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PEROXISSOMOS

DESCOBERTA

Com base em evidências


bioquímicas e na capacidade da
catalase consumir o
peróxido de hidrogênio
gerado por oxidase, De Duve,
em 1965, propôs o nome “peroxissomos” , para a organela descoberta, por ser um
local de síntese do peróxido de hidrogênio (H2O2).

DEFINIÇÂO

O Peroxissomo é uma estrutura esférica constituída por uma matriz finamente


granular envolvida por uma única membrana que contêm enzimas envolvidas em uma
grande variedade de reações metabólicas. Ocorre em quase todas as células
eucariontes. O número de peroxissomos por célula, assim como o tamanho e forma
pode variar de acordo com diferentes tipos celulares. No homem, os peroxissomos são
particularmente abundantes no fígado e no rim e em menor número e tamanho nos
fibroplastos e no cérebro.

Embora os peroxissomos sejam morfologicamente similares aos lisossomos, eles são


montados como as mitocôndrias e cloroplastos por autorreplicação. Se diferem das
mitocôndrias e cloroplastos, porque estão envolvidos em um a única membrana e não
possuem DNA ou ribossomos.

Existem muito tipos de peroxissomos, de acordo com as enzimas ou conjunto de


enzimas no seu interior, e cada tipo celular contém um determinado tipo particular de
enzimas. As mais comuns: catalase, D-aminoácido oxidase e urato oxidase. Em células
com grande atividade peroxissomal, a grande concentração de enzimas, acarreta na
formação de um núcleo cristalóide (visível ao microscópio eletrônico).
São organelas multifuncionais. De acordo com seu metabolismo, os peroxissomos
têm sido classificados como especializados ou não, como: os glioxissomos e
glicossomos que são usados para designar peroxissomos com algumas funções
específicas.

BIOLUMINÊNCIA DOS VAGA-LUMES

A emissão de luz realizada pelo vaga-lume é chamada de bioluminescência e


visa a comunicação biológica. A reação de produção de luz pelos vaga-lumes
ocorre na presença de uma enzima chamada luciferase. A luz é produzida
quando a molécula de luciferina é oxidada por oxigênio na presença da ATP
(adenosina trifosfato) e da enzima luciferase, sua energia em forma de luz, e
não de calor. “

Doenças Peroxissomais : A síndrome de Zellweger(ZS ) é uma doença hereditária rara ,


caracteriza por uma variedade de anormalidades neurológicas , visuais e hepáticas que
levam a morte durante o iníci da infância .Em 1973, Sidney Goldfischrer e seus colegas
na faculdade de medcina Alber Einstein relataram que células renais e hepáticas
desses pacientes não tinham peroxissomos não estavam completamente ausentes das
células deses indivíduos mas , ao contrário , eles estavam presentes como fantasmas
membranosos vazios , ou seja , organelas sem as enzimas que eram normalmente
encontradas nos peroxissomos . Isso não significa que eses indivíduos são incapazes de
sintetizar enzimas peroxissomais , mas sim que enzimas não conseguem ser
importadas para dentro dos peroxissomos e permanecem em grandes quantidades no
citosol , onde elas são incapazes de realizar suas funções normais .Estudos genéticos
de células de pacientes portadores da ZS evidenciaram que o o distúrbio pode se
originar de mutações em pelo menos 11 genes diferentes , todos codificando
proteínas envolvidas na captação de enzimas peoxissomais do citosol. Estudos desses
distúrbios humanos receberam um estímulo quando foram descobertas linhagens de
levedura que exibiam defeitos similares na formação dos peroxissomos .Os genes
responsáveis por esses defeitos formal logos isolados inicialmente da levedura e então
de humanos . Os produtos desses genes funcionam como receptores para as proteínas
peroxissomais
Biogênese

O processo de formação dos peroxissomos ( a biogênese dos peroxissomos) teve a sua


primeira hipótese formulada por Novikoff e Skin (1964). Baseado principalmente na
justaposição entre a membrana do reticulo endoplasmático e a de peroxissomos eram
derivados de regiões do reticulo endoplasmático liso. Por causa da descoberta da
importação direta do citosol para o peroxissomo de varias proteínas da matriz e de
algumas proteínas de membrana fizeram abandonar essa proposta.

