You are on page 1of 5

Monitoria de Filosofia Geral e do Direito

Período Socrático

O período socrático é oriundo da democracia ateniense. O pensamento deixou


de ser cosmológico e passou a ser antropológico. A arké agora vai ser o SER
HUMANO.

 SOFISTAS

Eram os filhos da democracia ateniense.


Eram professores de retórica, persuasão. Cobravam pelo o que ensinavam e
são taxados de “prostitutos do saber”
Seus principais pensadores foram: GÓRGIAS e PROTÁGORAS.
Para os sofistas a verdade tem que ser relativa. Se a verdade é relativa, logo,
a moral é relativa. A posição dos sofistas destrói o Direito.

“O homem é a medida de todas as coisas”


Protágoras

 SÓCRATES

Não deixou nada escrito, tudo o que se tem sobre Sócrates foi deixado pelos
seus discípulos:
*PLATÃO
*XENOFANTE
*ARISTÓFANES

O método de Sócrates era a maiêutica: partos de idéias.Considerava que o


próprio homem deveria conhecer o seu interior: “Conhece-te a ti
mesmo”.
Ironia socrática: “SÓ SEI QUE NADA SEI”. Destruir conceitos.
Sócrates foi inimigo da democracia.
Sócrates acredita na verdade absoluta, ele é o pai da ética, para ele existe
verdade, existe certo e errado e eles estão ligados.
Foi condenado a beber cicute por “introduzir novos deuses e corromper a
juventude”.
“Mais vale morrer por uma injustiça do que cometê-la.”
Sócrates

 PLATÃO

É considerado o primeiro grande pensador, deixou muitas obras, que está


quase intacta. Foi discípulo de Sócrates. Platão não era o seu verdadeiro
nome e sim Arístocles. Platão significa ombros largos.
Platão tinha grande influência na sociedade. Ele fundou a primeira escola de
ensino formal da Filosofia, a Academia.
Platão escreveu suas obras em diálogos, que somam vinte e sete. Existem
mais coisas sobre ele que um ser humano possa ler.

Monitoria de Filosofia – Mayara Ferreira Pá gina 1


Monitoria de Filosofia Geral e do Direito

Dos diálogos falaremos de quatro:

*REPÚBLICA; livro que trata da justiça


*BANQUETE; livro que fala do amor
*MÊNON; livro que fala do conhecimento
*FÉDON; livro que trata da imortalidade da alma

Linhas gerais do pensamento platônico:

Principal característica é que o platonismo é uma filosofia DUALISTA ->


ele dividiu a realidade entre dois mundos: o mundo das idéias e o mundo das
aparências.
Para Platão o mundo das idéias vem primeiro, é a fonte da realidade do
mundo. As idéias são indestrutíveis, eternas e imutáveis.
Já o mundo das aparências é o contrário do mundo das idéias, é mortal,
mutável e imperfeito. Platão diz que o mundo que vivemos é o mundo das
aparências, o mundo das cópias imperfeitas.
A grande dificuldade é descobrir como esse dois mundos se comunicam. O
mundo das idéias é acessível através da razão e o mundo das aparências
oriunda dos sentidos. A ligação entre esses dois mundos é a participação:
cópias imperfeitas do mundo das idéias.

*REPÚBLICA

A definição de República em Platão não vem do latim (coisa do povo). A


definição certa é “Politeia”, a cidade perfeita em que fala da justiça.

1. Justiça é um ideal. (perfeita e eterna)

2. Ligação entre o homem e a cidade. (quem não participava da vida


política não era um ser completo)
Para Platão a justiça mora no homem e na cidade, é uma característica deles.
Para Platão o homem justo guia suas emoções e desejos através da razão. A
justiça é uma HARMONIA, o homem justo é um homem equilibrado. A
cidade perfeita é a cidade que vive em harmonia social, na qual a Monarquia
guia a Aristocracia e a Democracia. Platão assim como todos os discípulos de
Sócrates era contra a democracia.
Ele dizia que para que a cidade perfeita existisse era necessário a extinção da
família, (por causa do nepotismo) e a extinção das artes (pois o povo ficava
muito preguiçoso).

Cidade justa é aquela que possui harmonia entre as suas classes.


Harmonia Social.

