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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PROJETO DE GRADUAÇÃO
VITÓRIA - ES
Agosto/2008
RENATO BERTOLDI SIMÕES
VITÓRIA – ES
Agosto/2008
RENATO BERTOLDI SIMÕES
COMISSÃO EXAMINADORA:
i
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que me deu força para terminar esse difícil
curso.
Agradeço aos meus pais, Alcemy do Bom Jesus Simões e a Anacir Maria
Bertoldi Simões, pelo apoio e compreensão em todos esses anos de estudos.
Agradeço a Mauro Sergio Suaid Santos e Fernanda Juni Santos, pela
oportunidade de aprendizado e de crescimento na Powertech Engenharia, onde
aprendi muito sobre projeto, que me ajudou a terminar este trabalho.
A Prof. Wilson Correia Pinto de Aragão Filho, pela orientação.
A todas as pessoas que contribuíram para que esse trabalho fosse
realizado.
ii
LISTA DE FIGURAS
iii
Figura 32 – Detalhe de Bloco Terminal ..................................................................... 80
Figura 33– Caixa de Distribuição .............................................................................. 81
Figura 34 – Anéis Guia .............................................................................................. 81
Figura 35 – Foto Caixa de Distribuição ..................................................................... 82
Figura 36 – Foto Bloco Terminal dentro da Caixa de Distribuição ............................ 82
Figura 37– Exemplo de Distribuidor Geral (DG) ........................................................ 83
Figura 38 – Representação da Terminação dos cabos no caso a. ........................... 84
Figura 39 - Representação da Terminação dos cabos no caso b. ............................ 85
Figura 40 - Representação da Terminação dos cabos no caso c. ............................ 85
Figura 41 – Sistema Geral......................................................................................... 89
Figura 42 – Exemplo de organização com o cabeamento estruturado ..................... 91
Figura 43 – Sistema de automação integrado ........................................................... 92
Figura 44 – Cabo RG-6 ............................................................................................. 93
Figura 45 – Desenho Cabo RG-6 .............................................................................. 93
Figura 46 – Cabo Par-Trançado Categoria 5 ............................................................ 94
Figura 47– Esquema Demonstrativo do Cabeamento Estruturado ........................... 94
Figura 48 – Patch Painel em um painel de distribuição ............................................. 95
Figura 49 – Painel de distribuição ............................................................................. 95
Figura 50 – Ambiente com controle de luminosidade................................................ 96
Figura 51 - Simples acionador de lâmpada ao cair do sol, com controle automático
e manual ................................................................................................................... 97
Figura 52 – Esquemático de um dimer ...................................................................... 98
Figura 53 – Exemplo de Sensor de Umidade do Solo. ............................................ 100
Figura 54 – Ilustração do Sensor de Umidade no terreno. ...................................... 100
Figura 55– Diagrama de Entradas e Saídas em um Sistema Integrado ................. 102
Figura 56 – Módulo de Controle .............................................................................. 103
Figura 57 – Diagrama da instalação dos componentes .......................................... 104
Figura 58- Instalação Centralizada.......................................................................... 105
Figura 59 – Instalação Descentralizada .................................................................. 105
Figura 60 – Lista de Circuitos de um Quadro no Excel. .......................................... 108
Figura 61 - Dimensionamento de disjuntores e alimentadores pelo Excel .............. 109
iv
LISTA DE QUADROS
v
Quadro 30 - Diversificação em função da quantidade de apartamentos ................. 113
Quadro 31 - Determinação da potência em função da quantidade de motores ...... 114
Quadro 32 - Competência das pessoas .................................................................. 115
Quadro 33 – Resistência Elétrica do corpo humano ............................................... 116
Quadro 34 – Contato das pessoas com o potencial da terra .................................. 116
Quadro 35 – Situações 1, 2 e 3 ............................................................................... 117
vi
GLOSSÁRIO
vii
PELV (do ingles “Protected extra-low voltage”) – Sistema de extrabaixa tensão que
não é eletricamente separado da terra, mas que preenche, de modo equivalente,
todos os requisitos de um SELV.
SELV ( do inglês “Separated extra-low voltage”) – Sistema de extrabaixa tensão que
é eletricamente separado da terra, de outros sistemas e de tal modo que a
ocorrência de uma única falta não resulta em risco de choque elétrico.
SPDA - Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas.
