento com Hamilton em 1765.
Nessa data é nomeado secretário do
Marquês de Rockingham, líder de um
dos grupos Whig no parlamento;

 Em 1766 é eleito deputado para a


Câmara dos Comuns e lá permanece até
1794.

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 CÂMARA DOS COMUNS: Foi criada para
servir como a representação política para a classe
dos "comuns“;

 Os "comuns" constituíam uma classe social na


Europa pré-iluminismo, que dividia o governo de
uma área entre os setores da sociedade;

 Os 651 deputados da Câmara dos Comuns são


eleitos por sufrágio universal por um período de
cinco anos;
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 As classes que formavam a elite eram
representadas na Câmara dos Lordes.
Assim, a Câmara dos Comuns era eleita
pelo povo e os membros da Câmara Alta
eram apontados com base em várias formas
de mérito da elite, como a riqueza, família
ou pelo prestigio;

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 A Câmara dos Lordes tem 731 membros.
Ela é um corpo não-eleito, formado por 2
arcebispos e 24 bispos  da Igreja Anglicana
(Lordes Espirituais), e 706 membros
da nobreza (Lordes Temporais). Os Lordes
Espirituais se mantêm no cargo enquanto
ocuparem suas funções eclesiásticas, enquanto
os Lordes Temporais são vitalícios. Os
membros da Casa dos Lordes são às vezes
chamados Lordes Do Parlamento.
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 DE 1766 A 1794 BURKE FOI UM ATUANTE MEMBRO
DO PARLAMENTO E COMO TAL, ESTEVE PRESENTE
NOS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS POLÍTICOS
DA INGLATERRA NESTE PERÍODO;

 A INGLATERRA AINDA SE DEBATIA COM


POLÊMICAS ACERCA DA NATUREZA DA
SOCIEDADE CIVIL COMO:

a) RELAÇÕES ENTRE ESTADO E RELIGIÃO (VÁRIAS


CONFISSÕES);

b) DIFICULDADES RELATIVAS À DELIMITAÇÃO E AO


EQUILÍBRIO DE PODERES ENTRE O REI E AS CASAS
DO PARLAMENTO
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 GRANDE SURTO ECONÔMICO
PROVOCADO PELA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL;

 HÁ QUASE UM SÉCULO OCORRERA


A DERROCADA DA MONARQUIA
ABSOLUTISTA E A ORDEM
CAPITALISTA JÁ SE TORNARA
PARTE DO STATUS QUO;

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 A ASCENSÃO DE JORGE III AO
TRONO INGLÊS EM 1760, POR
CONTA DE SUAS INICIATIVAS DE
ASSEGURAR UM PAPEL DE MAIOR
RELEVÂNCIA POLÍTICA À COROA,
CAUSARAM DISPUTAS COM O
PARLAMENTO E BURKE SE
DESTACOU COMO POLÍTICO NA
DEFESA DA ORDEM
PARLAMENTAR E DA ORDEM
CONSTITUCIONAL;
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 BURKE ARGUMENTAVA QUE AS
AÇÕES DE JORGE III SE CHOCAVAM
COM O ESPÍRITO DA CONSTITUIÇÃO E
DENUNCIAVA COMO PRÁTICA DE
FAVORITISMO O CRITÉRIO PESSOAL
DA ESCOLHA DOS MINISTROS;
 COMBATENDO A CAMARILHA DO REI,
BURKE DEFENDIA A ESCOLHA DO
MINISTÉRIO SEGUNDO BASES
PÚBLICAS, ISTO É, ATRAVÉS DA
APROVAÇÃO DO PARLAMENTO QUE
REPRESENTA A SOBERANIA POPULAR;

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COM ISSO, BURKE,
EXPRESSA DE FORMA
INEQUÍVOCA, UMA DEFESA
DOS PARTIDOS COMO
INSTRUMENTOS DE AÇÃO
CONJUNTA NA VIDA PÚBLICA
(Panfleto: Causas do
descontentamento atual, 1770)

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 ERA VISÍVEL A RELATIVA
ESTABILIDADE POLÍTICA NA
INGLATERRA E AS SIGNIFICATIVAS
LIBERDADES CIVIS E POLÍTICAS,
PRINCIPALMENTE EM COMPARAÇÃO
COM OS PAÍSES DO CONTINENTE;

