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1.

INTRODUÇÃO

A indisciplina na sala de aula e na escola tem sido uma preocupação e tema de


conversas em sala de professores, nas diversas instituições de ensino. Ela se manifesta
no corredor, durante os intervalos, na sala de aula, nas visitas, nos eventos da escola, na
entrada e na saída, etc. Manifesta-se através das conversas paralelas, na dispersão
durante a aula, através da não participação, quando o aluno não traz o seu material,
quando usa boné, ou CD player durante a aula, quando sujam as cadeiras e paredes,
quando querem ir toda hora ao banheiro, quando não vão de uniforme à escola, ou mais
seriamente através da manifestação da violência, do tráfico de drogas, furtos, portes de
arma, etc. Todas estas manifestações perturbam o educador e toda a conjuntura escolar,
mas se compararmos esta indisciplina com a indisciplina social – como fome, mortalidade
infantil, desemprego, corrupção, assalto, seqüestro, neonazismo, violência no transito,
pichações, depredações, lixo no chão, extermínio de crianças, impunidade, etc. – a
indisciplina escolar não se parece tão grave. (VASCONCELOS, 2000)

Um entendimento suficientemente amplo do conceito de indisciplina escolar integra


diversos aspectos, não estando, portanto restrito apenas à dimensão comportamental.
Podemos situá-lo no contexto das condutas dos alunos nas diversas atividades
pedagógicas dentro e fora da sala de aula, sob a dimensão dos processos de socialização
e relacionamentos que os alunos exercem na escola e ainda no contexto do
desenvolvimento cognitivo dos alunos. (GARCIA, 1999)

A disciplina tem seu conceito quase sempre associado à obediência, o que não é a
definição mais adequada, pois a disciplina na realidade significa a capacidade de
comandar a si mesmo, de se impor aos caprichos individuais, às veleidades
desordenadas, significa, portanto, uma regra de vida, uma consciência da necessidade
livremente aceita, na medida em que é reconhecida como necessária para que um
organismo social possa atingir o seu objetivo. ( FRANCO, 1986).

A escola deve e precisa assumir o papel de garantir as condições apropriadas ao


processo ensino-aprendizagem, a partir da sua realidade, e, portanto das condições, das
necessidades e do desenvolvimento dos alunos. Dessa forma, as expectativas da escola
precisam estar consensuadas entre toda a comunidade escolar e não apenas pelos
profissionais da educação. (GARCIA, 1999) A disciplina requer um aprendizado.
Parafraseando Paulo Freire (1921 – 1997): Ninguém disciplina ninguém, mas por outro
lado ninguém se disciplina sozinho. Os homens se disciplinam em conjunto,
intermediados pela realidade do mundo.

A verdade é que a dinâmica da sociedade vai mudando com o tempo. A família


mudou, e não mudou apenas porque quis. Muitos são os problemas nas famílias, mas é
preciso compreender essas mudanças, para poder então estabelecer relacionamentos
com a família e por extensão com o aluno. Mas a escola também mudou e o professor da
mesma forma, porque a sociedade também mudou. Antes a escola tinha um maior valor
social, o professor tinha um maior status, a escola tinha, portanto um maior apoio da
família. O saber era mais centralizado, menos fragmentado e mais próximo da realidade
de pelo menos quem podia permanecer por mais tempo na escola. Hoje, ao contrário, a
fragmentação cultural e o desemprego, a crise ética, a economia recessiva baseada no
capital e não na produção, a concentração de renda, a valorização do ter e não do ser são
verdades presentes e atuais em nosso contexto, em nosso cotidiano.

Como conseqüência de tudo isso se precisa trabalhar mais, a dona de casa precisa
ir para o mercado de trabalho, o stress, as preocupações criam uma brecha interna na
família que lhe rouba o tempo de dar maior atenção aos filhos, acompanhar mais de perto
seu desenvolvimento, promover a inculpação dos valores, enfim, de poder estar também
mais próximo da escola, de se somar a ela na formação de seus filhos. Falta tempo, falta
prioridade, falta motivação.

Um fator fundamental para a crise da disciplina na escola e na sala de aula está na


queda do mito da ascensão social através da escola. Antes a escola também não era um
espaço agradável, mas os alunos tinham a grande motivação de ser alguém na vida. Com
a queda deste mito fica mais difícil conseguir um comportamento adequado do aluno,
ainda que seja de passividade. (VASCONCELOS, 2000).

Convém destacar que a escola ainda está mal aparelhada para trabalhar com
alunos indisciplinados tendo que tratar a questão de forma coletiva, sem singularidades,
as quais requerem tratamentos diferenciados. (GARCIA, 1999). Os métodos mais
tradicionais do exercício de controle comportamental sobre a conduta do aluno, apesar de
se fazerem presentes no cotidiano das escolas, tem-se mostrado ineficazes quando
aplicados a alunos que estão aprendendo a pensar criticamente e a contestar,
principalmente no Ensino Médio, quando resulta em situações de conflito, ou quando os
professores, coordenadores e diretores não gostam ou não estão preparados para lidar
com alunos que recorrem a este tipo de expressão.

Por outro lado, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação deseja que o aluno seja
formado para ser capaz de exercer sua cidadania, refletindo e intervindo em sua realidade
social. A escola é também a realidade social do aluno. Portanto a escola terá que se
tornar um ambiente adequado, fundamentalmente humano e caloroso, capaz de agir
como um elemento preventivo, o que se torna bastante difícil de praticar em uma sala de
aula congestionada, onde conflitos interpessoais já se instalaram. Quando o professor
entra em sala, não está entrando sozinho; com ele entram seus colegas, os funcionários,
as regras determinadas pela escola, às vivências, enfim toda a instituição que naquele
momento ele passa a representar, além da matéria que ele leciona. Por isso, o problema
da disciplina a ser implantada na escola não é exclusivo do professor, mas pelo contrário,
de todo o conjunto de profissionais e da equipe escolar. (VASCONCELOS, 2000)

O que se percebe é que apesar deste quadro de indisciplina escolar, é notória a


ausência de uma cultura disciplinar preventiva nas escolas, bem como a falta de preparo
adequado por parte da comunidade escolar para lidar com os distúrbios de sala de aula,
onde a indisciplina facilmente se expressa e que a própria escola pode estar ensinando e
reforçando. (GARCIA, 1999).

Observa-se que freqüentemente o que ocorre é o jogo do empurra-empurra, onde a


escola diz que a disciplina é função do professor, os professores dizem que a
responsabilidade é dos pais que não dão limites aos filhos e estes que culpam a escola
por não ter competência ou regras duras para resolver o problema.

Precisamos a partir da dialética ação-reflexão-ação, buscarmos a conscientização


do novo sentido de disciplina e refletindo sobre a indisciplina, projetar para onde
queremos ir, e a partir do desejo, do comprometimento, da vontade político-pedagógica
de se construir algo novo, construir uma teoria que possa contribuir para o enfrentamento
desta questão: a indisciplina.

É preciso que a escola se organize de tal forma que permita aos educadores
forjarem uma vontade coletiva, um firme desejo e um inarredável compromisso político
com a aprendizagem sólida e duradoura do aluno. ( FRANCO, 1986). A disciplina não
está pronta, pois se trata de uma construção coletiva, de um aprendizado, de uma luta, de
um trabalho efetivamente humanizador. Para tanto é necessário que haja a participação
efetiva de todos no enfrentamento do problema, sem receitas, modelos ou verdades
prontas e acabadas. Sem empurra-empurra, sem caça aos culpados.

Faz-se urgente e necessário provocar uma reflexão na comunidade escolar e


familiar sobre este sério problema, de forma que se busquem alternativas adaptadas à
realidade de cada escola, de acordo com o projeto político pedagógico de cada uma
delas. Tal diretriz deve incluir o desenvolvimento de orientações disciplinares claras e
amplas, e que ganharão legitimidade à medida que são desenvolvidas com a participação
dos estudantes, tornadas claras e conhecidas de toda a comunidade envolvida na escola
(GARCIA, 1999). A participação dos alunos é um elemento importante, pois favorece o
sentimento de pertença, e implica o exercício de algum grau de poder sobre as
disposições coletivas, que é fundamental para a criação de um senso de responsabilidade
comum e um elemento de motivação para os alunos. (D’ANTOLA, 1989b).

É importante ressaltar que a diretriz disciplinar adotada não deve se restringir a


estabelecer um conjunto de normas que organizem o ambiente escolar apenas, mas deve
também orientar a própria cultura daquilo que a comunidade deseja em termos de
desenvolvimento disciplinar. Afinal, a disciplina deve ser também um objetivo do processo
educacional (ABUD e ROMEU, 1989). Trata-se, portanto, de desenvolver políticas
internas de dimensão preventiva, programas de formação continuada de professores, de
forma a instrumentalizá-los para tratar destas questões voltadas para a indisciplina.

É preciso assumir a realidade, acreditar na possibilidade de mudança de


comportamento, de postura, na transformação de uma realidade. Mudar o que precisa ser
mudado, viabilizar a aprendizagem do respeito mútuo, do exercício de direitos e deveres e
buscar de todas as formas a presença da família que grande contribuição pode dar na
busca da disciplina na escola.