UC – Unidade Consumidora.
viii
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA ........................................................................................................... I
AGRADECIMENTOS ................................................................................................ II
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ III
LISTA DE QUADROS .............................................................................................. V
GLOSSÁRIO .......................................................................................................... VII
SUMÁRIO ................................................................................................................ IX
RESUMO .................................................................................................................... I
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 2
1.1. Motivação ............................................................................................. 2
1.2. Definição dos projetos .......................................................................... 2
1.3. Definição das Unidades Consumidoras ................................................ 3
2. RECEITA DE PROJETOS .................................................................................... 5
3. SEQÜÊNCIA DE PROJETOS .............................................................................. 8
3.1. Engenharia Básica ................................................................................ 8
3.1.1. Cálculo de Carga e Divisão de Circuitos nas Instalações. .................... 8
3.1.2. Demanda da Instalação ...................................................................... 16
3.1.3. Categoria de cada Unidade Consumidora .......................................... 22
3.1.4. Câmara de transformação, Barramento Geral e dos medidores ........ 22
3.2. Planta Baixa das Instalações Elétricas internas das unidades
consumidoras ...................................................................................................... 26
3.2.1. Princípios fundamentais ...................................................................... 26
3.2.2. Características gerais ......................................................................... 29
3.2.3. Segurança da instalação elétrica das unidades consumidoras .......... 33
3.2.4. Projeto da instalação elétrica dos apartamentos ................................ 40
3.2.5. Projeto da instalação elétrica do condomínio ..................................... 41
3.3. Trifilares dos quadros de distribuição ................................................. 41
3.3.1. Proteção contra sobrecorrentes .......................................................... 41
3.3.2. Proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas. ...... 43
3.3.3. Proteção contra quedas e faltas de tensão ......................................... 45
3.3.4. Proteção adicional contra choques elétricos ....................................... 46
3.4. Quadro de Carga da instalação .......................................................... 47
ix
3.5. Unifilar Geral da instalação ................................................................. 50
3.6. Planta Baixa da Alimentação das Unidades Consumidoras ............... 51
3.6.1. Planta de alimentadores dos quadros dos apartamentos. .................. 51
3.6.2. Planta de alimentadores dos quadros do condomínio e a malha de
terra da instalação............................................................................................... 51
3.7. Esquema Vertical da instalação elétrica. ............................................ 51
3.8. Planta de situação do edifício. ............................................................ 51
3.9. Vista de Medidores ............................................................................. 52
3.10. Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT) e Medidor de Serviço (MS). 56
3.11. Projeto da Subestação. ....................................................................... 59
4. O PEDIDO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA À ESCELSA ....... 68
5. PROJETO TELEFÔNICO ................................................................................... 70
5.1. Seqüência Básica para elaboração de projetos de redes telefônicas
em edifícios ......................................................................................................... 71
5.2. Projeto da Rede de Cabos Secundários ............................................. 73
5.3. Projeto da Rede de Cabos Primários.................................................. 74
5.4. Cabos de Entrada ............................................................................... 78
5.5. Blocos Terminais ................................................................................ 78
5.6. Disposição dos cabos e blocos terminais ........................................... 80
5.7. Comprimentos dos Cabos da Rede Interna ........................................ 84
5.8. Distribuição dos cabos da rede interna ............................................... 86
5.9. Desenho do projeto............................................................................. 86
6. ESTUDO SOBRE PROJETO DE AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL ..................... 88
6.1. Introdução ........................................................................................... 88
6.2. Projeto de Cabeamento Estruturado................................................... 90
6.3. Algumas Aplicações............................................................................ 96
6.4. Sistema de Integração ...................................................................... 102
7. TECNOLOGIA DE APOIO AO PROJETISTA .................................................. 106
7.1. Software para desenho ..................................................................... 106
7.2. Software para projetos ...................................................................... 107
7.3. Utilização do Excel para a Elaboração de Cálculos .......................... 107
CONCLUSÕES ..................................................................................................... 110
APÊNDICE A ........................................................................................................ 112
x
APÊNDICE B ........................................................................................................ 115
APÊNDICE C ........................................................................................................ 118
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 120
xi
RESUMO
i
2
1. INTRODUÇÃO
1.1. Motivação
Não conste:
a) motor monofásico, 120V, com potência superior a 2CV;
b) motor monofásico, 220V, com potência superior a 3CV;
II
c) máquina de solda a transformador, classe de 120V, com potência superior a 2kVA
ou 220V, com potência superior a 8kVA;
d) aparelho que necessite de três fases.