 RESTAVAM PORÉM RESQUÍCIOS DA


ORDEM FEUDAL COMO PRIVILÉGIOS,
DESIGUALDADES E PRINCIPALMENTE
DESAVENÇAS RELIGIOSAS
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 SEUS ESCRITOS POLÍTICOS MAIS
SIGNIFICATIVOS SÃO SUAS PEÇAS DE
ORATÓRIA, QUER NOS EMBATES COM O
ELEITORADO, QUER NAS TRIBUNAS DO
PARLAMENTO. POR EXEMPLO, AO SE
DIRIGIR AOS ELEITORES DE BRISTOL, EM
AGRADECIMENTO AO MANDATO POR
ELES CONFIADO, EM 1774, BURKE
PROFERIU UMA DEFESA DA
AUTONOMIA PARLAMENTAR, NO
CUMPRIMENTO DE SUAS
RESPONSABILIDADES DIANTE DO POVO.
DIZ BURKE...
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NO DISCURSO DE BURKE É EXPRESSA A
IDÉIA DE QUE A RES PÚBLICA DEVE SER O
HORIZONTE NORMATIVO DA AÇÃO
POLÍTICA, BEM COMO SÃO VISÍVEIS OS
PRESSUPOSTOS ARISTOCRÁTICOS QUE
ORIGINARAM E SUSTENTARAM A
EVOLUÇÃO DAS MODERNAS
INSTITUIÇÕES REPRESENTATIVAS
LIBERAIS. DITO DE OUTRA FORMA:
BURKE DEFENDE A SUPERIORIDADE DOS
INTERESSES PÚBLICOS SOBRE OS
PRIVADOS E A AUTONOMIA DOS
ELEITOS
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 A PARTIR DE MAQUIAVEL A POLÍTICA
PASSOU A SE DESENVOLVER DE MODO
AUTÔNOMO E ENQUANTO DISCIPLINA
INTELECTUAL ESTABELECEU SEUS
CRITÉRIOS DE JUÍZO;

 BURKE, DE CERTA MANEIRA, SE MANTÉM


FIEL A ESSA TRADIÇÃO, MAS DIVERGE DE
MAQUIAVEL AFIRMANDO QUE NÃO CABE
AO PRÍNCIPE O ÔNUS E O PRIVILÉGIO DE
MOLDAR A POLÍTICA, MAS AOS PARTIDOS
POLÍTICOS, QUE SEGUNDO ELE DEVEM SER
ENTENDIDOS COMO UMA ASSOCIAÇÃO DE
HOMENS EM TORNO DOS MESMOS IDEAIS
E PROGRAMAS. DIZ BURKE...
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Para Burke, somente através da associação
política pode o indivíduo amplificar suas
eventuais capacidades e articulá-las de
modo consequente à força de seus pares e
correligionários, tornando-se assim,
efetivamente apto a influir no rumo dos
acontecimentos, em prol do bem comum;

 Segundo Burke, não há para um cidadão


consciente, e acima de tudo, para aqueles
que se dedicam à política, maior imperativo
ético do que a pura e simples busca do
poder
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Por conta de suas convicções éticas quanto ao
papel do político é que dentre muitas causas
foi defensor:
a) Defesa das liberdades políticas e civis
asseguradas pela Revolução Gloriosa;
b) O reconhecimento da legitimidade dos
pleitos dos insurgentes norteamericanos,
diante dos abusos da política externa
inglesa;
c) Foi um ardoroso defensor da evolução
institucional inglesa (de forma
revolucionário se necessário);
d) Das causas liberais em geral.
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PERGUNTA:

COMO PODE BURKE, SENDO UM ÍCONE DE


CAUSAS LIBERAIS SER CHAMADO DE
CONSERVADOR?

COMO PODE SE COLOCAR CONTRA AS


IDÉIAS ILUMINISTAS, ATÉ MESMO
LEGITIMANDO AS INSTITUIÇÕES DO
ANTIGO REGIME?

COMO PODE SE COLOCAR CONTRA A


ICONOCLASTIA DA REVOLUÇÃO
FRANCESA E EM FAVOR DAS TRADIÇÕES?
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O CONSERVADORISMO DE
BURKE SE TORNA EVIDENTE
EM SEU ESCRITO:
“REFLEXÕES SOBRE A
REVOLUÇÃO EM FRANÇA” E
TRÊS EVENTOS DRAMÁTICOS
MOBILIZARAM EDMUND
BURKE NESSA DIREÇÃO:

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a) Abolição dos direitos feudais;

b) Expropriação das terras da Igreja e


seu uso como garantia de um novo
empréstimo feito pela Assembléia
Nacional;

c) O tratamento ultrajante dado ao


monarca francês pelo povo.
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A REVOLUÇÃO PARA BURKE
CONFIGURAVA DUAS COISAS:

