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Odisseia

Ilustração de Jan Parker

Trabalho realizado por:


Disciplina: português
• Afonso Pereira;
• Mafalda;
2010/2011
• Margarida;
• Rodrigo Vitorino.
Escola EB 2.3 da Alapraia
Estrutura Fala-me, Musa, do homem astuto que tanto vagueou,
depois de que Tróia destruiu a cidadela sagrada.

A odisseia apresenta-se Muitos foram os povos cujas cidades observou,


dividida em XXIV Cantos. cujos espíritos conheceu; e foram muitos no mar
Os sofrimentos por que passou para salvar a vida,
para conseguir o retorno dos companheiros a suas casas.
Inicia-se com a Invocação e a
Proposição que constituem a Mas a eles, embora o quisesse, não logrou salvar.
primeira estrofe do longo Não, pereceram devido à sua loucura,
poema: insensatos, que devoraram o gado sagrado de Hiperíon,
o Sol – e assim lhes negou o deus o dia do retorno.
Destas coisas fala-nos agora, ó deusa, filho de Zeus.

Odisseia, tradução de Frederico Lourenço, Ed. Cotovia


O poeta dirige a sua Invocação à “Musa”, “filha de Zeus”, divindade protectora
das Artes. Ao enunciar o pedido – “Fala-me…” (1º verso), “fala-nos” (último
verso) – apresenta simultaneamente o assunto da obra, ou seja, aquilo que se
propõe contar – as aventuras vividas pelo “homem astuto”, Ulisses, o herói da
Odisseia, como se evidencia na narração.

Zeus Ulis
e ses
ad
a, filh
s
Mu
Narração
Dez anos volvidos sobre a destruição de Tróia, Ulisses encontra-se retido na
ilha da ninfa Calipso porque está apaixonada pelo Herói. Os deuses, reunidos em
consílio, decidem que se ordene a Calipso que não impeça a partida de Ulisses.
Atena, sua protectora, não se contenta com a decisão do consílio e vai ela própria a
Ítaca persuadir Telémaco, filho de Ulisses, a partir em busca do pai.

Telémaco dirige-se a Esparta e a Pilos onde é bem recebido, e onde lhe contam
histórias de Tróia e do que se sabe do regresso dos heróis gregos.
Entretanto, Ulisses constrói uma jangada com que se faz ao mar. Posídon, deus
do mar, inimigo de Ulisses, desencadeia uma tempestade de que o guerreiro se
salva a nado (com auxílio divino). É acolhido por Nausicaa, filha do rei dos Feaces,
Alcinoo. A pedido deste, Ulisses conta-lhe as aventuras passadas durante a viagem
encetada há dez anos (logo após a vitória na guerra de Tróia) até à chegada à ilha de
Calipso: aventuras perigosas, insidiosas, em que todos os companheiros de Ulisses
acabam por morrer.

Os Feaces transportam o Herói grego à sua terra


natal onde o depositam adormecido. Atena,
disfarçada de pastor, ensina ao guerreiro, também
ele disfarçado de velho mendigo, o que deve fazer
para recuperar os seus direitos.
Os pretendentes mão de Penélope, mulher de Ulisses e rainha de Ítaca, preparam uma
emboscada a Telémaco. Este consegue evitá-la, no seu regresso a Esparta, graças à ajuda
da deusa Atena que também opera o reencontro e reconhecimento pai/filho.

Ulisses acompanha Telémaco ao seu palácio, disfarçado de mendigo. Os sucessivos


reconhecimentos vão-se realizando a pouco e pouco: o do cão, o da ama de Ulisses,
posteriormente o de Penélope, que já desesperava de ver o marido, e por fim, o de Laertes,
o velho pai do Herói.

Com a ajuda de Telémaco e de alguns fiéis servidores, Ulisses mata os pretendentes,


castiga os servos infiéis e recupera totalmente os seus direitos de rei de Ítaca.
Ulisses e Penélope
Quando se organizaram as forças gregas
para a Guerra de Tróia, Ulisses tentou,
sem êxito, passar por louco. Quis assim
evitar entrar neste conflito, não por falta
de valentia , mas por amor a Penélope,

Penélope e os Pretendentes, pintura de sua esposa, que acabara de lhe dar um


Waterhouse (1912) filho.

Forçado a partir, todos os bens de Ulisses ficaram a cargo da mulher. Não tardou muito que
Penélope fosse considerada um bom partido. Os inúmeros pretendentes a quem recusava a
mão iam-se instalando no palácio de Ulisses, vivendo continuamente em clima de festa,
delapidando aos poucos a fortuna do casal, na continua esperança de que Penélope
acabasse por ceder.
Vendo que, apesar das suas constantes e veementes censuras, nada demovia
os pretendentes, Penélope arquitectou um plano astucioso: disse-lhes que
escolheria um deles para marido quando acabasse de tecer a mortalha de Laertes,
pai de Ulisses.

Esse dia nunca iria chegar porque Penélope desmanchava de noite o


trabalho que fazia de dia.

Essa lenda, narrada sobretudo na Odisseia, fez de Penélope um símbolo de


fidelidade conjugal.

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