Não conste:
a) motor trifásico, com potência superior a 40CV;
b) motor monofásico, 120V, com potência superior a 2CV;
c) motor monofásico, 220V, com potência superior a 4CV;
III d) máquina de solda a transformador, 220V, a duas fases ou 220V, a três fases,
ligação V.v invertida, com potência superior a 15kVA;
e) máquina de solda a transformador, 220V, a três fases, com retificação em fonte
trifásica, com potência superior a 40kVA;
f) máquina de solda, grupo motor-gerador, com potência superior a 40CV.
Unidades Consumidoras com carga menor que 75kW, desde que possuam qualquer
IV
dos equipamentos vetados na Categoria III.
Área Máxima:
Residencial: 7.000m2
Comercial: 3.000m2
Em edificações residenciais e comerciais a demanda máxima calculada não deverá
V ultrapassar 230 kW;
A carga total instalada em qualquer unidade consumidora não poderá ser superior a
75 kW;
Nenhuma unidade consumidora poderá conter os equipamentos vetados na categoria
III.
5
Categoria de
Restrições
fornecimento
1) a carga total instalada em qualquer unidade consumidora não poderá ser superior
a 75 kW;
VI
2) nenhuma unidade consumidora poderá conter os equipamentos vetados na
categoria III
2. RECEITA DE PROJETOS
3. SEQÜÊNCIA DE PROJETOS
cada ponto de tomada é função dos equipamentos que ele poderá vir a
alimentar, observando-se no mínimo os critérios mostrados no quadro 5.
Quadro 5– Previsão de número de pontos e de carga para tomadas. [NBR-5410]
Local/ função Nº de Pontos Potência
deve ser previsto pelo menos
no mínimo 100VA por ponto de
Em banheiros um ponto de tomada, próximo
tomada.
ao lavatório
Em cozinhas, copas, copas- deve ser previsto no mínimo
no mínimo 600VA por ponto de
cozinhas, áreas de serviço, um ponto de tomada para
tomada, até três pontos, e 100VA
cozinha-área de serviço, cada 3,5 m, ou fração, de
por ponto para os excedentes. (**)
lavanderias e locais análogos perímetro
Em áreas de serviço, salas de
manutenção e salas de
deve ser previsto no mínimo circuitos terminais respectivos
equipamentos, tais como casas
um ponto de tomada de uso deve ser atribuída uma potência
de máquinas, salas de
geral de, no mínimo, 1000 VA
bombas, barriletes e locais
análogos
Os pontos de tomada de uso deve ser a ele atribuída uma
especifico devem ser potência igual à potência nominal
localizados no máximo a 1,5 m do equipamento a ser alimentado
para uso especifico
do ponto previsto para a ou à soma das potências
localização do equipamento a nominais dos equipamentos a
ser alimentado serem alimentados
deve ser previsto pelo menos no mínimo 100VA por ponto de
Em varandas
um ponto de tomada tomada.
deve ser previsto pelo menos
um ponto de tomada para no mínimo 100VA por ponto de
Em salas e dormitórios
cada 5 m, ou fração de tomada.
perímetro.
devem ser previstos pelo
menos um ponto de tomada,
no mínimo 100VA por ponto de
se a área do cômodo ou
tomada.
dependência for igual ou
demais cômodos e inferior a 2,25 m2
dependências de habitação devem ser previstos pelo
menos um ponto de tomada,
no mínimo 100VA por ponto de
se a área do cômodo ou
tomada.
dependência for superior a
2,25 m2 e igual ou inferior a 6
10
Local/ função Nº de Pontos Potência
2
m
Com essa carga do condomínio junto com a carga total calculada para os
apartamentos, obtém-se a carga instalada total do prédio que será mostrada no
próximo item.
Para uma carga total instalada de 363.000 W por QM (403.333 VA, fp=0,9),
o valor da demanda de 45.790 VA calculada ficou muito pequeno (11,35%), portanto
esse valor foi multiplicado, a critério do projetista, por um fator igual a 2,48 para
chegar na demanda aplicada de 113.559,2 VA (28,15%) da carga total instalada nos
19
a) Cargas de iluminação.
Cálculo da parcela de demanda referente às cargas de iluminação:
a - Devem ser aplicados os seguintes percentuais à carga total instalada em kW:
- 100% para os primeiros 10 kW
- 25% para o que exceder a 10 kW
b - Ao valor encontrado em kW, deve ser aplicado o fator de potência específico
considerado no projeto.