 Um ataque aos pilares ancestrais da sociedade


francesa;

 Uma prova da força aparentemente


incontrolável e irresponsável adquirida pelo
povo, insuflado por setores sociais médios
desvinculados de quaisquer compromissos
com a ordem e a harmonia da sociedade.
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A razão para a veneração de Burke pelas
tradições e instituições de longa duração e a
chave para a compreensão de seu
conservadorismo político se encontra na
importância por ele atribuída ao hábito e ao
costume na compatibilização entre as
instituições políticas e o comportamento
social harmônico;

O valor de uma instituição é medido pela sua


utilidade, sua duração no tempo, sua
manutenção e credibilidade e o verdadeiro
juiz de uma instituição é o grupo social
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Somente o grupo social pode garantir a perpetuação
dessas construções – que, na verdade, dele emanam –
mas é quem a rigor acolhe os próprios indivíduos e os
socializa e quem forma, através das gerações, a sua
cultura:
a) Objetos intangíveis – hábitos, costumes e valores;
b) Objetos tangíveis – obras de arte, arquitetura,
monumentos, símbolos, ícones e produtos culturais
de toda espécie.

Estes objetos se constituem numa herança capaz de


dar a um povo sua identidade, conectando-o por meio de
laços sensíveis e emotivos aos seus antepassados e
descendentes.
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Para Burke, a associação de indivíduos
em grupos e a existência de
antagonismos entre estes, se
devidamente controladas – em especial
pelas instituições, pelo costume e
pelas tradições aceitas (inclusive as
hierárquicas) -, podem gerar
benefícios políticos como os do
equilíbrio, evolução, aperfeiçoamento,
moderação, compromisso e
responsabilidade.
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Burke se antecipa a importantes
desdobramentos filosóficos da teoria e
Estado que viriam a tomar forma
principalmente na obra política de Hegel: da
mesma forma que este, se opõe a lógica
abstrata e racionalista dos contratualistas
afirmando a tese de que o Estado é resultado
histórico de um investimento institucional
feito por várias gerações e sua legitimidade
deriva não de uma obediência à uma ordem
racional, mas sim ao hábito e à própria
identidade construída historicamente.
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Para Burke, natural é o nosso sentimento de
pertencimento ao coletivo e o quanto nos
reconhecemos nas instituições que definem
nossas liberdades práticas.

As falhas e os defeitos das instituições podem e


devem ser sanados - até mesmo para garantir sua
continuidade e legitimidade -, mas qualquer
mudança terá de ser feita com cautela, sem perda
dos referenciais que garantem a naturalidade com
que devemos nos relacionar com elas. E é nessa
perspectiva que se torna nítida sua oposição ao
Iluminismo e à Revolução Francesa...

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Pensamento burkeano (e do
conservadorismo que irá se
afirmar a partir dele)
VERSUS
Imaginação política iluminista
(responsável em última
instância pelo caráter utópico e
abstrato da Revolução Francesa)
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IDEAL ILUMINISTA:

 Crença otimista na capacidade humana e


no dever ético incontornável de se
promover a superação de todo o
conhecimento precário e duvidoso, mesmo
que natural e aparentemente evidente
(aquilo que se encontra sobre a forma pré-
conceitual) em prol de ciências seguras que
expulsem as trevas a que até então
pareciam condenados os homens, trazendo
enfim a luz para todos.
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CRÍTICA DE BURKE:

 Atribui ao preconceito e ao senso comum


outro valor: os preconceitos sociais
construídos pelo senso comum ao longo do
tempo, compartilhados, lentamente
modificados e transferidos de geração à
geração, são fundamentais à manutenção da
ordem e das expectativas socialmente
compartilhadas pelos grupos e indivíduos,
nas duras lidas do cotidiano. Ou seja, são
naturalmente seguros e servem como uma
bússola na floresta da vida.
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CRÍTICA DE BURKE:

 Para o autor, os PRECONCEITOS como os da


religião, do respeito às classes e estamentos e
os de reverência ao Estado, não são um mal a
ser combatido com as forças da RAZÃO, pois
eles cumprem importante papel não apenas na
função social e psicológica estruturante
necessária para a previsibilidade do mundo,
mas, por isso mesmo, são fundamentais no
plano político estratégico, para a manutenção
da ordem e da harmonia sociais.
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CRÍTICA DE BURKE:

