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“Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua
mulher por qualquer motivo? Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os
fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher,
tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o
que Deus ajuntou não o separe o homem. Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de
divórcio e repudiar? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos
permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo: quem
repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete
adultério e o que casar com a repudiada comete adultério. Disseram-lhe os discípulos: Se essa é a
condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar. Jesus, porém, lhes respondeu: Nem
todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado. Porque há eunucos de
nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos,
por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita.” MT. 19:03-12.
Primeiramente devemos observar quem eram aqueles que se aproximaram do Senhor Jesus Cristo, e
com que fins o fizeram; o texto diz que foram os fariseus, estes tais, eram hipócritas, fingidos,
fabricantes e produtores de pecado, eram hiper-legalistas, davam à lei, um peso e força tal que ela não
possuía, muitas vezes, criavam preceitos, leis, regras e mais regras, para colocá-los sobre seus
seguidores; Mt. 23:04 condena-os porque: – “Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem
sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.”.
Tais fariseus gostavam de serem vistos pelos homens, como feitores de boas obras, para receberem
adiantado, glória e galardões humanos.
Uma vez identificado os insinceros autores da pergunta, seria bastante favorável, examinar qual era o
objetivo da indagação, o texto sagrado não deixa dúvidas, – para “experimentar”, ao Senhor Jesus
Cristo, é que estas ferinas palavras, foram proferidas.
Esta é uma informação muito valiosa, – queriam desacreditá-lo, questioná-lo deslealmente, diante do
público ouvinte, talvez para levar o salvador à cruz mais rapidamente.
Também os discípulos do rabino Shamai, poderiam estar presentes, estes por sua vez, pregavam que,
somente por relações sexuais ilícitas, ficava permitido o repúdio às mulheres, e que tais também podiam
recasar-se.
A armadilha que estava armada diante do Senhor Jesus Cristo era, se ele se declarar partidário a Hilel,
com certeza colocaremos todos os de Shamai contra ele, e assim teremos um bom motivo para criarmos
uma revolução; por outro lado, se houver defesa aos ensinos de Shamai, um tanto melhor, pois, o grupo
de Hilel, teria maior número de seguidores, haja visto serem mais liberais e dados ao pecado.
Desta feita, dispararam: “É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?”.
Não pode passar despercebido, que o machismo permeava o pensamento dos fariseus, dos discípulos, e
da quase totalidade dos homens, quando pretendiam que, sempre o marido, deveria ser o autor do
divórcio, vendo desta forma a mulher, somente como um objeto, não como uma pessoa, entretanto
Deus não faz tal distinção, ambos são humanos, criados à semelhança moral de Deus, com direitos e
deveres iguais, ainda que possuam papéis diferentes dentro do lar cristão, para glorificarem a Deus.
O humanismo contido na traiçoeira e insincera indagação é: Podemos divorciar, ou não – o que o senhor
acha, o divórcio faz parte do casamento? (paráfrase minha).
Pode haver separação, entre marido e mulher, havendo incompatibilidade de gênero, havendo choques
de personalidade e de pensamentos, pode ocorrer a dissolução do matrimônio, havendo impureza,
pecados sexuais?
“(Jesus) Então, respondeu...: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e
que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma
só carne?”. Mt. 19:04, 05.
Várias preciosidades estão contidas nas palavras do Senhor Jesus Cristo, nestes dois versos; em
primeira instância ele reporta-se ao Éden, para expor a correta doutrina relativa ao casamento, ali com
certeza, estava tudo o que é mais verdadeiro, puro e sublime, em todos os relacionamentos humanos,
porquanto toda a criação, e todo propósito de Deus era originalmente bom.
Percebe-se até aqui, e em seguida, que havia um claro debate, os fariseus investigando, instigando e se
opondo de um lado, e Senhor Jesus Cristo de outro, combatendo as heresias proferidas.
Primariamente o Senhor Jesus Cristo responde a pergunta, com outra indagação, (isto nos lembra a
resposta dada quando se referiram com que autoridade, Cristo agia em Mt. 21:25., na questão sobre o
batismo de João): Por que me questionam a respeito deste assunto? Porventura não sabem o que Deus
pensa sobre isto, desde a criação? (paráfrase minha)”.
Notemos que, para entender sobre a benção do casamento, a maldição da separação, e o pecado do
recasamento, temos que saber: 1- o que é o original, 2- como foi idealizado? 3- Como era desde o
princípio?
