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1. INTRODUÇÃO
2. OBJECTIVO
3. METODOLOGIA
216 itens. Para além destes, o SDS contém mais 12 itens cujos conteúdos caracterizam
as habilidades, subsidiárias aos seis tipos - Mecânica, Manuais, Científica, Matemática,
Artística, Musical, Relacionamento, Ensino, Vendas, Gestão, Escritório e Administrativa.
Este é um instrumento de resposta normativa, que pode ser auto-corrigido e a
informação dos resultados é transmitida num código de 3 letras, que traduz os 3
resultados mais elevados, com referência à taxonomia RIASEC. O SDS é adequado a
partir dos 14-15 anos e a sua aplicação pode ser individual ou colectiva.
3.2. Amostras
A amostra de Portugal é constituída por 272 estudantes do 12º ano, 117 rapazes e
155 raparigas, com idades entre os 16 e os 21 anos, com média de 17.34. Os alunos
pertencem a escolas da região de Lisboa, Cascais, Mem Martins e Évora, e frequentam
os cursos de ciências e tecnologias (36%), ciências sócio-económicas (9%), línguas e
literaturas (33%), artes visuais (11%) e tecnológico de acção social (3%).
Os participantes da amostra do Brasil são 497 estudantes do último ano do ensino
médio (equivalente em número de anos e final de ciclo ao 12º ano), de uma cidade do
interior de S. Paulo. As idades dos participantes estão compreendidas entre 16 e 21
anos, com média 16,99, sendo 295 raparigas e 202 rapazes.
4.3. Correlações
TABELA 6 – Síntese da análise factorial dos resultados dos itens, com rotação varimax
(saturações superiores a |.30|).
Factor Amostra de Portugal Amostra do Brasil
32 itens da escala Realista; itens das 33 itens da escala Convencional, itens das
1
habilidades mecânicas e manuais. habilidades administrativa, escritório,
matemática e gestão.
34 itens da escala Convencional, 6 itens 33 itens da escala Realista, itens das
2
da escala Empreendedor; itens das habilidades mecânica e manuais.
habilidades vendas, escritório,
matemática e administrativa.
34 itens da escala Social; itens das 34 itens da escala Artístico, itens das
3
habilidades ensino, relacionamento e habilidades artísticas e musicais.
saturação negativa de matemática.
31 itens da escala Empreendedor, 4 32 itens da escala Empreendedor; itens
4
itens de Convencional; itens das das habilidades administrativas, vendas e
habilidades administrativas, vendas e gestão.
gestão.
5 31 itens da escala Artístico; itens das 31 itens da escala Social, itens das
habilidades artísticas e musicais. habilidades ensino e relacionamento.
6 29 itens da escala Investigativo; itens 31 itens da escala Investigativo; itens da
das habilidades científica e matemática. habilidade científica.
TABELA 7 – Síntese da análise factorial dos resultados das subescalas do SDS, com rotação
varimax e saturações superiores a |.50|.
Amostra de Portugal
Factor 1 Factor 2 Factor 3 Factor 4
Empreendedor A Artistico A Realista A Social A
Empreendedor C1 Artistico C1 Realista C1 Social C1
Empreendedor C2 Artistico C2 Realista C2 Social C2
H. Vendas H. Artística H. Mecânica H. Relacionamento
H. Gestão H. Musical H. T. Manuais H. Escritório
H. Administrativa
Factor 5 Factor 6 Factor 7
Investigativo A Convencional A H. Escritório
Investigativo C1 Convencional C1 H. Relacionamento
Investigativo C2 Convencional C2 H. Matemática
H. Científica H. Escritório
Amostra do Brasil
Factor 1 Factor 2 Factor 3 Factor 4
Artistico A Realista A Convencional A Social A
Artistico C1 Realista C1 Convencional C1 Social C1
Artistico C2 Realista C2 Convencional C2 Social C2
H. Artística H. Mecânica H. Matemática H. Relacionamento
H. Musical H. T. Manuais H. Escriturário H. Escritório
H. Administrativa
Factor 5 Factor 6 Factor 7
Empreendedor A Investigativo A H. Escritório
Empreendedor C1 Investigativo C1 H. Vendas
Empreendedor C2 Investigativo C2 H. Gestão
H. Gestão H. Científica H. Administrativa
H. Vendas
Nota: A-Actividades, C1- Competências, C2- Carreiras, H- Habilidades
As estruturas factoriais das amostras dos dois países têm grandes semelhanças,
confirmando a natureza dos tipos, tal como era teoricamente esperado.
5. CONCLUSÕES
Nas amostras dos dois países, os dados indiciam homogeneidade da medida nas
duas culturas. As soluções factoriais dos itens e das subescalas têm também grandes
similitudes nas amostras dos dois países. Em ambas as situações identificam-se seis
factores ortogonais com correspondência aos seis tipos preconizados pela teoria da
personalidade de Holland (1997), sublinhando-se a relação entre os resultados das
habilidades e os das escalas dos tipos.
Estes resultados corroboram ainda o princípio teórico de que os tipos são
dimensões gerais agregadoras dos interesses por actividades, das competências, dos
interesses de carreira e das percepções pessoais das habilidades. Os indicadores
procedentes das correlações sugerem a natureza complexa dos tipos e sustentam a
organização RIASEC, designadamente os conceitos de consistência e de calculus, sendo
os coeficientes das escalas adjacentes mais expressivos na amostra do Brasil.
Nos dois países, o carácter sistemático das diferenças dos resultados médios dos
rapazes e das raparigas coloca, uma vez mais, a ênfase nas questões que associam a
construção social do género aos interesses, independentemente do contexto cultural.
Como conclusão final, sublinha-se a constância e a convergência dos resultados
nos dois países, confirmando a organização RIASEC dos seis tipos de personalidade,
independentemente da cultura. O conjunto dos dados apoia a natureza intercultural da
medida SDS e da própria teoria de J. Holland (1997).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS