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PENAL
PARA
ESTUDANTES
Roteiro prático
(Procurador de Justiça)
Índice
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 5
4. Distribuição ............................................................................................................................. 10
5. Os “Autos” .............................................................................................................................. 11
b) Conclusão do IP....................................................................................................................... 22
f) Rito do Júri............................................................................................................................... 49
g) Ritos especiais.......................................................................................................................... 55
h) Julgamento............................................................................................................................... 57
i) Incidentes processuais............................................................................................................... 60
j) Provas ...................................................................................................................................... 61
k) Execução Penal........................................................................................................................ 62
7. QUESTÕES CONTROVERTIDAS.......................................................................................................... 88
1. Introdução................................................................................................................................ 89
a) Objeto jurídico..................................................................................................................................105
c) Sujeito passivo..................................................................................................................................105
d) Tipo objetivo....................................................................................................................................106
e) Tipo subjetivo...................................................................................................................................106
9. Pena....................................................................................................................................... 109
Introdução
persecução penal.
esclarecer o seu uso diante da visão que sem tem do Direito Penal, sua
da pena.
I - O Processo Penal
regra no nosso sistema e, portanto, não precisa vir indicado na lei penal)
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representante.
no prazo legal.
autoria.
4. Distribuição
qualquer tipo de peça que seja dirigida ao Judiciário pela primeira vez. Isso
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administrativas subsidiárias.
5. Os “Autos”
II - Ritos processuais
- Rito Ordinário
- Rito Sumário
Criminais.
a) Notícia do delito
MANEIRA. Nada mais disse nem lhe foi perguntado. A seguir, determinou a
Autoridade o encerramento do presente auto que, lido e achado conforme,
vai devidamente assinado pela Autoridade, pelo condutor, pelas demais
testemunhas, pela vítima, pelo acusado e por mim, PEDRO DE TAL,
Escrivão de Polícia que parcialmente o digitei.
Dr. ...
Autoridade
JOSÉ DE TAL
Condutor
ANTONIO DE TAL
Testemunha
SICRANO DE TAL
Vítima
FULADO DE TAL
Indiciado
PEDRO DE TAL
Escrivão
JOSÉ DE TAL
- Prazos
de prorrogação de prazo.
- Relatório
investigações e não tem formalidade. Não convém que seja longo, mas
simples.
RELATÓRIO
Natureza da Ocorrência: Roubo Consumado
Vítima: SICRANO DE TAL
Autores: FULANO DE TAL
MERITÍSSIMO JUIZ
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DR. ...
a.2 - Ao MP
atuação para obter mais dados a fim de poder opinar sobre a hipótese
apresentada.
apresentada)
b) Conclusão do IP
providências:
opinio delicti
extintiva da punibilidade).
Ministério Público]
deve ser confundida com a notícia do crime, dada por qualquer pessoa,
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funciona como fiscal da lei, zelando para que a legalidade seja observada]
c) Fase pré-processual
- Pedido de arquivamento
- Denúncia
Modelo de denúncia
etc.
d) Fase processual
despacho que recebe a denúncia, mandar citar e intimar o réu para ser
interrogado e defender-se.
Processo n. 200/98
Recebo a Denúncia.
Designo o interrogatório para o dia 30 de abril de 1998, às 15:30
horas.
Cite-se o réu.
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ato processual.
prescrição.
É interrogado e:
sumário).
A defesa prévia deve ser feita no prazo de três dias após a intimação
J., se no prazo.
SP, 05.5.98
Juiz de Direito
Processo-crime n. 118/98
FULANO DE TAL, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe,
que lhe move a Justiça Pública, vem, respeitosamente perante V. Exa.,
através de seu Advogado infra-assinado, apresentar Defesa Prévia, expondo
e requerendo o quanto segue:
O ora Acusado é inocente da acusação contida na denúncia,
reservando-se, no entanto, o direito de discorrer sobre o mérito da acusação
oportunamente, aproveitando o ensejo para arrolar as testemunhas abaixo.
Temos em que
Pede Deferimento
Local, data
Advogado
OAB. SP N.
