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INTRODUÇÃO A MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS


CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA E EM COLUNA

OBJETIVOS

 Estudar o comportamento de substâncias orgânicas em termos de estrutura química versus


fenômeno adsorção/partição cromatográfica.
 Demonstrar experimentalmente princípios fundamentais da cromatografia.
 Empregar a técnica de cromatografia em camada delgada na análise uma amostra e utilizar o
Rf na identificação de compostos orgânicos usualmente presentes em diversas formulações
farmacêuticas.
 Empregar a técnica de cromatografia em coluna na purificação de compostos orgânicos.

LEITURA RECOMENDADA

Métodos de separação, cromatografia, fator de retenção, em livros de Química Analítica ou Química


Orgânica.

INTRODUÇÃO

Os termos cromatografia, cromatograma e método cromatográfico são atribuídos ao


botânico russo Mikhael S. Tswett, que em 1906 utilizou estes termos para descrever suas
experiências com extratos de folhas e gema de ovo. Tswett usou colunas de vidro contendo vários
sólidos finamente divididos através das quais filtrou os extratos, lavando-os a seguir com éter de
petróleo. Obteve assim, uma separação dos componentes em bandas coloridas ao longo das
colunas. Os termos derivam das palavras gregas chrom (cor) e graphe (escrever), embora o processo
não dependa da cor, exceto para facilitar a identificação dos componentes separados.
Existem várias técnicas cromatográficas, desde as mais simples, como cromatografia em
coluna ou camada fina, até as mais sofisticadas, como a cromatografia líquida de alta eficiência
(CLAE)1, que exigem aparelhagem complexa. Entre os métodos de análises as técnicas
cromatográficas ocupam um lugar de destaque na química e bioquímica devido à eficiência e
facilidade na separação, identificação e quantificação das espécies químicas presentes em uma
amostra, mesmo que constituída de misturas complexas.
A cromatografia é, fundamentalmente, um método físico-químico de separação dos
componentes de uma mistura, realizada por meio da distribuição dos mesmos entre duas fases em
íntimo contato. Uma das fases permanece estacionária enquanto a outra se move através dela.
Durante a passagem da fase móvel pela estacionária, os componentes de uma mistura se distribuem
entre elas, de tal forma que cada um dos componentes é retido seletivamente na fase estacionária,
de acordo com sua maior ou menor interação, resultando em migrações diferenciadas.
A cromatografia de adsorção baseia-se no grau de partição relativa das substâncias entre
uma fase líquida móvel (o eluente) e uma fase sólida estacionária (o adsorvente) geralmente a sílica-
gel (SiO2.xH2O) ou o óxido de alumínio (Al2O3). Outros adsorventes ocasionalmente usados são o
Florisil (um silicato de magnésio), o carvão ativo, o hidróxido de magnésio, o carbonato de cálcio,
certas poli-amidas e até mesmo o açúcar. O grau de adsorção depende de vários fatores, como a
quantidade de água presente na fase sólida (que será mais reativa quanto mais sêca estiver), da
estrutura da substância adsorvida (presença de grupos funcionais polares, capacidade de formar
ligações hidrogênio, etc.), da ocupação dos sítios ativos da fase sólida pelo solvente e da força
atrativa entre o soluto e o solvente (Figura 1).
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 
R Al2O3 O O Al O
R
N O Al C O HOAl
O H O R  R
H H C O
R
Figura 1. Algumas formas de visualizar as interações entre alumina e componentes orgânicos
de uma amostra. Estruturas similares poderiam ser escritas para a sílicagel.

Parte A - Cromatografia em camada delgada (CCD)

A cromatografia em camada delgada (CCD) é uma técnica de fácil execução, rotineiramente


usada no laboratório de química orgânica. Amostras muito pequenas (1-100g) podem ser
rapidamente analisadas. Devido à conveniência e rapidez usamos a técnica para: estabelecer se
dois compostos são idênticos, verificar a pureza de um composto, determinar o número de
componentes em uma mistura, determinar o solvente apropriado para separação em uma coluna
cromatográfica, monitorar a separação de uma mistura em uma coluna cromatográfica ou
acompanhar o progresso de uma reação.
A técnica consiste em aplicar uma camada fina do adsorvente finamente pulverizado
(geralmente sílica ou óxido de alumínio, às vezes adicionados de material fluorescente à luz ultra-
violeta) sobre uma placa lisa e plana (vidro ou alumínio). O adsorvente é fixado à placa por adição de
gesso ou álcool poli-vinílico. Alguns micro-litros de solução da amostra a ser examinada são
aplicados próximos a uma das bordas da placa, e a mesma imersa alguns milímetros em um eluente
mantido em recipiente fechado. O eluente, por força da capilaridade, percorre a fase fixa em
movimento ascendente, carreando consigo os componentes da amostra. Diferentes compostos
ascendem a diferentes alturas dependendo de suas estruturas moleculares. A técnica é
especialmente útil no caso de compostos pouco voláteis ou sensíveis ao calor, isto é, substâncias
para as quais a cromatografia em fase gasosa é inadequada.

