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Escola Secundária de Ermesinde

Resumo teórico – FUNÇÕES

11.º Ano; Matemática A 2010/2011

a
Funções do tipo y = b + .
x −c

5x + 1 6x + 7
f (x ) = g (x ) =
x +3 3x − 2

D f = {x ∈ ℝ : x + 3 ≠ 0} = ℝ \ {−3} 2 
Dg = {x ∈ ℝ : 3x − 2 ≠ 0} = ℝ \  


1 3
• Zeros de f : −
5 7
• Zeros de g : −
1 6
f ( x ) = 0 ⇔ 5x + 1 = 0 ⇔ x = − .
7
5 g ( x ) = 0 ⇔ 6x + 7 = 0 ⇔ x = − .
6
 1 
• Ponto de intersecção com o eixo Ox :  − , 0  .
 5   7 
• Ponto de intersecção com o eixo Ox :  − , 0  .
 1  6 
• (
Ponto de intersecção com o eixo Oy : 0, f ( 0 ) =  0,) 
 3  7
5x + 1 14 • ( )
Ponto de intersecção com o eixo Oy : 0, g ( 0 ) =  0, − 
• f (x ) = =5− c.a.  2
x +3 x +3 11
5x + 1 x +3 11 11
−5x −15 5 • g (x ) = 2 + =2+ =2+ 3 c.a.
3x − 2  2 2
− 14 3x −  x−
 3  3
6x + 7 3x − 2
−6x +4 2
11
Equação da assimptota vertical: x = −3 . 2
• • Equação da assimptota vertical: x = .
3
• Equação da assimptota horizontal: y = 5 • Equação da assimptota horizontal: y = 2

lim f ( x ) = 5− ; lim f ( x ) = 5+ lim f ( x ) = 2+ ; lim f ( x ) = 2−


x →+∞ x →−∞ x →+∞ x →−∞

lim f ( x ) = −∞ ; lim f ( x ) = +∞ lim+ f ( x ) = +∞ ; lim− f ( x ) = −∞


x →−3+ x →−3− 2 2
x→ x→
3 3

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Igualdade de funções:
• Duas funções f e g são iguais ( f = g ) se e só se têm o mesmo domínio e f ( x ) = g ( x )

Exemplos:

x 3 + 3x x2 − 4
f ( x ) = x e g (x ) = . f ( x ) = x + 2 e g (x ) = .
x2 + 3 x −2
Df = ℝ Df = ℝ

  Dg = {x ∈ ℝ : x − 2 ≠ 0} = ℝ \ {2}
Dg = x ∈ ℝ : x2+ 3 ≠0 = ℝ
 Cond. Universal 

g (x ) = =
2
(
x 3 + 3x x x + 3 )
= x = f (x ) .
D f ≠ Dg , pelo que as funções f e g não são iguais,

x2 + 3 x2 + 3 embora se tenha f ( x ) = g ( x ) , pois,

Como D f = Dg e f ( x ) = g ( x ) , as funções f e g são x 2 − 4 ( x − 2 )( x + 2 )


g (x ) = = = x +2
iguais x −2 x −2

Soma de funções:
D f + g = Df ∩ Dg e ( f + g )( x ) = f ( x ) + g ( x )
Exemplo:
5x − 1
• Considera as funções f e g , de domínios ℝ \ {4} e ℝ \ {−4, 4} , respectivamente, definidas por f ( x ) = e
x −4
−3x − 12
g (x ) = .
x 2 − 16
D f + g = Df ∩ Dg = ℝ \ {−4, 4}
Tem-se que: c.a.

