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Isabel Henriques 1
Pontos fracos da teoria de Wegener
 Wegener não conseguiu responder de uma
forma satisfatória à à questão mais Harol Jeffreys
fundamental levantada pelos críticos: que
tipo de forças poderiam ser suficientemente
poderosas para mover enormes massas de
rocha sólida como os continentes a tão
grandes distâncias?
 Wegener sugeriu que os continentes
simplesmente deslizariam sobre os fundos
oceânicos.
 Harol Jeffreys, um geofísico Inglês de
renome, contrapôs, acertadamente, que
seria fisicamente impossível mover uma
grande massa de rocha sólida em
deslizamento sobre o fundo oceânico sem
que esta se partisse.
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Pontos fracos da teoria de Wegener
 Baixo estatuto da meteorologia entre os cientistas da
época;
 Apresentação da teoria na sua língua natal - o alemão;
 Momento da apresentação ter coincidido com advento da
primeira guerra mundial.
Estes factos fizeram com que as suas ideias demorassem a
ser conhecidas, e, posteriormente, a ter aceitação por parte
da comunidade científica anglo-americana.
Desta forma a teoria de Wegener deparou com forte
contestação, sendo, a partir de 1924, contrariada por um
movimento "liderado" pelo próprio Jeffreys para quem o
contraccionismo continuava, apesar de tudo, a explicar a
morfologia e distribuição dos continentes de maneira
satisfatória.

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Avanços da Geologia
 Geologia começa por ser uma
ciência meramente descritiva.
 O interesse por matérias minerais
leva à Cartografia Geológica
sistemática.
 A Estratigrafia e Paleontologia
dão-nos a conhecer a sucessão das
paisagens que povoaram a Terra –
Paleogeografia.
 O desenvolvimento da Sismologia
(1930 – 1950) permitem
estabelecer o Modelo da
Estrutura da Terra.
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Avanços da Geologia
 Com a 2ª Guerra Mundial desenvolvem-
se os sonares. Após a guerra EUA e URSS
investem em navios oceanográficos
(recolhem sedimentos, rochas duras,
medem campo magnético terrestre, …)
 Mais tarde mede-se também fluxos de
calor que se escapam através dos
fundos oceânicos e estuda-se a geofísica
dos materiais.
 1948 – radiocronologia permite a
datação absoluta das formações.
 Avanços da tecnologia permitem a
produção de rochas em laboratório =>
origem do granito e do basalto =>
compreender a formação da crusta e do
núcleo terrestres.
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Renascer da teoria de Wegener
 Em 1925, a teoria de Wegener ganha
um novo fôlego quando Holmes, um
físico que fazia investigações
radiométricas, argumentou, baseado
nestas investigações, que a terra não
poderia estar a arrefecer
continuamente.
 No entanto, anos mais tarde, novas
evidências, relacionadas com a
exploração da superfície dos fundos
oceânicos, assim como outros estudos,
revitalizaram o interesse na teoria de
Wegener, conduzido à sua reavaliação
e, finalmente, ao desenvolvimento da
Teoria da Tectónica de placas.

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Tectónica de placas
 Demonstração da superfície irregular e
juventude geológica dos fundos oceânicos;
 Confirmação de reversões repetitivas do
campo magnético da Terra ao longo do seu
passado geológico e a interpretação do
padrão de bandas magnéticas dos fundos
oceânicos ;
 Emergência da hipótese do alastramento
do fundo oceânico associada a fenómenos
de "reciclagem" da crosta;
 Acumulação de documentação precisa
sobre a distribuição da actividade sísmica e
vulcânica sobretudo ao longo das fossas e
cadeias montanhosas submarinas.

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Para observar os movimentos da Terra e saber mais
sobre o aspecto que o mundo poderá ter no futuro,
podes visitar www.scotese.com/newpage13.htm

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Contributos tecnológicos
para a formulação da
Teoria da Tectónica de
Placas:

 Oceanografia.

 Paleomagnetismo.

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Oceanografia
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a
tecnologia para a detecção de submarinos permitiu
recolher novos dados sobre o relevo dos oceanos.

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 Oceanografia

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 Oceanografia

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 Oceanografia

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Oceanografia
 O estudo da morfologia dos fundos
oceânicos permitiu descobrir novas
cadeias montanhosas submersas que
constituem importantes
alinhamentos por todo o globo,
como por exemplo a dorsal médio-
oceânica presente no Oceano
Atlântico .

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Oceanografia
 Em 1962, o geólogo Harry Hess constatou que as montanhas de
um dos lados do rifte eram um perfeito espelho das que existiam
do outro lado.
 As cadeias montanhosas contrastavam com as planícies abissais,
que se caracterizavam por serem profundas e planas.
 A existência de ilhas vulcânicas na proximidade dos riftes e das
fossas oceânicas permitiu estudar as rochas vulcânicas expelidas
pelos vulcões.
 Com base nestes estudos, Hess defendia a expansão da crusta
oceânica ao nível dos riftes e a sua destruição nas fossas
oceânicas, originando os arcos insulares.