1.1 Tema do Estágio

Motivação e indisciplina: resgatando valores


1.2 Caracterização da Instituição

Colégio Padre Carmelo Perrone, teve sua origem no ano de 1967, situava-se
nesta época à Rua Alto Alegre, nº. 04, hoje, Rua Cuiabá. Na época, atendia pelo nome de
Escola Municipal Manoel Ludgero Pompeu – Educação Infantil e Ensino Fundamental e
recebera este nome em homenagem a um dos pioneiros cascavelenses. Neste período, a
mesma atendia a 290 alunos de 1ª a 4ª série, sob o regime de Lei nº. 4024/51.

No ano de 1973, a escola passou a ser regida pela Lei nº. 5692/71 passando a
atender alunos de 1ª a 5ª série e progressivamente até 1978, quando passou a atender
até a 8ª série.

Até o ano de 1989, o Estabelecimento possuía turmas de 1ª a 8ª série sob


responsabilidade da SEMED – Secretaria Municipal de Educação de Cascavel,
denominando-se Escola Municipal Manoel Ludgero Pompeu – Ensino de 1º Grau.

A partir de fevereiro de 1990, parte da atividade do ensino que compreende 5ª a


8ª séries passou a ser responsabilidade da SEED – Secretaria de Estado da Educação,
passando o estabelecimento a denominar-se Escola Estadual do Bairro Alto Alegre –
Ensino de 1º Grau, pela Resolução nº. 722 de 27 de fevereiro de 1991, reconhecido
posteriormente pela Resolução nº. 1216 de 07 de abril de 1995.

Como o prédio não comportava o grande número de alunos da Escola Municipal e


Estadual, surgiu na comunidade um movimento em prol da separação. Foi construído
outro prédio pelo Governo do Estado. Em reunião com a chefe do Núcleo Regional de
Educação Marise Jussara Franz Luvison, determinou-se que fosse escolhido em
Assembléia com a Comunidade o nome para um novo colégio e procurou-se então
levantar o nome de alguém que tivesse prestado serviços, fazendo a diferença na história
do bairro.

Em 24 de setembro de 1977, foi aprovado por unanimidade o nome do Padre


Carmelo Perrone.
Após a inauguração, com a formalização dos entendimentos entre as autoridades
competentes, houve a desvinculação do Colégio com a Escola Municipal, tendo o
município recebido em troca deste prédio uma nova escola construída pelo Estado.

Foram Diretores deste Colégio: Irmã Bertotti Santana, Alda Maria Bocalon,
Francisco Carlos Tureck, Maria Zeli Ferreira e Mirian Lago.

Atualmente o Colégio é administrado pelo Professor Mocimar Souza, sendo


auxiliado pelo Professor Aldo de Oliveira Carvalho.

Recentemente o Estabelecimento de Ensino recebeu recursos do Governo do


Estado para Ampliação, Melhorias e Reforma o que colocará à disposição da
comunidade, com vinte e uma salas de aula, Laboratório de Informática, Biblioteca,
Quadra Esportiva, Ginásio, Auditório e Laboratórios de Ciências, Química, Física e
Biologia. O Colégio conta com 2120 alunos que estão distribuídos em três períodos:
manhã, tarde e noite, ofertando três modalidades de Ensino:

• Ensino Fundamental, Ensino Médio , Ensino de Jovens e Adultos e


Ensino profissionalizante (informática, administração e secretariado).
• São desenvolvidos vários projetos com enfoque ambiental, visando à
cidadania integral dos educandos, onde todas as Disciplinas estão envolvidas na “Agenda
21 Escolar”. Oferece também Escolinhas de Futsal, de Voleibol e Atletismo
complementando o desenvolvimento pleno sob o aspecto da Qualidade de Vida.
• O Colégio Padre Carmelo Perrone tem em sua demanda mais de 120
funcionários distribuídos entre professores, Equipe Pedagógica, Administrativa e Serviços
de Apoio.
• O objetivo do Colégio é transmitir o conhecimento científico e colaborar na
formação integral do aluno, para que o mesmo seja capaz de transformar sua vida a partir
do seu meio social, buscando a dignidade humana.

Os dados de Identificação do Colégio a seguir são:

- Nome do Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual Padre Carmelo Perrone


– Ensino Fundamental e Médio.
- Endereço: Avenida Assunção, 725 – CEP 85805-030, no bairro Alto Alegre –
Cascavel/Paraná.

- Fone: (45) 3226-2824 Fax: (45) 3226-9232.

- Autorização do estabelecimento: RESOLUÇÃO Nº. 462/90 DE 13 DE FEVEREIRO DE


1990.

- Reconhecimento do Curso de Ensino Fundamental: RESOLUÇÃO Nº. 3.371 DE 06 DE


NOVEMBRO DE 1990.

- Autorização de Funcionamento do Ensino Médio: RESOLUÇÃO Nº. 722 DE 27 DE


FEVEREIRO DE 1991.

- Autorização de Funcionamento da Modalidade de Ensino Supletivo: RESOLUÇÃO Nº.


2516/97; DELIBERAÇÃO 09/96 E PARECERE 1.302/97.

- Ato do NRE de Aprovação do Regimento Escolar: ATO ADMINISTRATIVO Nº. 119/95


de 22 de novembro de 1995.

- Distância do Estabelecimento do NRE: 10 km

- Cursos: Ensino Fundamental e Médio.

Espaço Físico:

O Colégio Estadual Padre Carmelo Perrone devido a sua localização é


considerado um Colégio central da cidade, recebendo assim alunos de diversos bairros
circunvizinhos, como: Santo Onofre, Coqueiral, Pioneiros, Catarinenses entre outros,
sendo que a maior quantidade dos alunos reside no Bairro Alto Alegre.

Os alunos participam de atividades culturais, tais como: dança, teatro, religião e


cursos de aperfeiçoamento, muitos têm acesso a meios de comunicação como: rádio, TV,
telefone e Internet.
No lazer os alunos demonstraram maior preferência pela música, televisão e
esporte, mas merecem destaque também o cinema e a religião. A leitura também é uma
atividade desenvolvida nos momentos livres. Vale lembrar ainda que os alunos
freqüentam a biblioteca escolar pelo menos uma vez por semana para escolha e troca de
livros, atividade esta que oportuniza o desenvolvimento da leitura prazerosa.

Portanto, para atender a essa clientela de alunos, assim como a toda


comunidade, a estrutura física do colégio conta com os seguintes espaços: 21 Salas de
aula; 01 Sala Lab. Informática e Mecanografia; 01 Sala Lab. Ciências Físicas e Biológicas;
01 Sala Biblioteca; 01 Sala Direção; 01 Sala Secretaria; 01 Sala dos Professores; 02
Salas de Estudo (hora atividade); 01 Sala Equipe Pedagógica; 01 Sala de Recurso; 01
Anfiteatro; 01 Cantina; 01 Cozinha; 01 Quadra Poliesportiva Coberta; 01 Quadra
Poliesportiva Descoberta e 01 Sala de Apoio Pedagógico.

Fomos atendidas na Instituição pela Coordenadora Professora Eliane.Dal Molin


Cristo e pelo Diretor Professor Mocimar Souza, e também pelo Diretor adjunto Professor
Aldo de Oliveira Carvalho.

1.3 Objetivos do Estágio

Vivenciar os elementos teóricos discutidos através de debates ou trabalhos


apresentados durante o curso e trabalhar com a construção de conhecimentos
relacionados ao aprender, ao saber, e ao aprender a fazer em uma perspectiva de ação-
reflexão-ação através da articulação teórico-prática, envolvendo o aprender a ser e a
conviver na prática cotidiana vivenciada ao longo do processo de sua operacionalização.

1.4 Justificativa

O estágio é uma exigência legal, constante no projeto do curso sendo


fundamental para a necessária articulação entre teoria e prática.
2 DIAGNÓSTICO

2.1 Instrumentos

Para se conhecer a escola e colher subsídios para as realizações das


intervenções, foi utilizado como instrumentos de pesquisa observações em sala e no
intervalo, com registro contínuo cursivo, Roteiro de entrevista com professores (Anexo 1),
Roteiro de entrevista com a coordenação (Anexo 2), Roteiro de entrevista com direção
(Anexo 3) e Questionário com alunos (Anexo 4).

2.2 Procedimentos

Inicialmente, a direção encaminhou-nos para a série 7ª H, solicitando o


trabalho pedagógico envolvessem essa turma. Após isso foram feitos os roteiros na qual
envolveram três observações em sala, as quais duraram em média de 45 à 90 minutos,
nas matérias de matemática, português, ciências, artes, inglês e história .

Entre as observações foram realizadas entrevistas com alguns


professores, coordenação e direção com duração de cerca 30 à 60 min dependendo da
disponibilidade de cada profissional.