Em (1985) por Lazarow e Fujiki foi sugerido a biogênese a partir peroxissomos


preexistentes por fissão. A divisão dos peroxissomos por fissão deve ser antecedida
pelo crescimento da organela, envolve a importação das proteínas do citosol e a
transferência de fosfolipídios de membrana do reticulo endoplasmático. Essa
transferência por proteínas hidrossolúveis, que reconhecem tipos específicos de
fosfolipídios e os transportam de membranas ricas em lipídeos para outras deficientes
nessas moléculas.

Com a descoberta da importação de algumas proteínas da membrana dos


peroxissomos (PMP)

Via retículo endoplasmático reforçou a hipótese de um envolvimento deste na


biogênese de peroxissomos. O uso de levedura mutante para as proteínas
peroxissomais Pex3 e Pex19 demonstrou que após a síntese da primeira no retículo
endoplasmático, da o seu agrupamento na membrana e o brotamento em pequenas
vesículas. A ligação do Pex19 (uma proteína ligada a membrana por meio de um
agrupamento prenil) com a Pex3 é fundamental para que essas etapas aconteçam. As
pequenas vesículas então se fundem e dão origem a novas estruturas (pré-
peroxissomos), capazes de coordenar a importação das demais proteínas de
membrana e da matriz peroxissomal.

Os peroxissomos se dividem para a reposição das organelas que envelhecem e sofrem


autofagia e, também durante a divisão celular. A herança de peroxissomos durante a
divisão celular em um evento estocástico, sendo portanto, dependente da existência
de varias copias dessa organela dispersas pelo citoplasma no momento da citocinese a
dispersão casual dos paroxissomos acontecem apenas durante a divisão celular, pois
na interfase, eles encontram-se associados a microtúbulos. Essa associação garante
uma distribuição uniforme dos peroxissomos nas células interfásicas e auxilia na
movimentação dessa organela.
A proliferação de peroxissomos pode também ocorrer a respostas e estímulos
externos, originando um processo de divisão regulada, independente da mitose. Varias
drogas, entre elas as hipolipidêmicas e vários herbicidas provocam esse efeito. Após
encerrado o estimulo para proliferação homeostase celular relativa ao numero de
peroxissomos é restabelecida por autofagia.

Importação de proteínas

Peroxissomos são organelas muito simples que tem somente dois compartimentos nos
quais uma proteína importada pode ser alocada: a membrana limitante ou a matriz
interna. As proteínas destinadas aos peroxissomos possuem um sinal de
direcionamento peroxissomal, uma PTS( peroxissomal targeting signals)
A segmentação do sinal peroxisomal (PTS) é uma região
do peroxisomal proteína que os receptores reconhecem e se ligam a.

A seqüência sinalizadora mais amplamente observada dentre as proteínas da matriz


peroxissomal consiste no tripéptídeo serina-lisina –leucina(SKL) e suas variantes
funcionais

Os detalhes do processo ainda não são bem conhecidos, mas sabe-se que essas
seqüências de endereçamento são reconhecidas por proteínas do citosol que as
importam para os peroxissomos. Já foram identificadas e classificadas como
peroxinas mais de 20 proteínas que participam desse processo, que é movido pela
hidrólise de ATP, isto é,trata-se de um transporte ativo.
Diferentemente do que acontece na importação de proteínas em mitocôndrias e
cloroplastos, as proteínas peroxissomais são importadas na sua forma final, já
enoveladas, como também é o caso das proteínas exportadas para o núcleo. Também é
curioso assinalar que apex5 é uma peroxina que, após conduzir sua carga para dentro do
peroxissomo, libera-a e volta para o citossol.