Não o ensino falso, paralelo, não a imitação, não o que o a doutrina mundana prega, não o que entende
pratica e ensina, os pregadores liberais, sobre este e vários outros temas, – o modernismo dos dias
atuais, tem questionado e dito exatamente o contrário do que as Escrituras ensinam.
O que criou Deus, desde o princípio? O que era a instituição casamento, originalmente criada?
De início, a Bíblia deixa claro a instrução que casamento, só pode existir no modo heterossexual, um
homem e uma mulher, “... se unirá à uma mulher...” – onde pois, o homossexualismo, ou o
bissexualismo?
Não exclusivamente no campo físico, mas também no imaterial, a mulher e o homem, foram feitos para
se completarem mutuamente, desta forma, o homem é incompleto sem uma esposa, e esta incompleta,
sem um marido.
Outra fonte de verdade, expressa é: “... Por esta causa deixará...”. Mt 19:05a.
De que causa, o Senhor está se referindo? A causa do casamento, aqui temos o por quê, o motivo, a
razão de ter Deus feito Adão e Eva, e não Adão e Adão, ou Eva e Eva! “qual o motivo que determina a
existência do homem e da mulher, qual a razão de suas origens? – É o princípio do casamento, o
homem existe juntamente com a mulher, para se casarem, constituírem famílias e desta forma,
glorificarem a Deus!”.
Unir-se, tem o mesmo sentido de se colar duas folhas de papel uma à outra, o que fará, desta forma,
que passe a existir, uma nova folha, somente uma, isto é o que significa a unidade no casamento, não
união, porém, unidade.
Assim sendo, no casamento não existe um homem separado de uma mulher, e nem uma mulher
separada de um homem, porém algo intrínseco, fundido um ao outro, tendo a mesma mente, o mesmo
objetivo, mesmo plano, mesmo alvo, a mesma causa para defender, o mesmo Deus para adorar,
também no casamento não existe, a errônea idéia do ajuntar-se, assim como não existe duas vidas
separadas, não existe duas vidas juntadas, no matrimônio há uma só carne, um só corpo.
O casamento é algo tão puro, íntimo, inerente, que não existe palavras humanas para definí-lo, somente
Deus poderia dar o verdadeiro conceito bíblico, um homem unido à sua mulher, pelos laços do
matrimônio – plano lindo, sábio o bastante, algo característico da perfeição divina.
Outra verdade deve ser destacada, a palavra união aqui, difere da comumente usada, pois, aqui tem o
sentido de unidade, assim como o Pai, o Filho e o Espírito são um, personalidades distintas, contudo,
tendo a mesma essência. (Exemplo de unidade. – Jo. 17:21-23).
Conversando com um homem que recentemente havia perdido sua esposa, ele descreveu que quando a
perdeu, não havia palavras para expressar o que estava sentindo: – “é como se tivesse perdido um
órgão, uma parte de meu próprio corpo” – dizia ele.
Este natural sentimento, tem suas raízes no princípio do casamento, uma só carne equivale dizer um só
corpo, está explicado o indizível sentimento de tal viúvo.
Voltando novamente nossas mentes para o debate travado pelos hipócritas fariseus, o Senhor Jesus
Cristo, lembra-lhes as palavras de Deus, proferidas por Moisés: (pela causa do casamento): “deixará o
homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Gn. 02:24.
Por que me questionam em um assunto que está bastante claro, desde o princípio da criação de meu
Pai? (paráfrase minha).
Como poderia alguém divorciar-se dos membros de seu próprio corpo? Eu não consigo entender tal
loucura!
Este foi o PRIMEIRO NÃO, O DIVÓRCIO NÃO PODE OCORRER, POIS, CONTRARIA O PRINCÍPIO
NATURAL, DA UNIDADE DO CORPO, NA CRIAÇÃO DE DEUS, o marido não pode divorciar-se de sua
esposa, do mesmo modo que a esposa não pode se divorciar do marido, assim como não podem ficar
sem seus corações, fígados, rins, estômagos, pulmões, e outros órgãos vitais à vida. Eu não quero ficar
sem os meus, você quer?
Como me divorciarei de meus braços, eles me são bastante úteis no meu viver, como divorciar-me de
minhas pernas, de meu pescoço, de meus pés?
Para os defensores do divórcio, seja por qualquer motivo ou não, saibam que irão pecar contra Deus, e
perderão a metade de seu corpo!
Assim sendo, ó fariseus, o homem não pode divorciar-se, nem sob a ótica de Shamai, muito menos pela
de Hilel, agora sabem de que partido sou? Do partido do criador, que fez o casamento indissolúvel!