2.3 Dados coletados

Iniciamos nosso trabalho conversando com a coordenadora e alguns


professores da instituição. No primeiro contato com a turma, encontramos os alunos na
maior algazarra, alguns não paravam sentados nas carteiras, uns usavam MP3 nos
ouvidos e pareciam estar “nem aí” com os pedidos de “silêncio” e, ”por favor,” da
professora sempre levantando e conversando com os colegas sobre outros assuntos,
apesar da professora pedir silencio e chamar a atenção a todo o momento. Apresentamo-
nos e estabelecemos como seriam nossos encontros e porque foram escolhidos para tal
trabalho, e como funcionariam esses encontros.
Estabelecemos então, que, inicialmente iríamos apenas observar e em seguida,
de acordo com as necessidades observadas, estaríamos realizando algumas atividades
para auxiliarem nos problemas ou dúvidas apresentadas.

No primeiro dia de observação a professora que nos recebeu na porta disse:


“Estão preparadas?” (como se iríamos pegar algo terrível para fazer), após a
apresentação do grupo aos alunos, sentamos no fundo da sala para melhor observação
dos alunos.

Observamos que os alunos são inquietos, mal educados, não prestam atenção
nas explicações da professora, a todo o momento a professora tem que interromper para
pedir “por favor”, “não conversem”, “prestem atenção.”

Porem não poderíamos deixar de notar a desmotivação da professora ao que se


refere à turma, pois a mesma distribuiu provas a 4 alunos que faltaram sendo que, não
explicou a referida prova, e começou a passar conteúdo no quadro para o restante da
turma, porem não demonstrou interesse em instigar os alunos para a aprendizagem.

Já a professora L. entrou na sala e logo foi entregando um caça-palavras aos


alunos, quando ela passou por nos no fundo da sala, Comentou: “Aqui a gente finge que
ensina e eles fingem que aprendem”. Porém ao contrário da primeira aula, percebemos
que com essa atividade eles ficaram quietos e tentaram fazer. A professora ressaltou que
valeria nota e que era pra entregar, ela ainda comentou conosco que sempre se utilizava
disto, senão eles não faziam as atividades propostas.

No segundo dia de observação assistimos à aula de ciências, a


professora quando nos encontrou na porta da sala disse: “vocês são corajosas”.

A professora entrou e distribuiu dois panfletos, um falava sobre DST’s e outro era
especifico sobre AIDS.

Essa aula eles estavam mais calmos, a professora pediu para eles lerem o
panfleto e depois começou a falar sobre como devemos nos proteger contras as
DST’s/AIDS e gravidez indesejada. Os alunos se comportaram melhor nessa aula, pois a
todo o momento faziam perguntas e ela ia explicando e fazendo desenhos no quadro
negro. Eles sempre faziam piadinhas quando a professora falava em “pênis”, “vagina”,
“preservativo” e algo relacionado a sexo, mas a professora falava com tanta naturalidade
que desarmava os alunos.

Nessa aula a professora perguntou com quem eles moravam, se era com os pais,
avós, mães, etc. mais de 90% dos alunos moram com a mãe ou com os avós, somente 2
alunos diz morar com os pais(pai e mãe). J.P. disse: ” meu pai é um desgraçado de um
filho da puta”.

J.P é um aluno inquieto, não para sentado, parece que esta ligado em 220VW,
esta sempre mexendo com as pernas.

No terceiro dia de observação, como era uma noite chuvosa compareceu


a aula apenas 15 alunos, sendo que era a disciplina de artes, a professora passou o
conteúdo sobre expressão facial. Observamos que, os alunos copiavam em silêncio.
Notamos que a professora tem domínio do conteúdo e aparentemente tem um bom
relacionamento com os mesmos. No final das atividades propostas para o dia à
professora passou visto no caderno, com isto a mesma nos comentou que busca
incentivar os alunos a realizarem as atividades. Depois do intervalo já na aula de
português o que nos chamou a atenção que mesmo os professores fazendo a chamada a
alguém da diretoria passa nas salas de aulas fazendo a chamada novamente como não
foi possível faze-la na 7 ª h devido a falta de respeito foi chamado o diretor para retomar
os trabalhos.

No quarto dia de observação, acompanhamos a professora de


matemática. Novamente a turma estava agitada, pelo que deu para perceber, a mesma
não tem domínio da turma, talvez pelo fato de ser uma professora nova na profissão
(recém contratada). Ela passa o conteúdo na lousa, pede para que os alunos sejam
rápidos a copiar ao termino ela começa a dar uma explicação superficial e sem pedir se
alguém tinha duvida ou outra pergunta pede para terminar quem não terminou de copiar
senta-se em sua mesa e começa a fazer a chamada.
2.4 Síntese Diagnóstica

De acordo com as entrevistas e as observações realizadas, pode-se diagnosticar


falta de motivação vindo a desencadear fatores como indisciplina, falta de atenção,
desrespeito para com os professores, ficando evidente o motivo da queixa institucional em
relação à 7ªH. Para tanto, verificamos uma desmotivação por parte de alguns professores
e esta problemática reflete tanto no seu processo pedagógico quanto em seus alunos.

Constatou-se, então, que são diversos fatores que interferem na aprendizagem.


Porém, por meio desse processo de diagnóstico entende-se que a psicopedagogia pode
contribuir na superação dos problemas apresentados.

Assim, no intuito de ajudar na buscar de resposta para tal atitudes e também


trabalhar uma postura mais positiva e valorativa em prol do aluno, nosso objetivou foi
trabalhar com dinâmicas sobre motivação, valores e respeito mútuo e também, abrir
espaço para debater sobre as dúvidas e ansiedades presentes nesta faixa etária tão
conturbada e ao mesmo tempo fascinante da adolescência. E o realizar intervenções em
sala de aula sugerir depois encaminhamentos metodológicos aos professores e algumas
sugestões aos coordenadores para darem continuidade a esses trabalhos.

3. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Para as intervenções, foram programados 10 encontros, os quais foram


efetivaram através de jogos e dinâmicas em grupos. Os mesmos objetivaram motivar e
envolver os alunos de modo a possibilitar um conhecimento melhor de si e dos colegas,
descobrindo-se sujeitos que podem respeitar e serem respeitados, sem que para isso
tenham que usar da agressividade e da falta de respeito com os professores e colegas e
da valorização de si mesmo para se fazer aceito pelos demais, proporcionando uma
melhora na auto-estima e no contato com seus próprios valores.
3.1 Objetivos da intervenção

Pretendíamos levar os alunos a refletirem sobre sua realidade quanto aluno e


que eles compreendessem que cada um é capaz de mudar seu futuro e realizar seus
sonhos. Que através destas intervenções realizadas os alunos olhassem seus
professores e toda a equipe que ali trabalha como instrumentos de auxílio a esta busca, e
que quando eles tivessem essa conscientização poderiam reverter a esses profissionais
frutos de ações positiva.

3.2 Justificativa da intervenção

Uma das reclamações mais constantes em relação à turma noturna da 7ª H é à


questão da indisciplina e com isso vem causando outras dificuldades, como de atenção e
concentração nos conteúdos apresentados, desrespeito com os professores e colegas,
valores, evasão, limites, drogas e relacionamento entre os alunos. Sem, falar que tudo
que é dito e comentado por colegas e professores é maliciado, fazem de tudo para atrair a
atenção dos demais, com palavras causando tumultos na sala de aula e no intervalo.

3.3 Sujeitos da intervenção

Os alunos da 7ªH têm entre 14 a 19 anos, é uma turma com 19 alunos, sendo, 2
meninas e 17 meninos jovens . São bem desinibidos e falantes, ficam a maior parte do
tempo andando pela sala e conversando uns com os outros.

Uma das jovens é mãe solteira, o filho é criado pela mãe e ela já mora com outro
companheiro, ela esta na escola a mando do juiz, as duas jovens usam blusas com
decotes e mostrando a barriga e calça jeans justas, os meninos, usam calças bem larga e
boné, os quais permanece o tempo todo na cabeça.
Como a maioria trabalha fora, alguns sempre chegam atrasados, às vezes pedem
licença e entram na sala, alguns vão entrando sem falar nada. Eles sentam sempre nos
cantos da sala, apesar das professoras mandarem sentar mais próximos, mas eles nunca
escutam, somente quando a professora diz que vai chamar o diretor, aí às vezes, eles
obedecem. Não gostam de sentar no meio, falam que não gostam de ficar “de costas para
pessoas do mesmo sexo”.

É uma turma típica, de jovens que estão passando pelas transformações


psíquicas e sociais que ocorrem na adolescência e que, no entanto, não estão
encontrando respostas para suas dúvidas e inquietações.

3.4 Material da intervenção

Para se realizar as intervenções junto aos alunos, foram utilizados como


instrumentos os seguintes itens:

• Cartolina
• Folha impressa
• Caixa de presente
• Bombons
• Papel Kraft
• Pincel atômico
• Tv com vídeo
• Dvd
• Jogos diversos
• Multimídia
• Pen drive
• Caixa de som.
• Cartela e números para bingo
• Pipoca
• Refrigerante
3.5 Procedimentos da intervenção

Os procedimentos utilizados nas intervenções envolveram dinâmicas de grupo,


discussão de filmes e jogos.

3.6 Critérios de avaliação

A avaliação será através da observação do comportamento e da


participação dos alunos.
Planejamento da Intervenção nº 1

Data: 22/04/2010 Início: 20h45min Término: 22h05min

Objetivos desejados:

- Criar um momento de reforço de atitudes e valores positivos no grupo;

- Proporcionar um momento de descontração entre a turma e as facilitadoras,

- Exercitar a solidariedade de cada um.

