You are on page 1of 10

Diversidade e Ecologia de Anfíbios Anuros em Morrinhos, GO

Juliano,R.J;Borges,F.J.A; Arruda,F.V;Oliveira,M.A .C
Introdução
O Cerrado, contrário ao pensamento geral, é uma das regiões de maior biodiversidade do
planeta, sendo considerado um dos hotspots mundiais, isto é, um dos biomas mais ricos e
ameaçados. Apesar de toda sua riqueza biológica, o Cerrado tem sido intensamente devastado e
alterado, principalmente após a abertura, no fim da década de 50, da intensa corrida da pecuária
extensiva e agricultura para o Centro-Oeste (Aragão, 1994), principalmente do advento e
mecanização do cultivo da soja (Medeiros, 1998).
Muitos taxa estão declinando ao redor do mundo e a causa desse declínio tem atraído a atenção
de muitos (Caughley, 1994; Storfer, 2003). Uma das principais causas desse declínio é a
fragmentação de habitats, onde um taxon antes amplamente distribuído persiste apenas como uma
série de populações isoladas (Knick and Rotenberry, 1995). Populações pequenas e isoladas não
são apenas mais vulneráveis à extinção através de fatores como estocasticidade ambiental e
demográfica, mas a perda de variabilidade genética pode aumentar ainda mais o risco de extinção
(Lande and Barrowclough, 1987; Caughley, 1994).
Muitos estudos ecológicos requerem estimativas acuradas da riqueza de espécies por área, que
é um dos prerequesitos para a preparação de estudos de impacto ambiental. Similarmente, análises
comparativas de assembléias em vários habitats usando dados de presença-ausência requerem
praticamente uma lista completa para cada área (Graham et al., 2003). O registro é fundamental
para a conservação da herpetofauna, bem como de outros grupos animais e plantas (Doan &
Arriaga, 2002; Rocha et al., 2004).
Nos últimos 20 anos, diversos estudos têm mostrado que o sistema de acasalamento dos anuros
não é aleatório, podendo ser explicado pela competição entre machos (Arak, 1983) ou por escolha
da fêmea (Ryan, 1990). Fêmeas são consideradas um recurso limitante para o sucesso reprodutivo
dos machos nos coros reprodutivos, que necessitam de áreas alagadas ou úmidas para o
acasalamento e desova (Wells, 1977; Robertson, 1990; Ryan, 1990).
Conservacionistas, planejadores e outros grupos de interesse precisam conhecer onde uma
espécie ocorre, e também onde é mais provável sua ocorrência, para que ela possa se beneficiar da
proteção de áreas, manejo e monitoramento de habitat (Hazell, 2003). Adicionalmente, a
informação do status da espécie - se ela está estável, em declínio geral ou na área - precisa ser
descoberto. Espécies sintópicas de anfíbios estão correspondentemente vulneráveis contra as
ameaças globais de deflorestamento, drenagem de áreas alagáveis e poluição por resíduos
agriculturais. (Gibbons et al., 2000).

Materiais e métodos
Os trabalhos de campo foram realizados durante os meses de outubro de 2004 a agosto de
2005 na fazenda Paraíso, localizada no município de Morrinhos, GO (49°6’25,5”W;
17°43’58,8’S). A área consiste basicamente de pastagens com o declive acentuada, algumas
nascentes e riachos circundados por mata de galeria, lagoas temporárias ou permanentes brejos de
área aberta e área de pastagens. Em alguns locais de morro existem pequenos enclaves de cerrado
sensu stricto. Os diversos ambientes foram amostrados durante o dia, a fim de se determinar os
locais de desova para as diversas espécies. Para as observações noturnas, foram usadas lanternas a
pilha de luz branca. As informações de campo foram registradas em gravador microcassete
Panasonic®, e posteriormente transcritas em caderno de campo. Diversas informações, relativas ao
indivíduo observado, foram registradas: data, horário, condições metereológicas, macro e
microhabitat, altura do sítio de canto; tipo de comportamento que esta executando e se está
interagindo com outros indivíduos.
Para caracterizar inicialmente a distribuição espacial das comunidades, cada paisagem foi
classificada de acordo com o macrohabitat e microhabitat; estes foram caracterizados conforme o
critério do fácil reconhecimento, de acordo com o microhabitat (como árvore, arbusto, vegetação
emergente, vegetação marginal, margem, vegetação flutuante, riacho, solo, etc). Para a altura do
sítio de canto calculou-se a média aritmética e o desvio padrão:

Resultados
Foram registradas 29 espécies de anfíbios anuros de quatro famílias diferentes. Algumas
espécies apresentaram o padrão explosivo de reprodução, outras apresentaram padrão prolongado
(tabela I)
O número de espécies foi positivamente correlacionado com a temperatura média mensal do
ar (R2 =0,72; N=11; P<0,05) (Figura 1) e com a precipitação média mensal (R2 =0,79; N=11;
P<0,05) (Figura 1) e fracamente com a umidade relativa média mensal (R2 =0,60; N=11; P=0,049).
O efeito da umidade relativa média mensal sobre a abundância de anfíbios anuros é muito fraco e
facilmente perceptível quando se remove a influência das outras variáveis através de uma regressão
múltipla (P>0,05).

Distribuição Espacial
Família Bufonidae (tabela II)
1. Bufo schneideri foi observado se alimentando e vocalizando na margem de lagoas
permanentes e temporárias e também nas imediações de currais e habitações humanas.
2. Bufo cf. granulosus foi observado vocalizando em apenas uma ocasião, não vocalizando,
próximo a um riacho.

Família Microhylidae (tabela II)


3. Elachistocleis ovalis vocalizava parcialmente submerso em poças permanentes ou temporárias
rasas (±10 cm) ou na margem da vegetação que cobriam parte da lagoa.
4. Chiamoscleis albopunctata foi observado vocalizando em apenas uma ocasião, após uma
chuva forte vocalizando próximo (±100 cm) à margem de uma poça temporária, sob a
vegetação.

Família Leptodactylidae (tabela II)


5. Adenomera sp. vocalizava sempre em áreas secas, em meio a arbustos esparsos, em áreas
abertas ou de pastagem.
6. Baricholos ternetzi vocalizava na mata fechada, sobre o folhedo.
7. Leptodactylus fuscus vocalizava na vegetação aberta e no pasto, no chão, não próximo à
corpos d’água necessariamente.
8. Leptodactylus labirynthicus vocalizava parcialmente submerso, na margem de corpos d´água
grandes (>30 m2 ), permanentes ou temporários. Vários indivíduos, machos e fêmeas adultos e
jovens também foram observados ao redor dos corpos d’água, não vocalizando.
9. Leptodactylus mystaceus vocalizava em matas fechadas, em pequenas galerias (± 5 cm de
diâmetro) sob o folhedo.
10. Leptodactylus mystacinus. vocalizava em áreas abertas próximas a corpos d’água, sob a
vegetação arbustiva mais exposta.
11. Leptodactylus ocellatus observado em várias ocasiões, não vocalizando, na margem de corpos
d’água.
12. Leptodactylus podicipinus vocalizava em áreas encharcadas, na base da vegetação arbustiva
onde permanecia uma lâmina d’água.
13. Physalaemus centralis observado em apenas uma ocasião, vocalizando em pequenas áreas
encharcadas temporárias, em pequenas depressões naturais do terreno ou em cavidades
formadas pelas pegadas do gado.
14. Physalaemus cuvieri vocalizava em pequenas áreas encharcadas temporárias, em pequenas
depressões naturais do terreno ou em cavidades formadas pelas pegadas do gado.
15. Physalaemus nattereri vocalizava parcialmente submerso, geralmente após as fortes chuvas,
em lagoas temporárias de áreas abertas ou em pequenas poças formadas pela chuva forte
(±500 cm2). Também foi encontrado várias vezes se alimentando de cupins, próximo a
termiteiros.
16. Pseudopalludicola sp. vocalizava no solo, na margem de lagoas temporárias ou permanentes
em áreas abertas.
17. Provavelmente um Leptodactylidae da subfamília Ceratophrynae; espécie vocalizava
enterrado, sob o folhedo em mata fechada. Não foi possível sua captura nem identificação
precisa.

