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Reportagem

tenso que viveu dentro do Barracuda. “Foi em 2001, no mar


do Norte. Um exercício a 146 metros de profundidade com
um submarino de socorro semelhante ao que era para res-
gatar o Kursk. Criou algum receio porque tínhamos pouco
conhecimento e tendo em conta o que aconteceu...”. Refe-
ria-se ao acidente que aconteceu com o submarino nuclear
russo em Agosto de 2000. O comandante entende que de-
pois desse desastre o moral das tropas não foi afectado: “A
tripulação está consciente dos riscos que corre. São riscos
calculados”.

“TEM AÍ UM BLOCO DE NOTAS?” 17 horas. O Barracuda mer-


gulha para as profundezas. Vai descer até aos 50 metros. A
sala de controlo está uma azáfama com o sargento Cerquei-
ra a vociferar ordens para manter o equilíbrio do navio. Ma-
nobram-se os lemes e abrem-se e fecham-se válvulas, como
se de um órgão de tubos se tratasse. O submarino inclina-se
e demora alguns minutos a chegar à profundidade pedida
pelo comandante. Na calma das profundezas, Mamede Al-
ves pede um bloco de notas para explicar os motivos para o
investimento de quase mil milhões de euros em dois novos
submarinos. Desenha um mapa de Portugal continental e
ilhas e, ao lado, representa-os com pontinhos minúsculos

8 | 29.08.2008 - CASUAL

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