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As sociedades arcaicas passaram por evolução social, política e jurídica bem avançada,
mas não tinham o domínio da escrita, as regras eram transmitidas oralmente.
Naquela época não havia um direito escrito, mas um conjunto de usos, práticas e
costumes, reiterados por um longo período de tempo e aceitos pela sociedade.
O Direito arcaico não era legislado, conservava-se pela tradição, cada organização
possuía um direito único, diferente dos demais.
Cada comunidade tinha suas próprias regras, com pouco contato com outros povos.
O direito arcaico era caracterizado, também, pela prática religiosa, estava subordinado
à imposição de crenças dos antepassados, do ritualismo simbólico e a força das
divindades.
Nas sociedades antigas, tanto as leis quanto os códigos foram expressões da vontade
divina, os preceitos verbais não-escritos eram proferidos por chefes de tribos ou clãs
que se impunham pela autoridade e pelo respeito que desfrutavam. As decisões
repetidas dos chefes ou anciãos na solução de conflitos do mesmo tipo confirmavam
os preceitos não-escritos, que eram procedimentos orais propagados por gerações
como provérbios e adágios.
Mesopotâmia - nome grego que significa “entre rios”, região localizada no oriente
médio, entre os rios TIGRE e EUFRATES (atual IRAQUE), inserida na área do CRESCENTE
FÉRTIL.
Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma
extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte
(através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram
utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias,
favorecendo a agricultura.
A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a
autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes,
militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância
na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por
camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também
compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em
guerras.Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e
comida.
fertilidade propiciada pelo Rio Nilo- uma jóia como dizia Homero.
Porem no âmbito judiciário se tem pouca informação, devido o material (jurídico) encontrado estar muito
deteriorado.
A lei escrita era sua principal fonte , os egípcios conheciam as leis e exigiam seu cumprimento perante as
autoridades constituídas. Havia preocupação com a conservação dos atos jurídicos, e um dos principais
funções do vizir consistia em servir de Juiz na solução das lides. O Faraó contava com auxilio de uma
espécie de conselho de legislação No antigo Egito a justiça já era escalonada em instancias, havia uma
espécie de tribunal superior chamado Kenbet aat. O maat era um princípio jurídico e filosófico que
alcançaria o significado de justiça, verdade e ordem. A poligamia era permitida, porem pouco praticada.
As penas no Egito eram sádicas e curiosas, a língua no Egito antigo se chama COTA.
Sistema jurídico
A cabeça do sistema jurídico foi oficialmente o faraó, que foi responsável pela
promulgação de leis, entregando justiça, e mantendo a lei e a ordem, um conceito que os
egípcios antigos denominavam Ma'at.[99] Apesar de não haver códigos legais
sobreviventes do Antigo Egito, documentos da corte mostram que as leis egípcias foram
baseadas em uma visão de censo comum de certo e errado, que enfatizou a celebração
de acordos e resoluções de conflitos ao invés de cumprir rigorosamente um conjunto
complicado de estatutos.[103] Conselhos locais de anciãos, conhecidos como Kenbet no
Império Novo, foram responsáveis pela decisão em casos judiciais de pequenas causas e
disputas menores.[99] Os casos mais graves envolvendo assassinato, transações de
terrenos grandes, e o roubo de túmulos foram encaminhados para o Grande Kenbet,
sobre o qual o vizir ou o faraó presidiu. Demandantes e demandados eram esperados
para representar a si próprios e eram obrigados a jurar que eles tinham dito a verdade.
Em alguns casos, o Estado assumiu tanto o papel de acusador como o de juiz, e ele
poderia torturar os acusados com espancamento para obter uma confissão e os nomes
dos co-conspiradores. Se as acusações foram triviais ou sérias, escribas da corte
documentavam a denúncia, testemunhavam, e o veredicto do caso era guardado para
referência futura.[104]
A principal característica do Egito foi e é o fato de ter o rio Nilo cortando o seu
território por aproximadamente mil quilômetros. Como visto, a inundação periódica
do rio, entre julho e outubro, garante a fertilidade, o que sempre permitiu amplo
cultivo de alimentos.
Todo o poder político era concentrado nas mãos do faraó, que era divinizado,
confundido com o próprio deus. Cumpria ao faraó garantir a ordem, a soberania do
Egito e a prosperidade do povo.
Quanto à questão jurídica, apesar de nenhum código ter sido até hoje encontrado, os
costumes parecem ter sido rapidamente superados pelo direito escrito, promulgado
pelos faraós, como a principal fonte do direito egípcio.
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO
PRINCIPAIS INSTITUTOS
Testamento: a liberdade de testar era total, salvo a reserva hereditária a favor dos
filhos.
Foi nesse período que o Egito entrou no regime de economia fechada, enquanto as
províncias se separaram do poder central. Somente no século XVI a.C., com a XVIII
dinastia, o sistema jurídico voltou a se assemelhar ao do Antigo Império.
O Egito não nos transmitiu até agora nem códigos nem livros jurídicos; mas foi a
primeira civilização da humanidade que desenvolveu um sistema jurídico que se pode
chamar individualista.