Exemplo: Consultando a Quadro 8, observa-se que carga total de Iluminação do
condomínio é igual a 16.400 W, portanto aplica-se 100% para 10 kW e 25% para os
6,4 kW restantes (= 11.600W). Desse valor dividimos pelo fator de potência, que
nesse projeto foi considerado de 0,90 ( 11.600/0,90 = 12.888,89). Demanda da
iluminação igual a 12.888,89 VA.
20
b) Cargas de tomadas.
Cálculo da parcela de demanda referente às cargas de tomadas:
a - Deve ser aplicado o percentual de 20% à carga total instalada em kW.
b - Ao valor encontrado em kW, deve ser aplicado o fator de potência específico
considerado no projeto.
Exemplo: Consultando o Quadro 8, observa-se que a carga em tomadas no
condomínio foi de igual a 19.200W, portanto a demanda é igual a 20% desse valor
dividido por 0,90 (o fator de potência considerado no projeto). Demanda igual a
4.266,67 W.
diversidade 1,0. Para estas cargas, deve ser adotado o fator de potência específico,
previsto no projeto.
Exemplo:
- Cargas motrizes - 2 motores para portões de garagem 600 W (1/3HP) – Quadro 29
– Demanda de 980 VA.
- Cargas não motrizes – Sauna elétrica com carga de 9.000 W. A essa carga será
aplicada demanda total e um fator de potência igual a um. Demanda 9.000VA.
a) Localização
De acordo com a NOR-TEC-01, sempre que o compartimento for parte
integrante da edificação, deverá ser construída câmara de transformação, localizada
no térreo, de preferência na parte frontal da edificação. A escolha da melhor
localização será em função das facilidades de acesso, ventilação e outros fatores de
projeto.
A ESCELSA responsabilizar-se-á pelo fornecimento do cabo classe 15kV
desde que a câmara diste até 10 metros medidos a partir da caixa de inspeção no
passeio. O trecho que exceder a 10 metros será de responsabilidade do interessado/
incorporador.
Sempre que o compartimento for isolado da edificação deverá ser construída
cabina que deverá ser localizada no recuo da edificação, no máximo a 6m da via
pública de construção normal sobre o solo, não devendo ser utilizada em locais
passíveis de inundação. Se o limite da edificação, onde está localizada a cabina,
estiver a mais de 6 metros da via pública, deverá ser construída uma caixa de
passagem, com dimensões de 80 x 80 x 100 cm, até 6m da via pública.
A câmara de transformação ou cabina deverá permitir fácil acesso a partir da
via pública, para os funcionários da ESCELSA ou pessoas autorizadas e para
circular equipamentos com dimensões mínimas de 1,20m x 1,80m x 2,00 e 2.500 Kgf
de peso, a qualquer hora do dia ou da noite, em que isto se torne necessário.
Qualquer localização diferente da prevista deverá ser motivo de prévia
consulta à ESCELSA.
b) Dimensões
De acordo com a NOR-TEC-01, a câmara de transformação ou cabina
deverá ser dimensionada de acordo com o(s) equipamento(s) a ser(em) instalado(s),
de modo a oferecer facilidade de operação e circulação, bem como as necessárias
condições mínimas de segurança. Deverá obedecer às seguintes dimensões
mínimas, livres de obstáculos, tais como, colunas, vigas, rebaixos, etc:
- câmara de transformação ou cabina com transformador único de até 300kVA,
dimensões mínimas: 3,00m x 3,90m x 2,80m (pé direito)
- câmara de transformação ou cabina com dois transformadores de até 300kVA,
dimensões mínimas: 6,60m x 3,90m x 2,80m (pé direito)
24
as prescrições da Norma ABNT NBR 5410, e estão relacionados nos itens 4.1.1 a
4.1.15 da Norma.
Esses princípios são:
a) As pessoas e os animais devem ser protegidos contra choques elétricos, seja o
risco associado a contato acidental com parte viva perigosa, seja a falhas que
possam colocar uma massa acidentalmente sob tensão.
b) A instalação elétrica deve ser concebida e construída de maneira a excluir
qualquer risco de incêndio de materiais inflamáveis, devido a temperaturas
elevadas ou arcos elétricos. Além disso, em serviço normal, não deve haver
riscos de queimaduras para as pessoas e os animais.
c) As pessoas, os animais e os bens devem ser protegidos contra os efeitos
negativos de temperaturas ou solicitações eletromecânicas excessivas
resultantes de sobrecorrentes a que os condutores vivos possam se submetidos.