3. Educação é pressuposto da justiça.

Monitoria de Filosofia – Mayara Ferreira Pá gina 2


Monitoria de Filosofia Geral e do Direito

MITO DA CAVERNA

INTERPRETAÇÃO EPISTEMOLÓGICA

Elementos da narrativa:

1. Quebrar a corrente da razão;


2. Para atingir a verdade é preciso sofrer (luz do sol);
3. Volta: a sabedoria torna o homem bom;
4. Morte: crítica à cidade de Atenas.

EDUCAR É LIBERTAR, por isso é pressuposto da justiça.


A educação é um processo de liberação, apenas o homem livre ser justo.

*MÊNON

Diálogo platônico que trata do conhecimento.


O livro só tem três personagens: Sócrates, Mênon e um escravo.
Para Mênon, o conhecimento é uma propriedade das classes privilegiadas.
Sócrates era contrário a essa opinião de Mênon.
Para Sócrates, o conhecimento é sempre o conhecimento das idéias.
CONHECER É SEMPRE CONHECER AS IDEIAS.

Para Platão, conhecer é lembrar, Teoria da Reminiscência, o


conhecimento é inato. O ser humano já traz consigo o conhecimento.

Então, como explicar que as pessoas têm conhecimentos diferentes?


A explicação de Platão é a de que quando a pessoa morre vai para o mundo
das ideias e de lá é que as pessoas voltam para “reencarnar”, mas para voltar
tem que atravessar um rio (rio Letes – o rio do esquecimento), e ao
atravessá-lo teria que beber um copo da água do tal rio, daí à medida que ia
bebendo a água desse rio ia esquecendo o que sabia do mundo das ideias, só
que há pessoas que bebem mais e outras que bebem menos água desse rio.

*FÉDON

O livro que narra a imortalidade da alma.


Este livro fala dos últimos momentos da vida de Sócrates.
Para Sócrates, a alma é imortal, e a prova disso é que a imortalidade da alma
pode ser confirmada pela capacidade de conhecer. A alma é imortal, mas o
corpo é mortal.
Para Sócrates, a alma é um ideal, a alma é perfeita, a alma é eterna, a alma é
imutável.
Argumento de Sócrates para a imortalidade da alma:
O conhecimento é o conhecimento das ideias, as ideias são
sempre perfeitas, e o homem precisa de algo perfeito em sua
natureza para atingir as ideias que é a ALMA.

Monitoria de Filosofia – Mayara Ferreira Pá gina 3


Monitoria de Filosofia Geral e do Direito

*BANQUETE

Tema: AMOR

TEORIA DA ALMA GÊMEA

O amor é sempre a busca de sua outra metade. Platão vê o amor como um


castigo, pois faz do homem um ser inferior.

TEORIA DO AMOR PLATÔNICO

Para Platão o amor não é perfeito, não é um Deus. Amar é buscar alguma
coisa. O amor platônico é filho a riqueza com a pobreza.
*Riqueza – é o maior bem que se pode ter, não pode ser comprado.
*Pobreza – mostra o verdadeiro valor que as coisas não têm em si, dar valor
demais a coisas sem importância.
Amar é amar a beleza, a beleza da alma, não a beleza física.
Amar torna o homem melhor.
O bom, o belo e o verdadeiro andam juntos.

 ARISTÓTELES

Considerado o maior pensador da Grécia, mas não era grego ele nasceu em
Estagira na Macedônia.
Aos 17 anos Aristóteles entra na Academia de Platão que o chamava de “A
inteligência”.
Aristóteles fundou o Liceu, onde caminhavam pelos bosques - Peripatéticos.
Foi professor de Alexandre “o grande” do qual teve grande ajuda.

OBRAS:

*ÉTICA A NICÔMACO
*O ORGANON
*METAFISÍCA

ÉTICA A NICÔMACO

Nasce de uma observação do comportamento da sociedade.

*TEORIA DO MEIO TERMO


A virtude é o meio termo entre dois vícios.

[______________________[]_________________________]
+ coragem -
Covarde Temeridade

A virtude é o equilíbrio entre dois vícios.


A maior das virtudes é a moderação (frenesis)

Monitoria de Filosofia – Mayara Ferreira Pá gina 4


Monitoria de Filosofia Geral e do Direito

*TEORIA DA EUDAIMONIA (Teoria da Felicidade)

Associação entre o bem e a felicidade.


Busca da felicidade, para ser feliz tem que ser ético.

Monitoria de Filosofia – Mayara Ferreira Pá gina 5

You might also like