Atividades programadas:

Questionário individual dos alunos

Dinâmica caixa de presente

Procedimentos detalhados:

1ª Atividade:

A facilitadora inicia a atividade da noite explicando aos alunos como


será a atividade. No primeiro momento eles irão responder um questionário a fim de nós,
estagiárias, conhecê-los melhor. Em seguida as facilitadoras entregam um questionário
para os alunos responderem. Depois que os alunos responderem o questionário, uma das
facilitadoras recolhe para posterior trabalho com os mesmos.
2ª Atividade:

A facilitadora pede para os alunos formarem um grande círculo e inicia


com uma mensagem de boas-vindas. Depois, dando continuidade, exibe a caixa de
presente e afirma que a oferecerá a apenas um dos alunos, como representante de todos
que ali estão. Escolhe alguém entre o grupo, entrega a caixa e o cumprimente. Mas, antes
que este abra a caixa, avise-o que só poderá abri-la depois de ouvir a mensagem que
será lida pela facilitadora, (anexo 5).

(obs. O aluno que recebeu o presente vai ouvir a mensagem e saber que o
presente não será aberto por ele, e dessa forma , a caixa fechada vai passando de mão
em mão, de acordo com as palavras contidas na mensagem abaixo, até chegar naquele
que o abrirá e distribuirá os bombons com todos os alunos.

Materiais e recursos previstos: 1 caixa de presente com 2 caixas de bombons dentro,


folha impressa com o questionário.
Relatório da Intervenção nº 1

Data: 22/04/2010 Início: 20h45min Término: 22h05min

Estagiários presentes: Adriana Deolinda dos Santos Voltareli Jeanfelice,

Márcia Chiqueti,

Marines Tonieto

Rosemary Selzler Ferreira

Resultados alcançados: Conforme o previsto

Atividades desenvolvidas: Conforme o previsto

Procedimentos detalhados: Conforme o previsto

Materiais e recursos utilizados: Conforme o previsto

Impressões gerais observadas:

1ª Atividade:

Durante a intervenção estavam presentes 18 alunos. Conversamos com a turma


sobre o que iríamos realizar naquele dia.

Como sendo a primeira atividade que iríamos realizar com os alunos, percebemos
que eles estavam eufóricos, pois ainda não tinham idéia do que iríamos realizar com eles.
Na atividade do questionário percebemos que todos participaram alguns fazendo
gracinhas, andando pela sala, com conversas paralelas. Mas a maioria fez e quando não
entendia alguma pergunta nos procuram pra tentar ajudá-los na interpretação das
mesmas.
2ª atividade

Percebemos que os alunos foram participando aos poucos, uns falavam que não
iriam participar, mas nós os estimulávamos a participar, dizendo que seria legal, que eles
iriam gostar. Foi como um “quebra-gelo”, eles não demonstram mais a hostilidade que
demonstravam no inicio com a nossa presença. No começo eles participaram meio na
gozação, mas aos poucos eles foram participando, fazendo brincadeiras do tipo: “vou fugir
com essa caixa”, “agora ela é só minha”.

Sentimos que eles gostaram da nossa presença na sala e também da


dinâmica.
Planejamento da Intervenção nº 2

Data: 26/04/2010 Início: 20h45min Término: 22h05min

Objetivos desejados:

- Avaliar a capacidade que o sujeito tem de manter a sua atenção concentrada no


trabalho que realiza durante um período.

- Estimular o raciocínio rápido, a atenção e a concentração.

- Oportunizar momentos para aos alunos se integrarem através da expressão verbal.

Atividades programadas: Dinâmica Teste da Atenção e Jogo de Dominó

Procedimentos detalhados:

1ª Atividade:

Inicia-se entregando uma folha xerocada (anexo 6), com algumas perguntas a fim
de verificar a atenção de cada aluno. Conversar com os alunos a respeito do teste de
atenção, comentando que ele é composto de 10 perguntas e deve ser realizado
individualmente sem a colaboração dos colegas para responder as questões. Ressaltar
que precisam ler cada questão com muita atenção e agilidade, para posteriormente
discutirmos as respostas no coletivo. Após eles terminarem de responder. As facilitadoras
iniciam uma conversa referente às perguntas para que os alunos possam discutir sobre as
respostas corretas.

2ª atividade

No segundo momento serão distribuídos os jogos de dominó para que os


alunos possam descontrair e jogar entre quatro participantes.
Materiais e recursos previstos: folha de papel sulfite impressa com as
perguntas do teste, jogos de dominó (anexo 6).

Relatório da Intervenção nº 2

Data: 26/04/2010 Início: 20h45min Término: 22h05min

Estagiárias presentes: Adriana Deolinda dos Santos Voltareli Jeanfelice,

Márcia Chiqueti,

Marines Tonieto

Rosemary Selzler Ferreira

Resultados alcançados: conforme o previsto

Atividades desenvolvidas: conforme o previsto

Procedimentos detalhados: conforme o previsto

Materiais e recursos utilizados: conforme o previsto

Impressões gerais observadas:

1ª atividade

Durante a intervenção estavam presentes 16 alunos. Logo conversamos com a


turma sobre a atividade que iríamos realizar naquela noite. Assim que entregamos a folha
com as perguntas impressas, percebemos que alguns mostravam interessados em fazer,
outros continuavam com as conversas paralelas, ou levantavam, alguns nem se
importavam com a nossa presença e com o que estávamos fazendo. Tínhamos que
respirar e continuar estimulando os que estavam realizando a atividade proposta. Durante
a efetivação dessa atividade percebemos que vários alunos tiveram dificuldade para
interpretação das perguntas e também para a leitura das mesmas. Alguns tinham dúvidas
e nos questionavam quanto à interpretação. Na medida do possível da dinâmica, nós
facilitadoras somente lia com eles tentando fazê-los interpretar.

2ª atividade

Em seguida, utilizamos jogos de dominó com a turma, formamos grupos


de quatro participantes em cada um e passamos nos grupos explicando o procedimento
do jogo. Foram usados dois tipos: um de associação de idéias e outro que é o mais
comum com bolinhas de cores diferentes.

Durante o jogo analisamos que um dos grupos aceitou jogar com o Dominó
Associação de Idéias. Porém, o grupo não foi muito além, pois esse jogo exigia usar mais
o raciocínio para fazer a associação de idéias, conforme a figura de cada peça do jogo.
Eles preferiram jogar com o dominó de bolinhas.
Planejamento da Intervenção nº 3

Data: 10/05/2010 Início: 20h45min Término: 22h05min

Objetivos desejados:

- Reconhecer direitos e deveres como um processo de construção da cidadania;

- Sensibilizar os alunos da compreensão e pratica de seus direitos e principalmente de


seus deveres de cidadão dentre a unidade escolar;

- Trabalhar questões ligadas a valores culturais.

- Conscientizar os alunos de que os direitos serão cumpridos quando os deveres também


os forem.

- Fazer com que os alunos expressem-se por meio de gestos através da socialização
entre eles.

- Proporcionar momentos para os alunos falarem e opinarem sobre assuntos que diz
respeito a sua aprendizagem.

Atividades programadas: Direitos e deveres dos alunos e Dinâmica Jogo dos Bilhetes

Procedimentos detalhados:

1ª atividade:

No primeiro momento explanar aos alunos o que é direito e o que é dever.


Questioná-los quanto a esse assunto.

Direito: O que é conforme as regras, conforme as leis; prerrogativa que se tem de


exigir de outrem a pratica ou abstenção de certos atos, etc.
Dever: o que decorre de imposição m oral; estar obrigado a; obrigado por; ter
obrigação de.

Explicar que desde os mais remotos tempos da humanidade estes dois elementos
andam juntos, de mãos dadas, inseparáveis.

É muito comum se ouvir algo como:“Direito tem quem direito anda”; “Cumpre com
o teu dever para obteres o teu direito”; “ O direito é de quem cumpre com o dever”, assim,
depreende-se que: “Só tem direito quem cumpre com o dever”.

Num segundo momento questioná-los o que eles acham que é direito deles ali na
escola, ir escrevendo no quadro, para posteriormente escrever na cartolina. Depois que
elaborado os direitos, fazer o mesmo quanto aos deveres dos alunos.

Conscientizá-los da necessidade de regras na vida, seja na escola, em casa, no


trabalho, etc. e que a vida sem regras seria uma bagunça.

Direitos e deveres (anexo).

2ª atividade:

Os integrantes devem ser dispostos em um círculo, lado a lado, voltados para o


lado de dentro do mesmo. O professor deve grudar nas costas de cada participante um
cartão com uma frase diferente. Terminado o processo inicial, os participantes devem
circular pela sala, ler os bilhetes dos colegas e atendê-los, sem dizer o que está escrito no
bilhete. Todos devem atender ao maior número possível de bilhetes. Após algum tempo,
todos devem voltar a posição original, e cada participante deve tentar adivinhar o que está
escrito em seu bilhete. Então, cada participante deve dizer o que está escrito em suas
costas e as razões porque chegou a esta conclusão. Caso não tenha descoberto, os
outros devem auxiliá-lo com dicas.