( f + g )( x ) = f ( x ) + g (x ) = 5x 2 + 16x − 16 = 0 ⇔
5x − 1 −3x − 12 −16 ± 256 + 320
= + 2 = ⇔x = ⇔
x − 4 (x + 4 ) x − 16 10
5x 2 + 20x − x − 4 − 3x − 12 −16 ± 24
= = ⇔x = ⇔
( x − 4 )( x + 4 ) 10
−16 − 24 −16 + 24
5x 2 + 16x − 16 ⇔x = ∨x = ⇔
= = 10 10
(x − 4 )(x + 4 ) 4
⇔ x = −4 ∨ x =
( 5x − 4 ) ( x + 4 ) 5
= =
(x − 4 ) ( x + 4 )  4
5x 2 + 16x − 16 = 5  x −  ( x + 4 ) = ( 5x − 4 )( x + 4 )
 5
5x − 4
=
x −4
Diferença de funções:
D f −g = Df ∩ Dg e ( f − g )( x ) = f ( x ) − g ( x )

Exemplo:
2x + 1
• Considera as funções f e g , de domínios ℝ \ {0} e ℝ , respectivamente, definidas por f ( x ) = e
x
g ( x ) = −x + 4 .

D f −g = Df ∩ Dg = ℝ \ {0}
Tem-se que:

2x + 1 2x + 1 2x + 1 + x 2 − 4x x 2 − 2x + 1
( f − g )(x ) = f ( x ) − g ( x ) = − ( −x + 4 ) = +x −4 = =
x x x x

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Produto de funções:
D f ×g = D f ∩ Dg e ( f × g )( x ) = f ( x ) × g ( x )

Exemplo:

x 2 − 5x + 6
• Considera as funções f e g , de domínios ℝ \ {−1} e ℝ \ {3} , respectivamente, definidas por f ( x ) = e
x +1
x2 −1
g (x ) = .
3 −x
D f −g = Df ∩ Dg = ℝ \ {−1, 3}
Tem-se que: c.a.

x 2 − 5x + 6 x 2 − 1 (
x − 5x + 6 x − 1
2
)( 2
) x 2 − 5x + 6 = 0 ⇔
( f × g )( x ) = f ( x ) × g (x ) = × = =
x +1 3 −x (x + 1)( 3 − x ) ⇔x =
5 ± 25 − 24
⇔x =
5 ±1

( x − 3 ) (x − 2 )( x − 1) (x + 1) ( x − 2 )(x − 1) x 2 − x − 2x + 2
2 2
= = = = 5 −1 5 +1
⇔x = ∨x = ⇔x =2∨x =3
( x + 1)  − (x − 3 )  −1 −1
2 2
x 2 − 3x + 2 x 2 − 5x + 6 = ( x − 3 )( x − 2 )
= = −x 2 + 3x − 2
−1
Quociente de funções:

f  f (x )
D f = Df ∩ Dg ∩ {x ∈ ℝ : g ( x ) ≠ 0} e   ( x ) =
g g  g (x )

Exemplo:
x +2
• Considera as funções f e g , de domínios ℝ \ {1} e ℝ \ {1} , respectivamente, definidas por f ( x ) = e
x − 2x + 1
2

x2 − 4
g (x ) = .
1−x

{ }
D f = Df ∩ Dg ∩ {x ∈ ℝ : g ( x ) ≠ 0} = ℝ \ {1} ∩ x ∈ ℝ : x 2 − 4 ≠ 0 = ℝ \ {1} ∩ ℝ \ {−2, 2} = ℝ \ {−2, 1, 2}
g

Tem-se que:
x +2
f  f ( x ) x 2 − 2x + 1 (x + 2 )(1 − x ) − (x + 2) x − 1 (−1 ) 1
  (x ) = = = 2 = = =− 2
 
g g ( x ) x 2
− 4 (
x − 2x + 1 x − 4
2
)( 2
)
( x − 1) ( x − 2 ) ( x + 2 ) ( x − 1 )( x − 2 ) x − 3x +2
1−x

Composição de funções:

D f g = Dg ∩ {x ∈ ℝ : g ( x ) ∈ Df } e ( f  g )( x ) = f ( g ( x ) )