Instruções gerais sobre a técnica CCD

A escolha do solvente de eluição (desenvolvimento) adequado é realizada da seguinte


maneira: uma solução da amostra nos vários solventes que se deseja testar é aplicada, por meio de
tubos capilares, sobre uma camada do adsorvente a ser usado (Figura 2). Quando o círculo do
solvente tiver atingido a posição final, o solvente apropriado é aquele que tiver arrastado a amostra a
cerca de 0,3 a 0,5 do raio do círculo do solvente (caso a amostra seja incolor é obviamente
necessário revelar a posição da substância eluída mediante uso de um reagente adequado!).

Figura 2. Escolha de solvente para a cromatografia em camada delgada


(a) Bom desenvolvimento. (b) Superdesenvolvimento. (c) Subdesenvolvimento.

Na Tabela 1 encontramos uma relação, em ordem crescente de polaridade, dos solventes


mais usados em cromatografia. Pode-se usar misturas de dois ou mais solventes como eluente, de
maneira a modular a polaridade. A mistura mais usada é a de acetato de etila com éter de petróleo ou
hexano, por ser constituída de solventes razoavelmente baratos, voláteis e de regular ou baixa
toxicidade.
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Éter de petróleo
Ciclohexano
Tetracloreto de carbono
Benzeno
Cloreto de metileno
Clorofórmio
Éter etílico
Acetato de etila
Piridina
Acetona
Álcool n-propílico
Etanol
Metanol
Água
Ácido acético
Tabela 1: Solventes cromatográficos em ordem crescente de polaridadea.
a
(polaridade, neste contexto, só tem sentido para a cromatografia e não coincide, necessariamente, com
a polaridade medida, por exemplo, pela constante dielétrica).

As amostras são aplicadas nas cromatoplacas em forma de soluções (a 1-10% em solvente


volátil) a cerca de 1cm da base inferior (Figura 3.1), mediante uso de um tubo capilar. Alguns
cuidados devem ser tomados para evitar que a camada do adsorvente seja alterada, ou que o halo
de difusão da amostra seja maior que 2 mm. Soluções diluídas da amostra podem ser aplicadas
repetidamente, esperando-se a evaporação do solvente antes de nova aplicação, a fim de obter
maior concentração no ponto de partida. Mais de uma amostra pode ser aplicada em uma placa,
mantendo-se uma distância de 1 cm entre os pontos, para evitar contato entre as amostras. A placa,
com a extremidade semeada para baixo, é então mergulhada no solvente selecionado, mantido em
cuba fechada (câmara).É importante observar que o nível do solvente deverá ficar abaixo dos
pontos de aplicação (Figura 3.2). Durante a corrida do solvente o sistema deve permanecer
fechado, para garantir saturação da câmara pelo vapor do solvente. Um pedaço de papel de filtro,
colocado na parede interna da câmara, acelera a saturação. A cromatoplaca deverá ser retirada da
cuba somente quando a frente do solvente atingir um limite pré-determinado na parte superior da
placa (cerca de 1 cm). Após o desenvolvimento as cromatoplacas são secas e as posições dos
componentes da amostra visualizadas por um meio adequado. A visualização (revelação) pode ser
feita por métodos físicos ou químicos. Placas preparadas com adição de um material fluorescente
permitem visualizar facilmente compostos UV-ativos, que aparecem como manchas escuras em
fundo fluorescente, se a placa for iluminada com lâmpada de luz ultravioleta (cuidado).
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Figura 3. (1) Aplicação da amostra na cromatoplaca (2) Eluição de uma placa cromatográfica;
(3) Revelação de uma placa cromatográfica em cuba de iodo
Reagentes químicos podem também ser usados. Quase todas as classes de substâncias
orgânicas (exceto alcanos e haletos alifáticos) reagem com iodo formando complexos de
transferência de carga. Exposição da placa aos vapores do iodo (Figura 3.3) revelam manchas
marrom, tanto mais escuras quanto maior o tempo de exposição e a concentração da amostra. A
formação desses complexos é reversível (muitas vezes rapidamente), de modo que a posição das
manchas escuras deve ser marcada prontamente. A grande vantagem desse método é que, na
maioria dos casos, o iodo pode ser eliminado posteriormente por aquecimento da placa, a qual pode
ser borrifada, a seguir, com outro revelador (ácido sulfúrico, vanilina sulfúrica, tricloreto de antimônio,
permanganato de potássio/ácido sulfúrico, etc.). A literatura química traz uma série de referências a
reveladores para cromatografia em camada delgada, variando desde os de aplicação muito específica
até os mais gerais. Em geral os métodos químicos de revelação são destrutivos e aplicáveis a
separações analíticas, mas não em separações preparativas.
Quando as condições experimentais são completamente especificadas é possível
identificar uma substância pelo seu valor de Rf. Define-se Rf, como a razão entre a distância
percorrida na placa pela substância e a distância percorrida pelo solvente (medidas no centro da
mancha da substância e a frente do solvente, Figura 4b). Contudo, para fins de identificação de
uma substância o solvente escolhido para eluição deve carrear o composto a um Rf entre 0,3 e 0,6 e
uma amostra autêntica deve ser aplicada lado a lado na mesma placa, para assegurar igualdade de
condições experimentais. Além disso, como muitas substâncias podem ter o mesmo valor de Rf,
assim com podem ter o mesmo ponto de fusão, métodos adicionais devem ser utilizados para
identificação inequívoca do composto.