Sugestões de bilhetes:

Sugira um filme para eu ver?

Cante uma música para mim?


Gosto quando me aplaudem.

Sou muito carente. Dê-me um apoio.

Tenho piolhos. Ajude-me!

Estou com fome. Console-me!

Dance comigo.

Estou com falta de ar. Me leve à janela.

Descreva-me um jacaré.

Ensine-me a pular.

Tem uma barata em minhas costas!

Dobre a minha manga.

Estou dormindo, me acorde!

Cumprimente-me.

Meu sapato está apertado. Ajude-me.

Elogie-me.

Veja se estou com febre.

Chore no meu ombro.

Estou de aniversário, quero meu presente.

Sorria para mim.

Faça-me uma careta?


Materiais e recursos previstos: cartolina, pincel atômico, fita Kraft, pedaços de papel
com frases e fita adesiva.

Relatório da Intervenção nº 3

Data: 10/05/2010 Início: 20h45min Término: 22h05min

Estagiárias presentes: Adriana Deolinda dos Santos Voltareli Jeanfelice,

Márcia Chiqueti,

Marines Tonieto

Rosemary Selzler Ferreira

Resultados alcançados: conforme o previsto

Atividades desenvolvidas: conforme o previsto

Procedimentos detalhados: conforme o previsto

Materiais e recursos utilizados: conforme o previsto

Impressões gerais observadas:

Durante a intervenção estavam presentes 13 alunos. Conversamos com a turma


sobre o que iríamos realizar naquele dia. Iniciamos falando se eles sabiam o que era
direito e dever. Alguns responderam coisas do cotidiano deles, que conheciam direto do
consumidor, entre outros. Entregamos o dicionário a um aluno e pedimos que ele
encontrasse no mesmo a definição do que é direito, posteriormente fizemos o mesmo
com a palavra dever. Após a leitura, propusemos a eles que fizéssemos os direitos do
aluno dentro da escola, uma das facilitadoras ia escrevendo no quadro o que eles
falavam que achavam que tinham como direito dentro da comunidade escolar. As
facilitadoras iam dando sugestões. Posteriormente fizemos o mesmo com os deveres do
aluno. Em seguida, escrevemos na cartolina os direitos e deveres do aluno e no final do
trabalho colamos na parede da sala para ficar como um lembrete a eles. (anexo 7)
Logo que comentamos a respeito da segunda dinâmica a ser realizada, Jogo dos
Bilhetes, alguns alunos se mostraram interessados a participar, outros não quiseram. Foi
uma dinâmica na qual os alunos tiveram que ajudar seus colegas descobrirem o que
estava escrito no bilhete pregado nas costas, sem dizer a frase, apenas dando dicas com
gestos e palavras. Os alunos ficaram um pouco agitados, os que não participaram
começaram a atrapalhar e a falar o que estava escrito nas costas dos colegas, tivemos
que repreende-los, e lembrá-los que eles não estavam participando porque não queriam
participar, portanto não era pra atrapalhar.

Apesar das inquietações de alguns, percebemos que eles estavam mais


participativos. O trabalho neste dia foi muito produtivo.
Planejamento da Intervenção nº 4

Data: 11/05/2010 Início: 21h00min Término: 22h50min

Objetivos desejados:

- Dar condições e criar incentivos para que os alunos possam se expressar crescer e
construir seu projeto de vida tendo a escola como parceira.

- Despertar a capacidade de pensar, abstrair e trabalhar em equipe para lidar com


incertezas.

Atividades programadas: Dinâmica Árvore dos Sonhos

Procedimentos detalhados:

Iniciar a intervenção comentando que todas as pessoas desejam realizar sonhos


em suas vidas.

Em seguida comentar sobre o questionário que foi aplicado no primeiro encontro, pelo
qual foi possível tomar conhecimento da realidade cada um, inclusive sobre os sonhos de
cada aluno.

Em seguida, uma das facilitadoras irá escrever no quadro os pontos positivos e negativos,
que foi colhido no levantamento das respostas do questionário dos mesmos, sempre
ressaltando os pontos positivos. Logo após as facilitadoras irão falar da atividade proposta
para aquele dia e que eles irão construir a árvore dos sonhos.

Será distribuído pelas facilitadoras numa folha de papel sulfite colorido (verde), já
previamente cortado em forma de “copas de árvore”, para que os mesmos escrevam ali
um sonho que pretendem concretizar. Conversar um pouco pela busca de realizações na
vida. Depois, pedir para cada aluno colocar seu sonho na “Árvore dos Sonhos”.
Uma das facilitadoras irá ler os sonhos dos alunos em voz alta para que todos
saibam quais foram escritos pelos colegas da turma.

Variação: Se os alunos preferirem não identificar-se, a facilitadora poderá ela mesma


colar na copa da árvore o cartão.

Depois, pedir para cada aluno colocar seu sonho na “Árvore dos Sonhos”.

A professora irá ler os sonhos dos alunos em voz alta para que todos saibam quais
foram escritos pelos colegas da turma.

Depois questionar os alunos:

- O que será preciso fazer para conquistar seu sonho?

Dar oportunidade para cada aluno falar qual foi o sonho.

Em um segundo momento da dinâmica, entrega um coração, confeccionado em


papel cartão na cor vermelha para que os mesmos escrevam ali seus projetos de vida
para conseguir realizar aquele sonho. Essa atividade também será colada na arvore, só
que no tronco da mesma.

Finalizar a dinâmica ressaltando que a maioria dos sonhos só serão realizados se


as pessoas tiverem persistência,esforçarem-se bastante e enfrentarem os desafios que
surgirem pelo caminhos.

Materiais e recursos previstos: papel Kraft, folha de papel sulfite colorida (verde), papel
cartão (vermelho) pincel atômico, tesoura, fita Kraft.
Relatório da Intervenção nº 4

Data: 11/05/2010 Início: 21h00min Término: 22h50min

Estagiárias presentes: Adriana Deolinda dos Santos Voltareli Jeanfelice,

Márcia Chiqueti,

Marines Tonieto

Rosemary Selzler Ferreira

Resultados alcançados: conforme o previsto

Atividades desenvolvidas: conforme o previsto

Procedimentos detalhados: conforme o previsto

Materiais e recursos utilizados: conforme o previsto

Impressões gerais observadas:

Nessa intervenção estavam presentes dezoito alunos na sala de aula.


Realizamos a dinâmica “Árvore dos Sonhos”.

Foi distribuído numa folha de papel sulfite colorido (verde), já previamente cortado
em forma de “copas de árvore” para que os mesmos escrevessem ali seus sonhos,
alguns não queriam fazer e ficavam “enrolando” dizendo que não tinha sonho, que aquilo
ali era tudo besteira, coisas desmotivadoras para os poucos que iniciavam a fazer, mas
alguns mesmos com a desmotivação dos demais continuavam a fazer. E nós facilitadoras
a todo o momento os incentivavam a escrever e participar.
Notamos que muitos participaram e gostaram desta atividade, a professora
sugeriu que retomássemos novamente no final de nossa intervenção, todos escreveram e
colaram seus sonhos e projetos alguns fizeram brincadeiras, riram com as possibilidades
infinitas e diríamos até extravagantes. O fato que nos chamou atenção foi onde um aluno
desviou totalmente o foco da atividade, escrevendo o nome dito popular para a genitália
feminina na copa da arvore e entregou para uma das estagiarias tentando assim, criar um
constrangimento. Mas respiramos fundo e continuamos a dinâmica ate a finalizarmos.
Depois, diante desta atitude paramos um pouco com a dinâmica, com o estávamos
fazendo e fomos à frente da sala, pedimos que todos prestassem a atenção e
começamos a conversar sobre valores, na qual cada um que estava ali dentro da sala de
aula, estava por algum motivo, e que não víamos razões para tanto desrespeito para com
nós, com os professores e para com eles mesmos, e pedimos a eles que deixassem cair
as mascaras para aparecerem o que eles realmente são, pois nós acreditamos neles.
Neste momento a porta se abre e o diretor interferindo em nossa intervenção pedindo a
palavra e falando aos alunos que os mesmos teriam dois caminhos a seguir, ou ele iria
visitá-los em uma empresa ou em uma cadeia. Nisso bate o sinal e os alunos saem.
Planejamento da Intervenção nº 5

Data: 17/05/2010 Início: 21h00min Término: 22h50min

Objetivos desejados:

- Socializar, integrar, perceber a necessidade de assumir compromissos, crescer,


valorizar-se.

- Despertar a atenção e associar idéias.

- Estimular o raciocínio rápido e a concentração.

Atividades programadas: Dinâmica dos pés e Jogo da Velha

Procedimentos detalhados:

1ª atividade:

As facilitadoras motivam todos os participantes a desenharem num grande papel


o próprio pé. Em seguida, encaminha a discussão, de forma que todos os participantes
tenham oportunidade de dizer o que pensam:

1. Todos os pés são iguais?


2. Estes pés caminham muito ou pouco?
3. Por que precisam caminhar?
4. Caminham sempre com um determinado objetivo?
5. Quantos já caminharam para chegar onde estamos?