Exemplo:
2x
• Considera as funções f e g , de domínios ℝ \ {−3} e ℝ \ {4} , respectivamente, definidas por f ( x ) = e
x +3
1
g (x ) = − .
x −4
  c.a.
D f g = Dg ∩ {x ∈ ℝ : g ( x ) ∈ Df } = ℝ \ {4} ∩ x ∈ ℝ : −
1
≠ −3  =
 x +4  1 1
− ≠ −3 ⇔ ≠3⇔
= ℝ \ {−1, 4} x +4 x +4
⇔ 3x + 4 ≠ 1 ∧ x ≠ 4 ⇔ x ≠ −1 ∧ x ≠ 4
Tem-se que:
x +2
f  f ( x ) x 2 − 2x + 1 (x + 2 )(1 − x ) − (x + 2) x − 1 ( −1 ) 1
  (x ) = = = 2 = = =− 2
 
g g ( x ) x 2
− 4 (
x − 2x + 1 x − 4
2
)( 2
)
( x − 1) ( x − 2 ) ( x + 2 ) ( x − 1 )( x − 2 ) x − 3x +2
1−x

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Resolução de equações racionais:

N (x )
As soluções de = 0 são os zeros de N ( x ) , desde que pertençam ao domínio da expressão.
D (x )
Exemplos:
x +3 x +3 x +3+x −2 2x + 1 1
• = −1 ⇔ + 1 =0⇔ =0⇔ = 0 ⇔ 2x + 1 = 0 ∧ x − 2 ≠ 0 ⇔ x = ∧ x ≠2⇔
x −2 x − 2 (x − 2) x −2 x −2 2
1 1 
⇔x = C.S. =  
2 2 

x +2 x x +2 x x + 2 − x 2 − 2x + x 2 −x + 2
• + =1⇔ − − 1 =0⇔ =0⇔ =0⇔
2x − x 2 x − 2 2x − x 2 2 − x (x ) ( 2x − x )
2 x (2 − x ) x (2 − x )

⇔ −x + 2 = 0 ∧ x ( 2 − x ) ≠ 0 ⇔ x = 2 ∧ x ≠ 0 ∧ x ≠ 2 Equação impossível


Resolução de inequações racionais:


N (x )
Uma inequação racional resolve-se passando à forma < 0 ( ou <, ou >, ou ≥ ) e elaborando um quadro de sinal do
D (x )
numerador e do denominador, começando por determinar os zeros de cada um deles.

Exemplos:
x x +1 x x +1 c.a.
• ≥ ⇔ − ≥0⇔
x + 12 20 x + 12 (20 ) 20 (x +12) −7 ± 49 − 48 −7 ± 1
• −x 2 + 7x − 12 = 0 ⇔ x = ⇔x = ⇔
20x − x − 12x − x − 12
2
−x + 7x − 12 2 −2 −2
⇔ ≥0⇔ ≥0
20 ( x + 12 ) 20 ( x + 12 ) −7 + 1 −7 − 1
⇔x = ∨ x= ⇔x =3 ∨ x =4
−2 −2
• 20 ( x + 12 ) = 0 ⇔ x = −12
Quadro de sinal:
x −∞ −12 3 4 +∞
−x + 7x − 12
2
− − − 0 + 0 −
20 ( x + 12 ) − 0 + + + + +
Q (x ) + ND − 0 + 0 −
C.S. = ]−∞, − 12[ ∪ [ 3, 4 ]

• Na figura está representada, em referencial o.n. xOy , parte do gráfico de uma função f , bem como

as duas assimptotas deste gráfico.


Tal como a figura sugere:

• o ponto de coordenadas ( 5, 0 ) pertence ao gráfico de f

• as rectas de equação x = 3 e y = −4 são assimptotas do gráfico de f .

Seja g a função, de domínio ℝ , definida por g ( x ) = −x − 6 .

Tendo em conta o gráfico de f e a expressão analítica de g , resolver a inequação f ( x ) × g ( x ) < 0

Quadro de sinal:
x −∞ −6 3 5 +∞
f (x ) − − − ND + 0 −
g (x ) + 0 − − − − −
f ( x ) × g (x ) − 0 + ND − 0 +
C.S. = ]−∞, − 6[ ∪ ]3, 5[

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Assimptotas de algumas funções:

4
Considera a função g , de domínio, ℝ \ {−1} , definida por g ( x ) = −2 + .
x +1
Equações das assimptotas do gráfico de:

 g → x = −1 e y = −2

 h , sendo h definida por h ( x ) = g ( x + 3 )

Ora, o gráfico de h é obtido através de um deslocamento horizontal de 3 unidades do gráfico de g , isto é, é obtido a

partir do gráfico de g por uma translação associada ao vector ( −3, 0 ) .