ROL DE TESTEMUNHAS:
1) ...
2) ...
3) ...
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d) Rito ordinário
faltantes.
Proc. n. 200/98
MM. Juiz:
Na fase do art. 499, do CPP, requeiro a Vossa Excelência que se
digne de mandar informar se a vítima passou por exame de corpo de delito,
a fim de esclarecer eventual lesão corporal, requisitando-se o respectivo
laudo.
Pede deferimento.
Local, data
Promotor de Justiça
ALEGAÇÕES FINAIS
Processo n. 200/98
10a. Vara Criminal da Capital
MM. Juiz:
Como o golpe foi dado por trás, não viu o acusado lhe desferindo a
agressão.
O policial que efetuou a prisão do réu, alegou que foi acionado pela
vítima e, em patrulhamento prendeu o acusado, que ainda portava o dinheiro
subtraído da vítima, o qual confessou que havia golpeado o ofendido com
uma pedra e subtraído sua carteira. As circunstâncias não demonstram que
estivesse para devolver os bens da vítima, mas que realmente os havia
subtraído.
Diante do exposto, a versão do acusado não tem força para afastar a
acusação, de modo que é de se aguardar a procedência total da presente
ação penal, com a condenação do acusado nos termos da denúncia,
impondo-se-lhe a pena mínima diante da ausência de causas de aumento ou
de diminuição, com regime prisional fechado diante da gravidade do delito,
negando-se ainda o direito de recorrer em liberdade.
Local, data
Promotor de Justiça
Processo n. 200/98
e) Rito sumário
- ofendidos
- testemunhas de acusação
- acusação
- assistente, se houver
- defesa
Se tratar-se de queixa-crime:
- acusação
- defesa
- MP
decisão. A permissão pelo juiz para que as partes façam as alegações por
Poder Judiciário
Proc. n. 200/98
VISTOS.
FULANO DE TAL, qualificado nos autos, foi denunciado como incurso
nas sanções do art. 158 (sic), do Código Penal, porque no dia 29 de março
de 1998, por volta das 04:30 horas, na Rua Serra do Jaire, Belém, Capital,
subtraiu para si, mediante violência física, praticada a golpes com um
pedaço de pau contra a vítima SICRANO DE TAL, um carteira contendo
R$20,00.
Diz a denúncia que o indiciado aproximou-se da vítima, quando esta
encontrava-se num ponto de ônibus, deferindo-lhe um paulada na cabeça. O
ofendido ficou atordoado, caiu ao solo e dele o indiciado se aproximou,
anunciando assalto e exigindo a entrega do dinheiro. Amedrontado e sem
alternativa, a vítima entregou-lhe os seus bens. O indiciado evadiu-se na
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posse deles, mas depois acabou sendo preso, ainda na posse de parte da
"res furtiva".
Oferecida com base no inquérito policial de fls. 4/25, de que destaca-
se o auto de prisão em flagrante delito de fls. 5/7, a denúncia foi recebida por
respeitável despacho de 15/4/98 (fls. 27).
Em seguida o réu foi citado (fls. 46) e interrogado (fls. 48/49),
constituindo advogado que requereu a concessão de liberdade provisória
(fls. 28/33) e apresentou defesa prévia (fls. 53).
A liberdade provisória foi indeferida (fls. 50).
No decorrer da instrução foram colhidas as declarações da vítima (fls.
61/62), inquirindo-se as testemunhas JOSÉ DE TAL (fls. 63/64), arrolada na
denúncia, bem como LÚCIO DE TAL (fls. 70/71) e JOÃO DE TAL (fls.
72/73), estas indicadas pela defesa.
Superada a fase prevista no art. 499 do CPP, sobreviveram as
alegações finais.
O representante do Ministério Público analisou os elementos de
convicção e concluiu que foram comprovadas a autoria e a materialidade da
imputação, pois a confissão extrajudicial do réu foi corroborada em juízo,
quando o acusado foi reconhecido pela vítima. Posicionou-se pela
condenação, nos termos da denúncia, sugerindo o estabelecimento do
regime fechado para o início do cumprimento da pena (fls. 80/81).