d) Condutores que não os condutores vivos e outras partes destinadas a escoar
correntes de falta devem poder suportar essas correntes sem atingir
temperaturas excessivas.
e) As pessoas, os animais e os bens devem ser protegidos contra as
conseqüências prejudiciais de ocorrências que possam resultar em
sobretensões, como faltas entre partes vivas de circuitos sob diferentes tensões,
fenômenos atmosféricos e manobras.
f) Equipamentos destinados a funcionar em situações de emergência, como
incêndios, devem ter seu funcionamento assegurado a tempo e pelo tempo
julgado necessário.
g) Sempre que forem previstas situações de perigo em que se faça necessário
desernergizar um circuito, devem ser providos dispositivos de desligamento de
emergência, facilmente identificáveis e rapidamente manobráveis.
h) A alimentação da instalação elétrica, de seus circuitos e de seus equipamentos
deve poder ser seccionada para fins de manutenção, verificação, localização de
defeitos e reparos.
i) A instalação elétrica deve ser concebida e construída livre de qualquer influência
mútua prejudicial entre instalações elétricas e não elétricas.
j) Os componentes da instalação elétrica devem ser dispostos de modo a permitir
espaço suficiente tanto para a instalação inicial quanto para a substituição
28
3.2.2.2. Alimentações
b) Tensões primárias
As tensões de fornecimento primárias nominais (média tensão) poderão
variar entre 11.400 e 13.800 Volts entre fases.
3.2.2.5. Compatibilidade
• Proteção básica
• Proteção supletiva
Os conceitos de “proteção básica” e de “proteção supletiva” correspondem,
respectivamente, aos conceitos de “proteção contra contatos diretos” e de “proteção
contra contatos indiretos”.
A regra geral da proteção contra choques elétricos é que o principio
enunciado anteriormente seja assegurado, no mínimo, pelo provimento conjunto de
proteção básica e de proteção supletiva, mediante combinação de meios
independentes ou mediante aplicação de uma medida capaz de prover ambas as
proteções, simultaneamente.
As medidas de proteção contra choques elétricos são apresentadas a seguir:
a. Equipontencialização e seccionamento automático da alimentação;
b. Isolação dupla ou reforçada;
c. Uso de separação elétrica individual;
d. Uso de extrabaixa tensão: SELV (“Separated extra-low voltage”) e PELV
(“Protected extra-low voltage”).
Zs . Ia ≤ Uo
Onde :
Zs é a impedância, em ohms, do percurso da corrente de falta,
composto da fonte, do condutor vivo, até o ponto de ocorrência da falta, e do
condutor de proteção (do ponto de ocorrência da falta até a fonte);
Ia é a corrente, em ampères, que assegura a atuação do
dispositivo de proteção num tempo no máximo igual ao especificado na Quadro 15.
Uo é a tensão nominal, em volts, entre fase e neutro, valor eficaz
em corrente alternada.
37
neutro sejam submetidos a sobretensões que podem atingir o valor da tensão entre
fases. Essas ocorrências são:
a. Perda do condutor neutro em esquemas TN e TT, em sistemas trifásicos com
neutro, bifásicos com neutro e monofásicos a três condutores;
b. Falta à terra envolvendo qualquer dos condutores de fase em um esquema IT.
No caso b, os componentes da instalação elétrica devem ser selecionados
de forma a que sua tensão nominal de isolamento seja pelo menos igual ao valor da
tensão nominal entre fases da instalação. No caso a, deve-se adotar idêntica
providência quando tais sobretensões, associadas à probabilidade de ocorrência,
constituírem um risco inaceitável.
Deve ser provida proteção contra sobretensões transitórias, por meio de
Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPSs) ou por outros meios que garantam
uma atenuação das sobretensões no mínimo equivalente aos DPSs, e quando a
instalação for alimentada por linha total ou parcialmente aérea, ou incluir ela própria
linha, e se situar em região sob condições de influências externas AQ2 (mais de 25
dias de trovoadas por ano).
Devem ser tomadas precauções para evitar que uma queda de tensão ou
uma falta total de tensão, associada ou não ao posterior restabelecimento desta
tensão, venha a causar perigo para as pessoas ou danos a uma parte da instalação,
a equipamentos de utilização ou aos bens em geral. O uso de dispositivos de
proteção contra quedas e faltas de tensão pode não ser necessário se os danos a
que a instalação e os equipamentos estão sujeitos, nesse particular, representarem
um risco aceitável e desde que não haja perigo para pessoas.