Distância percorrida pela mancha desde a origem ( x)


Rf = -----------------------------------------------------------------------------------
Distância percorrida pelo solvente desde a origem ( y)
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Marca da Marca da
frente do frente do
solvente solvente

Mancha
cromatográfica
y

Componente 1
x Rf = x/y
Origem
Componente 2 Origem
(a) (b)
Figura 4. (a) Cromatograma de uma separação em coluna;
(b) Determinação de Rf no cromatograma em camada fina

Experimental da Parte A-I – Preparação das placas cromatográficas


Experimento demonstrativo

Objetivo: Demonstrar experimentalmente a preparação artesanal de placas para uso na


cromatografia em camada delgada.

Procedimento

1. As placas limpas e secas não devem ser tocadas com os dedos. Segure-as pelas bordas.
2. Misture num béquer 30 g de sílica gel com 60 mL de água destilada até obter uma suspensão
homogênea.
3. Mantendo-se as placas em posição horizontal, transferir uma porção adequada da suspensão para
a superfície das placas, espalhando-a uniformemente com o auxílio de um bastão de vidro.
4. Para facilitar a distribuição homogênea da suspensão, manter a placa apoiada sobre a bancada,
erguendo-se alternadamente as extremidades até que visualmente toda a superfície esteja
uniforme. A espessura do recobrimento deve ser aproximadamente 0,3 mm.
5. Repousa-se a placa em uma superfície plana horizontal e deixa-se secar ao ar durante 15 a 30
minutos, quando o adsorvente adquire uma aparência opaca.
6. Para serem utilizadas, as placas devem ser ativadas por aquecimento em uma estufa a 110 oC
durante 30 minutos . Este processo visa eliminar toda a água adsorvida no suporte.

As placas assim preparadas estão prontas para uso e podem ser guardadas em lugar
protegido tomando-se cuidado para não tocar, contaminar ou ferir a camada de adsorvente.
Micro-placas, muito úteis na análise rápida de misturas reacionais, podem ser facilmente
obtidas por imersão de lâminas de microscópio numa suspensão de 35 g de sílica (para CCD) em
cerca de 100 mL de clorofórmio ou tetracloreto de carbono. Duas lâminas, arrumadas face a face, são
rapidamente imersas e, com um movimento constante, removidas da suspensão. Após a separação
das lâminas, e evaporação do CHCl3 (ou CCl4), umedecem-se as placas com vapor de água para
fixar o adsorvente. Obtém-se, assim, duas micro-placas com superfície homogênea de adsorvente em
um dos lados, prontas para uso.
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Parte Experimental A-II. Cromatografia em camada delgada (CCD) na análise de cafeína e


N-acetil-p-aminofenol em analgésicos

Objetivo: Investigar a presença de cafeína e N-acetil-p-aminofenol (paracetamol) em analgésicos


[Tylenol, Saridon, Dorflex, Paracetamol (Genérico), etc.].

Procedimento

1. Aplicar em pontos separados da placa cromatográfica, a 1 cm da borda inferior e mantendo cerca


de 1 cm de distância entre os pontos de aplicação, uma gotinha (tubos capilares) das soluções de
cafeína (1), N-acetil-p-aminofenol (2) e das amostras de analgésicos (soluções 3 a 5).
2. Adicionar uma certa quantidade de acetato de etila à cuba de cromatografia de modo que o
mesmo alcance o nível de cerca de 5 mm.
3. Revestir a parede interna da cuba com um pedaço de papel de filtro que vá até o fundo. Feche a
cuba e aguardar alguns minutos para que a atmosfera da cuba fique saturada com vapores do
solvente de eluição. Eventualmente o nível do líquido deverá ser completado.
4. Introduzir a placa na cuba de modo que o nível do líquido fique abaixo dos pontos de
aplicação. Esperar o desenvolvimento do cromatograma mantendo a cuba fechada.
5. Quando a frente do solvente chegar a 1 cm da borda superior da placa, retirá-la e marcar a
distância percorrida. Deixar a placa secar totalmente ao ar (10 a 15 minutos).
6. Antes da revelação com iodo, examinar o cromatograma sob luz UV. Marcar cuidadosamente o
contorno das manchas das substâncias UV-ativas, com o auxílio de uma lapiseira ou outro objeto
pontiagudo.
7. Para revelação definitiva, inserir a placa em recipiente seco contendo um pouco de cristais de iodo
sólido. Fechar devidamente a câmara de iodo e aguardar o surgimento de manchas na placa.
8. Medir (pelo centro da mancha!) as distâncias percorridas pelos componentes de cada amostra
analisada.