−3
 
As equações das assimptotas do gráfico de h são x = −4  x = −1 → x = −4  e y = 1 .
 

 i , sendo i definida por i ( x ) = g ( x − 1) + 3

O gráfico de i é obtido a partir do gráfico de g por uma translação associada ao vector (1, 0 ) seguida de uma translação

associada ao vector ( 0, 3 ) .

+1 +3
   
As equações das assimptotas do gráfico de i são x = 0  x = −1 → x = 0  e y = 1  y = −2 → y = 1  .
   

 j , sendo j definida por j ( x ) = −g ( x ) − 3 .

O gráfico de j é obtido a partir do gráfico de g por uma simetria axial de eixo Ox seguida de uma translação associada

ao vector ( 0, − 3 ) .

− −3
 
As equações das assimptotas do gráfico de j são x = −1 e y = −1  y = −2 → y = 2 → y = −1  .
 

 k , sendo k definida por k ( x ) = g ( −x ) + 1 .

O gráfico de k é obtido a partir do gráfico de g por uma simetria axial de eixo Oy seguida de uma translação associada

ao vector ( 0,1) .

− +1
   
As equações das assimptotas do gráfico de k são x = 1  x = −1 → x = 1  e y = −1  y = −2 → y = −1  .
   

 l , sendo l definida por l ( x ) = −g ( x − 5 ) + 6 .

O gráfico de l é obtido a partir do gráfico de g por uma translação associada ao vector ( 5, 0 ) seguida de uma simetria

axial de eixo Ox e, por último, por uma translação associada ao vector ( 0, 6 ) .

+5 − +6
   
As equações das assimptotas do gráfico de l são x = 1  x = −1 → x = 4 → x = −4  e y = 4  y = −2 → y = 4  .
   

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Taxa média de variação
f (b ) − f (a )
Dada uma função f , a taxa média de variação no intervalo [a, b ] (a < b ) é dada por: tmv[a , b ] = , ou seja, é igual
b −a
(
ao declive da recta definida pelos pontos de coordenadas a , f (a ) e b, f (b ) . ) ( )

A taxa média de variação num intervalo mede a forma como a função varia entre os extremos desse intervalo:
• se for positiva, significa que a função cresce ao passar de um extremo do intervalo para o outro, embora a
função possa não ser sempre crescente.

• se for negativa, significa que a função decresce ao passar de um extremo do intervalo para o outro, embora
a função possa não ser sempre decrescente.

• se for nula, é porque são iguais os valores da função nos extremos do intervalo, mas nada ficamos a saber
do que acontece entre eles.

Taxa de variação ou derivada num ponto

Dada uma função f e a um ponto do seu domínio, a derivada de f no ponto de abcissa a á dada por:

f (a + h ) − f (a )
lim
h →0 h

Nota: Quando temos uma função tempo/distância, a derivada dá-nos a velocidade.

DERIVADA

• Função afim: f ( x ) = mx + b ⇒ f ' ( x ) = m

A derivada de uma função afim é uma função constante.


A derivada de uma função constante é 0 .

1
Determinar, pela definição, f '   sendo f ( x ) = −5x + 1
3
1  1 c.a.
f  +h− f  
 
f '   = lim   3 = 1  1 
1 3 5 2
f  + h  = −5  + h  + 1 = − − 5h + 1 = −5h −
 3  h →0 h  3   3  3 3
2  2
−5h − −−  1 1 2
3  3 −5h f   = −5 × + 1 = −
= lim = lim = −5 3 3 3
h →0 h h → 0 h

Exemplos: ( −2x + 3 ) ' = −2 ; (x ) ' = 1 ; ( −5 ) ' = 0


Graficamente:

Tem-se que f ' ( x ) = 2 , pois o declive da recta, gráfico Tem-se que g ' ( x ) = −1 , pois o declive da recta, gráfico de

de f , é 2 . g , é −1 .

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• Função quadrática: g ( x ) = ax 2 + bx + c ⇒ g ' ( x ) = 2ax + b

A derivada de uma função quadrática é uma função afim.