Para proteção contra quedas e faltas de tensão podem ser usados, por
exemplo:
a. Relés ou disparadores de subtensão atuando sobre contatores ou disjuntores;
b. Contatores providos de contato auxiliar de auto-alimentação
A atuação dos dispositivos de proteção contra quedas e faltas de tensão
pode ser temporizada, se o equipamento protegido puder admitir, sem
inconvenientes, uma falta ou queda de tensão de curta duração.
Se forem utilizados contatores, a temporização na abertura ou no
fechamento não deve, em nenhuma circunstância, impedir o seccionamento
instantâneo imposto pela atuação de outros dispositivos de comando e proteção.
Quando o religamento de um dispositivo de proteção for suscetível de
causar uma situação de perigo, esse religamento não deve ser automático.
46
No quadro de carga é onde se pode ter uma visão geral de todo o projeto.
As informações mais importantes estão nesse quadro. Aqui, deverá ser apresentada
a planilha de cargas agrupadas por circuitos alimentadores dos quadros de medição
e por circuitos alimentadores gerais, bem como suas demandas, proteções,
eletrodutos, condutores e equilíbrio de fases.
Na engenharia básica, define-se a carga de cada unidade consumidora, a
carga total e a demanda geral do sistema. Define-se também os quadros de
medidores (QMs).
Usando o exemplo utilizado na engenharia básica, tem-se o seguinte quadro
18, 20 e 22 com as cargas de todos os consumidores agrupados por QMs e pelo
Medidor de Serviço. É mostrado também nestes quadros, a demanda desses QMs e
do Medidor de Serviço. O dimensionamento dos cabos alimentadores, dos
eletrodutos e da proteção de seus circuitos é feito baseado na carga total, para os
apartamentos, e baseado na demanda calculada, para os QMs.
Com os quadros 18, 20 e 21, dimensiona-se os equipamentos, condutores,
dispositivos e materiais das instalações elétricas. Para os apartamentos, será usada
a carga instalada, e para o quadro de medidores, será usada a demanda calculada.
Portanto:
Apartamentos tipos:
Carga = 36.300 W (Trifásico)
Corrente = 95,27 A
Disjuntor = 100 A
Condutores fase e neutro – Cabos de cobre 4#35 mm2 PVC 70°.
Condutores de aterramento – Cobre nu 16 mm2.
Eletroduto – 60 mm (2 pol)
Quadro de medidores:
Demanda: 113.559,2 VA
Corrente: 298,06 A
Disjuntor = 300 A
Condutores fase e neutro - Cabos de cobre 4#185 mm2 PVC 70°.
48
desse quadro, por meio de vistas frontal e interna. Para o Medidor de Serviço, serão
mostrado os detalhes construtivos, usando-se a sua vista frontal.
A câmara de transformação deverá ser provida de uma porta exterior, com duas
folhas abrindo para fora, com dimensões mínimas 2,00 x 0,90m por folha e possuir
dispositivo para fechamento à cadeado, devendo a chave ficar em poder da
ESCELSA, quando nela estiverem instalados equipamentos de sua propriedade.
Sua construção será de modo a resistir a fogo interno durante um mínimo de 3
horas, sendo para tal constituída de chapas duplas e alma de amianto.
60
Fonte: NOR-TEC-01
Fonte: NOR-TEC-01
5. PROJETO TELEFÔNICO
A caixa acima possui dois blocos terminais (BLI - 10) e um cabo CI50-20,
que significa um cabo de capacidade de 20 pares terminados de condutores, sendo
estes com 0,50 mm de diâmetro.
O tamanho da caixa e o número de blocos terminais dependerão da carga
prevista para ser atendida no andar.
74
Para um prédio que possua dois apartamentos de três quartos por andar,
este precisará de dois pontos telefônicos para cada apartamento (Ver Quadro 26
abaixo), ou seja, quatro pares por andar. Dessa forma, a Caixa de Distribuição no
andar poderá conter um bloco terminal (BLI-10 – que possui a capacidade de 10
pares), com a chegada de um cabo CI50-10.
Caso o prédio tenha oito apartamentos de dois quartos por andar, será
necessário na caixa de distribuição do andar pelo menos 8 pares terminados.
A quantidade de pares terminados por apartamento pode ser obtido pelo
Quadro 26.
