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UNIVERSIDADE FEEVALE

PORTUGUÊS I

WILLIAN MICHEL SCHNEIDER

RESENHA DO LIVRO O CORIÇO DO AUTOR ALUÍSIO DE AZEVEDO

NOVO HAMBURGO

2010
O livro O Cortiço é uma novela escrita pelo brasileiro Aluísio Tancredo
Gonçalves de Azevedo (conhecido por Aluísio de Azevedo), nasceu em 14 de
abril de 1857 em São Luís (Estado do Maranhão). Aluísio de Azevedo foi um
novelista, cronista, contista, diplomata, escritor e jornalista. Escreveu inúmeras
obras de sucesso, dentre elas as novelas Casa de Pensão (1884), O Cortiço
(1890) e O Mulato (1881). Ocupou a cadeira quatro na Academia Brasileira de
Letras, que tem por patrono Basílio da Gama. Aluísio Azevedo faleceu em 21
de janeiro de 1913 na cidade de Buenos Aires. O livro, O Cortiço originalmente
foi publicado em 1890, porem a versão na qual estou resenhando foi publicada
pela editora Circulo Dos Livros (S /D).

Esta obra é uma das mais curiosas da história do Naturalismo. O livro


nos apresenta inúmeros personagens, nos quais são moradores ou não de um
cortiço no estado do Rio de Janeiro, onde moram em sua maioria (no cortiço)
os excluídos e os humilhados, ou seja, todos aqueles que não se misturavam
com a burguesia da época. A narração nos mostra os problemas com os vícios
e manias destes moradores que de alguma forma se assemelham aos
brasileiros nos dias atuais.

Narrado em terceira pessoa onisciente, o livro nos trás inúmeras


histórias, Aluísio Azevedo nos mostra não uma simples história, mas uma
análise cientifica dos personagens, que enfocam principalmente os seus
defeitos, contando com elementos como o zoomorfismo, o determinismo e
também o darwinismo.

A obra nos apresenta estes inúmeros personagens, dentre eles o de


João Romão (dono do cortiço) e de sua amante Bertoleza (uma escrava que
acreditava ser livre). Em oposição na história surge a figura de Miranda, um
comerciante que tem uma disputa acirrada com João por terras e status
sociais. Em meio a estes contextos surge também personagens como o de Rita
Baiana, o capoeirista Firmo, Jerônimo, Piedade e a polêmica Pombinha (que
enquanto aguardava sua menarca, foi abusada sexualmente por sua madrinha
Leonia, sofrendo então inúmeras mudanças), alem de outros personagens e
suas histórias que enriquecem a novela de Azevedo, tornando-a assim um
belíssimo conto, com várias linhas de pensamento.

Com isso tento mostrar que este livro não é uma simples obra, mas um
belíssimo clássico literário brasileiro, que também alem de ser uma leitura
acadêmica obrigatória é também um clássico memorável. Mesmo sendo
considerada por muitos um livro chato e maçante, eu o considero um clássico
literário muito importante e interessante de se ler, deixando assim de ser uma
leitura obrigatória, e se tornando uma leitura que nos forma pessoalmente.

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