Discussão

1. Com base no experimento realizado responda as seguintes questões:


(a) Esquematize um desenho do cromatograma e diga quantos componentes foram detectados
em cada amostra aplicada?
(b) Determine os Rf das substâncias puras (cafeína e N-acetil-p-aminofenol) e de todos os
componentes das soluções de analgésico analisadas (soluções 3 a 5).
(c) Você pode inferir inequivocamente que algumas amostras contêm paracetamol? Ou cafeína?
Ou nenhum dos dois? Ou outros constituintes? Explique.

2. Sobre a técnica cromatografia em camada delgada, responda:


(a) Quais os fundamentos básicos?
(b) Cite os usos mais consagrados da técnica (importância).
(c) Enumere as vantagens e desvantagens da técnica.
(d) Que características deve ter um solvente para ser considerado um bom eluente de
desenvolvimento? No caso em questão você considera o acetato de etila um bom solvente de
eluição?
(e) Que artifícios podemos utilizar quando suspeitamos que o(s) componente(s) da amostra a ser
analisada pode não ser visível a olho nu?

3. (Provão 2000) Uma mistura contendo os compostos I, II e III, representados abaixo, foi analisada
pela técnica de cromatografia em camada fina. A mistura foi aplicada em uma cromatoplaca de
sílica sem indicador de fluorescência. Após eluição com hexano:éter etílico (4:1) e revelação sob
luz ultravioleta (254nm), a cromatoplaca apresentou o seguinte aspecto:
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O Rf = 0,77

(I) (II) (III) Rf = 0,34

Quando a cromatoplaca foi revelada com iodo, foram observadas três manchas. Pode-se afirmar
que as manchas obtidas nos Rf 0,34 e 0,77 correspondem, respectivamente, às estruturas:

(a) I e II.
(b) I e III.
(c) II e III.
(d) III e I.
(d) III e II.

Parte B - Cromatografia em coluna

A cromatografia em coluna é geralmente usada na separação preparativa ou purificação de


substâncias orgânicas. A técnica requer uso de tubos de vidro, montados verticalmente, contendo o
suporte sólido finamente dividido (fase estacionária), em geral sílica gel ou óxido de alumínio. A
substância que se deseja purificar (ou mistura que se quer fracionar) é aplicada no topo da coluna e a
eluição da substância efetuada mediante a percolação com solvente adequado. Na parte inferior da
coluna recolhe-se um número de frações, nas quais se encontram os componentes da mistura
separados.
A velocidade com que uma substância trafega pela coluna depende de sua polaridade, da
polaridade da fase estacionária e da polaridade do solvente (eluente). Se o composto é mais atraído
pela fase estacionária do que pelo solvente, ele migrará lentamente. Se sua afinidade for maior pelo
solvente ele migrará mais rapidamente, gastando menos tempo e solvente. O êxito de uma coluna
dependerá então da escolha do suporte e solvente adequados. Em alguns casos é possível visualizar
a separação dos componentes de uma mistura observando o desenvolvimento de faixas diferentes na
coluna ou iluminando-a com luz ultravioleta (a coluna precisa ser de quartzo!). Entretanto, na maioria
das vezes, torna-se necessário acompanhar a separação dos componentes examinando cada fração
eluída por cromatografia em camada delgada (ccd).

Cromatografia em Coluna Clássica - Instruções gerais sobre a técnica

1. Escolha da fase estacionária e do solvente para uma coluna cromatográfica

Os suportes e solventes usados em uma coluna cromatográfica, são normalmente, os


mesmos utilizados em CCD. Portanto devem ser escolhidos mediante um exame prévio da amostra
por cromatografia em camada delgada. A quantidade de adsorvente utilizada depende da quantidade
de amostra a ser separada e do tipo de adsorvente. Misturas pouco complexas, tendo sílica gel como
suporte requer, no mínimo, a relação 1:50 amostra/sílica.

