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O órgão da visão consta de globo ocular e nervo óptico que têm por missão recolher infor-
mações óticas e remetê-las ao cérebro.
“A Cor é a música dos olhos.”
A palavra cor pode estar se referindo a:
- propriedade da matéria de refletir ou absorver diferentemente a luz;
Goethe
- diferente composição espectral de emissões;
- as oscilações eletromagnéticas visiveis que chegam ao olho, ou seja, o estímulo cromático;
- a sensação cromática produzida no cérebro;
- tintas e materiais corantes;
- parte da luz branca.
A vista humana pode diferenciar cerca de 10.000 tonalidades de cor e cerca de uma centena de
grises entre o preto e o branco.
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Características
Matiz: relativo ao comprimento de onda da luz direta ou refletida. As palavras cor ou tom são
usualmente utilizadas como sinônimo de matiz.
Luminosidade: valor, brilho, são termos utilizados para designar o indice de luminosidade da cor.
Toda corpigmento esteja saturada ou não, tem uma determinada capacidade de refletir a luz
branca que incide sobre ela. A esta capacidade denominamos de “luminosidade de um tom”.
Saturação: percebida com a intensidade da cor. Quando uma cor apresenta alto indice de cro-
maticidade é, comumente, chamada de cor viva.
Se uma cor não está saturada plenamente, aparece esbranquiçada. Se, pelo contrário, está acima
do ponto de saturação, aparece mais enegrecida.
Uma cor tem a máxima saturação, isto é, a máxima força pureza, quando correspondente ao
próprio comprimento de onda determinado no espectro eletromagnético e não tem
absolutamente nada de branco nem preto.
A saturação varia em relação à qualidade de branco acrescentado ao tom.
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Classificação
Cor primária: é cada uma das três cores indecomponíveis que, misturadas em proporções vari-
aveis, produzem todas as cores subsequentes;
Cor secundária: é a cor formada pela mistura equilibrada de duas cores primárias.
Cor complementar: é designação dada à cor secundária que quando justaposta à cor primária que
não entra em sua composição, complementa o espectro de cores.
Outras classificações também surgem em variados meios, em que algumas se consagram, como a
surgida nos ateliês artisticos:
Cores quentes: designação genérica empregada para definir as cores em que predominam o ver-
melho e o amarelo.
Cores frias: por oposição às outras, designa as cores em que predomina o azul.
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Cor é importante?
A cor é usada para evocar emoção, expressar personalidade e estimular associações.
Na sequência da perceção visual, o cérebro lê a cor depois que registra a forma e antes que leia o
conteúdo.
As cores tem significado diferentes em culturas diferentes. Faça a devida pesquisa sobre os merca-
dos e as culturas pertinentes.
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Espectro de luz
Considerando que a luz é uma onda eletromagnética composta por fótons, cujo comprimento de
onda se situra entre a radiação infravermelha e a ultravioleta.
Esta pode se subdividir num espectro de cores com variados comprimentos de onda, formando
o que conhecemos como espectro óptico ou espectro visivel de luz, onde num extremo está o
vermelho, no outro o azul escuro e no meio o verde.
Síntese Aditiva
Cores-luz primárias: Vermelho, Verde e Azul
sua mistura proporcional, em sintese aditiva produzem o Branco.
A partir disso surge o esquema de cores RGB, utilizado em monitores, televisões e outros
sistemas de emissão de luzes.
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Síntese Subtrativa
Cores-pigmento primárias: Magenta, Amarelo e Ciano
sua mistura proporcional, em sintese subtrativa produzem o Preto.
São as cores de superfície de determinadas matérias químicas, produzidas pela propriedade dessas
matérias em absorver, refletir ou refratar os raios luminosos incidentes.
A partir disso surge o esquema CMYK, amplamente utilizado nos sistemas de impressão atuais e
que no jargão gráfico é chamado de Escala Europa.
RedYellowBlue
Um modelo histórico de síntese subtrativa de cor, estabelecido por Leonardo da Vinci em sua
teoria das cores, utilizado e ensinado durante muitos anos como “as cores primárias”.
Neste modelo, as cores primárias são o azul, o amarelo e o vermelho, com as respectivas com-
plementares secundárias laranja, púrpura e verde.
Atualmente, sabe-se que este modelo é cientificamente incorreto, mas ainda assim é bastante
utilizado em artes plásticas. Considera-se o CMYK como o melhor modelo subtrativo, capaz de
representar todas as cores perceptíveis pelo olho humano.
O RYB historicamente era usado no lugar do CMYK porque eram muito raros os pigmentos nat-
urais de cor ciano e magenta, daí serem substituídos, respectivamente, pelo azul e pelo vermelho.