Composição química e aspectos funcionais

Os peroxissomos são formados por uma única membrana protéica que possui enzimas
funcionais em sua matriz responsáveis pelas reações anabólicas como catabólicas as
funções exercidas pelos peroxissomos são:
Degradação de peróxido de hidrogênio

Varias oxidases participam do catabolismo peroxissomal como a acil-oxidase, a


D- aminoácido oxidase e a urato oxidase que são responsáveis pela produção do
peróxido de hidrogênio (H2O2) que degrada a célula promovendo a oxidação de vários
compostos como os aminoácidos. Então entram em ação os peroxissomos são
responsáveis pela catalase deste composto transformando o peróxido de hidrogênio em
uma molécula de oxigênio e duas de água que seria H2O transformando em moléculas
úteis a célula esse tipo de função ocorre também em moléculas pequenas como o etanol
e metanol.

Metabolismo de lipídios

Nesta função os peroxissomos são responsáveis pela função catabólica representada


pela beta-oxidação de ácidos graxos em fungos leveduras esse tipo de função e de total
responsabilidade dos peroxissomos já em células vegetais e animais a oxidação dos
ácidos graxos fica em predominância nos peroxissomos, mas ha casos que em pequena
parte fica pela responsabilidade das mitocôndrias, mas entre a oxidação de ácidos
graxos peroxissomal e mitocondrial sejam semelhantes, a cadeia enzimática que é
envolvida nesses processos é diferente como exemplo as enzimas peroxissomais são
inativas perante cadeias de ácidos graxos de tamanho médio e pequeno só acontece a
degradação em ácidos graxos de longa ou muito longas cadeias enquanto que na nas
mitocôndrias só ocorre em cadeias pequenas, medias e longas transformando os ácidos
graxos em acetil-CoA sendo ultilizado em sua maior parte em vias biosintética no
citosol e o resto é transportado para a mitocôndria que então pode participar do ciclo de
Krebs. Nas vias Biosintética de animais os glicerolipidios formados no peroxissomos é
exportado para o reticulo endoplasmático que dão origem ao plasmogenio responsável
por proteger a membrana por danos dos radicais livres.como a síntese do plasmogenio é
feita com ajuda o reticulo endoplasmático a do colesterol também é a mesma coisa, mas
se utiliza acetil-CoA com substrato inicial

Degradação do acido úrico

Os peroxissomos são responsáveis pelo acido úrico a enzima peroxissomal converto o


acido úrico em alantoína que é excretada por alguns repteis e mamíferos. Já a
degradação da alantoína é feita pelas enzimas mitocondriais que gera a uréia e amônia
portanto a enzima urato oxidase não é encontrada no homem mas sim em primatas, aves
e em alguns repteis que excretam acido úrico.

Ciclo do acido glioxílico

Isso só ocorre em protistas, plantas e animais inferiores as enzimas do ciclo glicoxílico é


uma variante do ciclo do ácido cítrico, mas como o exemplo as sementes que possuem
lipídios como reservas apresentam todas as enzimas do ciclo do acido glioxílico sendo
capazes de realizá-lo inteiramente.as enzimas glioxílicas são responsáveis pela
conversão de lipídios em carboidratos assim explica o fenômeno da germinação de
sementes.

Fotorrespiracao

Este processo esta bastante relacionado á fotossíntese devido pela responsabilidade de


partição de enzimas presentes no cloroplasto isso ocorre devido a enzima RuBisCO ( ribulose
bisfosfato carboxilase-oxidase ) a enzima RuBisCO tem como substrato a ribulose 1,5
bisfosfato. Quando a planta precisa fechar os estômatos devido a alta luminosidade e
temperatura evitando a desidratação a concentração de O2 sobe muito e o RuBisCO intensifica
sua atividade de oxidase que origina o fosfoglicerato,assim a planta recupra ¾ de átomos de
carbono pela oxidase da RuBisCO a junção morfológica entre cloroplastos , peroxissomos e
mitocôndrias evidencia a participação conjunta dessas organelas no processo de foto
respiração

Degradação de glicose em tripanossomatideos

Os tripanossomatideos caracterizam-se por possuírem grande parte das enzimas da via


glicolitica o compartilhamento dessa via catabólica nos glicossomos deve estar
relacionado a grande eficiência da atividade glicolitica encontrado nos
tripanossomatideos os glicossomos também realizam a beta oxidação de ácidos graxos
isso diz que há uma origem evolutiva entre os glicossomos e os peroxissomos.

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