Família Hylidae (tabela II e III)


18. Hyla albopunctata vocalizava na vegetação arbustiva marginal ou emergente d’água em áreas
adjacentes a matas ( x =74,11±53,43 cm)
19. Hyla biobeba vocalizava na vegetação arbustiva e em barrancos marginalmente a riachos de
mata ( x = 244,50± 268,93cm).
20. Hyla jimi vocalizava sobre a vegetação arbustiva na margem de poças temporárias e
permanentes, em áreas abertas ( x = 43,35±20,06 cm).
21. Hyla lundii foi observada em apenas uma ocasião, não vocalizando sobre uma cerca.
22. Hyla minuta vocalizava no chão e sobre a vegetação arbustiva na margem de poças
temporárias e permanentes, em áreas abertas ( x =40,41=23,88 ± cm).
23. Hyla raniceps vocalizava no chão e ( x =53,0=46,98 ± cm).
24. Hyla soaresi vocalizava no chão e sobre a vegetação arbustiva na margem de poças
temporárias ( x = 62,00±101,44 cm).
25. Phrynohias venulosa vocalizava na água e sobre a vegetação arbustiva na margem de poças
temporárias ( x =12,0=26,83 ± cm).
26. Phyllomedusa hipochondrialis vocalizava sobre a vegetação arbustiva na margem de poças
temporárias e riachos de fluxo lento, em áreas abertas ou em mata ( x =50,88±28,36 cm).
27. Pseudis bolbodactyla vocalizava parcialmente submersa em corpos de água temporários ou
permanentes, ancoradas na vegetação flutuante ou emergente nas áreas mais rasas (<20cm
profundidade).
28. Scinax fuscomarginatus vocalizava no chão e sobre a vegetação arbustiva na margem de
poças temporárias e permanentes, em áreas abertas ( x = 45,42±24,35 cm).
29. Scinax gr. rubra vocalizava no chão e sobre a vegetação arbustiva na margem de poças
temporárias ( x =35,11= ±43,48 cm) e também nas imediações de currais e habitações
humanas.

A maioria das espécies (82,76%) foi encontrada em área aberta. Menos da metade das
espécies de área aberta são exclusivas desses ambientes (42,82%). Nenhuma espécie foi encontrada
exclusivamente nas áreas de borda de mata. Mais da metade (57,14%) das espécies que ocorrem
nas matas são exclusivas desses ambientes.

Discussão
As espécies encontradas na Fazenda Paraíso são, em sua maioria, típicas de formações
abertas (Colli et al., 2002). O isolamento de poças pode ser um fator determinante na dinâmica
populacional de algumas espécies, independente de sua qualidade (Marsh et al., 1999, 2000;
Bradford et al., 2003). Algumas espécies possuem necessidades específicas para os locais de
desova, alimentação e corte (Robertson, 1990; Ryan, 1990). Já os girinos possuem necessidades
bem diferentes dos adultos quanto a nutrição e microambientes (Eterovick & Sazima, 2000),
diferentes estruturas de poças temporárias e permanentes, fluxo e qualidade da água, predação e
isolamento contribuem para a composição de espécies em um dado amb iente (Thurnheer & Reyer,
2000; Barnett, & Richardson, 2002).
Em nosso estudo, as espécies associadas a habitats aquáticos permanentes (riachos, poças)
também apresentaram distribuição sazonal mais longa. Fatores abióticos são os principais
reguladores dos padrões de atividade de animais ectotérmicos, como a distribuição sazonal de
anfíbios anuros (Hofer et al., 1999).

Conclusões
1. A maioria das espécies da área de estudo sincronizou a reprodução com a estação chuvosa.
2. Os padrões espacial e temporal observados nessa taxocenose parecem refletir tanto fatores
ecológicos como restrições históricas.
3. As espécies estudadas apresentaram graus diversos de partilha de recursos, embora não tenha
sido possível quantificar alguns desses fatores (dieta, vocalização, etc)
4. Ainda são necessários estudos que avaliem a dinâmica temporal e detalhes da utilização de
microambientes para vocalização e ovoposição nessa assembléia de anfíbios anuros.
Tabela I – Distribuição sazonal da atividade de vocalização das espécies de anuros na área de
estudo (NV=registrado na data, porém não-vocalizante).

Espécies Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
qtde Bufonidae
1 Bufo ocellatus NV X
2 Bufo schneideri NV NV NV NV NV NV NV NV NV X X X
Hylidae
3 Hyla albopunctata X X X X X X X X X X X
4 Hyla biobeba X X X X X X X X X X X
5 Hyla jimi X X X X X X X
6 Hyla lundii NV
7 Hyla minuta X X X X X X X X X X X X
8 Hyla raniceps X X X NV
9 Hyla soaresi X X X
10 Phrynohias venulosa X X
11 Phylomedusa hipochondryalis X X X X X X X X
12 Pseudis bolbodactyla X X X X X X NV X X NV X
13 Scinax gr. rubra X X X X X NV
14 Scinax fuscomarginatus X X X X X
Leptodactilydae
15 Adenomera sp. X X X X X
16 Baricholos ternetzi X X X X
17 Leptodactylus fuscus X X X X X NV NV X
18 Leptodactylus labirynthicus X X X X NV NV X X
19 Leptodactylus mystaceus X X X
20 Leptodactylus mystacinus X
21 Leptodactylus ocellatus NV NV NV NV NV NV
22 Leptodactylus cf. podicipinus X X X
23 Physalaemus centralis X
24 Physalaemus cuvieri X X X X X X X
25 Physalaemus nattereri X X X X X X NV NV NV
26 Pseudopalludicola sp. X X X X X X NV X
27 Leptodactylidae sp1 X
Microhylidae
28 Chiasmocleis albopunctata X
29 Elachistocleis ovalis X X X
Total 17 17 18 22 12 11 7 3 4 5 5 13
25 400 30
mm 350
°C
20 25
300
20
N 15 250