Determinar, pela definição, g ' ( −2 ) sendo g ( x ) = −3x − 5x + 1


2

g ( −2 + h ) − g ( −2 ) −3h 2 + 7h − 1 − ( −1) c.a. g ( −2 + h ) = −3 ( −2 + h ) − 5 ( −2 + h ) + 1 =


2

g ' ( −2 ) = lim = lim =


h →0 h h →0 h
−3h + 7h 2
h ( −3h + 7 ) ( )
= −3 4 − 4h + h 2 + 10 − 5h + 1 =
= lim = lim =
h →0 h h → 0 h = −3h + 7h − 1 2

= lim ( −3h + 7 ) = 7
g ( −2 ) = −3 ( −2 ) − 5 ( −2 ) + 1 =
2
h →0

= −1
Graficamente: Se o gráfico da função é uma a parábola:
• com concavidade voltada para cima, o gráfico da sua
derivada é uma recta com declive positivo.
• com concavidade voltada para baixo, o gráfico da sua
derivada é uma recta com declive negativo.

'

(
Exemplos: −2x + 3x − 1 ' = −4x + 3 ;
2
)
 x2  2
 − 5 = x ;
 3  3
( )
5x 2 + 7x ' = 2 5x + 7

• Função cúbica: h ( x ) = ax 3 + bx 2 + cx + d ⇒ h ' ( x ) = 3ax 2 + 2bx + c

A derivada de uma função cúbica é uma função quadrática.


'
 x3 
( 3 2
)
Exemplos: 5x + 3x − x + 1 ' = 15x + 6x − 1 ;  − 5x  = x 2 − 5 ;
2
( 5x 3
)
+ 7x ' = 15x 2 + 7
 3 

• Função racional:
a a a ab
f (x ) = → f ' (x ) = − 2 . f (x ) = → f ' (x ) = − .
bx + c (bx + c )
2
x x
' ' ' '
2 2  −3  6  2x   2  2 2
Exemplos:   = − 2 ;  2x + 1  = ,  x + 1  = 2 − x + 1  = 0 + =
 ( 2x + 1) ( x + 1) ( x + 1)
2 2 2
x  x     
x
Determinar, pela definição i ' (1) , sendo i ( x ) =
2x + 1
h 1+h 1+h 1 1
c.a. i (1 + h ) = = ; i ( 1) = =
i (1 + h ) − i (1) 3 ( 2h + 3 ) 2 (1 + h ) + 1 2h + 3 2×1 + 1 3
i ' (1) = lim = lim =
h →0 h h →0 h
1+h 1 3 + 3h − 2h − 3 h
h 1 1 i ( 1 + h ) − i ( 1) = − = =
= lim
h → 0 3h ( 2h + 3 )
= lim
h → 0 3 ( 2h + 3 )
= 2h + 3 ( 3) 3 (2h + 3) 3 ( 2h + 3 ) 3 ( 2h + 3 )
9

Função módulo
 −1 se x < 0
f ( x ) = x → f ' (x ) =  .
 1 se x > 0

Não existe derivada no ponto de abcissa 0 (porque o ponto de coordenadas ( 0, 0 ) é um ponto “em bico”).

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Recta tangente

( )
A recta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa a é a recta que passa no ponto a , f (a ) e tem como declive f ' (a ) .

A equação reduzida da recta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa a é da forma y = f ' (a ) x + b .

Exemplos:
• É dada abcissa do ponto de tangência

Considera a função f definida por f ( x ) = 3x − 3x − 1 . Determinar recta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa −2 .
2

A recta r tem declive mr = f ' ( −2 ) e passa no ponto P −2, f ( −2 ) .( )


Ora, f ( −2 ) = 3 × ( −2 ) − 3 × ( −2 ) − 1 = 17 , logo, P tem coordenadas ( −2, 17 )
2

Como f ' ( x ) = 6x − 3 , tem-se que f ' ( −2 ) = 6 ( −2 ) − 3 = −15 .

Logo, a equação da recta r é da forma y = −15x + b , como P ∈ r , tem-se 17 = −15 × ( −2 ) + b , ou seja, b = −13 .

Portanto, a equação reduzida da recta r é y = −15x − 13 .