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Oceanografia
 Dorsal médio-oceânica
Elevação contínua nos fundos das principais bacias oceânicas.
 Rifte
Fissura por onde ocorre a emissão de elevados volumes de
magma. No geral, os riftes localizam-se na dorsal médio-
oceânica onde ocorre a expansão dos oceanos.
 Planície abissal
Grande extensão plana do fundo oceânico muito profundo.
 Ilhas vulcânicas
Ilhas resultantes da acumulação de lava. Tendem a localizar-
se na proximidade dos riftes ou fossas oceânicas.
Plataforma Continental
Planície Abissal Dorsal Planície Abissal

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Paleomagnetismo
 A Terra possui um campo magnético,
comportando-se como um íman
gigante.
 Uma das explicações mais aceites
para a origem deste magnetismo
deve-se ao facto de os materiais
(ferro e níquel) existentes no núcleo
externo estarem em rotação.
 Este movimento produz uma
corrente eléctrica responsável pela
existência do campo magnético
terrestre.

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Paleomagnetismo
 Esta propriedade magnética é
responsável pela orientação de todos
os objectos magnetizáveis, como por
exemplo as bússolas, no sentido do
pólo norte magnético.
 Quando o pólo norte magnético está
perto do pólo norte geográfico origina
uma anomalia positiva ou normal
 Quando o pólo norte magnético sofre
uma inversão de polaridade e passa a
apontar para Sul ocorre uma anomalia
negativa ou inversa.
 Actualmente, o pólo norte magnético
não coincide totalmente com o pólo
norte geográfico, existindo uma
anomalia positiva com desfasamento.

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Paleomagnetismo

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Paleomagnetismo
 Alguns minerais sofrem
magnetização quando se formam.
 Na magnetite, mineral rico em ferro
e comum nas rochas basálticas, as
partículas magnéticas alinham-se
paralelamente ao campo magnético
quando a temperatura desce abaixo
dos 580 °C.
 Com o abaixamento progressivo da
temperatura os minerais deixam de
sofrer magnetização, mantendo a
orientação magnética do momento
da sua formação.
 Esta propriedade é essencial para
estudar o paleomagnetismo.
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Paleomagnetismo
 A presença de minerais magnetizáveis
torna os basaltos importantes para o
estudo do paleomagnetismo dos
fundos oceânicos.
 O registo do magnetismo presente nas
rochas só foi possível com o
desenvolvimento de aparelhos
altamente sensíveis para detectar a
orientação magnética dos minerais das
rochas.
 Este avanço deve-se ao físico Patrick
Blackett, que foi laureado com o
prémio Nobel da Física em 1948. Para
além desses instrumentos, diversos
navios foram essenciais para estudar
os inacessíveis fundos oceânicos,
destacando-se o JOIDES RESOLUTION.
JOIDES RESOLUTION
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Paleomagnetismo
 Magnetismo remanescente nas
rochas desde o momento da sua
formação e que permite
determinar a localização dos pólos
magnéticos e a posição das rochas
quando se formaram.
 A cartografia do paleomagnetismo
nos fundos oceânicos permitiu
verificar a alternância de
anomalias magnéticas sob a forma
de bandas paralelas nas duas
margens da dorsal médio-oceânica.
 Estas observações permitiram
concluir que ocorre a expansão dos
fundos oceânicos ao nível das
dorsais médio-oceânicas.
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 Paleomagnetismo
Os dados de
paleomagnetismo
revelaram a existência de
um padrão de bandas
dispostos simetricamente
em relação às cristas das
dorsais.

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Paleomagnetismo

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Paleomagnetismo

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 Em 1928, Arthur Holmes
propõe a hipótese de
movimentos de convecção no
manto como motor da deriva
dos continentes.

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A expansão dos fundos
oceânicos explica a
presença de crusta de
idades mais recentes na
proximidade dos riftes.

Na proximidade das fossas


oceânicas detecta-se a
presença da crusta oceânica
mais antiga, cuja idade pode
atingir os 180 M.a.

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Grandes falhas
formavam uma
rede global que
dividia a litosfera
terrestre em
placas
litosféricas.
Limite divergente Limite convergente Limite transformante

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Limite Divergente
 Ocorre a formação de nova
crusta oceânica, ao longo do
rifte.
 As duas placas litosféricas
deslocam-se em sentidos
opostos.
 A maioria destes limites localiza-
se nos fundos oceânicos, nas
bacias dos oceanos Atlântico,
Índico e Pacífico.
 Nestes limites que ocorre a
expansão dos fundos oceânicos.
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Limite Convergente
 Cada uma das placas desloca-se no
sentido da outra, chocando entre si.
 No limite entre uma placa continental
e uma placa oceânica forma-se uma
região de subducção, com mergulho
da placa oceânica, que destruída
(por exemplo, os Andes).
 Na colisão de duas placas de natureza
oceânica forma-se um arco insular
vulcânico (por exemplo, Arquipélago
das Marianas).
 Quando duas placas continentais
chocam formam cadeias montanhosas
(por exemplo, os Himalaias).
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Limite Conservativo
 As placas deslizam uma em
relação outra, no ocorrendo
formação ou destruição de placas
litosféricas.
 A falha de Santo André, na
Califórnia (EUA), um exemplo em
que duas placas deslizam,
movimentando-se lateralmente.
 São abundantes na proximidade
dos riftes.
 Estes limites são classificados por
falhas transformantes.
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A Teoria da Tectónica de Placas permite explicar:

O movimento das placas litosféricas à superfície do globo.

O padrão dos fenómenos vulcânicos e sísmicos, bem como a sua variação ao


longo do tempo, em resultado da modificação dos limites de placas.

A formação de novos oceanos, por instalação de um rifte, bem como a sua


evolução para bacias sedimentares de dimensões variáveis.

O fecho dos oceanos, num quadro tectónico de limite convergente, em que os


materiais rochosos sofrem intensa deformação, originando montanhas.

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Professora Isabel
Henriques
Disciplina de Geologia
12º Ano
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