200 15
10
150
10
100 N
5
5 T
50 P
0 0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago

Meses do período de estudo


Figura 1- Relação entre o número de espécies (N), a precipitação (P) e temperatura (T). Período de
estudo (vide texto).

100,00
90,00
80,00
70,00
Altura (cm)

60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
ta
i

a
i
jim

es

ra
ta

ba

los

lis
inu

ep

s
rub
cta

atu
ar

ria
H.
be

nic

nu
m

so
un

nd

gin
bio

gr.
ve
ra
H.

H.
op

ar
H.

S.
H.

oc
P.

m
alb

hip

co
H.

fus
P.
S.

Espécies

Figura 2 – Altura do sítio de vocalizações dos hilídeos arborícolas da área de estudo.


Tabela II – Estratificação horizontal das espécies de anuros nos microambientes da área de estudo.
Legenda: pp=poça permanente ; pt=poça temporária ; s = solo; r = riacho; rcl = riacho de curso
lento.

Vegetação aberta/pasto Borda Mata


Espécies pt pp s rcl pt s pp pt r s
N° Bufonidae
1 Bufo ocellatus X
2 Bufo schneideri X X
Hylidae
3 Hyla albopunctata X X X X
4 Hyla biobeba X
5 Hyla jimi X X
6 Hyla lundii X
7 Hyla minuta X X X X
8 Hyla raniceps X
9 Hyla soaresi X
10 Phrynohias venulosa X X
11 Phylomedusa hipochondryalis X X
12 Pseudis bolbodactyla X
13 Scinax gr. rubra X X
14 Scinax fuscomarginatus X X
Leptodactilydae
15 Adenomera sp. X X
16 Baricholos ternetzi X
17 Leptodactylus fuscus X
18 Leptodactylus labirynthicus X X X X
19 Leptodactylus mystaceus X
20 Leptodactylus mystacinus X
21 Leptodactylus ocellatus X
22 Leptodactylus podicipinus X X
23 Physalaemus centralis X
24 Physalaemus cuvieri X X X X
25 Physalaemus nattereri X X
26 Pseudopalludicola sp. X X
27 Leptodactylidae sp1 X
Microhylidae
28 Chiasmocleis albopunctata X
29 Elachistocleis ovalis X X
Total 24 9 7
Referências bibliográficas
1. Aragão, L. T. 1994. Ocupação Humana No Cerrado De Brasília. In: Pinto, M. N. (Org.).
Cerrado - Caracterização, Ocupação E Perspectivas. 2ª Edição. Edunb/Governo Do Distrito
Federal. P. 171-188.
2. Arak, A.1983. Sexual Selection By Male - Male Competition In Natterjack Toad Choruses.
Nature 306:261-262.
3. Barnett, H. K. & Richardson, J. S. 2002. Predation risk and competition effects on the life-
history characteristics of larval Oregon spotted frog and larval red- legged frog. Oecologia.
132:436–444
4. Barnett, H. K. & Richardson, J. S. Predation risk and competition effects on the life-history
characteristics of larval Oregon spotted frog and larval red- legged frog. Oecologia (2002)
132:436–444
5. Bastos, R. P., Haddad, C. F. B. Atividade Reprodutiva De Scinax Rizibilis (Bokermann)
(Anura, Hylidae) Na Floresta Atlântica, Sudeste Do Brasil. Revista Brasileira De Zoologia.
Curitiba, Pr, Brasil: , V.16, N.2, P.409 - 421, 1999.
6. Bradford, D. F.; Neale, A. C.; Nash, M. S. Sada, D. W. & Jaeger. J. R.. 2003 Habitat Patch
Occupancy By Toads (Bufo Punctatus) In A Naturally Fragmented Desert Landscape
Ecology, 84(4), 2003, pp. 1012–1023
7. Brasileiro, C. A; Sawaya, R. J. Kiefer, M. C. & Martins, M. 2005. Amphibians of an open
cerrado fragment in Southeastern Brazil. Biota Neotropica 5:2
8. Caughley, G., 1994. Directions In Conservation Biology. Journal Of Animal Ecology 63, 215-
244.
9. Colli, G. R., R. P. Bastos, and A. F. B. Araújo. 2002. The character and dynamics of the