A defesa quer absolvição, pois em Juízo o réu retratou-se da
confissão, nas desavença e briga entre réu e vítima, motivada porque esta
insurgira-se contra aquele, que lhe pedira algum dinheiro; uma testemunha
presenciou a cena, foi para o distrito policial, mas não foi ouvida a respeito,
já que a sua versão seria favorável ao acusado, apenas um policial militar foi
ouvido durante o contraditório, e ele não presenciou o fato. Em caso de
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violência insita ao roubo. Mas como o objeto utilizado não foi apreendido,
fica-se sem a certeza da sua potencialidade lesiva, tanto que não submetido
a exame pericial.
Concluindo: o réu deve ser responsabilizado pela prática de roubo
simples, na forma consumada.
Na dosagem da pena, atento aos elementos norteadores do art. 59,
da Lei Penal, observo que o réu é primário; não registra antecedentes
criminais (fls. 26); que pode ser considerado normal o dolo com que se
houve. Como o delito apurado nestes autos se constitui em fato isolado na
sua vida, sendo bons os informes trazidos pelas testemunhas defensivas, a
respeito da sua vida social, a pena base e aplicada no grau mínimo, ou seja,
quatro (4) anos de reclusão e dez dias/multa, tornando-se definitiva nesse
total, à ausência de causas de diminuição ou aumento.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a pretensão punitiva trazida a
juízo pela denúncia de fls. 2/3 e em conseqüência condeno FULANO DE
TAL, R.G. n. ... a cumprir pena de quatro (4) anos de reclusão e a pagar dez
(10) dias/multa, de valor unitário equivalente a um trigésimo do salário
mínimo vigente na data do fato (29/03/98), como infrator do art. 157, "caput"
do Código Penal.
O réu permaneceu preso durante todo o desenrolar do processo e a
violência que empregou não aconselha que se lhe permita aguardar o
resultado de eventual inconformismo em liberdade.
Recomende-se-o no presídio em que se encontra, dando-se o início
do cumprimento da pena privativa de liberdade no regime aberto.
A propósito do regime, que o representante do órgão acusador
pretende seja o fechado, anoto que a tanto não obriga a lei, unicamente por
tratar-se de roubo o crime praticado. O réu, pelo que foi dado a apurar, tem
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f) Rito do Júri
juiz natural da causa, ou seja, aquele que tem competência prévia ao fato
pois não é competente para julgar a causa em si, mas, apenas para levar o
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o réu é culpado.
Poder Judiciário
Vara do Júri
Processo n. 300/99
Vistos.
Alega a acusação que FULANO DE TAL e SICRANO DE TAL, em
data que especifica, e no interior da cadeia pública do 10º Distrito Policial da
Capital, pretendendo vingança em razão de delação de plano de fuga,
agindo em superioridade numérica no interior de uma cela, e mediante
estrangulamento, mataram BELTRANO DE TAL.
A defesa, por sua vez, alegou que as provas, embora demonstrem a
materialidade, não autorizam o reconhecimento de indícios de autoria,
argumentando-se subsidiariamente pela exclusão das qualificadoras
articuladas.
Assim relatado, passo a decidir.
Não obstante a negativa da autoria pelos acusados nos seus
interrogatórios judiciais (fls. 241 e 279), a pronúncia é de rigor.
João Bosco da Encarnação Processo Penal para Estudantes – Roteiro Prático 51
Juiz de Direito
defesa.
Local, data
Promotor de Justiça
libelo para cada um. Os libelos, via de regra, terão o mesmo teor.
funcionário escrevente.
for de reclusão por tempo igual ou superior a vinte anos, não imposta em
vez, ao passo que no novo julgamento não poderão servir jurados que
g) Ritos especiais
Tóxicos.
constatação, que é provisório. Esse auto serve apenas para atestar que a
do processo sumário.
h) Julgamento
O juiz pode:
conduta.
mandar abrir vista à defesa para que se manifeste. Caso haja necessidade
denúncia.
b) absolver
e/ou autoria)
c) deixar de julgar
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identificação
seria cabível.
i) Incidentes processuais
ou de dependência toxicológica.