Após esta discussão, ler a parábola: “Atire a vaca no precipício” (anexo 8). Após
reflexão, convidar a todos que escrevam no pé que desenharam algum compromisso
concreto que irão assumir.
2ª atividade:

Jogo da velha: separa a sala em várias dupla. Cada jogador coloca uma peça em uma
casinha, cada um de uma vez. O objetivo do jogo é tentar colocar três peças seguida e
impedir que o outro jogador consiga por três peças seguida. Ganha quem fizer uma fileira
completa primeiro. Vale em todas as direções, desde que a fileira não faça
esquina.Desenvolve: lateralidade, raciocínio lógico, estratégias, noções de: em cima,
embaixo, diagonal,horizontal e vertical

Materiais e recursos previstos: folha de papel sulfite, lápis colorido, jogo da velha.
Relatório da Intervenção nº 5

Data: 17/05/2010 Início: 21h00min Término: 22h50min

Estagiárias presentes: Adriana Deolinda dos Santos Voltareli Jeanfelice,

Márcia Chiqueti,

Marines Tonieto

Rosemary Selzler Ferreira

Resultados alcançados: conforme o previsto

Atividades desenvolvidas: conforme o previsto

Procedimentos detalhados: conforme o previsto

Materiais e recursos utilizados: conforme o previsto

Impressões gerais observadas:

No quinto encontro, decidimos levar uma atividade que falasse sobre


planos e objetivos futuros. Para isso, fizemos a “Dinâmica dos Pés”.

Para essa dinâmica, todos em círculos e confortavelmente sentados no chão,


fizeram o desenho de seus pés em uma folha de papel. Depois fizemos os seguintes
questionamentos: se todos os pés eram iguais; se caminhavam muito ou pouco; porque
precisamos caminhar (seguir em frente, lutar); se nosso caminhar sempre tem um objetivo
e o quanto já caminhamos para chegarmos até aqui.
Alguns não queriam participar, que não iriam tirar o tênis, mas nós dissemos que
não precisava e a todo o momento tínhamos que motivá-los a participar. Incentivamos
que eles falassem qual era o sonho pretendido. Enquanto iam desenhando o formato do
pé. Posteriormente entregamos uma tesoura para que os mesmos recortassem o formato
do pé. Depois orientamos que eles escrevessem dentro dos pés quais eram seus
objetivos (anexo 09)

Depois, lemos a parábola do “atire a vaca no precipício” (anexo 10), onde alguns
demonstraram grande interesse e realmente entenderam o objetivo da dinâmica e da
parábola.

Em seguida, aplicamos o jogo da velha que pode ser jogado em dupla.


Percebemos que os alunos tiveram mais interesse em participar, alguns deles não sabiam
jogar e pediram para que explicássemos. Somente dois alunos não quiseram participar
de início, porém depois de alguns minutos eles formaram duplas com outros alunos e
continuaram jogando até o momento que se encerrou o tempo da aula.

Essa aula foi muito produtiva, pois o aluno que havia escrito na aula anterior o
nome da genitália feminina na copa da árvore se dirigiu a uma das estagiárias e disse que
aquilo que ele havia ouvido no encontro anterior tinha tocado muito ele, que ele não iria
ficar mais se escondendo atrás das máscaras.
Planejamento da Intervenção nº 6

Data: 18/05/2010 Início: 21h00min Término: 22h50min

Objetivos desejados:

- Levá-los a refletir que disciplina é a ponte que liga nossos sonhos as nossas
realizações.

- Motivar os alunos a acreditar que eles são capazes de modificar para melhor a realidade
em que estão inseridos.

- Compreender que para ter sucesso em seu aprendizado e em sua vida cotidiana é
necessário assumir compromissos, ter persistência, enfrentar desafios, valorizar-se e
relacionar-se bem com as pessoas.

Atividades programadas: Filme para motivação

Filme: Desafiando Gigantes

Procedimentos detalhados:

Nessa intervenção os alunos irão assistir ao filme Desafiando Gigantes. Como é um


filme de longa duração, nesse encontro só dará tempo de assisti-lo. O filme será trabalho
no encontro seguinte.

Materiais e recursos previstos: DvD, Filme, Pipoca, TV pen drive


Relatório da Intervenção nº 6

Data: 18/05/2010 Início: 21h00min Término: 22h50min

Estagiárias presentes: Adriana Deolinda dos Santos Voltareli Jeanfelice,

Márcia Chiqueti,

Marines Tonieto

Rosemary Selzler Ferreira

Resultados alcançados: conforme o previsto

Atividades desenvolvidas: conforme o previsto

Procedimentos detalhados: conforme o previsto

Materiais e recursos utilizados: conforme o previsto

Impressões gerais observadas:

No início da intervenção comunicamos os alunos que iríamos assistir ao filme


Desafiando Gigantes. Logo percebemos que gostaram de nossa proposta de trabalho.
Durante o tempo que ficaram assistindo, alguns permaneceram em silêncio e muito
atentos, mas como sempre outros (sempre os mesmos) não paravam de conversar
paralelamente com o colega.

Observamos que os alunos que prestaram atenção gostaram do filme, pois, a


cada momento, conforme aconteciam os fatos, eles demonstravam através de risos ou
cochichos que estavam acompanhando com grande expectativa.
Nós havíamos combinado com a professora de matemática que iríamos usar três
aulas delas para passarmos o filme.

Planejamento da Intervenção nº 7

Data: 21/05/2010 Início: 19h00min Término: 20h30min

Objetivos desejados:

- Reflexão, valorização, respeito, disciplina, raciocínio, atenção, memória, concentração.

- Estimular os alunos a se socializarem e a se integrarem deixando de lado a acomodação


e a rotina.

- Perceber a necessidade de assumir compromissos para crescerem intelectualmente


valorizando-se em qualquer situação.

Atividades programadas: reflexão sobre o filme Desafiando Gigantes

Jogos (xadrez, torre de Hanói, jogo da velha, bingo).

Procedimentos detalhados:

Em um primeiro momento conversamos com os alunos buscando resgatar o que


entenderam da mensagem do filme, conforme eles foram falando nós fomos trazendo
estes pensamentos para vida real deles, assim eles foram entendendo e fixaram melhor a
idéia do filme. Fomos retomando desde o inicio até o final do filme, relembrando
juntamente com os alunos alguns fatos que mais marcaram.

Registrar no quadro algumas palavras-chaves relacionadas com a história contada


no filme, conforme os alunos forem comentando algumas partes que gostaram mais. Ex:

- união

- otimismo
- respeito

- valorização

- dedicação,

- desafio,

- confiança,

- persistência

- compromisso

- amor.

Fizemos um cartaz com essas palavras e fixamos na parede no fundo da sala, para ficar
como lembrete para os mesmos.

Após passamos aos jogos na qual: dois alunos jogam xadrez

Duas duplas jogaram jogo da velha

Dois jogaram a torre de Hanói e os restantes jogaram bingo, sendo que no final todos
quiseram jogar bingo até bater o sinal.

Materiais e recursos previstos: jogo da velha, jogo xadrez, torre Hanói, jogo bingo,
caixa presente, chocolates diversos.
Relatório da Intervenção nº 7

Data: 21/05/2010 Início: 19h00min Término: 20h30min

Estagiárias presentes: Adriana Deolinda dos Santos Voltareli Jeanfelice,

Márcia Chiqueti,

Marines Tonieto

Rosemary Selzler Ferreira

Resultados alcançados: conforme o previsto

Atividades desenvolvidas: conforme o previsto

Procedimentos detalhados: conforme o previsto

Materiais e recursos utilizados: conforme o previsto

Impressões gerais observadas:

Observamos que muitos participaram, falaram sobre o filme o que pensavam,


conversamos, eles estavam bem acessíveis J. P. veio até nós pediu desculpas pela turma
pelo tumulto da aula passada o agradecemos pelo pedido, após passamos aos jogos
todos participaram e gostaram principalmente das prendas que eram os chocolates.
Planejamento da Intervenção nº 8

Data: 24/05/2010 Início: 19h00min Término: 20h30min

Objetivos desejados:

- Dar oportunidade para os alunos relatarem suas idéias e opiniões.

- Compreender as condutas sociais.

- Estimular o raciocínio lógico e o sentido de família.

Atividades programadas:

1ª - Dinâmica: Condutas sociais

2ª - Dinâmica: Perguntas a jato

Procedimentos detalhados:

1ª Atividade: Condutas sociais

Faça perguntas que ajudem os alunos compreenderem sobre condutas socialmente


aceitáveis. As perguntas podem ser digitadas e entregue impressas em folha sulfite para
os alunos responderem individualmente, sem exigir que se identifiquem. Depois de
concluírem a atividade, o professor recolherá as folhas, irá ler as respostas de cada
questão e dará oportunidade para os alunos comentarem sobre as respostas dadas.

Sugestões:

- Como a gente faz amigos?

- Como manter essa amizade?


- Por que é errado ficar com as coisas dos outros?

- O que acontece quando alguém fala mentira?

- Por que é importante esperar a nossa vez de falar?

