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WILLIAN MICHEL SCHNEIDER

RESENHA CRITICA DO FILME INVASÃO DO MUNDO: BATALHA DE LOS


ANGELES

PAROBÉ
2011
O filme estadunidense Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles
(World Invasion: Battle Los Angeles, Battle: Los Angeles ou Battle: LA) foi
dirigido por Jonathan Liebesman (The Texas Chainsaw Massacre: The
Beginning) com o roteiro de Christopher Bertolini (General's Daughter).
Adorado por poucos e crucificado por muitos, Invasão do Mundo: Batalha de
Los Angeles foi uma das poucas obras feita atualmente (século XXI), no qual
retrataram tão detalhadamente um pensamento que eu já possuía sobre o que
se passaria durante uma invasão alienígena, mostrando sentimentos e tão
ricos detalhes de uma guerra pela sobrevivência entre duas raças (a raça
colonizadora e a colonizada).

Voltando ao gênero de Drama, Guerra e Ficção-cientifica, Batalha de


Los Angeles liderou a bilheteria durante o fim-de-semana de sua estréia no
ano de 2011, arrecadando cerca de 36 milhões de dólares, batendo a
animação Rango que possuía cerca de 23 milhões de dólares.

Apesar das criticas negativas o colocando como o pior filme do ano, ele
agradou seu público alvo e marcou a nova geração nos cinemas brasileiros,
com a nova tecnologia de projeção 4K, um novo e mais moderno sistema de
projeção que foi desenvolvido pela Sony. O Sony Cinema Digital 4K, produz
cerca 8.8 milhões de pixels, uma resolução aproximadamente quatro vezes
maior do que a dos sistemas de projeção 2K (tecnologia usada atualmente
nos cinemas do país) e das televisões de alta definição.

Ao ler outras criticas, eu percebi que muitas pessoas colocam o filme


Batalha de Los Angeles como clichê por possuir aquilo que segundo eles "tem
em todos os filmes de guerra" como: conflitos pessoais entre os soldados, as
diferenças tecnológicas e em números entre as duas espécies, uma batalha
com o desconhecido, o drama da guerra, o patriotismo e etc.

Bom, assistir pela primeira vez o filme, você percebe várias referencias a
outras obras como o livro Guerra dos Mundos (War of the Worlds, 1898) do
inglês W. G. Wells (1866-1946), dos filmes Filhos da Esperança (Children of
Men, 2006), Falcão Negro em Perigo (Black Hawk Down, 2001), Guerra ao
Terror (The Hurt Locker, 2009), O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private
Ryan, 1998), Aliens: O Resgate (Aliens, 1986), Independence Day (do
mesmo nome, 1996), Tropas Estelares (Starship Troopers, 1997), Skyline - A
Invasão (Skyline, 2010), Distrito 9 (District 9, 2009), Guerra dos Mundos
(War of the Worlds, 2005), Guerra dos Mundos (The War of the Worlds, 1953)
entre muitos outros.

Usando do artifício da câmera inquieta (usado em Cloverfield e A


Bruxa de Blair) o filme passa ao seu espectador uma sensação de
claustrofobia e apreensão. Sem tentar ser grandiosa, a computação gráfica me
passou uma idéia que eu poderia comprar, de que aquilo pode ser possível.
Mesmo com figurinos simples (por se tratarem de fuzileiros americanos e civis)
você percebe ao decorrer do filme uma seqüência muito boa em relação ao
desgaste do material usado por eles. Há momentos no filme que se você parar
com todos os sons e reparar nas feições dos soldados você percebe
nitidamente o cansaço e o medo, o que me faz parabenizar a equipe de
produção e atores do filme. Como nos filmes Falcão Negro em Perigo, O
Resgate do Soldado Ryan e Guerra ao Terror, a equipe de edição de som do
filme também merece aplausos, pois conseguiram demonstrar como é sentir
dentro de uma guerra.
A história do filme gira em torno dos vários casos de aparições ÓVNIS
em diferentes lugares no mundo como Londres, Seul, Buenos Aires, Los
Angeles e muitas outras. Porem agora o que eram apenas aparições vai tornar-
se uma assustadora realidade onde a Terra é atacada por forças
desconhecidas. Enquanto as pessoas em todos os lugares assistem as
grandes cidades do mundo caírem, Los Angeles se torna um dos postos mais
importantes para as defesas da America. É durante este caos que o corpo de
fuzileiros do 2° Batalhão da 5° Companhia Marine de Camp Pendleton, e toda
sua variedade humana de particularidades e conflito sobre o comando do 2°
Tenente William Martinez (Ramon Rodriguez) e do Sargento-Ajudante
Michael Nantz (Aaron Eckhart) junto com seu novo pelotão tentam escrever
um novo destino para a humanidade enquanto combatem um inimigo como
nunca haviam visto antes.

Ainda estão no elenco Cory Hardrict, Gino Anthony Pesi, Ne-Yo,


James Hiroyuki Liao, Bridget Moynahan, Noel Fisher, Adetokumboh
M’Cormack, Bryce Cass, Michael Peña, Joey King e a Michelle Rodriguez.

Vale lembrar para muitos que criticam o filme por patriotismo e ser mais
um filme se passando nos EUA, o mundo todo está em combate incessante,
muitas cidades importantes caíram e estão caindo, mas a cidade escolhida
pelos diretores foi Los Angeles, por esta razão, é de se esperar que algo
especial, que o difere dos outros locais atacados pelas forças colonizadoras,
não é mesmo para ser uma surpresa, mas funciona no contexto do filme.

A minha maior critica é sobre a péssima trilha sonora escolhida, que faz
com que o filme não crie uma quantidade maior de tensão e emoção (salvo
pelos sons de batalha e do meio ambiente). Pode-se considerar que a
coletânea de hits, criadas por Brian Tyler empregou seus esforços de forma
eminentemente conservadora, ou seja, a sonora do filme é monótona,
cansativa, e com uma grande falta de originalidade.

Bom, para as pessoas que gostam assim como eu de filmes de ficção-


cientifica, ação, muitos tiros, adrenalina, um verdadeiro cenário de guerra e
destruição eu recomendo que assistam o filme Invasão do Mundo: Batalha de
Los Angeles, um filme que se encerra sem reinventar o gênero da ficção de
invasão alienígena, mas que com sua simples fórmula consegue demonstrar
que ainda podemos ter esperança de no futuro vermos filmes do gênero com
uma grande qualidade de produção cinematográfica e também uma história
interessante.

Finalmente termino esta resenha tentando chamar a atenção para aquilo


que muitos chamaram de “propaganda militar escancarada”, que o patriotismo
mostrado pelos fuzileiros no filme é algo justo, pois se nem um fuzileiro ou
qualquer outro soldado que defender um país, uma nação ou ideal for patriota,
quem irá ser?

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