Cerrado herpetofauna. In: The Cerrados of Brazil: Ecology and Natural History of a
Neotropical Savanna: 223-241. P. S. Oliveira and R. J. Marquis (Eds.). New York, NY:
Columbia University Press.
10. Crump, M. L. And Pounds, J. .A. 1989. Temporal Variation In The Dispersion Of A Tropical
Anuran. Copeia, 1989: 209-11.
11. Danforth, B.N., Freeman-Gallant, C.R. 1996. Dna Fingerprinting And The Problem Of Non-
Independence Among Pairwise Comparisons.Molecular Ecology 5, 221-227.
12. Doan, T. M. & Arriaga, W. A. 2002. Microgeographic Variation in Species Composition of the
Herpetofaunal Communities of Tambopata Region, Peru. Biotropica. 34(1): 101–117.
13. Eterovick, P. C. & Sazima, Structure of an anuran community in a montane meadow in
Southeastern Brazil: effects of seasonality, habitat, and predation Amphibia-Reptilia 21: 439-
461 2000
14. Gibbons, J. W., D.E. Scott, T.J. Ryan, K. A. Buhlmann, T.D. Tuberville, B.S. Metts, J.L.
Greene, T. Mills, Y. Leiden, S. Poppy, And C. Winne. 2000. The Global Decline Of
Reptiles, Déjà Vu Amphibians. Bioscience 50:653-666.
15. Graham G. Thompson, Philip C. Withers, Eric R. Pianka And Scott A. Thompson Austral
Ecology (2003)28, 361-383
16. Hazell, D. 2003. Frog Ecology in Modified Australian Landscapes: A review. Wildlife
Research. 30:203 193-205).
17. Heyer, W. R., Donnelly, M. A., Mcdiarmid, R. W., Hayek, L. C. And Foster, M. S. (1994)
Measuring And Monitoring Biological Diversity: Amphibians. Smithsonian Institution Press.
Washington And London.
18. Hofer; Bersier, U.; L. & Borcard, D. 1999. Spatial organization of a herpetofauna on an
elevational gradient revealed by null model tests Ecology, 80(3), 1999, pp. 976–988 )
19. Inger, R. F. And Colwell, R. K. 1977. Organization Of Contiguous Communities Of
Amphibians And Reptiles In Thailand. Ecological Monographs, 47: 229-53.
20. Jaeger, R. G. 1978. Plant Climbing By Salamanders: Periodic Availability Of Plant-Dwelling
Prey. Copeia, 1978: 686-91.
21. Knick, S.T., Rotenberry, J.T. 1995. Landscape Characteristics Of Fragmented Shrubsteppe
Habitats And Breeding Passerine Birds. Conservation Biology 9, 1059-1071.
22. Lande, R., Barrowclough, G.R. 1987. Effective Population Size, Genetic Variation, And Their
Use In Population Management. In: Soule´ , M.E. (Ed.), Viable Populations For
Conservation. Cambridge University Press, Cambridge , Pp. 87-123.
23. Lloyd, M., R. F. Inger, And F. W. King. 1968. On The Diversity Of Reptile And Amphibian
Species In A Bornean Rain Forest. Am. Nat. 102(928), 497-515.
24. Medeiros, S. A. F. 1998. Agricultura Moderna E Demandas Ambientais: O Caso Da Soja Nos
Cerrados. In: Goulart, L. M. & Braga, M. L. S. Et Alli (Orgs.). Tristes Cerrados: Sociedade E
Biodiversidade. Paralelo 15, Brasília
25. Pawar, S. 1999. Effect Of Habitat Alteration On Herpetofaunal Assemblages Of Evergreen
Forest In Mizoram, North- East India. Tese De Mestrado. Universidade De Saurashtra, Rajko,
Índia.
26. Pianka, E. R. 1986. Ecology And Natural History Of Desert Lizards: Analyses Of The
Ecological Niche And Community Structure. 1st Ed. Princeton University Press, New
Jersey. 208 Pages.
27. Pianka, E. R. 1993. The Many Dimensions Of A Lizard's Ecological Niche. Capítulo 9 (Pp.