• É dada a ordenada do ponto de tangência

2
Considera a função g definida por g ( x ) = 3 + . Determinar recta tangente ao gráfico de g no ponto de ordenada 5 .
x
Para descobrirmos a abcissa do ponto de tangência precisamos resolver a equação g ( x ) = 5

2 2 −2x + 2
Tem-se que, 3 + = 5 ⇔ −2 + = 0 ⇔ = 0 ⇔ −2x + 2 = 0 ∧ x ≠ 0 ⇔ x = 1 .
a x x
Logo, o ponto de coordenadas (1, 5 ) é um ponto da recta tangente e g ' (1) o seu declive.

'
 2 2
Ora, g ' ( x ) =  3 +  = − 2 , pelo que g ' (1) = −2
 x x

Logo, a equação reduzida da recta é da forma y = −2x + b . Como o ponto (1, 5 ) pertence à recta vem que:

5 = −2 × 1 + b ⇔ b = 7 .
Portanto, a equação reduzida da recta tangente ao gráfico de g no ponto de ordenada 5 é y = −2x + 7 .

• É dado o declive da recta tangente

x3
Considera a função h definida por h ( x ) = + 2x 2 . Determinar os pontos do gráfico de h em que a recta tangente é
2
3
paralela à recta de equação y = x −1.
2
3
Para descobrirmos a abcissa do ponto de tangência precisamos resolver a equação h ' ( x ) = .
2
'
x3  3 3 3 3
Ora, h ' ( x ) =  + 2x 2  = x 2 + 4x , pelo que, h ' ( x ) = ⇔ x 2 + 4x = ⇔ 3x 2 + 8x − 3 = 0 ⇔
 2  2 2 2 2

−8 ± 82 − 4 × 3 × ( −3 ) 1
⇔x = ⇔ x = −3 ∨ x = .
2×3 3
3
Existem dois pontos do gráfico de h em que a recta tangente é paralela à recta de equação y = x − 1 , os pontos de
2
 9   1  1    1 13 
(
coordenadas −3, h ( 3 ) =  −3, )  e  , h   =  , .
2   3  3    3 54 

Se pedisse a equação da recta tangente bastava proceder como no exemplo “dada abcissa do ponto de tangência”.

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Derivada e monotonia

• Se uma função tem derivada positiva em todos os pontos de um intervalo é estritamente crescente nesse intervalo.

• Se uma função tem derivada negativa em todos os pontos de um intervalo é estritamente decrescente nesse intervalo.

• Se uma função tem derivada nula em todos os pontos de um intervalo é constante nesse intervalo.

Exemplos:
• Considera a função f ' , derivada de f , representada graficamente.

A função f é decrescente nos intervalos ]−∞, − 2] e [ 3, + ∞[ , pois nestes

intervalos f ' é menor ou igual a zero.

A função f é crescente no intervalo [ −2, 3] pois neste intervalo f ' é maior ou igual

a zero.

1
• Seja g uma função de domínio ℝ e tal que g ' ( x ) = − . Estudar a monotonia de g .
x +1
2

Como g ' ( x ) é sempre negativa (pois, x 2 + 1 > 0 ), tem-se que g é decrescente em ℝ .

• Na figura ao lado está representada, em referencial o.n. xOy , parte do gráfico h ,


função polinomial do 2.º grau.

Resolver a condição h ( x ) . h ' ( x ) ≥ 0

x −∞ −2 0 2 +∞
h (x ) − 0 + + + 0 −
h ' (x ) + + + 0 − − −
h (x ) . h ' (x ) − 0 + 0 − 0 +

C .S . = [ −2, 0] ∪ [2, + ∞[

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Extremos relativos
No referencial está representada uma função f de domínio [x 0 , x 5 ] .

Localização de máximos relativos Localização de mínimos relativos

• Se a derivada se anula passando de + para − . Na figura, • Se a derivada se anula passando de − para + . Na figura,

f ( x 4 ) é máximo relativo f ( x 1 ) e f ( x 3 ) são mínimos relativos.