Quadro 26 – Quantificação de Pontos Telefônicos
Nos edifícios com poços de elevação, cada andar deve ser atendido
diretamente por um cabo de capacidade adequada que parte do Distribuidor Geral
do edifício e termina naquela caixa de distribuição. Esses cabos devem ser
dimensionados em função do número de pares terminados em cada caixa de
distribuição ligada à prumada.
Esse tipo de configuração de rede de cabos primários permite o uso de
cabos de baixa capacidade e proporciona mais flexibilidade às modificações futuras
que possam ser necessárias.
75
Os cabos que atendem aos andares não devem, sempre que possível,
terminar diretamente nos cubículos dos andares. Os prédios que possuem poço de
elevação, em geral comportam várias caixas de distribuição por andar, sendo então
preferível instalar os blocos terminais nessas caixas ao invés de instalá-los nos
cubículos. Estes devem ser deixados apenas para a passagem e emenda dos
cabos.
casos, a disposição dos cabos e blocos pode ser determinada por analogia com as
caixas que contenham quantidades menores de blocos.
Os blocos devem ser dispostos em seqüência, iniciando-se a ocupação de
cima para baixo. Os blocos devem ser dispostos com maior comprimento na
horizontal.
No lado da rede externa os blocos devem ser instalados de baixo para cima
e da esquerda para a direita, a partir da linha horizontal e imaginária e a 5
centímetros desta. No lado da rede interna, os blocos devem ser instalados de cima
para baixo e da esquerda para a direita, a partir da linha horizontal imaginária e a 5
centímetros desta.
Entre os dois conjuntos de blocos, sobre a linha horizontal imaginária,
devem ser colocados anéis de guia com rosca soberba para servirem de guia para a
passagem de fios tipo FDG.
Os blocos terminais devem ser instalados com seu maior comprimento na
horizontal. Ao lado de cada fileira de blocos e a 4 centímetros destas devem ser
instalados anéis de guia com rosca soberba.
Os cabos da rede interna que saem da caixa de distribuição geral e os cabos
da rede externa que entram na caixa devem ser fixados através de suportes para
cabo de tamanho adequado.
84
Nas caixas de distribuição, a emenda dos cabos CI deve ficar, sempre que
possível, encostada na parede da caixa e no lado esquerdo da mesma, quando esta
é olhada de frente. No entanto, dependendo da tubulação e do tipo de emenda a ser
executada, o lado escolhido pode ser o outro, desde que ofereça melhores
condições para a execução da emenda e para melhor aproveitamento do cabo e do
espaço interno da caixa.
O pedaço de cabo que vai desde a emenda até os blocos terminais deve ter
um comprimento tal que permita que o mesmo percorra toda a extensão ocupada
pelos blocos, deixando-se um comprimento de cabo suficiente para a execução das
formas de terminação.
O comprimento total do cabo necessário à execução da forma deve ser igual
ao comprimento total dos blocos instalados mais 40 centímetros. O cabo deve estar
na posição definitiva da forma. A forma inicia-se logo após a curvatura do cabo e a
10 centímetros da fileira mais próxima de blocos terminais.
Na terminação dos cabos nas caixas de distribuição podem ocorrer os
seguintes casos:
Os cabos da rede interna (cabo CI) devem obedecer aos raios mínimos de
curvatura apontados no Quadro 27. Dessa forma, ao se determinar o comprimento
dos cabos da rede interna, esses raios mínimos de curvatura devem ser
considerados.
6.1. Introdução
Figura 51 - Simples acionador de lâmpada ao cair do sol, com controle automático e manual
diferente dos jatos d'água das mangueiras, que acabam estragando as plantas e
flores mais delicadas.
A irrigação pode ser programada para ser executada várias vezes num dia,
devendo-se escolher os horários mais adequados para cada tipo de planta ou
localização no jardim. Irrigar durante a noite tem a vantagem da menor evaporação e
maior absorção da água. Além disso, o sistema pode ser programado para funcionar
diariamente ou a cada 2, 3 ou 5 dias, dependendo da estação do ano.
Projeta-se a irrigação em diversos setores, para que se possa fornecer as
quantidades adequadas de água. Assim, o dimensionamento do sistema leva em
consideração a área a ser irrigada (se está em local ensolarado ou com sombra),
tipos de plantas e aspersores, vazão total necessária e o clima local determinado
pelo índice de evapo-transpiração. Esse índice mede a água perdida por evaporação
no solo e por sua superfície e pela transpiração, que é a água efetivamente utilizada
pela planta.
