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´uerer encontrar uma solução histórica para algo que não tem princípio
nem fim não somente será inútil como é de todo uma infantilidade. Os
estados de consciência são produto da e não podem manter
qualquer relação com o espírito pois este está por natureza acima (ou
desapegado) de qualquer experiência. No entanto, a parte mais subtil e
transparente da vida mental, o intelecto (
) na sua forma de pura
luminosidade (a )tem uma qualidade específica: a de ref lectir o espírito.
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São cinco as prescrições, mas todas elas conduzirão sempre à primeira aqui
apresentada, sob qualquer forma: a (não violência); a / (verdade);
a/ (não roubar);
/ (não desvirtuar a sexualidade);
(não possuir).
%, a não violência, entende -se como não matar, não agredir nem
causar qualquer tipo de dor ou violência ( seja esta de natureza física,
psicomental, ou emocional) a si mesmo, ao próximo ou a qualquer ser vivo,
humanos, animais ou plantas. Os outros quatro yamas são consequências
naturais da não violência.
- , a verdade, consiste em fazer coincidir pensament os, palavras e
acções, evitando a falsidade e a mentira em todas as suas formas, nas suas
relações com o próximo e consigo mesmo. Um consegue enganar quem
quiser, só não consegue enganar a sua própria consciência. Falar a verdade
é agir em nome do amor com passivo ao próximo, faltar com a verdade
hipocritamente a quem desta necessita, é enganar, ferir, violentar
subtilmente alguém que precisa da verdade. No entanto existem verdades
que podem magoar o próximo por serem expressas sem caridade ou por
terem um propósito sórdido, como por exemplo alguém que procura vingar -
se de outra pessoa punindo-a fisicamente e pergunta-nos se a vimos passar
ou sabemos onde se encontra, nestas situações a verdade deve ser
sacrificada pela manutenção do bem -estar e de a, a não violência.
Sacrifica-se a verdade pela entronização do amor compassivo.
, a não possessividade, traduz-se como generosidade e
desapego em relação aos bens materiais, às relações afectivas e
emocionais, de uma forma geral, desapego aos frutos da acção. È outra das
formas de a/ , não roubar, não tomar como seus os frutos da acção. Ao
observar este yama, o yoguin simplifica ao máximo a sua vida, e tudo
aquilo que ele necessita realmente vem ter a si a seu tempo. O praticante
desenvolve a capacidade de permanecer satisfeito com aquilo que lhe
acontece no seu dia-a-dia. Apegar-se aos objectos da mente ou das
relações, querer possuir ou controlar os objectos exteriores, as relações ou
o próximo é uma forma de violência sobre si mesmo e sobre outrem, é
reforçar a ilusão da posse.
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O / percebe pela prática de ásana que a sua mente não deve
descuidar ou tomar irrelevante qualquer forma de vida, independentemente
da criatura, toda a gama da criação desde o insecto mais baixo à forma de
vida mais perfeita, todos respiram o mesmo espírito universal ( a ),
assumindo infinitas formas. Por este meio o / entende que a forma
mais elevada é a do ser sem forma (o Si). O verdadeiro a é aquela
postura em que o pensamento de Brahma flui incessante e sem esforço na
mente do praticante.
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Tal como uma garrafa de água adquire a forma do seu recipiente, a mente
adquire a forma do objecto que contempla. Tal como uma lâmpada eléctrica
brilha ininterruptamente quando os filamentos mantém a corrente
ininterrupta, também a mente brilha continuamente quando focada no
espírito universal. Atinge-se um estado de consciência absoluta, sem
qualificação possível, onde se manifesta exclusivamente um sentimento de
felicidade e paz. O / descobre através de / a sua luz interior,
tornando-se luz para si e para os outros. Neste momento ele liberta-se do
e torna-se um (uma alma liberada).
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