2. Empacotamento da coluna

As colunas de vidro utilizadas na técnica têm a configuração que lembra uma bureta. Suas
dimensões, obviamente, dependem da quantidade da amostra a ser processada. Dois métodos são
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comumente usados para a introdução do suporte na coluna (empacotamento). No primeiro método o


suporte é introduzido seco (Figura 5a,b). Coloca-se uma pequena bucha de algodão na base inferior
da coluna para evitar a passagem do suporte sólido pela torneira e a mesma é preenchida até cerca
da metade com solvente. Com a ajuda de um funil adaptado na parte superior da coluna introduz-se,
lentamente, a fase estacionária que será empacotada com o solvente, tendo-se o cuidado de retirar
quaisquer bolhas de ar formadas. O empacotamento poderá ser auxiliado com a introdução e
escoamento de novas quantidades de solvente. Nunca deixe a superfície do suporte livre de
solvente. No segundo método o suporte é introduzido em suspensão no solvente, portanto, os
mesmos cuidados devem ser observados durante a preparação e o empacotamento da coluna.

Figura 5. Colunas cromatográficas. (a) Solvente adicionado à coluna;


(b) suporte sólido sendo introduzido na coluna.

3. Introdução da mistura de compostos a ser separada; eluição dos compostos e


monitoramento da coluna

Quando a coluna estiver preparada deixa-se escoar o solvente até que reste uma diminuta
quantidade de solvente na superfície (evitar a todo custo que a coluna seque!). Introduzir, na
sequência, uma solução concentrada (no solvente de eluição) do material que se deseja separar, com
a ajuda de uma pipeta de Pasteur, tendo cuidado para não perturbar a superfície do adsorvente. Se a
mistura for líquida ela poderá ser introduzida diretamente na coluna. Uma metodologia alternativa
envolve a impregnação da amostra em pequena quantidade do adsorvente, com o auxílio de um
solvente, seguida de evaporação e introdução do pó resultante (farofa) na coluna. Esse procedimento
é particularmente útil quando pelo menos um dos constituintes da amostra se dissolve apenas em
solventes muitos polares.
Inicialmente deixa-se eluir a amostra com um pouco de solvente até quase a secura
(evitando-se que a coluna seque!). Introduz-se uma nova quantidade de solvente e a operação
repetida. A coluna é, então, preenchida com o solvente, e iniciada a eluição propriamente dita. À
medida que as frações vão sendo recolhidas na base da coluna (usando vários Erlenmeyers
numerados) torna-se necessário adicionar mais solvente (Figura 6), cuja polaridade eventualmente
pode ser modificada mediante mistura com outro solvente polar. Faça um monitoramento das frações
recolhidas por CCD, para verificar se todos os componentes da amostra foram eluídos e quais as
frações podem ser combinadas, pois um componente individual pode estar presente em várias
frações contíguas. Algumas frações podem conter mais de um componente, essas frações não
devem ser reunidas com as que contém apenas um componente.
Posto que as frações recolhidas encontram-se diluídas, é necessário evaporá-las para obter o
componente puro. Em alguns casos, a evaporação do solvente é indispensável, mesmo antes da
análise cromatográfica.
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Figura 6. Coluna cromatográfica acoplada a um funil de separação


para manter o nível do solvente na superfície superior.

Cromatografia Rápida (flash-column chromatography, FC)1

Uma técnica muito utilizada no fracionamento de uma mistura de compostos é a


cromatografia rápida ou cromatografia sob baixa pressão. A técnica, que se vale de colunas curtas e
eluição acelerada sob pressão, efetua a separação de componentes com diferenças de Rf ≥ 0,05 em
tempo relativamente reduzido (1-3h). Pressões mais elevadas permitem a separação de maneira
mais rápida (10-15min), entretanto, a resolução é apenas moderada (ΔRf ≥ 0,15).
O aparato necessário para a técnica consiste em uma coluna com diâmetro apropriado,
equipada com reservatório de solvente e válvula de controle de pressão (Figura 7). A pressão
necessária é fornecida por cilindro de nitrogênio ou argônio, e a quantidade de suporte a ser utilizada
normalmente calculada multiplicando-se a quantidade de material que se deseja separar por fator de
20-60. A coluna empacotada deverá ter cerca de 10 a 15 cm. A escolha do eluente é feita da mesma
forma que numa coluna normal (CCD), recomendando-se o eluente capaz de carrear o componente
desejado da mistura a um Rf = 0,35.
A coluna é preenchida com adsorvente (sílica-gel 60) e o solvente de eluição forçado sob
pressão até que a coluna esteja empacotada (livre de bolhas de gás). Adiciona-se, então, a amostra
no topo da coluna (com as precauções mencionadas na cromatografia de coluna convencional) e
procede-se a eluição sob pressão, a uma velocidade controlada (≈ 2 pol/min medida pelo nível do
eluente). Uma separação típica por esta técnica é mostrada na Figura 8. Por essa técnica também se
recomenda não deixar a coluna secar.

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Still, W. C.; Kahn, M.; Mitra, A.; Rapid Chromatographic Technique for Preparative Separations with Moderate
Resolution. J. Org. Chem., 1978, 43, 2923.
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Figura 7. Coluna para cromatografia rápida.