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j) Provas
- documentais (pré-constituídas)
k) Execução Penal
- Incidentes
- livramento condicional
1. Competência Originária
ser tolhido (ato ilegal por surtir efeito futuro), ou na iminência de o ser
não (neste caso, prisão civil por dívida alimentícia ou por infidelidade do
depositário)
Petição tem seus requisitos no art. 654, mas não há rigidez na forma
659)
da pena
622, § único)
Parecer do MP
modificar a pena ou anular o processo, mas a pena não pode ser agravada
função
Todo processo criminal em que figura como réu pessoa que tem, por
a previsão constitucional).
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(art. 575)
João Bosco da Encarnação Processo Penal para Estudantes – Roteiro Prático 70
Podem ser interpostos por meio de petição ou por termo nos autos
(art. 578)
– art. 579)
dois dias para razões e contra-razões (art. 588) e dois dias para despacho
584)
Prazo: cinco dias (art. 586); no caso do art. 581, XIV (que incluir ou
e 587), com dois dias para razões e contra-razões (art. 588) e dois dias
Prazo: cinco dias (art. 586); no caso do art. 581, XIV (que incluir ou
Proc. n. .../ ..
Local, data
Promotor de Justiça
Proc. .../ ..
MM. Juiz:
2.1.2.2 Apelação
assistente em três dias após MP (§ 1o), este em três dias após querelante
recurso do réu permite rever o todo, a nosso ver); suspensivo quando não
for obrigatório recolher-se à prisão para apelar (art. 597 e 393) e nem se
antecedentes ou podendo "livrar-se solto" (art. 594) [na verdade, cabe aqui
a regra dos requisitos da prisão preventiva]; réu preso que foge, é julgada
MP (§ único)
determinar diligências]
Processo n. 200/98
RAZÕES DE APELAÇÃO
Egrégio Tribunal
João Bosco da Encarnação Processo Penal para Estudantes – Roteiro Prático 78
Douta Procuradoria
reclusão por pelo menos vinte anos – só cabe uma vez, não cabe em
pelo juiz a quo (testemunhado), ou, embora admitido foi obstada sua
recurso
Lei Estadual n. 8.040, de 13/12/63, que diz que o rito deve ser o do agravo
de Processo Civil prazo seria de 10 dias e não 5, como diz a lei antiga)
João Bosco da Encarnação Processo Penal para Estudantes – Roteiro Prático 82
dias)
(votação por "m.v." – maioria de votos, e não por v.u – votação unânime) e
Em dez dias (art. 609, § único) – quando houver vício de forma que
anule o acórdão
Proc. n. .../ ..
área especial
João Bosco da Encarnação Processo Penal para Estudantes – Roteiro Prático 86
definidos nas Leis n. 9.099/95 e 10.259/2001 (apenados com até dois anos
9.099/95.
João Bosco da Encarnação Processo Penal para Estudantes – Roteiro Prático 87
Tribunal Federal
7. Questões controvertidas
hoje).
reformatio in pejus.
IV - Direito Penal
1. Introdução
outro. Como promotor de justiça, pude observar que muitas das "teorias"
ensinadas na escola tinham que ser passadas pelo crivo da prática, a fim
de se saber o que realmente tem valor e deve ser preocupação por parte
de quem estuda Direito Penal. Por outro lado, notei também que muita
condutas.
A norma, por sua vez, é mais do que lei escrita, é gênero do qual
esta é espécie. Pode ser que haja leis escritas ou outro tipo de norma
conta essas três dimensões. Por exemplo: uma lei só é feita pelo poder
ser objeto de regulação legal. Por outro lado, ao ocorrer de novo uma
valor. Não pode o juiz aplicar uma norma sem invocar fundamentos de
fato, assim como não pode contemplar um fato sem o ponto de vista, o
decisão ou de discricionariedade.
de sua aplicação.