- O que fazemos quando alguém quer brigar?

- Cite algumas maneiras que você conhece de ajudar os outros.

2ª Atividade:

Dinâmica: Perguntas a jato

Faça diversas perguntas aos alunos para que respondam rapidamente:

- O que a sua avó é do seu pai?

- O que a sua mãe é do seu avô?

- O que você é da sua avò?

- O que você é da irmã do seu pai?

- O que você é do seu tio?

- O que o filho da sua tia é seu?

- Quem é o pai do seu pai?

- Quem é a mãe de sua mãe?

Materiais e recursos previstos:

Folhas de papel sulfite com o planejamento da intervenção impresso e outras folhas


com as questões que os alunos irão responder sobre condutas sociais.
Relatório da Intervenção nº 8

Data: 24/05/2010 Início: 19h00min Término: 20h30min

Estagiárias presentes: Adriana Deolinda dos Santos Voltareli Jeanfelice,

Márcia Chiqueti,

Marines Tonieto

Rosemary Selzler Ferreira

Resultados alcançados: conforme o previsto

Atividades desenvolvidas: conforme o previsto

Procedimentos detalhados: conforme o previsto

Materiais e recursos utilizados: conforme o previsto

Impressões gerais observadas (fundamentadas):

Durante a intervenção estavam presentes 17 alunos. Logo conversamos com a


turma sobre a primeira atividade que iríamos realizar que era um questionário contendo
sete perguntas a respeito de condutas sociais, se eles sabiam o que era “conduta social”,
alguns responderam, outros não sabiam , depois que eles haviam falado o que
pensavam, nós falamos o que era conduta social.. Assim que entregamos a folha com as
perguntas impressas percebemos que alguns deles mostraram-se interessados e
concentraram-se para responder. Passado um tempo da aula alguns alunos ficaram com
conversas paralelas, mas, mesmo assim realizaram a atividade proposta.

Logo depois realizamos a dinâmica “Perguntas a jato” para descontrair e motivar


os alunos e foi bem proveitosa. No inicio os alunos não queriam participar, mas depois
nos insistimos e ele ficaram um pouco mais atentos e responderam corretamente as
perguntas feitas rapidamente para perceber se estavam prestando atenção ao usar o
raciocínio.

Planejamento da Intervenção nº 9

Data: 25/05/2010 Início: 19h30min Término: 21h30min

Objetivos desejados:

- Despertar o espírito de ousadia e determinação,

- Estimular a tomada de atitude.

Atividades programadas: Filme: Quem mexeu Meu Queijo?

Procedimentos detalhados:

Neste dia de intervenção estavam presentes 16 alunos. Enquanto organizávamos


o multimídia para assistirmos o filme “Quem mexeu no meu queijo?” percebemos que os
alunos ficaram curiosos e inquietos querendo saber o que estava programado para aquele
encontro. Quando iniciamos a atividade, os alunos ficaram a quietos e assistiram ao filme
em silêncio. Quem Mexeu no Meu Queijo, é história é contada em forma de fábula de dois
ratos e duendes encerrados em um labirinto. Na história o autor faz uma analogia ao
cotidiano do ser humano, pois de forma objetiva retrata muitas de suas características
( percepção, determinação, atitudes, ousadia, comodismo). O queijo representa os
objetivos que buscamos para nossas vidas, quer no âmbito familiar, pessoal, ou no
profissional, ou seja: uma boa posição financeira, amor correspondido, destaque
profissional, um bom relacionamento familiar, uma vida equilibrada e tranqüila, etc. O
labirinto simboliza o entorno onde nos movemos. Os distintos personagens da história
representam as diferentes atitudes que podemos tomar quando queijo desapareceu por
motivo que seja. Podemos fazer como os ratinhos, que sem se preocuparem tanto com o
motivo do desaparecimento do queijo vão em busca de outro melhor. Podemos tomar a
Atitude de uma das personagens que, apesar da hesitação inicial, busca outro queijo,
enquanto seu companheiro não pára de lamentar-se e não faz nada para mudar a
situação, apenas espera que seu queijo reapareça. A história não deve ser interpretada
literalmente, mas a partir de alguns fatos, algumas atitudes, que no meu entender nos
trazem a seguinte mensagem: No percurso da caminhada de nossas vidas, encontramos
muitos labirintos, e de nada adianta se lamentar, e, mesmo que as nossas tentativas para
alcançar os nossos objetivos ainda não tenham o resultado almejado, não devemos nos
acomodar e nem ficar inertes, devemos acreditar que é possível mudar, basta tomar uma
atitude, persistir, e insistir na busca de novos caminhos.

Materiais e recursos previstos: multimídia, pen drive, caixa de som, notebook.


Relatório da Intervenção nº 9

Data: 21/05/2010 Início: 19h00min Término: 20h30min

Estagiárias presentes: Adriana Deolinda dos Santos Voltareli Jeanfelice,

Márcia Chiqueti,

Marines Tonieto

Rosemary Selzler Ferreira

Resultados alcançados: conforme o previsto

Atividades desenvolvidas: conforme o previsto

Procedimentos detalhados: conforme o previsto

Materiais e recursos utilizados: conforme o previsto

Impressões gerais observadas (fundamentadas):

Nesta penúltima intervenção estavam presentes 15 alunos. Trabalhamos o filme


baseado no livro “Quem mexeu no meu queijo?” E uma historia contada em forma de
fábula de 2 ratos e 2 duendes encerrados em um labirinto. Na qual nos traz a mensagem
que devemos ser persistentes e correr atrás dos objetivos proposto por nos mesmos. Não
devemos ter medo do desconhecido.

Procuramos transmitir aos alunos que devermos quebrar paradigmas e não ter
medo do desconhecido, que devemos sempre procurar pela mudança para o melhor em
nossas vidas.
Posteriormente foi trabalhado com os alunos, frases escritas em folha de papel
sulfite, na qual cada um descreveu sobre a frase. As frases retratavam a Percepção,
determinação, atitudes, ousadias, comodismo e persistência.

Incentivamos os alunos a falarem sobre os objetivos que cada um tem na vida,


tanto no âmbito pessoal, social, familiar e profissional.

Para finalizar a intervenção programada, colocamos um cartaz retratando um


breve histórico do filme “Quem mexeu no meu queijo?.”

Saímos mais satisfeitas nessa noite. Pois tivemos a participação da grande


maioria dos alunos.
Planejamento da Intervenção nº 10

Data: 26/05/2010 Início: 20h45min Término: 22h15min

Objetivos desejados:

- Oportunizar aos alunos um momento para refletirem sobre as expectativas que possuem
para o futuro.

- Dar oportunidade para cada aluno expor suas idéias a respeito da escola e de sua
aprendizagem.

- Avaliar o trabalho realizado pelas especializadas em Psicopedagogia Clínica e


Institucional.

Atividades programadas:

Discussão das questões do questionário Refletindo sobre sua vida escolar;

Avaliação da turma como um todo.

Confraternização com o fechamento das intervenções.

Procedimentos detalhados:

Nessa intervenção pretendemos discutir com os alunos as respostas das questões


do questionário “Refletindo sobre sua vida escolar”. Depois que os alunos responderem ,
entregaremos as folhas aleatoriamente com as questões respondias, e vários alunos irão
ler uma pergunta e a resposta dada por um de seus colegas. Em seguida, discutiremos
com eles a respeito de cada questão respondida.
Depois, faremos uma conversação com os alunos sobre as intervenções realizadas,
pedindo para avaliarem o nosso trabalho.

Finalizaremos com uma confraternização com todos os alunos no auditório da


escola, já previamente agendado com a escola.

Materiais e recursos previstos:

Folhas de papel sulfite com a intervenção impressa, salgadinhos,


refrigerante, bolo, copos, guardanapos.
Relatório da Intervenção nº 10

Data: 28/05/2010 Início: 19h00min Término: 20h30min

Estagiárias presentes: Adriana Deolinda dos Santos Voltareli Jeanfelice,

Márcia Chiqueti,

Marines Tonieto

Rosemary Selzler Ferreira

Resultados alcançados: conforme o previsto

Atividades desenvolvidas: conforme o previsto

Procedimentos detalhados: conforme o previsto

Materiais e recursos utilizados: conforme o previsto

Impressões gerais observadas (fundamentadas):

No início da intervenção estavam presentes 10 alunos. Logo comentamos a


respeito da dinâmica que seria realizada. Neste dia os alunos, apesar de serem poucos,
estavam agitados. A todo o momento tínhamos que chamar-lhes a atenção para
colaborar, e lembrando que esse seria nosso último encontro. Entregamos o questionário
“Refletindo sobre a vida escolar,” composto de 5 questões para que os mesmos fizessem
uma reflexão sobre a vida escolar de cada um, posteriormente pede que os alunos
também avaliem a turma e que dessem sugestões para mudanças, visando o melhor
aprendizado de cada um.
Durante a realização das atividades vários alunos pediram explicações sobre
algumas questões, mesmo que as mesmas estavam de fácil entendimento. Deu pra
perceber que alguns alunos têm grande problema com interpretação, pois eles têm
dificuldades para compreender. Alguns têm demonstrado dificuldade na leitura e também
na escrita, com muitos erros ortográficos e troca de fonemas.