Figura 8. Separação típica em cromatografia rápida.

A cromatografia rápida é um bom método para a separação de componentes de uma mistura


de complexidade moderada. Entretanto, a necessidade de pressão e aparelhagem sofisticada
(colunas com diâmetros variáveis, válvula para controle de pressão, reservatório de solvente, cilindro
de gases) constituem fatores limitantes da técnica.

Cromatografia rápida a seco (dry-column flash chromatography)2

Um método alternativo à cromatografia rápida (FC) é a cromatografia rápida a seco. A técnica


combina as vantagens de aparelhagem e operação simples. Um fator de distinção entre ambas é o
uso de sucção em lugar da pressão positiva. Um segundo fator de diferenciação é que os solventes
de eluição são adicionados em volumes pré-determinados e a coluna drenada até a secura, antes da
adição de um novo volume do eluente. A aparelhagem usada constitui-se apenas de um funil
cilíndrico sinterizado, adaptado a um balão com saída para trompa d’água (Figura 9).

2
Harwood, L. M.; “Dry-Column” Flash chromatography. Aldrichimica Acta, 1985, 18, 25; (b) Yau, E. K.; Coward,
J. K.; Filtering-Column Chromatography - A Fast, Convenient Chromatographic Method - Aldrichimica Acta,
1988, 21, 106.
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Figura 9. Equipamento para cromatografia rápida a seco.

A tabela abaixo fornece a orientação para escolha do tamanho de funil, da quantidade de


adsorvente, de amostra e do solvente utilizados.

Tamanho do funil (mm) Sílica Quantidade de Fração de solvente


diâmetro/comprimento (g) amostra (mL)
30/46 15 15-500 mg 10-15
40/50 30 500 mg – 3 g 15-30
70/55 100 2-15 g 20-50

O procedimento técnico envolve o preenchimento do funil com o adsorvente sob sucção, de


forma que se obtenha uma superfície superior uniforme. Ainda sob vácuo, adicione à coluna o
solvente de menor polaridade (e no qual a amostra a cromatografar seja solúvel); se a coluna estiver
empacotada corretamente, a frente de solvente será vista descendo em uma linha horizontal.
Se isto não ocorrer, repita o procedimento de empacotamento. Com a coluna corretamente
empacotada adicione (cuidadosamente!) o eluente à superfície da mesma até que o solvente chegue
ao frasco receptor. Nesse momento cesse o fornecimento do eluente e seque o adsorvente sob
sucção.
Introduza a amostra a ser processada no topo da coluna pelos métodos usuais. Sempre sob
sucção, inicie a eluição das frações por adição sucessiva de porções definidas do solvente, drenando
completamente a coluna após cada adição (a superfície do adsorvente não deverá ser perturbada
durante a adição de solvente). Os solventes mais recomendados para a maioria das separações
são pentano (hexano), éter, acetato de etila e metanol. A polaridade dos solventes pode ser alterada
mediante misturas, observando-se que o gradiente de aumento deverá situar-se na faixa de 5 a 10%.
Separações com a mesma eficiência das obtidas em CCD são facilmente realizadas. A perda
de material é mínima, e há economia de tempo e solventes. A baixa difusão das bandas dos
componentes da mistura durante a cromatografia significa que, geralmente, cada um é eluído
praticamente puro em uma ou duas frações.

Parte Experimental B-I. Análise de amostras de orto e para-nitrofenóis por CCD

Objetivo: Estabelecer as condições experimentais para a separação de o- e p-nitrofenol por CCD


(cromatografia em camada delgada).

Nesse estudo serão utilizadas soluções de amostras autênticas de p-nitrofenol (solução 1) e de


o-nitrofenol (solução 2).
12

Procedimento

1. Preparar três câmaras cromatográficas com alguns mL dos solventes em ensaio (acetato de etila
100%, hexano 100%, hexano e acetato de etila 3:1) Colocar meia folha de papel de filtro
encostada à parede das câmaras para acelerar a saturação das mesmas com o vapor do
solvente.
2. Preparar três micro-placas com sílica gel para CCD (confira métodos descritos na parte teórica
sobre CCD). Com um tubo capilar, aplicar em cada micro-placa, devidamente espaçadas entre
si e a cerca de 10 mm da margem, as soluções autênticas de p-nitrofenol e o-nitrofenol. As
manchas resultantes não devem atingir diâmetros superiores a 3 mm.
3. Mergulhar cuidadosamente cada micro-placa em cada solvente escolhido, de modo que os
pontos de aplicação das amostras fiquem acima do nível do solvente. Aguardar o
desenvolvimento dos cromatogramas até cerca de 10mm da borda superior da placa. Marque
com a ponta de um lápis ou espátula a posição atingida pela frente do solvente e remova
imediatamente as placas da cuba de desenvolvimento.
4. Observar os resultados, estabelecendo qual solvente efetuou melhor separação (as manchas
devem ser visíveis!) Para fins de registro, desenhar as cromatoplacas.
5. De acordo com o resultado obtido, sugerir uma outra proporção de acetato de etila e hexano, e
repetir o procedimento anterior com esse novo solvente de desenvolvimento.