(paráfrase minha).
“... De modo que já não são mais dois, porém uma só carne...” Mt. 19:06a.
Como pode haver divórcio em uma só carne? Em um só corpo? Talvez existam estas palavras nas
entrelinhas do texto!
“... Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” Mt. 19:06a.
O SEGUNDO NÃO ao divórcio é muito claro aqui, ele é solidificado na seguinte doutrina: O QUE DEUS
AJUNTOU, ATRAVÉS DO CASAMENTO, o homem não pode separar, através do pecado do divórcio.
Em outras palavras, o homem não pode desfazer, aquilo que Deus fez, o homem não pode invalidar,
aquilo que Deus validou, o homem não pode contradizer, aquilo que Deus disse, o pecador não pode
abençoar, aquilo que Deus amaldiçoou, e nesse assunto, também valem as inspiradas palavras do
apóstolo ao gentios: “... Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se
cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus,...” Rm. 03:19.
“... Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar?” Mt. 19:07a.
“Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio?”. Mt. 19:08b “... Moisés vos permitiu repudiar
vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio.”. Mt 19:08.
A concessão do divórcio “por causa da dureza do coração” Mt 19:08. (pecado), nos dias de Moisés, seria
algo semelhante, com Deus estar colocando ordem na crescente desordem reinante até então.
Israel havia estado 430 anos escravizado no Egito, que é a expressão mais clara de mundo, que
encontramos na Bíblia, lá era comum as maiores barbáries possíveis, inclusive a do divórcio, desta
forma foi “permitido, regulamentado” a separação entre os cônjuges, da mesma forma que foi
“permitido, regulamentado” a escravidão entre irmãos, a compra e venda de seres humanos. Ex. 21:07.
Deus queria limitar o pecado do divórcio, assim como o da escravatura, e o mercado de seres humanos.
De modo geral, Deus faz esta limitação, com o pecado sob todos os aspectos, esta é uma das razões da
lei moral, “limitar/regulamentar os pecados dos homens”.
Como dizer isto em outras palavras? Por causa da vossa natureza má, por causa do endurecimento de
vossos corações, da dura cerviz, por causa da consciência impura e cauterizada, quanto às verdades que
sabem desde o princípio, é que Moisés permitiu tal coisa, por causa da vossa insistência, a obstinação no
pecado, por saberem desde o princípio o que é certo e o que é errado à luz da palavra revelada de Deus
(ética bíblica), por isso, é que Moisés tolerou, – esquecendo-se de tudo, não se esqueça deste jogo de
palavras “dureza de coração, obstinação”.
Isto é errado, que fique bem claro, porém se quer seguir o capricho, a aversão ao mandamento bíblico,
que se divorcie, que compre e venda escravos, que desobedeça todos os princípios elementares da fé
em Deus, pois, assim ficará patente a completa derrota e injustiça! (paráfrase minha).
Isto exemplifica a dureza do coração do homem, não somente no que diz respeito à prática do pecado
do divórcio, mais todos os outros pecados, os quais os homens mortos estão andando, sabem o que é
correto e por conseguinte, sabem o que é errado, entretanto desafiam a Deus, “quero ver o que Deus
vai fazer comigo agora”.
Deus entregou os pecadores às paixões, para desonrarem não somente a si mesmos, mas também ao
próprio Deus. “... Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio
coração, para desonrarem o seu corpo entre si;...” Rm. 01:24.
Por isso o quê? Por causa da dureza do coração. O TERCEIRO NÃO, quanto ao divórcio, está implícito
em: AQUELES QUE PROFESSAM CONHECER A DEUS, NÃO PODEM TER CORAÇÕES ENDURECIDOS,
dureza de coração, é pecado, e o pecado do divórcio, é fruto do pecado do coração endurecido, tanto do
lado que vive a fazer guerras, na deslealdade, na infidelidade dentro do casamento, quanto do lado que
não perdoa, do lado do que não é flexível, do lado do que não deixa barato, e que não leva desaforo pra
casa!
Coração duro é não perceber a multiforme face, das situações da vida a dois, não compreender que, a
pessoa com que se casou, é uma pecadora igual a ele próprio, não entender ou não querer entender
que, onde há um homem e uma mulher vivendo a vida comum do lar, poderá haver um problema ou
outro que deve ser resolvido entre as quatro paredes do lar, local onde Cristo deve viver, e ser aquele
que tem as rédeas da vida dos salvos, coração duro, é não tomar conhecimento das verdades sublimes
de Deus. “errais, não conhecendo as Escrituras...” Mt. 22:29.