Percebemos que nosso trabalho apresentou resultados porque os alunos estão


buscando esclarecer suas dúvidas, na qual alguns participaram de todas as atividades
programadas.

No ultimo momento fizemos um feedback sobre o nosso trabalho realizado


nesses 10 dias de intervenção com eles, discutimos e vimos os resultados alcançados.

Finalizamos o nosso trabalho e convidamos os alunos que se dirigissem ao


auditório para a nossa confraternização.
DEVOLUTIVA

Este projeto foi desenvolvido para apontar algumas ferramentas metodológicas


básicas para o desenvolvimento de atividades educativas preventivas. Quem lida com
adolescentes freqüentemente se questiona acerca de como pode incluir os adolescentes
no desenvolvimento das ações de promoção à aprendizagem, absorvendo suas vivências
e potencializando seu crescimento e desenvolvimento integral. A proposta pedagógica
aqui apresentada pode ser um elo importante nessa direção. A metodologia empregada
adota como pressuposto básico a participação, o desenvolvimento da reflexão crítica e o
estímulo à criatividade e iniciativa.

Os temas ligados à indisciplina, socialização, respeito mútuo, auto estima


suscitam a emergência de emoções, valores, crenças, mitos, tabus e preconceitos que
estão arraigados na identidade pessoal e social dos alunos. Em vista disso, na
capacitação de profissionais para o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção,
buscou-se a metodologia participativa que facilita os processos de reflexão pessoais,
interpessoais e de ensino-aprendizagem, integrando o grupo e estabelecendo vínculos de
afetividade e respeito mútuo.

Os resultados desses processos podem alcançados através das seguintes


propostas:

• A criação de um clima lúdico e de liberdade que comprometa e faça emergir a


motivação para a aprendizagem.
• Um trabalho participativo numa visão sistêmica e sócio-interacionista, onde os
alunos são agentes ativos e atriz/atores de sua própria história.
• A dinamização da aplicação das técnicas, que motiva o compromisso e a
reflexão crítica no processo de conscientização, oportunizando a re-significação de
emoções, valores e conhecimentos.
• Metodologia Participativa é aquela que permite a atuação efetiva dos
participantes no processo educativo sem considerá-los meros receptores, nos quais
depositam conhecimentos e informações. No enfoque participativo valorizam-se os
conhecimentos e experiências dos alunos, envolvendo-os na discussão, identificação e
busca de soluções para problemas que emergem de suas vidas cotidianas.
• Propiciar formas de trabalho didático e pedagógico baseada no prazer, na
vivência e na participação em situações reais e imaginárias, onde através de técnicas de
dinâmica de grupo, jogos dramáticos e outros, os participantes conseguem, por meio de
fantasia, trabalhar situações concretas.
• A escolha dessas metodologias baseou-se em face de as mesmas
apresentarem características peculiares que influenciam não apenas no relaxamento e/ou
no clima lúdico e sim possibilitando a participação efetiva do grupo na construção do
conhecimento.
• Mudar o horário das aulas, pois os alunos reclamam que é muito cansativo ter 3
aulas seguidas de português e matemática.
• A sugestão de pedir ao núcleo de ensino que converse com a mãe do aluno
Lucas para que a mesma não fique mais na sala de aula com o seu filho, pois desse
modo, ela não esta ajudando e sim atrapalhando o crescimento acadêmico e crescimento
de vida do seu filho.
• Trabalhar com frases exposta em cartazes sobre otimismo, reflexões, valores,
respeito.
• A cada semana um professor faça uma dinâmica sobre um tema propicio que
seja conversado entre os professores e que sejam escolhidos temas polêmicos sobre a
juventude, principalmente referente a valores, respeito, otimismo, profissões, etc.
• Que os alunos façam partes de projetos que envolvam dança, musica, teatro,
entre outros, onde os mesmos sejam cooresponsaveis juntamente com seus professores
cada um em sua área, favorecendo assim o envolvimento entre professor/aluno,
aluno/aluno.

Espera-se que, com o diagnóstico concluído, possam-se identificar os aspectos


positivos e negativos presentes em cada encontro e propor uma continuidade, mesmo
que por parte de outros, envolvidos no processo de aprendizagem do aluno, para que se
realizem trabalhos e novas medidas de intervenção, que auxiliem nas dificuldades da 7ªH,
contribuindo assim, para seu desenvolvimento acadêmico e pessoal.

RESULTADOS

As dinâmicas possibilitaram um maior entrosamento entre os alunos bem como


uma melhor aproximação nossa para com eles. Do primeiro até o final dos encontros,
observou-se um respeito maior pelos colegas e principalmente de respeito próprio. Um
fator relevante foi o fato do aluno que se mostrou querer mudar em suas atitudes e não
querer mais “se esconder atrás das máscaras”.

Quanto ao respeito com os professores, percebemos isso nitidamente em cada


momento que estávamos realizando as intervenções.

Quanto à indisciplina, talvez não tenha surtido o efeito esperado, mas o fato de se
conhecerem melhor, de terem aprendido um pouco mais sobre valorização, respeito
mútuo, suas atitudes como adolescentes, favoreceu um entendimento melhor sobre o
assunto.

No decorrer dos encontros, percebeu-se uma maior interação e espontaneidade


na oralidade e participação dos alunos, os alunos que a principio se recusaram a fazer
uma dinâmica ou outra, já não reclamavam, alguns nos surpreenderam com mudanças no
comportamento, com o que escreviam com os pedidos de desculpas quando eles
mesmos notavam que estavam errados e ao final quando dissemos que seria nosso
último encontro mostraram-se tristes e até surpresos, pedindo para que voltássemos
novamente, até dizendo que iriam se comportar se prometêssemos voltar.

Quando fomos fazer a devolutiva para a escola vimos uma diferença


surpreendente por parte da escola para com os alunos, eles estavam em uma sala mais
adequada, ou seja, menor para o número de alunos existente nesta sala, vão colocar a
mãe que acompanhava o filho na 8 º série, colocaram cartazes com mensagens de
otimismos, vão a cada semana propor uma aula diferente sobre motivação, vão
encaminhar J.P. para um acompanhamento de psicólogo, vão oferecer atrativos
comestíveis “mimos” onde a própria coordenadora ficou encarregada de providenciar e
ficou empolgada por ver que os resultados foram satisfatórios e que os alunos
corresponderam aos objetivos propostos do trabalho.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante todo o período de preparação e execução dos projetos, pode-se salientar


que foram momentos de grande crescimento pessoal e profissional.

A responsabilidade e a ansiedade em estar organizando os projetos, preparando


as dinâmicas e os debates, sempre visando o entendimento e a satisfação dos alunos,
foram no mínimo, enriquecedoras.

Em cada encontro buscou-se uma interação entre o saber e o fazer, de tudo que
já sabíamos em teoria e que em prática, nos proporcionou uma nova visão, um momento
crucial sobre o que nos espera uma forma de refletirmos sobre o que realmente
buscamos e desejamos.

Os projetos viabilizaram novas leituras de mundo, um enfrentamento de


preconceitos e das dificuldades pelas quais um aluno passa em sua rotina diária, como
pessoa em transformação, como é a fase adolescente, onde muitas dúvidas e
inseguranças se manifestam nos sentimentos e nas atitudes de cada um.

Ao realizar os estágios e ter contato com os alunos - com todos eles -, obteve-se
uma noção de realidade e do grau de dificuldade e responsabilidade que o docente, o
psicopedagogo e todos os envolvidos no processo ensino- aprendizagem carrega
consigo. Trabalhar com esses alunos e suas dificuldades, nos remete a um estado de
análise e questionamentos, porém, sempre ressaltando a interação e a integração
gratificante que essas trocas de experiências nos proporcionam.

Sentimo-nos honradas em finalizar esse trabalho com o pedido do Diretor da


Instituição na qual realizamos as intervenções que não parássemos com o nosso
trabalho, pois o mesmo havia visto grandes mudanças nos alunos e diante do convite do
diretor continuaremos realizando esse trabalho de intervenção de um modo voluntário,
pois com certeza a maior gratificação que receberemos será a experiência que adquirida
com a continuidade desse trabalho.

REFERENCIAS

1 ABUD, Maria; ROMEU, Sonia. A problemática da disciplina na escola: relato de


experiência. In D’ANTOLA, Arlette (ORG.) Disciplina na escola. São Paulo: E.P.U., 1989.
p. 79-90.

2 D’ANTOLA, Arlette (Org.) Disciplina democráica na escola. In D’ANTOLA,


Arlette (Org.). Discilplina na escola. São Paulo: E.P.U, 1989b. p.49-59.

3 FRANCO, Luiz A. C. A disciplina na Escola. In Problemas de Educação Escolar.


São Paulo: CENAFOR, 1986. p.13.

4 GARCIA, Joe. Indisciplina na Escola: Uma reflexão Sobre a Dimensão


Preventiva. Artigo publicado na Revista Paranaense de Desenvolvimento, n. 95, Curitiba:
1999. P.101-108.

5 VASCONCELOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina


consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 2000.

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