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Cor é Luz
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Percepção da Cor
A tão conhecida expressão “todas as cores do arco-íris” se refere ao espectro de luz visível.
Mas onde está o magenta? o marrom? o cinza? Também não consta ali o branco (presença total
de luz) e o preto (ausência total de luz), ‘cores’ que vemos e reconhecemos.
As cores que percebemos não são determinadas apenas por sua frequência no espectro eletro-
magnético, e sim em como estimulam nossa retina, sensível a três cores primárias (RGB).
Não temos um sensor ótico capaz de medir a frequência exata da luz que entra em nossos glo-
bos oculares, e sim três tipos de células sensíveis a cor que reagem apenas a três pequenas fatias
desse espectro. Nós literalmente interpolamos a medida de um amplo espectro contínuo a partir
de três sensores.
No espaço de cores CIE visto ao lado, o espectro de luz visível (ou o comprimento das ondas
eletromagnéticas visíveis) compõe os contornos curvos do diagrama.
Todas as outras cores, “não existem”, não são frequências eletromagnéticas definidas. São con-
struídas em nosso cérebro combinando os diferentes estímulos captados.
O espaço de cores representado também não é completo, pois precisa de mais um eixo para rep-
resentar a intensidade da cor, indo do preto ao branco, e todos os tons de cinza entre eles.
Imagine que ele se estende tridimensionalmente, variando seu brilho. Porque, se você ainda não
notou, nem o preto, o branco ou nenhum tom de cinza surge no espectro de luz visível.
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Espaço de Cor
O Espaço de cor também é conhecido como Gamut.
É um modelo matemático que descreve como as cores podem ser representadas com números.
Ele é em resumo a gama de cores que se consegue alcançar num determinado meio
- olho humano, tela, impressão -
Gamut RGB - se refere normalmente ao espaço de cor que o monitor produz, ou que o sensor
de uma câmera pode capturar. Possui vários perfils, sendo o mais comum e com menor range de
cores o sRGB, e os com maiores range de cores são o Adobe RGB e o ProPhoto RGB
Gamut CMYK - varia um pouco para cada máquina de impressão, por isso cada gráfica possui seu
perfil de cor ICC.
ICC significa International Color Consortium - Consórcio Internacional de cores, no qual é for-
mado por empresas líderes no setor de imagem digital. As especificações contidas num perfil
ICC, descrevem como os dispositivos criam suas cores e são a base de um fluxo de trabalho ba-
seado em gerenciamento de cores.
As principais informações de um perfil ICC: Ganho de ponto, Substrato, Registro, Tintas, umi-
dade, UCR, GCR, Resolução, Calibração, Ajuste das imagens, ...
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O que é tinta?
tinta sf. ‘substância química que tem a propriedade de aderir à superficie sobre a qual é aplicada,
e que é usada para a pintura e para tingir’
Tintas de diferentes cores e suas composições são instrumentos que auxiliam a transformação
de um suporte em um impresso. A película de tinta depositada sobre um suporte resulta na cor,
intensidade e brilho de imagem.
As tintas gráficas são definidas como substâncias que servem para imprimir. São obtidas a partir
de uma mistura de pigmentos naturais ou químicos.
Uma tinta é constituída basicamente de dois elementos principais:
o pigmento - Os pigmentos determinam a cor da tinta. São materiais coloridos que, moídos, se
misturam como líquidos de fixação (base) para formar tinta. Podem ser solúveis (anilinas) ou sóli-
dos. Os pigmentos sólidos ficam em suspensão na base, formando, normalmente, as tintas opacas.
Os pigmentos classificam-se, segundo sua origem, em minerais orgânicos e
inorgânicos.
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Tinta no papel
A relação tinta-papel abrange uma série de aspectos que devem ser cuidados para que seja obtido
um resultado harmonioso. A união desses dois elementosé muitas vezes o que determina a
qualidade do produto impresso.
É interessante que a tinta permaneça na superfície do papel, pois, se a tinta penetra, a menos que
a quantidade aplicada seja muito elevada, a película sobre a superfície perde seu poder de brilho.
Uma tinta é brilhante porque apresenta ao olho uma superfície completamente lisa e límpida.
Sobre uma superfície desuniforme a tinta brilhante tende a se tornar mate.
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Impressão e cor
Fatores que comprometem a fidelidade de cor na produção gráfica:
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Conversão
A Conversão de RGB para CMYK tende a criar problemas para os menos experientes.