• Se não há derivada num ponto e o sinal das derivadas • Se não há derivada num ponto e o sinal das derivadas
laterais se anula passando de + para − . Na figura, laterais se anula passando de − para + .

f ( x 2 ) é máximo relativo. • Se a derivada à direita do menor valor do domínio é


positiva.
• Se a derivada à direita do menor valor do domínio é
negativa. Na figura f ( x 0 ) é máximo relativo.
• Se a derivada à esquerda do maior valor do domínio é

negativa. Na figura f ( x 5 ) é mínimo relativo.


• Se a derivada à esquerda do maior valor do domínio é
positiva.

• Se uma dada função estiver definida num intervalo aberto, ]x 0 , x 1 [ não há máximos nem mínimos relativos, nos extremos

do intervalo.

Exemplos:
• Determinar os intervalos de monotonia e o os extremos relativos do gráfico de f , sendo f a função de domínio ℝ

definida por f ( x ) = x − 3x + 1 .
3 2

(
Determinar a expressão derivada de f : f ' ( x ) = x − 3x + 1 = 3x − 6x )
3 2 ' 2

Determinar os zeros da derivada: f ' ( x ) = 0 ⇔ 3x − 6x = 0 ⇔ x ( 3x − 6 ) = 0 ⇔ x = 0 ∨ x = 2


2

→ Construir um quadro de sinal de f ' e de variação de f :

x −∞ 0 2 +∞
f' + 0 − 0 +
f ր Max. ց Min. ր
→ Indicar intervalos de monotonia e extremos:

f é crescente no intervalo ]−∞, 0] e no intervalo [2, + ∞[ .

f é decrescente no intervalo [ 0, 2]

f tem um máximo relativo, f ( 0 ) = 1 e tem um mínimo relativo, f ( 2 ) = −3 .

Resumo Funções Manuela Soares Página 10/13


• Na figura ao lado está representado o gráfico g ' .
Determinar os intervalos de monotonia e o os extremos relativos do gráfico de g .

5 9
x − −2 3
2 2
g' 0 − 0 + 0 + nd
g Máx. ց Min. ր

 5 
g é decrescente no intervalo  − , − 2 
 2 
 9
g é crescente no intervalo  −2,  .
 2
 5
g tem um máximo relativo , g  −  e tem um mínimo relativo , g ( −2 ) .
 2

• Na figura está representado o gráfico da função i .

Resolver a condição i ( x + 1) . i ' ( x ) < 0

x −∞ −2 −1 0 1 +∞
i ( x + 1) − − − 0 + + + + +
i ' (x ) 0 nd + + + + + nd 0
i ( x + 1) . i ' ( x ) 0 nd − 0 + 0 + nd 0 C .S . = ]−2, − 1[

• Durante o ano de 2010 o preço de certa acção, na Bolsa, variou de acordo com a função

C ( x ) = x 3 − 15x 2 + 48x + 65 , C - euros x - meses, x ∈ [ 0, 12]


Qual foi a melhor altura para comprar e para vender acções?
Ora, a melhor opção é comprar ao preço mínimo e vender no preço máximo.

(
Tem-se que C ' ( x ) = x − 15x + 48x + 65 )
'
3 2
= 3x 2 − 30x + 48 .

30 ± 324
C ' ( x ) = 0 ⇔ 3x 2 − 30x + 48 = 0 ⇔ x = ⇔x =2 ∨ x =8
6
x 0 2 6 12
C' + + 0 − 0 + +
C Min. ր Máx. ց Min. ր Máx.

Mínimos: C ( 0 ) = 65 e C ( 6 ) = 29 Máximos: C (12 ) = 209 e C ( 2 ) = 109 .


Então, C ( 6 ) = 29 é mínimo absoluto e C (12 ) = 209 é máximo absoluto.
Portanto, a melhor opção teria sido comprar em Junho e vender em Dezembro.

• Na figura, um rectângulo está inscrito no triângulo rectângulo isósceles cujos catetos medem 20 cm .

Determinar as dimensões do rectângulo de área máxima

x CD
Tem-se que A = x × AD , = ⇔ CD = x e AD = 20 − x , x ∈ ]0, 20[ .
20 20

Logo, A ( x ) = x × ( 20 − x ) = 20x − x . Ora, A ' ( x ) = 20x − x


2
( )
2 '
= 20 − 2x , pelo que A ' ( x ) = 0 ⇔ x = 10

x 0 10 20 Para x = 10 tem-se que AD = 10 , pelo que a área é máxima

A' + 0 − quando o rectângulo é um quadrado de lado 10 .