Discussão

1. Com base nos resultados escolha o melhor solvente de desenvolvimento (melhor separação).
2. Determine os valores de Rf de cada componente, obtidos na melhor separação.
3. Qual (ais) dos solventes de desenvolvimento testados você recomendaria para eluir a coluna
cromatográfica? Justifique.

PARTE EXPERIMENTAL B-II.

B-II-A - EXPERIMENTO DEMONSTRATIVO: Separação da mistura de o- e p-nitrofenol por


cromatografia em coluna clássica

Procedimento

1. Preparação da coluna

 Colocar um pequeno chumaço de algodão hidrófilo na base inferior da coluna (use bastão de
tamanho adequado). Encher a coluna até cerca de 1/4 com hexano. Testar se a torneira está
estanque.
 Pesar aproximadamente 20 g de sílica-gel em béquer de 100 mL; adicionar o primeiro eluente em
quantidade bastante para formar uma papa homogênea; misturar bem removendo as bolhas de
ar.
 Abrir a coluna de modo a gotejar o solvente em um frasco de Erlenmeyer durante o processo de
empacotamento.
 Com a ajuda de bastão de vidro deitar, de modo contínuo, a suspensão de sílica na coluna (o
solvente recolhido no Erlenmeyer deve ser utilizado novamente para carrear todo adsorvente
para a coluna). Se a adição da suspensão de adsorvente à coluna for interrompida por algum
tempo, o mesmo tende a sedimentar-se, formando zonas estratificadas. Uma maneira de evitar esta
situação é agitar o solvente na coluna com uma vareta de vidro entre duas adições sucessivas.
 Deixar gotejar o solvente 5-10 minutos após o enchimento da coluna para facilitar a sedimentação
da sílica. Fechar a torneira quando o solvente apenas cobrir a coluna de sílica.
 Opcionalmente colocar uma rodela de papel de filtro, ou fina camada de algodão, no topo da coluna
para proteger a superfície da sílica (recomendável após introdução da amostra a fracionar! ).
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2. Preparação e aplicação da amostra

 Com o auxílio de pipeta ou seringa introduzir, lentamente, no topo da coluna cerca de 2 mL da


solução de nitrofenóis (para dissolver a amostra sugere-se uma mistura de hexano e acetato de
etila 4:1 ou diclorometanto 100%).
 Deixar que a solução a cromatografar penetre na coluna mediante controle da torneira. Com
pequenas quantidades de solvente carrear toda a amostra para dentro da coluna.

3. Eluição dos componentes da amostra

 Encher a coluna com o solvente menos polar (hexano) tomando extrema precaução para não
perturbar a superfície do adsorvente (a rodela de papel de filtro ou camada de algodão são úteis
nesse estágio!). Recolher as frações eluídas em frascos de Erlenmeyer de 50 mL ou tubos de
ensaio previamente numerados. O volume de cada fração deve ser, em média, de
aproximadamente 1/10 do volume da coluna. Vigiar constantemente o volume de solvente na
coluna, a qual deve jamais secar!
 Na sequência, preencher a coluna com uma mistura de hexano e acetato de etila 5:1 e continuar o
recolhimento das frações com os mesmos cuidados descritos no item anterior. A critério do
professor responsável, o gradiente crescente de polaridade do solvente poderá partir de uma
proporção de acetato de etila inferior a 5:1 na mistura com hexano.
 Monitorar a separação e pureza de cada fração por cromatografia em camada delgada (ccd). A
eluição deverá ser continuada até a saída total de todos os componentes.
 As frações contendo cada componente puro deverão ser reunidas em balões apropriados e o
eluente evaporado com auxílio de roto-evaporador.

B-II-EXPERIMENTO: Separação da mistura de o- e p-nitrofenol por cromatografia em coluna


“DRY-FLASH”

Procedimento:

 Prepare a montagem mostrada na Figura 10. Coloque cerca de 20 a 25 g de sílicagel 60 mesh no


funil de placa sinterizada. Preencha a coluna com um volume de hexano compatível com o volume
do tubo de ensaio a ser usado para recolhimento das frações eluídas da coluna. Faça sucção por
meio de uma trompa de água até completa secura do adsorvente .
 Desconecte o sistema de vácuo e com ajuda de uma pipeta de Pasteur introduza, lentamente, no
topo da coluna a solução de nitrofenóis dissolvida num mínimo de solvente (mistura de hexano e
acetato de etila 5:1 ou diclorometano 100%). Deixe que a solução contendo a amostra penetre na
coluna e com pequenas quantidades de solvente (hexano) carreie toda a amostra para dentro dos
primeiros milímetros da coluna.
 Coloque uma rodela de papel de filtro ou camada de algodão no topo da coluna (precaução para
que a introdução do solvente de eluição não perturbe a superfície do adsorvente).
 Introduza na coluna o solvente inicial (hexano) em volumes predeterminados (cerca de 10 a 15 mL,
a depender do volume do tubo de ensaio para recolhimento das frações) e faça a sucção para que
o mesmo seja carreado rapidamente e totalmente para o tubo de ensaio no interior do Kitazato,
 Desconecte o vácuo, troque o tubo de ensaio e repita várias vezes o procedimento anterior usando
volumes predeterminados (cerca de 10 a 15 mL) de hexano e acetato de etila 5:1. Os tubos de
ensaio para recolher as frações eluídas devem ser previamente numerados e reservados para
análise cromatográfica.
 Monitorar a separação e pureza de cada fração por cromatografia em camada delgada (CCD)
usando placas de sílicagel e uma mistura de hexano e acetato de etila 4:1 como solvente de
desenvolvimento. A eluição deverá ser continuada até a saída total de todos os componentes.
Recomenda-se colocar na placa cromatográfica um padrão da mistura inicial que está sendo
fracionada.
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 As frações contendo cada componente puro deverão ser reunidas em balões apropriados tarados e
o eluente evaporado com o auxílio do roto-evaporador. Após remoção do solvente, pesar os balões
contendo as amostras recolhidas para o cálculo do rendimento, considerando a massa da mistura
inicial.

Figura 10. Montagem alternativa para cromatografia rápida a seco

Discussão

1. Baseado em argumentos estruturais, comente sobre a separação cromatográfica do o-nitrofenol


e p-nitrofenol. Que outras diferenças nas propriedades físicas desses dois isômeros podem ser
explicadas usando-se os mesmos argumentos? (Pesquisar dados sobre PE e PF do o-nitrofenol
e p-nitrofenol no Índice Merck,).
2. Pela CCD é possível obter informações importantes sobre a composição quali-quantitativa do
produto da reação de nitração do fenol, tais como: a eficiência do método sintético na
conversão de matéria-prima em produtos, a proporção relativa dos isômeros formados, a
identidade dos isômeros formados por comparação de suas características cromatográficas (Rf,
cor e formato da mancha) com padrões. Sobre cada uma dessas informações, comente se os
resultados quali-quantitativos obtidos na separação por cromatografia rápida a seco estão de
acordo com o previsto por CCD.
3. (Provão 2001) Um químico deseja separar os compostos abaixo por cromatografia em coluna,
utilizando sílica como adsorvente.
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CH2CH3 CH2CH3 CH2CH3

(X) (Y) N (Z)

Para tal, percolou a coluna seqüencialmente com os solventes I, II e III, que formam uma série
eluotrópica. A primeira fração continha o composto X, a segunda fração, o composto Y, e a última
fração, o composto Z. Qual dos sistemas de solventes abaixo serve como fase líquida para justificar
a ordem de eluição encontrada?
Solvente I Solvente II Solvente III
(A) hexano acetonitrila tolueno
(B) hexano tolueno CH2Cl2
(C) tolueno hexano acetonitrila
(D) acetonitrila CH2Cl2 hexano
(E) CH2Cl2 tolueno hexano

4. (Provão 2001) A cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) é um dos métodos


cromatográficos mais modernos utilizados em análise (CLAE analítica) e separação/purificação
de misturas (CLAE preparativa). Abaixo são dados os cromatogramas X, Y e Z de uma mistura
de compostos presentes em analgésicos: aspirina (A), cafeína (B), fenacetina (C) e
paracetamol (D), utilizando três fases móveis diferentes, no modo isocrático, em uma mesma
coluna.

Avaliando esses cromatogramas, responda às perguntas abaixo.


(a) Qual a fase móvel mais apropriada para ser utilizada em escala preparativa, e a fase móvel mais
adequada para utilização em escala analítica, considerando um grande número de amostras a
serem analisadas? Justifique sua resposta.
(b) Qual o tipo de coluna (fase reversa ou fase normal) utilizada nestes três experimentos? Justifique
sua resposta.
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(c) Sabendo-se que o composto mais polar elui primeiro, qual o composto de maior tempo de
retenção? Justifique sua resposta.

DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS E INSUMOS

 Alguns resíduos aquosos poderão ser descartados na pia com água corrente. O demais resíduos
líquidos e sólidos (solventes, mistura de solventes, sílica, etc.) deverão ser acondicionados em
frascos apropriados, segundo orientação do instrutor.

 Os produtos sólidos e líquidos deverão ser reservados, após a purificação, para utilização como
insumos em práticas posteriores.

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