Por isso, dissemos que norma é mais do lei. Por lei entendemos
tudo que balize pontos de vista, valores, de modo genérico e prévio, e que
previsto na lei. Desde que ocorra, de fato, uma conduta que se coadune
e contravenção.
Código Penal.
João Bosco da Encarnação Processo Penal para Estudantes – Roteiro Prático 94
e justiça
de fazer tornar o status quo ante, isto é, o estado anterior ao delito, ou,
nessa fase. Surge a "vindita", ou vingança. Primeiro, ela será privada, pois
pública.
que, nos moldes das ciências naturais empíricas, que têm suas leis
escrito.
Penal é "uma medicina que vê a doença, mas não o doente" (R. Saleilles).
João Bosco da Encarnação Processo Penal para Estudantes – Roteiro Prático 98
ressocializar o detento.
Dessa forma, faz-se da pena hoje uma mistura de mal e bem. É mal
até a aplicação, como castigo pelo mal cometido, o delito, mas é medida
decifrável. Em termos de prisão, isso significa que a pena deve ter tempo
portanto, algo incerto, de modo que não se coaduna bem com o Direito
pena pelo delito cometido, mas, nos casos em que a lei presumia a sua
deverá ser objetivo. Em outras palavras, não há crime sem lei anterior que
o defina, nem pena sem prévia cominação legal, como define o art. 1º do
Código Penal.
benéfica ao réu.
já prevista.
umas e outras.
ser menores, pode ter penas muito maiores do que um crime contra a
pobres.
(Beccaria)
Kant, que via na pena uma natureza retributiva, dizia que temos formas
modo que se o objeto for maior, não cabe e, se for menor, ficará folgado.
folgada. Deve ficar justa. Por exemplo, a conduta de furto cabe na fôrma
João Bosco da Encarnação Processo Penal para Estudantes – Roteiro Prático 104
roubo, mas fica folgada, pois nesta ainda cabem a "violência" e a "grave
móvel".
Penal,5 jamais seria aceita no sistema clássico, pois fica, no seu quantum,
5. Análise de tipos
do texto legal.
a) Objeto jurídico
b) Sujeito ativo
c) Sujeito passivo
vítima indireta.
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d) Tipo objetivo
na lei. O seu núcleo é o verbo, pois é o verbo que indica ação. Exemplo:
e) Tipo subjetivo
doloso.6 Além do dolo direto, pode-se ter o dolo eventual, quando o agente
conduta em si.
modo que um resultado, não desejado, não foi evitado, embora previsível,
por ser esta uma omissão e aquela uma ação, na verdade, não se
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dever de cuidado, tanto por agir quando e como não deveria, como por
f) Objeto material
formal.
7. Consumação ou tentativa
8. Concurso de tipos
Exemplo: falsificar por si só, com o dolo genérico, ou falsificar com o dolo
9. Pena
de ação penal privada. Esta só será movida pela própria vítima ou seu
prevista em lei.
pena.11
moderno
Constitucionalismo.
pena sem lei anterior que os defina e comine, o de que não há aplicação
de pena sem o processo devido, o qual supõe, por sua vez, o princípio de
alcançar a verdade.
judicial, foi sacrificado pela mera burocracia estatal, assim como se havia
(isto é, lei) leva à injustiça, volta-se hoje para uma tentativa de direito, seja
o cidadão.
número de demandas.
pena como mal. Algo que se aceita, que não precisa ser imposto à força,
e o processo era, assim, parte da pena. Tanto é que muitas vezes se teme
público.
prevista, desde que eu pague, posso cometer um delito). Por isso, o sursis
coisa mais inteligente do que a pena, como diz Radbruch, e, por outro
personalidade?
doente, nas palavras de Saleilles. E até hoje a pena não diz a que veio!
A pena vem punir, como mal, apenas os que dela não precisam, pois
apresentar.
João Bosco da Encarnação Processo Penal para Estudantes – Roteiro Prático 120
Notas
Código Penal).
3. Art. 26 do CP.
4. Art. 96 do CP.
5. Arts. 43 a 48 do CP
6. Art. 18 do CP.