 Para Burke as práticas do “livre


pensador” ou do “filósofo especulativo”
ou do “cientista moderno” , fundadas nas
crenças racionalistas do iluminismo,
muitas vezes se constituem numa forma
de arrogância epistemológica perigosa e
podem conduzir a iniciativas políticas
radicais e temerárias.
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CONSERVADOR SIM,
REACIONÁRIO DEFENSOR DO ANTIGO
REGIME NÃO

 É no conceito de utilidade social que se


encontra a raiz do seu conservadorismo;

 O que se herda deve ser preservado, não por


tradicionalismo arbitrário, mas porque nas
práticas e instituições de longa duração,
provavelmente, se encontra a superioridade
da sabedoria cumulativa e práticas coletivas.
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CONSERVADOR SIM,
REACIONÁRIO DEFENSOR DO ANTIGO
REGIME NÃO

 Burke valoriza a continuidade frente à ruptura;


 Para Burke é preciso aliar à ação política ao
que ele chama de “método da natureza”;
 A ruptura só é legítima em casos extremos, ou
seja, aqueles em que se pode identificar algum
grave processo de desvio do rumo “natural” das
coisas. E nesse caso a ruptura assume um
sentido restaurador;

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CONSERVADOR SIM,
REACIONÁRIO DEFENSOR DO ANTIGO
REGIME NÃO

 O “método da natureza”, quando aplicado aos


produtos da intervenção política e
institucional humana, corresponde à
naturalização do artifício e à superação
progressiva e paulatina dos eventuais
elementos da arbitrariedade intrínsecos ao
processo histórico. Ex. Revolução de 64.

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EDMUND BURKE
VERSUS
ROUSSEAU

 Para Rousseau a instituição da propriedade


privada surge do arbítrio, das formas injustas
de organização social e da fraude e a saída
buscada por ele para a superação desta
condição se baseia no racionalismo do
Contrato Social e na concepção de
“VONTADE GERAL”;

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EDMUND BURKE
VERSUS
ROUSSEAU

 Já Burke, reconhece no arbítrio um elemento


inexorável da produção da vida social e
estabelece outro parâmetro para a legitimação
de ordens falhas a que está condenado o
gênero humano: a “naturalização” utilitária do
arbitrário através de ajustes e intervenções
parciais agregadas que fazem as criações
humanas perdurar e obter respeito e adesão
social dos grupos sociais concretos
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EDMUND BURKE
VERSUS
ROUSSEAU

À RAZÃO de Rousseau e dos


iluministas de seu tempo, Burke irá
contrapor a HISTÓRIA

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RESUMINDO

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1. História é o conceito chave do pensamento
de Burke;

2. Superioridade do conhecimento empírico e


prático acumulado nas instituições
humanas de longa duração sobre as
maquinações da razão abstrata e individual
localizada;

3. Intervenções institucionais podem produzir


efeitos não previstos e eventualmente
perversos em outros lugares ou esferas da
sociedade;
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4. A prática coletiva se deixada livre em suas
tradições e se devidamente respeitada em
seu espírito, certamente encontrará em
algum prazo os meios mais eficazes de
adaptar mutuamente suas instituições;

5. A atitude intelectual deve se recusar a


teorizar no vazio, sem o controle de
evidências empíricas e do conhecimento
acumulado e compartilhado socialmente
(mesmo que precário ou, em grande
medida, instintivo).
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6. Formas, rituais e acima de tudo
preconceitos, são importante, pois
identificar ao que, concretamente, os
homens atribuem legitimação e autoridade,
quais as fontes do status que distribuem
entre si, perceber o que conta para eles
como sagrado diante do que é tido por
“profano”, em suma: tudo aquilo que
estrutura, dá sentido e valor ao mundo para
eles é decisivo para a compreensão de suas
práticas políticas e do impacto possível ou
provável, de nossas ações sobre eles;
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7. Reconhecimento da prática política
como uma arte. Uma arte da prudência,
imaginação, engajamento e intervenção
responsável;

8. Burke queria, a seu modo, preservar a


todo custo, as novas instituições que
denominamos liberais e depois
democráticas.

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BIBLIOGRAFIA
FERREIRA, Lier P., GUANABARA, Ricardo,
JORGE, Vladimyr L. (org.) Curso de Ciência
Política: grandes autores do pensamento
político moderno e contemporâneo. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.

WEFFORT, F. C. (Org.). Os clássicos da


política. São Paulo: Ática, 1989. v. 2.

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