A ր Máx. ց

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Função inversa (de uma função injectiva)
−1
A função inversa de uma função f representa-se por f .
−1
• Os gráficos de f e f são simétricos em relação à recta de equação y = x (bissectriz dos quadrantes ímpares).
Exemplos:

• f ( 0 ) = 1 → f −1 (1) = 0

• f ( −2 ) = −1 → f −1 ( −1) = −2

• f ( −2 ) = −1 → f −1 ( −1) = −2

• f ( 4 ) = 3 → f −1 ( 3 ) = 4

• (f −1
f ) (4) = f ( f (4)) = f (3) = 4
−1 −1

• (f −1
f ) (x ) = x
• Sabe-se que g é uma função ímpar e injectiva. Sendo g (1) = −2 , g ( −3 ) = 4 e g ( 2 ) = 0 , então podemos dizer que:

( )
g −1 ( 4 ) = −3 ; g −1 ( −4 ) = 3 porque sendo g é ímpar g ( 3 ) = −4 e g −1 g −1 ( 0 ) = g −1 ( 2 ) = −1 , porque g ( −1) = 2 .

Caracterizar, analiticamente, a função inversa de uma função (injectiva) f

• Determinar o domínio de f

• Resolver a equação f ( x ) = y , em ordem a x , sendo x um valor do domínio de f


−1
• Determinar o domínio de f

Função afim
3
Seja f ( x ) = 2x −
5
• Df = ℝ
3 3 1 3
• f ( x ) = y ⇔ 2x − = y ⇔ 2x = y − ⇔ x = y −
5 5 2 10

Substituímos a variável y por x , para representarmos a variável independente com a notação usual.

1 3
f −1 ( x ) = x − f −1 : ℝ → ℝ
2 10
1 3
• D f −1 = ℝ x → x−
2 10

Função racional
2 −x
Seja g ( x ) =
x
• Dg = ℝ \ {0}
2−x
• Seja x ≠ 0 , tem-se g ( x ) = y ⇔ = y ⇔ 2 − x = xy ⇔ 2 = xy + x ⇔
x
2
⇔ 2 = x ( y + 1) ⇔ x =
y +1
2
g −1 ( x ) =
x +1
• Dg −1 = ℝ \ {−1}

g −1 : ℝ \ {−1} → ℝ \ {0}
Tem-se então: 2
x →
x +1
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Funções irracionais
Funções que têm uma variável no radicando

Domínio de funções irracionais


2
Recorda que, por exemplo, e −5 não representam números reais.
0

Determinar o domínio das seguintes funções:


Função Domínio Cálculos auxiliares

f ( x ) = 1 − 5x  1 1
D f = {x ∈ ℝ :1 − 5x ≥ 0} =  −∞, 

1 − 5x ≥ 0 ⇔ −5x ≥ −1 ⇔ 5x ≤ 1 ⇔ x ≤
 5 5

• g (x ) = x − x + 3 Dg = {x ∈ ℝ : x ≥ 0 ∧ x + 3 ≥ 0} = [ 0, + ∞ [ x ≥0 ∧x +3≥ 0⇔
⇔ x ≥ 0 ∧ x ≥ −3

1−x  1−x  i 1−x = 0 ⇔ x = 1


• h (x ) = Dh = x ∈ ℝ : ≥ 0 ∧ 3x − 9 ≠ 0  = [1, 3 [
3x − 9  3x − 9  i 3x − 9 = 0 ⇔ x = 3

x −∞ 1 3 +∞
1−x + 0 − − −
3x − 9 − − − 0 +
Q (x ) − 0 + nd −

• i (x ) = 3 1 − x Di = ℝ

• j (x ) =
x { }
Dh = x ∈ ℝ : 3 x − 2 ≠ 0 = ℝ \ {2}
3
x −2 = 0 ⇔ x −2 = 0 ⇔ x = 2
3
x −2

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