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O Brasil apresenta excepcionais vantagens para o desenvolvimento da aqüicultura,

contando com 8.400 Km de costa marítima, 5.500.000 ha de reservatórios de água doce


(aproximadamente 12% da água doce do planeta), clima favorável para
desenvolvimento dos organismos, terras disponíveis, mão-de-obra relativamente barata
e crescente mercado interno.

A aqüicultura brasileira em 2005 respondeu por 25,6% da produção total de pescado


(257.780 t), sendo os principais produtores as regiões Sul, Nordeste e Sudeste. Dentre
os diferentes cultivos do continente, a piscicultura é responsável por 99,4% ou
178.746,5 t do total produzido. As espécies cultivadas ainda variam de acordo com o
estado (Ibama, 2007).

Apesar da ausência de dados suficientes para analisar a piscicultura de água doce no


Brasil, podemos observar que as principais espécies cultivadas no país são exóticas
(Tilápias, Carpas e Bagres Americanos). O principal estimulo para a produção dessas
espécies parece estar mais relacionado com a existência de informações básicas para as
criação do que com as características relacionadas às espécies.

O Brasil apresenta uma grande variedade de peixes, sendo atualmente descrito um


número superior a 3.000 espécies. Existe um grande número de peixes nativos com
potencial para utilização dentro da piscicultura como: Dourado, Jaú, Matrinxã, Piau,
Pintado, Pirarucu, Jundiá, etc.

Apesar do extremo potencial de algumas espécies nativas para a piscicultura, ainda


faltam muitas informações para possibilitar a implantação de um processo de cultivo.
Vários trabalhos científicos tem sido gerados, embora normalmente, objetivando a
solução de aspectos isolados do cultivo das diferentes espécies, carecendo de pesquisas
que avaliem o processo completo de produção, que vise estabelecer um “pacote
tecnológico” que responda as principais dúvidas do investidor.

A contribuição das espécies nativas na piscicultura fica abaixo dos 20%, enquanto na
Ásia onde está concentrada a maior produção mundial de peixes, cerca de 95% dos
cultivos estão baseados em espécies nativas daquele continente.

Portanto o Brasil tem um cenário ótimo para continuar o desenvolvimento da


piscicultura (além de contar com uma grande biodiversidade de espécies)

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