E se chover? O sistema tem um sensor de umidade no solo, que irá
bloquear o comando elétrico de acionamento da bomba e válvulas, caso não haja a
necessidade de irrigação.
O controlador, o cérebro do sistema, é a peça que completa a irrigação
automática. Com ele é possível programar os horários de irrigação, ligando e
desligando os diversos setores em tempos determinados em uma simples operação.
Deve-se prever também um circuito de energia elétrica para alimentação da
bomba, válvulas e controlador, e a conexão com o sistema de automação
residencial, se existir.
O custo da instalação varia conforme o tamanho e formato do jardim, tipos
de aspersores utilizados e tipos de plantas. Quanto mais regular e ampla for a área,
mais barato será o metro quadrado de implantação.
O período de instalação de um sistema gira em torno de uma semana e o
seu custo de manutenção é muito baixo.
100
Há outros módulos, mas os principais são esses para que se possa entender
o sistema. Na figura 57 abaixo é mostrado um diagrama de instalação dos
componentes do sistema IHC. Na figura, pode-se observar que um sensor de
presença, o pulsador e o detector de gás estão ligados ao IHC Input 24, que é o
módulo de entrada 24 V. Por meio desse módulos os sensores, pulsadores e
detectores podem se comunicar com a central. Quando uma das entradas é
acionada, o módulo de entrada comunica a central. Esta, por sua vez, está
programada para ligar determinada saída neste momento. O comando que sai a
central chega ao módulo de saída, que ativa o equipamento de saída.
Fonte: NOR-TEC-01
109
CONCLUSÕES
residências. Foram faladas também neste capítulo algumas aplicações mais usadas
na automação residencial.
No capítulo 7, comentou-se da importância do Auto-Cad para o
desenvolvimento de um projeto, e sobre a existência de softwares no mercado que
se propõem a facilitar o trabalho de um projetista em vários aspectos, tanto como
desenhos quanto cálculos. Foi falado também sobre a possibilidade de se utilizar o
Excel como ferramenta de cálculos.
Fica como sugestão para trabalhos futuros o desenvolvimento de uma
pesquisa mais aprofundada para o projeto telefônico ou o de automação, visto que
são duas áreas muito ricas em assunto, e o presente trabalho se limitou dar apenas
uma introdução nesses assuntos.
112
APÊNDICE A
Fonte: CODI
113
Fonte: CODI
114
Quadro 31 - Determinação da potência (kVA) em função da quantidade de motores
a) Motores Trifásicos
b) Motores monofásicos
Fonte: CODI
115
APÊNDICE B
Situações 1, 2 e 3
Definem-se, em função das influências externas BB (Quadro 31) e BC (Quadro 32),
as situações 1, 2 e 3 caracterizadas no Quadro 33. Para uma combinação de
influências externas BB e BC, a situação a ser considerada é a mais severa ditada
por qualquer das influências externas (BB ou BC) isoladamente.
Quadro 35 – Situações 1, 2 e 3
Condição de influência externa Situação
BB1, BB2 Situação 1
BC1, BC2, BC3 Situação 1
BB3 Situação 2
BC4 Situação 2
BB4 Situação 3
Notas
1 Alguns exemplos de situação 2:
- áreas externas (jardins, feiras, etc);
- canteiro de obras;
- estabelecimentos agropecuários;
- áreas de acampamento e de estacionamento de veículos especiais e reboques
- dependência interiores molhadas em uso normal.
2 Um exemplo da situação 3, que corresponde aos casos de corpo imerso, é o interior de banheiras e piscinas.
Fonte: NBR-5410
118
APÊNDICE C
À
Espírito Santo Centrais Elétricas S.A.
Prezados Senhores,
1. LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL
Rua/Avenida ( )
Bairro ( )
Localidade ( ) Município ( )
no de condomínios ( )
no de apartamentos ( )
no de lojas ( )
no de salas ( )
no de escritórios ( )
Outros (especificar) ( )
Condomínios ( )m2
Apartamentos ( )m2
Lojas ( )m2
Salas ( )m2
Escritórios ( )m2
Outros (especificar) ( )m2
5.2.1 - Plantas de arquitetura dos pisos do edifício, que tenham locais destinados à
instalações de equipamentos da ESCELSA (medidores, câmara de transformação, etc).
Atenciosamente,
120
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] ABNT NBR 5410, 2004. Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Associação
Brasileira de Normas Técnicas
[2] ABNT NBR 5419, 2001. Proteção de Estruturas contra descargas atmosféricas.
Associação Brasileira de Normas Técnicas