121-154) In E. D. Valakos, W. Bohme, V. Perez-Mellado, And P. Maragou (Eds.) Lacertids
Of The Mediterranean Basin. Hellenic Zoological Society. University Of Athens, Greece.
28. Pombal Jr., J. P., Bastos, R. P. & Haddad, C. F. B. 1995. Vocalizações De Algumas Espécies
Do Gênero Scinax (Anura, Hylidae) Do Sudeste Do Brasil E Comentários Taxonômicos.
Naturalia, V. 20, P. 213 - 225.
29. Pombal Jr., J. P., Bastos, R. P. 1998. Nova Espécie De Hyla Laurenti, 1768 Do Centro-Oeste
Brasileiro E A Posição Taxonômica De Hyla Microcephala Werneri Cochran, 1952 E H.
Microcephala Meridiana B. Lutz, 1952 (Anura, Hylidae).. Boletim Do Museu Nacional
(N.S.) Zoologia. Rio De Janeiro: , V.390, P.1 - 14.
30. Pough, F. H., Andrews, R. M., Cadle, J. E., Crump, M. L., Savitzky, A. H. And Wells, K. D.
2001. Herpetology. Upper Saddle River, Nj: Prentice Hall. 612pp.
31. Pough, F. H., Smith, E. M., Rhodes, D. H. And Collazo, A. 1987. The Abundance Of
Salamanders In Forest Stands With Different Histories Of Disturbance. Forest Ecology And
Management, 20: 1-9.
32. Raxworthy, C. 1989. Herpetofauna Of The Threatened Rainforests Of Madagascar - A Unique
Habitat. British Herpetological Society Buletin, 33: 1-3.
33. Raxworthy, C. J. And Nussbaum, R. A. 1994. A Ra inforest Survey Of Amphibians And
Reptiles And Small Mammals At Montagne D'ambre, Madagascar. Biological Conservation,
9: 05-75.
34. Robertson, J. G. M. 1990. Female Choice Increases Fertilization Success In The Australian
Frog, Uperoleia Laevigata. Animal Be haviour 39:639-645.
35. Rocha, C. F. D., Van Sluys, M., Hatano, F. H., Boquimpani-Freitas, L., Marra, R. V. &
Marques, R. V. 2004. Relative Efficiency Of Anuran Sampling Methods In A Restinga
Habitat (Jurubatiba, Rio De Janeiro, Brazil). Braz. J. Biol., 64(4): 879-884
36. Ryan, M. J. 1990. Signals, Species, and Sexual Selection. American Scientist 78 46-52.
37. Seigel, R. A. And J. T. Collins (Eds.). 1993. Snakes: Ecology And Behavior. Mcgraw-Hill,
Inc., U.S.A. 414 Pages.
38. Stamps, J. A . 1977. Social Behaviour And Spacing Patterns In Lizards. In: Biology Of The
Reptilia. 1st Ed. Vol. 7: Ecology And Behaviour A. (Eds: Gans, C.; Tinkle, D. W.)
Academic Press, Inc., London, 265-334.
39. Storfer, A. 2003. Amphibian declines: future directions. Diversity and Distributions 9, 151–163
40. Sullivan, B. K.; K. B. Malmos; E. W. A Gergus & R. W. Bowker. 2000. Evolutionary
Implications Of Advertisement Call Variation In B. Debilis, B. Punctatus, And B.
Retiformis. Journal Of Herpetology 34(3):368-374.
41. Thurnheer, S. Reyer, H. 2000. Spatial distribution and survival rate of waterfrog tadpoles in
relation to biotic and abiotic factors: a . eld experiment Amphibia-Reptilia 22: 21-32
42. Toft, C. A. 1985. Resource Partitioning In Amphibians And Reptiles. Copeia, 1: 1-21.
43. Vallan, D. 2000. Influence Of Forest Fragmentation On Amphibian Diversity In The Nature
Reserve Of Ambohitantely, Highland Madagascar. Biological Conservation, 96: 31-43.
44. Wagner, W. E. Jr. 1989. Graded Aggressive Signals In Blanchard's Cricket Frog: Vocal
Responses To Opponent Proximity And Size. Animal Behaviour 38: 1025-1038.
45. Wells, K.D. 1977. The Social Behaviour Of Anuran Amphibians. Anim. Behav. 25:666-693.

You might also like