Como visto anteriormente, a escala RGB funciona sob sintese aditiva: o branco é formado pela
adição máxima dessas três cores, enquanto os demais tons (até mesmo os cinzas, que aqui não
são meio-tom do preto) são formados por quantidades menores dessas cores. Quanto menor a
quantidade de cor mais escuro será o tom, até chegarmos ao preto, que se dá pela ausência des-
sas, e não pela presença de uma “luz preta”.
Quando convertido para CMYK as cores ‘herdam’ esses três tons em sua composição, só que
convertidos em porcentagens de cyan, magenta, amarelo e ainda o preto. Assim, os cinzas e to-
dos os tons mais escuros acabam por receber automaticamente uma porcentagem de todas as
quatro cores CMYK, criando um excesso de pontos no momento da impressão.
Por isso há um limite na soma das porcentagens, que no processo off-set é de 260% a 320%, e
varia de acordo com processo de impressão, papel, etc.
Existem dois métodos automatizados para isso que podem ser customizados pelo designer, de
acordo com suas necessidades:
UCR: Undercolor Removal, ou Remoção de Cores Sobrepostas
GCR: Gray Component Replacement, ou Substituição do Componente Cinza,
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O preto
Um dos principais usos para o preto é escrever textos. O preto, além de economizar tinta (afinal
as outras 3 cores não precisam ser utilizadas em intensidade máxima), evita que as letras saiam
borradas (principalmente em letras de tamanho pequeno, com serifa).
Ele está presente na escala CMYK, porque não há forma das outras três cores sozinhas formarem
um preto consistente, sendo que o máximo que conseguem é um marrom lavado.
Outro motivo para que o preto exista é que ele serve para realçar sombras e contornos.
Não é costume utilizar o preto 100% para porções maiores dessa cor.
Manter o controle cromático é importante quando não houver uso de cores, pois há vários tons
de preto, alguns pendendo para o vermelho, outros para o azul.
- Se o papel for mais próximo do cinza ou do branco, o preto da tinta deverá se aproximar
do azul.
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Policromia
É a forma como as diversas cores são simuladas a partir da impressão com tintas de apenas algu-
mas cores básicas, normalmente CMYK, sendo denominadas cores de seleção.
A sua mistura ótica por meio de retículas forma uma gama de cores que chamamos de escala, o
conjunto de meios-tons possiveis de serem obtidos com a mistura dessa seleção.
Cada um desses meios-tons é chamado de cor de escala.
Então o que o designer indica não é a cor desejada para impressão, mas sim as reticulas a serem
utilizadas para simular aquela cor, simbolizadas pelas porcentagens de cada cor de seleção.
Cada cor de seleção corresponde a uma impressão em separado, assim a cada uma dessas im-
pressões chamamos de entrada de máquina.
A indicação do nº de entradas de máquina se dá de forma que dois nºs separados por uma barra
indicam quantas entradas em máquina cada face do papel terá.
3/1 significa que um lado do papel terá três impressões cada uma em uma cor e o outro lado será
monocromático.
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Padrão Pantone
Para se conseguir cores especiais, não formadas por reticulas e as vezes dificeis de se obter em
CMYK, usa-se o padrão Pantone. Trata-se de um catálogo cuidadosamente elaborado contendo
1000 cores impressas em papel cuchê e offset, as quais são obtidas de misturas, partindo de 8
cores básicas. É utilizado principalmente nos processos de serigrafia e flexografia.
Vantagens:
1. Uma gama de 1000 cores definidas à escolha do programador visual;
2. Precisão e facilidade na obtenção das tonalidades;
3. Uso internacional, podendo ser indicado. em qualquer parte do mundo (PMS);
4. Evita desperdícios em misturas de pequenas quantidades, pois as preparações
já estão indicadas no guia.
5. Rapidez na encomenda de tintas.
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Tintas UV
As tintas de impressão por secagem Ultravioleta são as tintas sem solventes, que endurecem em
fração de segundos pela relatividade de um fotoiniciador, sob a irradiação de raios ultravioleta.
As tintas UV são muito estáveis sobre a máquina e secam imediatamente sobre o suporte.
A secagem imediata da tinta evita mudanças posteriores, tais como alteração de cores, decalque,
marmorização etc. Dessa forma, as impressões UV podem ser imediatamente tratadas (por ex-
emplo, cortadas, laminadas, dobradas etc.)
Diferentemente de outros tipos de secagem, a do tipo UV não afeta as dimensões dos suportes.
A produção de tintas UV aumenta a cada ano, assim como aumenta o número de impressores
que utilizam estas linhas.
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Check-list
Testando a eficiência estratégica da cor
- A cor é distintiva?
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